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sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

“Convertei-vos e crede no Evangelho!”



As cinzas que os cristãos católicos recebem neste dia é um símbolo para a reflexão sobre o dever da conversão, da mudança de vida, recordando a passageira, transitória, efêmera fragilidade da vida humana, sujeita à morte. Ela ocorre quarenta dias antes da Páscoa sem contar os domingos (que não são incluídos na Quaresma); ela ocorre quarenta e seis dias antes da Sexta-feira Santa contando os domingos. Seu posicionamento varia a cada ano, dependendo da data da Páscoa.

A data pode variar do começo de fevereiro até a segunda semana de março. Algumas pessoas consideram a quarta-feira de cinzas como um dia apropriado para se lembrar a mortalidade da própria mortalidade. Missas são realizadas tradicionalmente nesse dia, nas quais os participantes são assinalados com cinza, na testa, pelo sacerdote, deixando uma marca que o cristão normalmente conserva até o pôr do sol.

Esse simbolismo relembra a antiga tradição do Oriente Médio de jogar cinzas sobre a cabeça como símbolo de arrependimento perante a Deus (como relatado diversas vezes na Bíblia). No Catolicismo Romano, é um dia de jejum e abstinência. Como é o primeiro dia da Quaresma, ele ocorre um dia depois da “terça-feira gorda” ou Mardi Gras, o último dia da temporada de Carnaval.


E você sabe de onde vêm as cinzas que recebemos na Quarta-Feira de Cinzas? Você acha que é papel queimado? graveto queimado? carvão triturado? Se você não sabe, as cinza vêm dos ramos bentos do Domingo de Ramos do ano anterior. 

Quando recebemos os ramos no Domingo de Ramos, os levamos para as nossas casas e as colocamos junto aos nossos crucifixos de parede e ou junto aos nossos oratórios, mas com o tempo eles secam. Quando secam, não devemos jogá-los fora, pois foram bentos pelo sacerdote. Por isso, devemos entregá-los na igreja para que sejam queimados e transformados em cinzas, a fim de serem usadas no dia de Quarta-Feira de Cinzas. No dia de Quarta-Feira de Cinzas, os fiéis são marcados na testa com as cinzas em forma de cruz ou a recebem um pouco sobre as suas cabeças, quando o sacerdote pronuncia a seguinte frase, à sua escolha: - “Lembra-te que és pó e que ao pó voltarás!” ou “Convertei-vos e crede no Evangelho!”

Bem, agora ofereceremos um belo artigo de um frade franciscano para que todos possam compreender melhor o significado deste dia:

“Um pouco mais de um mês, e vai chegar a festa mais importante do ano, a celebração do acontecimento central e máximo de toda a história da humanidade. Está se aproximando a Páscoa. E porque ela é tão grande, merece uma preparação à altura. Começa nesta quarta-feira a nossa preparação para a Páscoa. E como inauguramos esta preparação? Colocando cinza sobre a nossa cabeça, como sinal de penitência, isto é, como sinal de que estamos dispostos a seguir o verdadeiro caminho de Deus para obtermos justiça e paz para todos. Além disso, passamos esse dia fazendo jejum, também como sinal de penitência. Serão então quarenta dias de preparação: Quaresma…

Quarta-feira de cinzas! Celebramos neste dia o mistério do Deus misericordioso que aceita nossa penitência, nossa conversão, isto é, o reconhecimento de nossa condição de criaturas limitadas, mortais, pecadoras. Conversão consiste em crer no Evangelho, isto é, aderir a ele, viver segundo o ensinamento de Nosso Senhor Jesus Cristo. Numa palavra, trata-se de entrar no caminho pascal de Jesus. “Convertei-vos, e crede no Evangelho”: é o convite que Jesus faz (cf. Mc 14,15). Esta palavra, a gente ouve, recebendo cinzas sobre a nossa cabeça. Por que cinzas? É para lembrar que, de fato somos pó! Mas não reduzidos a pó!…
A fé em Jesus ressuscitado faz com que a vida renasça das cinzas. Quando o homem reconhece sua condição de criatura realmente necessitada da ação de Deus, em Nosso Senhor Jesus Cristo e no Divino Espírito Santo, então Jesus Cristo faz brotar frutos de vida eterna de nossa condição mortal. Reconhecer-se assim, é entrar numa atitude pascal, isto é, de passagem com Cristo da morte para a vida.

