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segunda-feira, 29 de junho de 2020

O naufrágio de Paulo


Objetivo: 
  • Entender que mesmo quando as situações fogem de nosso controle, devemos confiar em Deus e não perder a esperança.

Ambiente: Bíblia, flores, vela

Recursos: Um barco de madeira ou papelão, saquinhos com etiquetas indicando sentimentos/coisas boas e ruins; um bauzinho com "joias, moedas, ouro...", um outro baú com a imagem de Jesus.
  

1. Acolhida e oração inicial:
  • Acolher a turma com alegria;
  • Senhor, obrigado por pela oportunidade de estar aqui na Catequese, nesta manhã, junto com os meus colegas aprendendo sobre as coisas de Deus.  Entrego esse dia em Suas mãos para que o Senhor guie meus passos, me dando dando direção e me fortalecendo. Guarda minha vida de todo mal e perigo, e principalmente, desejo ser sempre orientado  pela Tua Palavra, que é fonte de vida e salvação. Obrigada por estar aqui nos fazendo companhia! Amém!
  • Rezar um Pai Nosso.


2. Motivação

Quem aqui já viajou de barco ou de navio? Você teria medo de o navio afundar? Já pensou se você estivesse em um barco e, no meio da viagem, começasse a chover muito e dar muitos relâmpagos. Você ficaria com medo? E se fosse pior ainda, o barco afundasse, como você tentaria se salvar? Na lição bíblica de hoje vamos ver como o apóstolo Paulo conseguiu se salvar de um navio que naufragou.


3. Leitura: Atos 27,27 a 28,15


4. Desenvolvendo o tema:

No começo do cristianismo, Paulo era um apóstolo que não tinha medo de falar de Jesus para os outros. Ele ia para todo lugar ensinando que Jesus era o filho de Deus e que Jesus tinha morrido pelos nossos pecados. Mas, em muitos lugares que ele ia, as pessoas achavam que ele estava mentindo, querendo enganar as pessoas só para criar uma nova religião.


Em uma das viagens de Paulo como missionário, ele foi preso e o mandaram de navio para a Itália, mas  Paulo entendia que isso era a vontade de Deus. Quando ele entrou no barco disse para o chefe dos guardas que a viagem era perigosa e que além de poder perder  a carga que estavam levando, poderiam perder suas vidas, mas o chefe não acreditou em Paulo, e seguiram a viagem.

De repente  um vento forte veio e começou a empurrar o barco para onde ele queria. Os marinheiros ficaram com muito medo e achando que iam morrer.

O barco estava prestes a afundar, por isso, eles começaram a jogar fora toda a carga do navio (roupa e peças do próprio navio). As nuvens escureciam o céu e eles mal podiam saber quando era dia ou noite. Eles ficaram três dias de desespero, sem saber direito o que fazer. Paulo dava algumas orientações para ajudar, mas o caos continuava deixando todos preocupados. Naquela noite, Paulo teve um sonho no qual um anjo lhe falava “não tenha medo, Paulo. Você vai ter que ir para Roma e Deus não vai deixar ninguém deste navio morrer”. Paulo disse isso a todos, e todos começaram a ficar mais confiantes.

De madrugada Paulo pediu a todos que comessem alguma coisa e disse: — Já faz catorze dias que vocês estão esperando e durante este tempo não comeram nada. Agora comam alguma coisa, por favor. Vocês precisam se alimentar para poder continuar vivendo. Pois ninguém vai perder nem mesmo um fio de cabelo.

Em seguida Paulo pegou pão e deu graças a Deus diante de todos. Depois partiu o pão e começou a comer. Então eles ficaram com mais coragem e também comeram. No navio éramos ao todo duzentas e setenta e seis pessoas. Depois que todos comeram, jogaram o trigo no mar para que o navio ficasse mais leve.


No dia seguinte, não teve jeito, o navio ficou preso em algumas rochas, mas o mar estava muito violento e começou a quebrar o barco todo. Não tinha jeito, todos teriam que se jogar no mar.

Naquela época, quando os presos fugiam, os soldados e vigias que estavam tomando conta morriam, por isso, quando os soldados romanos viram que não tinha mais jeito, todos teriam que se jogar no mar, eles pensaram em matar todos os presos, inclusive Paulo, mas o chefe dos soldados, Júlio, não queria que Paulo morresse porque Paulo tinha ajudado muito eles.

Então Júlio disse: quem sabe nadar pode se jogar no mar. Quem não sabe nadar pode se segurar nas tábuas do navio que estão boiando. E então todos começaram a se salvar, jogando-se no mar. Alguns começavam a nadar, outros se seguravam nas tábuas. Eles viram já estavam perto de uma ilha, e todos foram na direção da ilha.

