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domingo, 1 de setembro de 2013

Missa: A Comunidade se Reúne para Celebrar a Vida


 Nesse encontro, em que falamos sobre a Eucaristia, contei para as crianças a história de São Tarcísio, padroeiro de todos os que comungam pela primeira vez. Eles lembraram logo que o Bispo de nossa Diocese se chama Tarcísio. Rs
E a propósito, o sacerdote da foto é o nosso Pároco, Padre Vanildo Francisco Cregi.






Objetivos:
  • Recordar que Jesus nos ama, se faz Sacramento e vem ao nosso encontro nos momentos mais importantes da vida.
  • Refletir sobre o valor e o sentido da Missa.


Ambiente:   
  • Bíblia, velas, flores



1. Acolhida e Oração Inicial


  • Receber a turma com muita animação.
  • Convidar cada um para acolher os companheiros com um forte abraço, desejando-lhes a paz de Deus, pois somos todos irmãos.
  • Criar clima de silêncio para conversar com Deus.
  • Fazer o sinal da cruz.
  • Todos permanecem em pé e em silêncio. O leitor 1, o leitor 2 e o leitor 3 fazem a parte de Jesus, ou seja, proclamam o Evangelho.

  • Leitor 1:  Dou-vos um mandamento novo:  que  vos  ameis  uns  aos  outros.   Como eu vos amei, amai-vos também uns aos outros (Jo 13,34).
  • Leitor 2:   Nisso reconhecerão todos que sois meus discípulos, se tiverdes  amor uns pelos outros (Jo 13,35)
  • Leitor 3:  Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida por seus amigos (Jo 15,13).
  • Leitor 4:  A  Eucaristia  é  o  sacramento do amor  de  Jesus  levado  às  últimas  consequências. Comungar  esse  sacramento  requer compromisso  de viver o amor  que  constrói  as  pessoas e a comunidade.
  • Catequista: Ó Pai, ensina-nos a amar, assim como nos amou seu Filho Jesus, que foi capaz de nos dar a sua própria vida. Fazei que não sejamos apegados aos bens deste mundo, mas que saibamos partilhar nossa vida, nossos bens e nosso tempo para ajudar muitas pessoas. Por N.S.J.C.

2 . Motivação

  • Recordar com eles o significado de uma aliança de casamento (vimos no encontro cujo tema foi "Deus Caminha com a Gente").
  • Perguntar se lembram da aliança que Deus fez com o seu Povo no tempo de Moisés e quais foram as palavras da Aliança? E por que Deus fez essa Aliança?


Relembrar o encontro anterior: 

No tempo de Jesus, as famílias dos judeus se reuniam anualmente para celebrar a Páscoa, isto é, a libertação do povo de Deus da escravidão do Egito e preparavam a ceia segundo o modo que Deus ordenara a Moisés: pão ázimo (sem fermento), ervas amargas e cordeiro assado.

Antes da festa da Páscoa, Jesus convidou seus amigos para esta ceia, porque ele queria despedir-se de seus amigos e sabia que esta seria sua última refeição antes de morrer e ressuscitar. Era quinta-feira que antecedia o sábado da Páscoa. Durante a refeição, Jesus tomou o pão e o cálice com vinho, pronunciou a bênção sobre o pão e depois sobre o cálice  e  os entregou a seus discípulos, dizendo: "Isto é o meu corpo que é entregue por vós, fazei isto em memória de mim. Este cálice  é a Nova Aliança no meu sangue. Todas as vezes que o beberdes, fazei-o em memória de mim". Desse modo, Jesus realizou a nova aliança, a ceia Pascal definitiva.

Esta ceia nos faz passar da escravidão do pecado para a vida nova, pois Jesus se oferece ao Pai, dando-nos o seu corpo e o seu sangue como alimento de salvação na Eucaristia.

Na Páscoa cristã, o Cordeiro Pascal é Jesus que, no dia seguinte, foi sacrificado e morreu na cruz para nos salvar do pecado e do mal. A Ceia de Jesus com os seus discípulos antecipou o seu sacrifício na cruz.

Hoje não celebramos mais a Ceia pascal dos judeus. O que celebramos é a Missa, a Ceia Pascal de Jesus, continuada sob outra forma.