Esta páscoa, a gente vive através dos exercícios da oração, do jejum e da esmola, no espírito do Sermão da Montanha. Páscoa que celebramos na Eucaristia, na qual recebemos Aquele que corrige nossos vícios, eleva nossos sentimentos, fortifica nossa alma e, assim nos garante uma eterna bem-aventurança. Por isso que o sacerdote canta na Oração Eucarística: “Senhor, Pai santo, Deus eterno e todo-poderoso…, vós acolheis nossa penitência como oferenda à vossa glória. O jejum e abstinência que praticamos, quebrando nosso orgulho, nos convidam a imitar vossa misericórdia. […] Pela penitência da Quaresma, vós corrigis nossos vícios, elevais nossos sentimentos, fortificais nosso espírito fraterno e nos garantis uma eterna recompensa”.


https://www.facebook.com/anjosderesgate/— com Michelly Ferreira.

 


domingo, 25 de janeiro de 2015

Pescadores de Homens



(Lucas 5,1-11)  

Onde quer que Jesus fosse, ele sempre arrastava uma multidão atrás dele. A mensagem dele era profunda, surpreendente, diferente e mais autoritária do que o ensino dos líderes religiosos dos judeus. Até mesmo os guardas enviados para prender Jesus voltaram sem trazê-lo, dizendo, “Jamais alguém falou como este homem” (João 7,32-46).

“Assentando-se, ensinava do barco as multidões” (5,1-3). Jesus aproveitava qualquer situação como palco para ensinar a quem quer que o escutasse. Ele ensinou durante a recepção de um casamento (João 2,1-11), enquanto caminhava pela seara (6,1-5; cf. Mateus 12,1-8; Marcos 2,23-28), nas sinagogas (4,16; etc.), nos montes (Mateus 5,1-2; Marcos 3,3-5; etc.), ou em qualquer outro lugar onde havia pessoas.

Em Lucas 5, Jesus se encontrava à beira-mar, seguido de perto pelo povo. É possível que algumas destas pessoas o estivessem seguindo desde Nazaré, onde ele pregou na sinagoga e afirmou que ele mesmo estava cumprindo alguns trechos messiânicos do livro de Isaías! (veja 4,14-30). Outras pessoas talvez viessem de Cafarnaum, onde Jesus operou curas milagrosas e expulsou muitos demônios (4,31-41). Ainda outras poderiam ter vindo das cidades da Judéia, onde Jesus havia anunciado “o evangelho do reino de Deus” (4,42-44). Por causa de tudo que viram e ouviram, estavam agora “ao apertá-lo... para ouvir a palavra de Deus” (5,1). E, conforme o seu costume, Jesus os ensinou.

“Faze-te ao largo” (5,4). Depois de ensinar a multidão, Jesus tornou o foco de seu ensino ao grupo de seus próprios discípulos. Há necessidade tanto de ensino público como de ensino particular. Às multidões, Jesus lançava a base de instrução do evangelho do reino de Deus, como no famoso “sermão do monte” (veja Mateus 5,1 - 7,29). Nas horas que ele passava mais a sós com um número menor de seus discípulos, ele desvendava alguns dos mistérios mais profundos da vontade de Deus (veja, por exemplo, Marcos 4,10-20). Estes homens em particular já haviam decidido que iriam seguir Jesus (veja João 1,35-42). Agora, porém, Jesus os chamou para segui-lo de uma forma especial, o que faria com que ele pudesse os tornar em seus apóstolos. Por isso, ele os separou da multidão, a fim de instrui-los mais íntima e profundamente por meio de uma parábola “ativa” de pesca, na qual eles mesmos teriam a participação principal.