Chegando na ilha, descobriram que era um lugar chamado ilha de Malta. Naquela ilha, tinha uma civilização desconhecida e a população da ilha de Malta recebeu todos muito bem, dando até comida para eles.


5. Dinâmica: 

O que está pesando em nosso barco?

1. Levar para o encontro um barquinho (pode ser feito de papelão). Preparar o ambiente, colocando esse barquinho sobre uma superfície forrada com um pano ou papel azul, imitando o mar.

2. Providenciar vários saquinhos ou bauzinhos e escrever em cada saquinho ou bauzinho uma palavra (coisas boas e coisas ruins);

4. Colocar esses saquinhos e/ou bauzinhos dentro do barco (alguns do lado direito e outros do lado esquerdo).





Vimos na história da viagem de Paulo para Roma, que quando o barco estava para afundar, eles jogaram a carga que transportavam no mar. Vamos fazer uma brincadeira, usando o barco, para entender como é a nossa viagem em direção à nossa meta, que é o Céu.


Somos chamados por Deus à vida, e esta nossa vida nós podemos representar como um barco que navega em alto mar (mostrar o barco).

Há momentos na nossa vida que este mar se mostra calmo, mas em muitos outros nós navegamos por entre tempestades que quase nos leva a naufragar. E muitas vezes carregamos em nosso barco um monte de coisas que não fazem nada a não ser pesar: Sentimentos ruins, ilusões, coisas supérfluas e por aí vai... 

Nessa nossa viagem, para não corrermos o risco de afundar, precisamos equilibrar bem o peso de nosso barco, e para isso vejamos o que pode estar pesando dentro desse barco.

O barco pesa do lado direito. São as influências do mundo. Ex: Ambição, drogas, televisão, inveja, TV... Essas más influências pesam o nosso barco, fazendo-o naufragar. Vamos tirar de dentro do nosso barco tudo que está pesando, para que ele se equilibre novamente. 

Pedir a cada criança que retire do lado esquerdo uma "carga" e jogue "no mar", explicando antes por que essa "carga" faz o nosso barco afundar. (A cada explicação, o catequista faz uma reflexão com a turma).

Navegamos mais um pouco e de repente percebemos que o outro lado agora é que está pesado, precisamos tirar mais alguma coisa deste barco. Deste lado do barco está pesando: Egoísmo, infidelidade, impaciência, desamor, falta de oração, etc. 


Pedir que cada um agora retire do lado direito do barco uma "carga", e explique por que essa "carga" deve ser jogada "no mar".  (O catequista ajuda, refletindo com a turma).


Continuar até que toda "carga" que pesa no nosso barco seja jogada no mar. Se o número de crianças for menor do que a quantidade de "fardo", o catequista pode retirar os que sobraram, comentando sobre cada um, ou  pedir que os catequizandos retirem mais de um, explicando por que joga esse fardo no mar, refletindo juntos porque essa carga pesa em nosso barco.


Concluindo: 

É preciso tirar o excesso de peso que carregamos dentro de nós antes de sermos sufocados por eles, ou pior, antes de afundarmos toda uma embarcação; ou seja, por causa de pesos desnecessários que carregamos e vamos acumulando durante a caminhada, podemos sufocar nossa família, amigos, etc. Tirar o peso significa abrir mão não apenas daquilo que nos nos incomoda ou não gostamos, mas principalmente daquilo que gostamos, que de certa forma guardamos como fuga ou refúgio acreditando que facilitará nossa missão até chegar em terra firme. 




Percebemos que restaram algum saquinhos no nosso barco: as coisas boas. Essas não pesam! Pelo contrário, nos dão mais força quando passamos por alguma luta ou dificuldade.  São elas: , ORAÇÃO, PALAVRA DE DEUS, AMOR, ESPERANÇA, AFETO, AMIZADE, EMPATIA, ALEGRIA, CONFIANÇA (eu acrescentei depois CARIDADE e GRATIDÃO.  Conversar sobre cada uma, destacando que a nossa em Jesus nós queremos ter sempre dentro do nosso barco. Esta nossa fé nós vamos guardar e cuidar com carinho para nos sustentar na nossa jornada.


Paulo passou por muitos perigos em sua viagem de navio de Israel para Roma, mas não deixou de CONFIAR em Deus, mesmo quando parecia que tudo ia dar errado, Paulo não perdeu a ESPERANÇA.  Quando passamos por dificuldades na vida, às vezes parece que nada vai dar certo, mas devemos confiar que Deus tem o melhor para nós.

Ao enfrentar o naufrágio, Paulo demonstra grande  e AMOR pelas pessoas. Paulo disse: "Nenhum de vocês perderá a vida; só o navio ficará perdido. Na noite passada, veio um anjo de Deus e me disse: “Não tenha medo Paulo! Você tem de comparecer perante César. E Deus vai salvar todos os que viajam com você.""

