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domingo, 31 de julho de 2016

Celebração de Entrega do Mandamento Novo do Amor



Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros. Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros (João 13,34-35).



No sábado, dia 18 de junho, celebramos a entrega do mandamento novo do amor com as crianças da minha turminha de catequese.

Essa celebração tinha sido marcada para a quarta-feira, 15 de junho, com a participação dos pais e/ou responsáveis, e se possível, dos padrinhos, porém, não pôde ser realizada nessa data em razão da ausência de muitas crianças e de seus familiares. Nesse dia, voltei desolada do nosso encontro marcado na igreja. 

Desde criança, sempre tive o costume de desabafar escrevendo. E foi o que fiz, ao chegar em casa. Estava tão triste, precisava falar com alguém o que estava sentindo. Foi quando pensei em escrever para um Grupo de Catequistas do qual faço parte, buscando apoio naqueles que conhecem as alegrias e as dores de um(a) catequista. Esse foi o meu desabafo com os colegas catequistas:

"Não sou uma pessoa que desanima com muita facilidade. Mas hoje fiquei bem triste... Aquela tristeza que sei que muitos catequistas já experimentaram. 

Não sou de fazer nada mais ou menos; em tudo que faço mergulho de cabeça, coloco todo o meu coração. Por isso a decepção!

Hoje seria a Celebração da Entrega do Mandamento do Amor. Convites enviados com antecedência...  e publicados duas vezes no facebook. Preparei com alegria os cantos, cartõezinhos... e hoje, antes de sair, postei na página da catequese que estava indo muito feliz ao encontro dos pequeninos para aclamar o Senhor. Na quarta-feira à noite, porque foi o dia em que os pais concordaram que seria o melhor dia para todos devido os compromissos de cada um.

Tremenda frustração! De quatorze crianças, apareceram cinco com seus familiares e depois mais uma, que chegou sozinha, depois de receber o nosso telefonema (a mãe havia esquecido!). Ligamos para outras que moram bem próximo à igreja, mas as desculpas por não ter comparecido seria melhor não ter ouvido, de tão esfarrapadas que eram.

Já estava tudo arrumadinho e nós lá esperando... E acabamos desistindo da celebração.

Vim para casa muito triste... Não tinha vontade de falar nada, tão grande a frustração. Só pensava no quanto nos doamos e na falta de consideração por parte de alguns.

Não pensei em desistir. Só estou pensando que amanhã será um novo dia e que vou me sentir melhor. Mas agora estou muito triste."

Foi muito boa ideia! Recebi muitas palavras de carinho e motivação dos colegas catequistas (alguns entenderam que deveríamos ter feito a Celebração assim mesmo, em respeito aos que estavam presentes). Muitos me falaram de suas experiências, e vi que esse problema de descaso por parte de familiares de alguns catequizandos é muito comum na catequese. 

No dia seguinte resolvi compartilhar no meu facebook o que tinha acontecido, e como tinha sido grande a tristeza e decepção que havia experimentado. Foi quando recebi muito apoio por parte de pessoas da minha comunidade, sendo uma a mãe de um catequizando que estava presente no dia marcado para a celebração.

Então celebramos no sábado seguinte (dia de catequese), somente com a presença das crianças. Nesse dia, antes de irmos para a igreja, ainda na sala, tive uma conversa com os catequizandos (contei pra eles uma historinha compartilhada pela catequista  Nilva Mazzer, do Grupo Catequistas em Formação, que viveu uma experiência semelhante). 

No sábado seguinte, depois da celebração, tive 100% de frequência no encontro de catequese! rs  

Com o que aconteceu tirei muitas lições. Ouvi muitos catequistas e muitas pessoas de outras Pastorais que falaram de suas dores e decepções e que, apesar de tudo não desistiram por fidelidade à sua vocação.  Entendi que nem tudo acontece como queremos... e que muitas coisas que pensamos ser negativas, ocorrem para que a gente amadureça e fique mais forte. Muitas vezes Deus permite que certas coisas aconteçam para extrair o melhor de nós.  Penso que talvez eu estivesse muito autosuficiente  e tenha esquecido de rezar e pedir a Jesus que tomasse o controle da situação, como fazia sempre nos meus primeiros encontros. Aprendi também que na nossa caminhada, os que mais nos entristecem pode ser os que mais precisam, e que também mais alegrias pode nos trazer. Portanto, desistir jamais... nem da missão, nem daqueles que me foram confiados!  Quero reclamar menos e agradecer mais a Deus por aqueles que estão comigo, pedindo a Ele  que os abençoe muito, e pedir também, de uma maneira especial por aqueles que ainda não entenderam nada. Com Deus a nosso lado, a vitória é certa!




ORAÇÃO DE SÃO FRANCISCO

Senhor, fazei-me um instrumento de vossa paz
Onde houver ódio, que eu leve o amor
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão
Onde houver discórdia, que eu leve a união
Onde houver dúvida, que eu leve a fé
Onde houver erro, que eu leve a verdade
Onde houver desespero, que eu leve a esperança
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria
Onde houver trevas, que eu leve a luz
Ó mestre, fazei que eu procure mais
Consolar, que ser consolado
Compreender, que ser compreendido
Amar, que ser amado
Pois é dando que se recebe
É perdoando que se é perdoado
E é morrendo que se vive para a vida eterna.


ALGUNS MOMENTOS DA CELEBRAÇÃO
PRESIDIDA PELA NOSSA COORDENADORA GRAÇA