“Lançai as vossas redes para pescar” (5,4). Pedro, André, Tiago e João eram pescadores profissionais, ganhando as suas vidas na carreira que aprenderam e praticaram neste mesmo lago. Neste dia em que Jesus chegou para ensiná-los, eles já haviam passado a longa noite anterior numa tentativa frustrada de pesca. Quando Jesus pediu que colocassem as redes na água novamente, Simão Pedro reagiu rapidamente, dizendo, “Mestre, havendo trabalhado toda a noite, nada apanhamos...” (5,4). Afinal, quem era este carpinteiro para ensinar quatro pescadores como pescar? Ele obviamente não sabia que era melhor pescar de noite, e não de dia! Ele obviamente não sabia que os peixes estavam em outra parte do lago, já que Pedro e os outros profissionais haviam pescado a noite inteira sem sequer encontrá-los nesta região! Porém, Pedro já conhecia a Jesus. Foi este carpinteiro que Pedro viu expulsar um demônio da sinagoga em Cafarnaum usando apenas a sua palavra (4,36). Depois, foi este mesmo carpinteiro que havia curado a sogra dele e muitas outras pessoas (4,38-41). Por conhecer Jesus e o poder de sua palavra, Pedro se segurou no meio de sua objeção e disse, “sob tua palavra lançarei as redes” (5,5).

“Apanharam grande quantidade de peixes” (5,6). Quando Pedro deixou de confiar na sua própria experiência e na sua própria sabedoria, ele escutou a Jesus, e o resultado foi surpreendente! Apanharam tantos peixes que as redes estavam prestes a se romper (5,6). Por causa da enorme quantia de peixes, Pedro e André pediram a ajuda de seus sócios, Tiago e João (5,7). E quando estes vieram, encheram os dois barcos “a ponto de quase irem a pique”! (5,7)

“Senhor, retira-te de mim, porque sou pecador” (5,8). A reação de Pedro indica claramente que ele acreditava estar na presença do Divino. Séculos antes, quando o Senhor apareceu a Isaías para comissioná-lo à sua missão, o profeta teve uma reação semelhante, dizendo: “ai de mim! Estou perdido! Porque sou homem de lábios impuros, habito no meio de um povo de impuros lábios, e os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos!” (Isaías 6,5). À vista do milagre desta pesca – algo como nenhum destes pescadores profissionais jamais havia presenciado – Simão Pedro se prostrou aos pés de Jesus, o adorando.

“Não temas; doravante serás pescador de homens” (5,10-11). Certamente, presenciar um milagre era algo apavorante. Mas Jesus, acalmando seu discípulo Pedro, explicou o sentido verdadeiro desta parábola da qual participavam. Da mesma forma que haviam sido treinados para pescar peixes, se seguissem as instruções de Jesus ele iria treiná-los para “pescar” homens. Admirados com o poder da palavra de Jesus, “deixando tudo, o seguiram” (5,11).


Observações gerais acerca de “pescar” homens

O trabalho importantíssimo de pregar o evangelho ao mundo não terminou com a morte de Jesus e seus apóstolos. De fato, Jesus disse que a morte e a ressurreição dele eram apenas etapas no plano de Deus para a salvação. Uma outra etapa necessária seria a pregação destas boas novas “a todas as nações, começando de Jerusalém” (veja 24,44-47). Portanto, este trabalho continuará até que o Senhor volte. Então, o que aprendemos daquele dia sobre a pregação do evangelho?

A “pesca” se faz por rede, e não por isca e anzol (5,4-6). Muitas pessoas praticam a “pregação do evangelho” como se fossem pescadores com anzóis. Preparam uma “isca” para atrair o maior número de pessoas – e quando estas enfiam o anzol nas suas bocas, dificilmente se desprendem. Muitos prometem “riquezas” ou “bençãos” aos que frequentam as suas igrejas e pagam os dízimos com fidelidade. Outros oferecem “curas” ou “descarrego”, e ainda outros dizem ser os únicos que entendem a palavra da verdade. Com tanta isca por aí, ouvir o “evangelho” acaba sendo apenas uma busca pelo que parece bem aos próprios ouvidos (veja 2 Timóteo 4,3-4).

Mas Jesus ensinava a pregação do evangelho na imagem de uma rede. Certa vez, falando acerca do reino do céu, ele disse: “é... semelhante a uma rede, que lançada ao mar, recolhe peixes de toda espécie. E, quando já está cheia, os pescadores arrastam-na para a praia e, assentados, escolhem os bons para os cestos e os ruins deitam fora. Assim será na consumação do século: sairão os anjos, e separarão os maus dentre os justos...” (Mateus 13,47-49). A questão não é de “atrair” as pessoas com doutrinas e grandes promessas. Antes, o que é necessário é de lançar a mesma rede do evangelho sobre todos, sabendo que “é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê...” (Romanos 1,16).