  


Pistas para conversar com os catequizandos:

  • Ver se já participaram de alguma Missa. O que sentiram, o que viram e o que entenderam.
  • Conversar sobre a participação da Missa, aos domingos: se os pais, toda a família, os amigos participam. Perguntar o porquê sim e o porquê não.


2.  Desenvolvendo o tema


  • A Eucaristia é o sinal de comunhão entre os irmãos. É na Missa que celebramos o que de mais precioso temos: a vida, com suas alegrias, tristezas, esperanças, tudo isso junto com nossos irmãos. Deus vem ao nosso encontro e vamos até ele, por Cristo, na pessoa do sacerdote. Unimo-nos, num só coração, numa só fé, num só ideal: prestar culto a Deus.
  • Missa: Sacrifício de Cristo. Lembramos a sua vida, os seus ensinamentos; participamos desse sacrifício, recebendo o próprio Cristo.
  • Na Missa nós falamos com Jesus com preces, cantos e gestos e Jesus nos fala por meio de sua Palavra.
  • Nós damos a Jesus o que somos e temos, no ofertório e Jesus nos dá seu Corpo e Sangue, pão e vinho na consagração.
  • Jesus age em nós para fazermos o bem.
  • Na Missa nós nos reconciliamos com Deus, no rito penitencial.
  • Sentimo-nos mais unidos, mais irmãos, no abraço da paz.
  • Escutamos os ensinamentos de Deus, pela sua Palavra  e na homilia.
  • Louvamos, falamos com Deus, cantamos, pedimos.
  • Recebemos a presença de Jesus ressuscitado.
  • Preparamo-nos para, com Jesus, construir um mundo justo e fraterno.


Vamos ouvir agora a história do Santo Padroeiro de todos os que comungam pela primeira vez.


3. História: São Tarcisio e o Segredo dos Cristãos


No ano de 258, o Imperador Valeriano perseguiu os cristãos porque estes acreditavam em Jesus, o Filho de Deus, nosso Salvador. Assim, muitos cristãos foram presos, torturados e mortos. Morreram mártires.

Sabendo disso, o Papa Sisto convocou a comunidade cristã para a oração nas catacumbas de Roma (cemitérios subterrâneos) e lhes comunicou a notícia da prisão de vários cristãos e que muitos sofreriam o martírio por causa da fé. Mas que, mesmo nesta situação, era comum ouvir das grades da prisão os cânticos e a oração dos cristãos.

Um adolescente cristão, chamado Tarcísio, estava nesta reunião e ficou com o coração angustiado ao saber desta notícia, principalmente, porque seus pais estavam entre os prisioneiros.

Chegando a casa, soube que seu pai havia fugido da prisão e que sua mãe havia sido martirizada pela sua fé em Cristo.

No dia seguinte, como de costume, Tarcísio e sua governanta foram às catacumbas. O Papa Sisto falava aos cristãos e perguntou quem poderia levar o Pão da Vida, a Eucaristia, aos encarcerados.

Ao ouvir isto, Tarcísio se ofereceu e explicou que, por ser muito novo, ninguém desconfiaria que ele levava Jesus-Hóstia para os  cristãos prisioneiros.

O Papa aceitou seu oferecimento mas, para surpresa de Tarcísio, seus colegas da rua o esperavam para brincar. Quando ele apareceu, carregando algo sobre o peito com todo cuidado e respeito, todos quiseram saber o que estava acontecendo, já que eles não sabiam que Tarcísio era cristão.

Tarcísio, percebendo a malícia de alguns colegas, segurou com mais carinho e força a Eucaristia e pediu a Jesus força para suportar este momento difícil.

Os colegas avançaram em sua direção, para tirar dele as Hóstias consagradas. Tarcísio desviou-se do grupo e correu muito. Seus colegas tentaram agarrá-lo e, como não conseguiram, decidiram, então, atirar-lhe pedras. Só um menino chamado Fábio, não participou dessa maldade.

Uma das pedras atingiu a cabeça de Tarcísio, que caiu, mas não soltou do peito as Hóstias consagradas.  Mesmo assim, os meninos continuaram a apedrejá-lo, deixando Tarcísio gravemente ferido.