Ele se preocupou com todos os que estavam no navio e disse-lhes palavras de e ESPERANÇA. Ele os tranquilizou porque sentiu que todos estavam atemorizados e já haviam perdido a esperança de ser salvos;  Paulo se colocou no lugar do outro, e isso se chama EMPATIA.

O texto narra também que, de madrugada, Paulo pediu a todos que comessem alguma coisa, pois já fazia quatorze dias que eles não comiam nada, dizendo-lhes que precisavam se alimentar para continuar vivendo.  Em seguida Paulo pegou pão e deu graças a Deus diante de todos. Depois partiu o pão e começou a comer. Então, depois da ORAÇÃO, eles ficaram com mais coragem e também comeram. Isso te lembra alguma coisa?

Todos que comeram do alimento ficaram mais fortes, mais confiantes. E nós, o que podemos fazer para nos mantermos firmes na nossa caminhada de cristão, não deixando que nosso barco afunde? Temos que nos alimentar! E o único e verdadeiro alimento para nossa alma, que nos faz fortes e perseverantes, é a EUCARISTIA. Esta é a certeza que Jesus estará sempre dentro do nosso barco para enfrentar conosco qualquer tempestade. 


Quando Jesus está no nosso barco, ou seja, na nossa vida, não devemos ter medo, pois na hora certa, Ele manda embora toda tempestade! 

6. Encerramento e oração final:

Vimos que Paulo passou por muitos perigos em sua viagem de navio de Israel para Roma, mas não deixou de confiar em Deus mesmo quando parecia que tudo ia dar errado. Quando passamos por dificuldades na vida, às vezes parece que nada vai dar certo, mas devemos confiar que Deus tem o melhor para nós.

Hoje aprendemos também que é preciso distinguir aquilo que é importante na nossa vida daquilo que muitas vezes carregamos em nosso barco, que só faz pesar e que pode nos fazer perecer. 

Vamos orar e pedir a Deus sabedoria para reconhecermos aquilo que é verdadeiramente importante em nossa vida e que nos ajude quando sentirmos medo.  


Pai do Céu, Pai amado, 
nos colocamos diante de Tua presença para pedir, 

em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo, 
que nos dê sabedoria, discernimento para saber acolher
no nosso barco somente aquilo que não nos afasta de Ti.
Concede-me, Senhor, forças e coragem a fim de vencer 
as minhas dificuldades, e ajuda-me a que jamais 
seja dominadopelo medo do que possa acontecer. 
Afasta de mim qualquer pensamento de insegurança,
porque confio no Teu Eterno Amor, sabedor de que Deus 
a tudo preside e tudo deixa acontecer para o nosso bem!
Aumenta, Senhor, a nossa fé, 
para enfrentarmos e vencermos contigo
todas as tempestades. 
Seja bendito o teu Santo Nome, hoje e sempre. 
Amém!

terça-feira, 9 de junho de 2020

Jesus, vivo pensando em Ti!


“Um homem viveu, há séculos, no Oriente. E eu não posso olhar para uma ovelha, uma andorinha, um lírio, um campo de trigo, uma vinha, uma montanha, sem pensar nEle…”
– G. K. Chesterton
Ele nasceu numa vila obscura, filho de um camponês. Cresceu em outra vila, onde trabalhou como carpinteiro até os 30 anos. Então, por três anos, foi pregador itinerante. Ele nunca escreveu um livro. Nunca teve um escritório. Nunca constituiu família nem teve casa. Ele não foi para a faculdade. Nunca viveu numa cidade grande. Nunca viajou a mais de 300 quilômetros do lugar onde nasceu. Nunca realizou as coisas que normalmente acompanham a grandeza. Ele não tinha credenciais, a não ser ele mesmo. Tinha apenas 33 anos quando a onda da opinião pública voltou-se contra ele. Seus amigos fugiram. Um deles o negou. Foi entregue aos seus inimigos e sofreu zombarias durante seu julgamento. Foi pregado numa cruz entre dois ladrões. Enquanto estava morrendo, por meio de sortes seus executores disputavam suas roupas, a única coisa material que tivera. Quando morreu, foi colocado numa sepultura emprestada, por compaixão de um amigo. Vinte séculos se passaram, e hoje ele é a figura central da raça humana. Sinto-me plenamente confiante quando digo que todos os exércitos que já marcharam, todos os navios que já navegaram, todos os parlamentos que já discutiram, todos os reis que já reinaram, colocados juntos, não influenciaram a vida do homem nesta terra quanto aquela vida solitária."
___ James Allan Francis