Deste modo, não cabe ao “pescador” decidir onde e quando irá “pescar” e nem mesmo qual “isca” irá usar. Quem prega o evangelho deve pregar a todo tempo e “a toda criatura” (Marcos 16,15; veja também 2 Timóteo 4,1-2). Se todo o evangelho for pregado, ele irá arrastar os homens, assim como peixes numa rede. Repare que este foi o trabalho do apóstolo Paulo, que explicou: “Antes de tudo, vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras” (1 Coríntios 15,3-4). Ele simplesmente decidiu nada saber entre eles, "senão a Jesus Cristo e este crucificado” (1 Coríntios 2,2).

A “pesca” terá sucesso apenas se for “sob a... palavra” de Jesus (5,5). Como os pescadores aprenderam, Cristo é a chave. Sem ele, nada pescaram, embora usassem todo o seu esforço e recursos. Com ele, num único lançamento da rede, pescaram infinitamente mais de que já haviam visto. A nossa experiência, as nossas idéias, as nossas maneiras de alcançar o mundo perdido não são nada sem ele. Pessoas influentes e até igrejas inteiras têm feito programas “em nome de Jesus” que nada têm a ver com ele e que não ajudam a ninguém no sentido de escapar do pecado (veja Mateus 7,21-23; 23,15; Colossenses 2,20-23).

Jesus disse: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado” (Mateus 28,19-20). Assim, cristãos não são pessoas que aprenderam todos os pormenores da doutrina de Cristo. Cristãos são pessoas que, ao ouvirem o evangelho de Jesus, se submetem a obedecê-lo em tudo. As pessoas convertidas no dia de Pentecostes, por exemplo, pouco sabiam das doutrinas específicas dadas à igreja. Afinal, muitas destas doutrinas ainda não haviam sido reveladas. Portanto, após mostrarem seu arrependimento e serem batizadas, estas pessoas recém-convertidas “perseveravam na doutrina dos apóstolos...” (Atos 2,37-42). Mais tarde, os apóstolos iriam encorajá-los, dizendo “desenvolvei a vossa salvação...” (Filipenses 2,12), “desejai ardentemente, como crianças recém-nascidas, o genuíno leite espiritual, para que, por ele, vos seja dado crescimento para salvação...” (1 Pedro 2,2), “crescei na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo...” (2 Pedro 3,18), e muitas outras exortações semelhantes.

Ser “pescador de homens” exige uma mudança de “profissão” (5,10-11). Não obstante o que fazem para ganhar a vida, cristãos deveriam ter como profissão principal lançar a rede do evangelho. Quando fazemos compras, devemos lançar a rede. Na escola, no trabalho, ou no lazer, devemos lançar a rede, “de sorte que somos embaixadores em nome de Cristo, como se Deus exortasse por nosso intermédio” (2 Coríntios 5,20).

–por Carl D. Ballard

http://www.estudosdabiblia.net/d173.htm

A Vocação é de Iniciativa Divina



"Jesus subiu ao monte e chamou os que desejava escolher. E foram até Ele. Então Jesus constituiu o grupo dos Doze para que ficassem com Ele e para enviá-los a pregar...".  (Mc 3,13-14)

Jesus chamou os que Ele quis

Padre Bantu Mendonça

Chamou os que ele quis, para que ficassem com ele e para enviá-los. Este Evangelho narra o chamado dos doze Apóstolos, palavra de origem grega que significa “enviados”. O número doze evoca as doze tribos de Israel. O texto começa dizendo que Jesus “subiu ao monte”. É uma expressão com reminiscências bíblicas muito marcantes. Os montes da Bíblia, mais que acidente topográfico, são lugares de teofania, isto é, de presença, revelação e ação de Deus. Por exemplo, o monte Sinai, o monte Horeb, o monte das bem-aventuranças, o da transfiguração. No evangelho de hoje o monte da investidura apostólica. A intenção de Jesus não foi criar um grupo separado do povo, mas guias para a Igreja, o novo Povo de Deus, que ele começava a fundar.