Vendo o tumulto, um guarda romano se aproximou do grupo. Os meninos fugiram, menos Fábio, que ficara ao lado de Tarcísio. O guarda perguntou o que ele levava junto ao peito. Tarcísio, com muita dificuldade, pediu que o levassem ao Papa Sisto, pois somente a ele entregaria o tesouro que trazia consigo.

O soldado romano carregou-o no colo, e Fábio o acompanhou. Durante o caminho, Fábio falou a Tarcísio que também queria ser cristão.  Tarcísio, mesmo sofrendo, ficou feliz com esta decisão.

Diante do Papa Sisto, Tarcísio conseguiu abrir seus braços, entregando-lhe Jesus-Hóstia. O Papa então lhe disse, emocionado: "Tarcísio ... Jesus foi salvo por teu amor e pelo teu sacrifício." Tarcísio, então, morreu nos braços do Papa Sisto.

Por causa deste gesto de amor a Jesus, São Tarcísio tornou-se o padroeiro de todos os que comungam pela primeira vez.

Para recebermos Jesus na comunhão, precisamos amá-lo muito e ter fé de que a Eucaristia é o Corpo e Sangue de Jesus, alimento que nos salva e dá a coragem de testemunhar nosso cristianismo, nossa fé católica.


  • Conversar com as crianças sobre a história que ouviram. Deixar que falem.

4. Leitura: Lc 22,1-20


     Ajudar a turma a localizar o texto na Bíblia.


Comentar o texto:

Jesus, um dia antes de sua morte na Cruz, pede aos apóstolos para preparar uma sala para celebrar com eles a Páscoa. Jesus celebra, nessa refeição, a Nova Páscoa.

Jesus quis ficar sempre conosco. Por isso, nesta refeição de Páscoa, ele se torna Alimento - a Eucaristia - que nos dá forças para caminharmos sempre unidos.

Os apóstolos, nesta Ceia com Jesus, comeram também o alimento. Estavam unidos. Jesus quer que a vida das pessoas seja uma vida de união, de comunhão.

A Missa é a renovação da Ceia de quinta-feira Santa e a renovação do Sacrifício de Jesus na Cruz. Na Última Ceia, Cristo falou de seu corpo e de seu Sangue que seriam entregues por todos nós. No Altar se renova o Sacrifício de Cristo.

A Missa é, pois, uma refeição de irmãos que se reúnem para se alimentar da vida de Cristo, com tudo o que essa vida significa. A mesa, o alimento, a toalha, falam de uma refeição. Somos pessoas que precisam de alimento  para continuar a caminhada.

O verdadeiro alimento é Cristo: A Eucaristia. E para que possamos participar melhor da Celebração da Eucaristia (Santa Missa), vamos refletir um pouco, parte por parte desta Liturgia:





  • Explicar parte por parte da Missa, para que os catequizandos tomem gosto de participar, aos domingos, da Celebração.

  • Perguntar: Quando alguém muito querido vem à nossa casa, como a recebemos? Então vamos ver como nos preparamos para participar da Missa.

Hoje é domingo, dia do Senhor. Vamos encontrar nossos amigos, parentes, etc.

Ao entrar no local da celebração, vamos ficar em silêncio para preparar em oração o grande acontecimento da Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus.

Canto de Entrada: Ao iniciar, cantamos alegres por estarmos reunidos com os irmãos na casa do nosso Deus e Pai. O sacerdote recebe a todos cumprimentando em nome das três pessoas da Santíssima Trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.

Ato Penitencial: Quando amamos alguém  de verdade, é necessário ir ao seu encontro, sem mágoa. Por isso, pedimos perdão de nossas faltas. O ato penitencial nos convida  a dar uma parada e ver onde pecamos e no que precisamos mudar de vida.

Hino de Louvor: Depois de pedir perdão, junto e diante de toda a Comunidade, estamos em condições de glorificar a Deus. Cantamos ou rezamos, com alegria o Glória.

Rito da Palavra: Até agora Deus nos ouviu. É nossa vez de ouvi-lo nas três leituras tiradas da Bíblia, intercaladas pelo Salmo de Meditação e a Aclamação do Evangelho. A Palavra de Deus transforma a nossa vida. E as leituras vão nos mostrar que Deus está presente no seu povo.