“Chamou os que ele quis.” A vocação é de iniciativa divina. Por que Deus chama a este e não aquele ou aquela, é mistério que não entendemos. O certo é que, para uma missão ou outra, todos somos chamados. E nós só somos plenamente felizes se seguirmos o caminho Deus nos chama.
“Chamou-os para que ficassem com ele e para enviá-los.” Primeiro, nós ficamos junto de Jesus, a fim de aprender dele a Boa Nova do Reino de Deus. Primeiro aprender a viver na própria vida aquilo que vamos ensinar ao povo. Os Apóstolos não foram enviados no começo da vida pública de Jesus. Só no final, depois de um bom tempo de convivência e de formação, é que foram enviados. E, mesmo depois de enviados, Jesus os chamava de vez em quando para novas instruções, também para o descanso, a confraternização e a oração juntos. Se não fazemos isso, nós nos esvaziamos. Ninguém dá o que não tem. “Como é bom, como é agradável, os irmãos viverem juntos!” (Sl 133,1). “Deu-lhes autoridade para expulsar demônios.” Quando Deus nos chama, ele nos capacita para que possamos cumprir a missão. Não só nos capacita, mas nos dá meios e recursos necessários.
Para as escolhas de Deus não há lógica humana. O chamado de Deus para nós é irrevogável! Ele vê o coração e faz as Suas escolhas dentro do que é justo e não de acordo com as nossas razões humanas, por isso, Ele escolhe pessoas que aos nossos olhos são incapazes, sem gabarito, despreparadas. Sabemos, porém, que Ele capacita os que não têm capacidade. No trabalho do reino vale mil vezes mais o que temos dentro do nosso coração do que a capacidade intelectual que nós possuímos.
As escolhas do Senhor se dão naturalmente, sem grandes alardes, assim como fez Jesus quando chamou os doze. Jesus aproximou-se de cada um deles, conheceu a sua realidade, a sua história e chamou até quem mais tarde iria traí-lo. Ele não fazia nada para impressionar nem provocar elogios, Ele tinha somente um objetivo: fazer a vontade do Pai para que não se perdesse ninguém. Se Jesus tivesse chamado muita gente, para agradar, ou para fazer justiça aos olhos do mundo, o trabalho do reino não teria sido eficaz. Portanto, Ele chamou aqueles que Ele quis para subir o monte com Ele. Nem todos poderiam subir. A metodologia de Jesus é muito simples e profunda, Ele chamou aqueles que poderiam ficar muito perto de si, gozando da sua intimidade, recebendo um ensinamento partilhado concretamente para que fosse frutuoso e depois eles pudessem lançar sementes em terra boa.
Jesus sabia que na Sua Missão Ele teria que enfrentar dificuldades também com os Seus escolhidos. Sabia que estaria lidando com homens cheios de defeitos, mas mesmo assim não desistiu e foi com eles, até o fim. Esse é um valioso ensinamento para nós quando tivermos que fazer opções e usar critérios de escolha nos nossos empreendimentos. Mas também nós precisamos examinar como é que estamos fazendo as nossas escolhas, principalmente entre as pessoas que caminham junto de nós; quais os critérios que nós usamos quando nos aproximamos de alguém para fazer parte do nosso círculo de amizade; se estamos fazendo algum cálculo racional ou se temos idéias formadas a respeito deles. As nossas amizades são conseqüência dos encontros da nossa vida por isso, precisamos também prestar atenção aonde é que estamos encontrando os “nossos amigos”. Precisamos procurar descobrir com Jesus, na sua Palavra e em oração, qual é a vontade de Deus nas diversas circunstâncias da nossa vida.
Como é o seu critério quando tem que escolher alguém para uma missão específica? Você quer agradar alguém ou ser agradado na sua escolha? Você se revolta quando não é escolhido para um lugar importante ou espera a hora de Deus para você? Como e aonde você tem encontrado “amigos”? Você é capaz de acolher no seu círculo de amizade aqueles que aparentemente não têm nenhum brilho?
Pai, apesar da minha fraqueza, sei que contas comigo para o serviço do teu Reino. Vem em meu auxílio, para que eu seja um instrumento útil em tuas mãos.


Que beleza! Num pequeno trecho do Evangelho, Jesus chama os que Ele deseja. Os chamados são convidados a, primeiramente, FICAR COM ELE, para depois serem enviados em missão. Aqui está, meus irmãos e irmãs, o sentido da nossa missão. Para que ela seja fecunda é preciso, primeiramente, FICAR com Cristo, estar na Sua presença, ajoelhar-se aos Seus pés..... no encontro com Cristo encontramos sentido para todas as demais ações evangelizadoras. Tire um tempo do seu dia para FICAR COM ELE. Você verá como vale a pena."
Pe. Sandro Ferreira

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Sacramento da Confissão


"A confissão é o único tribunal onde você reconhece seu erro e sai livre."
 (Padre Léo)


A confissão é o primeiro passo para a conversão
O coração do homem apresenta-se pesado e endurecido. É preciso que Deus dê a ele um coração novo. A conversão é, antes de tudo, uma obra da graça divina, que reconduz nosso coração a Ele: “Converte-nos, a ti, Senhor, e nos converteremos” (Lm 5,21). O Senhor nos dá a força de começar de novo. É descobrindo a grandeza do amor de Deus que nosso coração experimenta o horror e o peso do pecado e começa a ter medo de ofender o Altíssimo pelo mesmo pecado e de ser separado d’Ele. O coração humano converte-se olhando para aquele que foi transportado por nossos pecados (CIC 1432).
O pecado é uma palavra, um ato ou um desejo contrário à lei eterna; “é uma falha contra a razão, a verdade, a consciência reta; é uma falta ao amor verdadeiro para com Deus e para com o próximo, por causa de um apego perverso a certos bens. Fere a natureza do homem e ofende a solidariedade humana.” (cf. CIC 1849). Por esse motivo, a conversão traz, ao mesmo tempo, o perdão de Deus e a reconciliação com a Igreja, e é isso que o Sacramento da Penitência e da Reconciliação exprime e realiza liturgicamente.
A confissão dos pecados graves e veniais
Cristo instituiu o sacramento da penitência para todos os membros pecadores de Sua Igreja, antes de tudo, para aqueles que, depois do batismo, cometeram pecado grave e, com isso, perderam a graça batismal e feriram a comunhão eclesial. É a eles que o sacramento da penitência oferece uma nova possibilidade de se converter e recobrar a graça da justificação (CIC, 1446).
Comete-se um pecado grave quando, mesmo conhecendo a lei de Deus, se pratica uma ação voluntariamente contra as normas prescritas nos dez mandamentos (cf. CIC 1857-1861).
O pecado mortal destrói a caridade no coração do homem por uma infração grave da lei de Deus; desvia-O de Deus, que é seu fim último e sua bem-aventurança, preferindo um bem inferior.
O pecado mortal, atacando em nós o princípio vital que é a caridade, exige uma nova iniciativa da misericórdia de Deus e uma conversão do coração, que se realiza normalmente no sacramento da reconciliação (CIC 1855, 1856).
A declaração dos pecados ao sacerdote constituiu uma parte essencial do sacramento da penitência: “Os penitentes devem, na confissão, enumerar todos os pecados mortais de quem têm consciência depois de examinar-se seriamente, mesmo que esses pecados sejam muito secretos e tenham sido cometidos somente contra os dois últimos preceitos do decálogo, pois, às vezes, esses pecados ferem gravemente a alma e são mais prejudiciais do que os outros que foram cometidos à vista e conhecimento de todos” (CIC, 1456).
Todo fiel, depois de ter chegado à idade da discrição, é obrigado a confessar fielmente seus pecados graves, pelo menos uma vez por ano. (cf. CDC, 989; cf. CIC, 1457)
Aquele que tem consciência de ter cometido um pecado mortal não deve receber a sagrada comunhão, mesmo que esteja profundamente contrito, sem receber previamente a absolvição sacramental, a menos que tenha um motivo grave para comungar e lhe seja impossível chegar a um confessor (cf. CDC, 916; cf. CIC, 1457).
Procurai o Senhor enquanto é possível encontrá-Lo, chamai por Ele, agora que está perto. Que o malvado abandone o mau caminho, que o perverso mude seus planos, cada um se volte para o Senhor, que vai ter compaixão; pois os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, e vossos caminhos não são os meus – oráculo do Senhor. (Is 55,6-8).
“Lâmpada para meus passos é tua palavra e luz no meu caminho” (Sl 118,105).
O pecado venial (pecado ou falta leve), mesmo não rompendo a comunhão com Deus, “enfraquece a caridade, traduz uma afeição desordenada pelos bens criados, impede o progresso da alma no exercício das virtudes e a prática do bem moral; merece penas temporais. O pecado venial deliberado e que fica sem arrependimento nos dispõe, pouco a pouco, a cometer o pecado mortal” (CIC, 1863).
Por isso, a Igreja vivamente recomenda a confissão frequente desses pecados cotidianos (CDC 988). A confissão regular dos pecados veniais ajuda-nos a formar nossa consciência, a lutar contra nossas más inclinações, a deixar-nos curar por Cristo, a progredir na vida do Espírito. Recebendo mais frequentemente, por meio deste sacramento, o dom da misericórdia do Pai, somos levados a ser misericordiosos como Ele (cf. LG 40,42; CIC, 1458).
“Mesmo se a Igreja não nos obriga à confissão frequente, a negligência em recorrer a ela é, pelo menos, uma imperfeição e pode tornar-se até um pecado, pois a confissão frequente é o único meio para o cristão evitar o pecado grave” (Sto. Afonso de Liguori, Teol. Mor., VI, 437).
(Formação Canção Nova)