  • Fomos acolhidos, recebemos o perdão, ouvimos a Palavra de Deus, e o celebrante explica as leituras na homilia. Vamos sintetizar tudo isso, rezando o Creio em Deus Pai, que contém as verdades fundamentais da nossa fé.


Oração dos Fiéis: Toda a comunidade faz os pedidos, conforme as suas necessidades. Rezamos também pelos governantes, pelos que sofrem, pelo mundo inteiro.

Ofertório: É a hora de colocar sobre o altar toda nossa vida para ser consagrada. Por isso, não pode ser oferta só de dinheiro, de mantimentos para os pobres, mas da vida, para recebermos forças na luta do dia-a-dia. O sacerdote oferece a Deus tudo o que é colocado no altar.

Oração Eucarística: Nesta oração é transformado o pão e o vinho no Corpo e Sangue de Cristo. Tudo o que vimos e ouvimos é transformado na Eucaristia. Recordamos o momento em que Cristo deu a sua vida por nós. Ele está presente sobre o altar; não o vemos, mas isto sabemos pela fé. A oração por Cristo e em Cristo, resume este ato da fé. Ao pronunciarmos o Amém, queremos dizer que aceitamos tudo, com amor e gratidão.

Pai-Nosso: É a oração que Jesus nos ensinou e é a mais completa das orações. Essa oração nos torna irmãos, porque Deus é o nosso Pai.

Oração pela Igreja: A Igreja, Santa pela graça de Deus e pecadora porque realizada por pecadores e em favor de pecadores, pede pela unidade de seus filhos para testemunho de Jesus Cristo, na fé, no culto e na caridade (cf  Jo 17).

Saudação da Paz: Desejamos a paz do Cristo a todas as pessoas: aos amigos e aos inimigos. Só Cristo pode, realmente, nos dar a paz e ajudar-nos a viver como irmãos.

Cordeiro de Deus: Pedimos três vezes que tenha piedade de nós, para frisar bem que só Deus tira os pecados do mundo e o quanto precisamos de perdão. Não somos dignos de sermos perdoados, mas Jesus quer nos perdoar e ficar conosco.

Comunhão: A mesa está posta e o alimento preparado. Somos convidados a participar da Comunhão com toda a humanidade que sofre e também se alegra, porque Cristo é ponto de unidade dos que n'Ele crêem. E esta união deve acompanhar-nos até nossas famílias, vizinhos e colegas de escola e trabalho, como sinal da vida e unidade.

Despedida: Ao despedir-nos, devemos estar cheios da graça de Deus. O sacerdote diz: "Vamos em paz e que o Senhor nos acompanhe", e nos abençoa em nome da Santíssima Trindade. 

Vemos,  assim,  que a Missa, além de ser Bíblica, contém todo o Mistério da nossa fé e salvação.


5. Oração Final e Encerramento


Catequista:  Deus, nosso Pai, queremos te agradecer pelo grande presente  que  Jesus nos deixou:   a  Eucaristia.

Todos:         Na Santa Missa participamos do banquete pascal de Jesus!

                   (Canto à escolha do grupo)

Catequista:   Peçamos a Jesus que participemos com fé, amor e alegria da missa. (pausa)

Criança 1:     Na Liturgia da Palavra somos alimentados pela Palavra de Deus.

Todos:         Queremos ouvir a Tua Palavra, Senhor!

Criança 2:     Na Liturgia Eucarística oferecemos a Deus Pai nossas vidas e nossas ofertas. 
                   O pão e o vinho, no momento da Consagração,  se  tornarão  o  Corpo  e  o
                   Sangue de Jesus.

Todos:         Querido Jesus,  queremos  nos  preparar bem para   o dia   da    Primeira
                   Comunhão, grande encontro que teremos contigo na Eucaristia.

Criança 3:     Quem recebe o Corpo  e  o  Sangue  de  Jesus  com  fé,   sente a sua vida 
                   transformada, vive em união com Deus e os irmãos.

Todos:         Querido Jesus, queremos ser sinais da Tua presença no mundo. Amém!

                   (Canto final à escolha do grupo)












Fontes:

  • Bíblia Sagrada
  • Livro do Catequista - Fé - Vida - Comunidade (Ed. Paulus)
  • Livro Que Alegria, encontrei Jesus! - Arquidiocese do Rio de Janeiro






















          





                 


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