Papa convida fiéis a se aproximarem do sacramento da Confissão
Quarta-feira, 19.02.2014

Na catequese, desta quarta-feira, 19, Papa Francisco deu continuidade ao ciclo de catequeses sobre os sacramentos. Desta vez, concentrando-se na penitência.
A penitência trata-se, segundo o Papa, de um “autêntico tesouro, que, às vezes, se corre o risco de esquecer”. Francisco recordou que o perdão dos pecados não é fruto do esforço pessoal humano, mas é um dom do Espírito Santo que purifica o homem com a misericórdia e a graça do Pai.

“A confissão que se realiza, de forma pessoal e privada, não deve nos fazer esquecer seu caráter eclesial. Não basta pedir perdão ao Senhor interiormente; é necessário confessar com humildade os próprios pecados diante do sacerdote, que representa Deus e a Igreja”, pontuou Francisco.

O Santo Padre convidou todos a se aproximarem do sacramento da penitência e receber, assim, o abraço da infinita misericórdia de Deus, que está sempre disposto a acolher o ser humano.

http://papa.cancaonova.com/papa




O SACRAMENTO DA CONFISSÃO É COMO O FRESCOR DA BALA DE HORTELÃ NA ALMA!" 
"Feliz o homem cuja cuja culpa foi cancelada e cujo pecado foi perdoado." 
(Salmo 31,1)


domingo, 18 de janeiro de 2015

Sete Passos Para a Conversão



Passos para a conversão

Com São José, queremos aprender e nos deixar transformar pelo Senhor. Esses dias, eu fiquei meditando sobre a graça da conversão, que nos é dada. Hoje, eu vou falar sobre sete passos para a conversão:
1 – Onde acontece a minha conversão? Onde eu estou.
Aconteceu aquele problema, aquela surpresa, mas Deus estava e sempre estará com você em todos os momentos. O lugar da sua conversão é o lugar onde você está agora, porque a seu lado está o Senhor. Não importa o problema e a dificuldade pela qual você está passando com algumas pessoas. Nada disso pode atrapalhar a sua conversão. Esta se dá onde você está, aí neste lugar, neste problema, nesta situação. Não queria resolver situações pendentes, para só depois buscar se converter. Quem pensa assim, sempre arruma uma desculpa para deixar a sua conversão para depois.
Não queira fugir da sua realidade, pois é nela que Deus quer realizar uma obra em sua vida. O Senhor está na situação em que você se encontra. Ele está na sua realidade. Não despreze nada que possa ajudá-lo a se converter, nem a dor, nem pessoas, nem situações. Aproveite de tudo isso, pois não existe nada que não possa ser utilizado por Deus para sua conversão. Dessa forma, por causa dela [conversão], não fixe os olhos nas pessoas e nas situações. Para o seu bem, para que ela ocorra, não se fixe nas pessoas. Não olhe para elas, olhe “através” delas. Pois a meta é a conversão!
Não pergunte onde Deus está. Acredite e proclame que o Senhor está com você!
2 – Nossa conversão é a ação do Espírito Santo em nós.
O que devemos fazer é tornar nosso coração sensível às moções do Espírito. A missão d’Ele é nos santificar, mas nós temos o coração fechado para escutá-las [moções d’Ele]. Por isso, precisamos abrir o coração aos apelos d’Ele. É preciso ser obediente ao que Ele nos fala. É necessário entrar na “escola da sensibilidade e da obediência”.
3 – Aceite que um caminho de transformação é uma “porta estreita”.
“Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta e espaçoso o caminho que conduzem à perdição e numerosos são os que por aí entram. Estreita, porém, é a porta e apertado o caminho da vida e raros são os que o encontram” (Mt 7, 13-14).
O mundo oferece caminhos e portas largas e tem feito a sociedade se acostumar com isso. Contudo, você precisa passar pela “porta estreita”, ela é o caminho que nos conduz à santidade. É necessário perceber “quem” ou “o que” é a “porta estreita da sua vida”, que faz com que você seja mais misericordioso, mais paciente, mais corajoso, entre outros. Mas muitos de nós queremos nos ver livres desse “caminho apertado” e dessa “porta estreita”. Jesus diz que poucos a encontrarão. E você? Já conheceu a sua?
4 – Quero realmente me converter? Quero realmente mudar de vida?
É preciso ter humildade para escutar o que pensam e o que falam de nós. Então, escute o que as pessoas têm a dizer sobre você e, diante de Nosso Senhor, pergunte: “O que há de verdade disso que estão dizendo sobre mim?” Pois, todos somos como um baú, que tem coisas boas e coisas ruins.
Quantas vezes, eu ouvi tantas coisas e voltei para casa chorando e, graças a Deus, chorei no colo da Eliana, minha esposa. Pessoas que me disseram, aqui, no pé da escada, que eu era autossuficiente, arrogante, etc. O que você escuta e o tira do sério é porque talvez possua um pouco de verdade. É tempo de mudança, e se você quiser mudar realmente, este é o tempo propício. Nosso Senhor espera de nós uma verdadeira conversão!
5 – Conversão é uma escolha que eu faço!
A sua conversão não é uma escolha de ninguém. É uma escolha muito pessoal. É você que quer mudar, que quer ser melhor, que quer ser de Deus. Portanto, a escolha é sua!
6 – O tempo da conversão é agora.
Nosso Senhor nos dá um tempo para a nossa conversão, e este tempo é agora. Neste momento, neste lugar. Aí onde você está, não existe outro lugar. Isso fundamenta o que eu lhe disse no começo da pregação: valer-se de tudo para a conversão.
7 – Converter-se pela oração. Retirar-se com Jesus.
Retire os olhos das pessoas, dos fatos. Você e eu precisamos aprender a ir mais para o “deserto” a fim de sermos transformados e abençoados. E assim nos converter com a oração e a meditação da Palavra de Deus.
Passe para outras pessoas esses sete passos. É tempo de conversão. Quem se converte, aproxima-se cada vez mais de Nosso Senhor Jesus Cristo. É preciso oferecer ao seu coração o que mais ele deseja e necessita: Nosso Senhor.
(Artigo extraído da pregação de março de 2007)

Formação Canção Nova



sábado, 17 de janeiro de 2015

A amizade verdadeira nasce no coração de Deus



O que é realmente ser amigo?
Em um determinado momento comecei a pensar o que significa realmente ser amigo? Quais são as pessoas que hoje posso chamar de meus amigos?
Comecei então uma viagem para descobrir realmente o que é ser amigo. Percebi que não tenho muitos que posso chamar de amigos de verdade. Fiquei preocupado e comecei a questionar onde tenho errado para ter tão poucos amigos.
Então me lembrei de Jesus, um homem tão conhecido, tão procurado, mas tinha poucos amigos. Percebi que entre setenta e dois discípulos, ele escolheu doze para ser seus apóstolos. Quando precisou revelar algo muito importante, só três estavam com ele: Pedro, João e Tiago; e desses três, um foi o discípulo mais amado.
A amizade verdadeira nasce do coração de Deus 
Posso ter muitos colegas e ser querido por muitos, mas amigos verdadeiros são poucos. O interessante é que esses amigos nos são dados por Deus em momentos chave da nossa vida, como anjos que vêm em nosso auxílio, que nos dizem a verdade que precisamos ouvir e não o que nos convém, que nos mostram o verdadeiro sentido da vida e nos fazem crescer. Quanto mais toco na humanidade do meu amigo, mais me torno um com ele.
A verdadeira amizade tem o poder de ressurreição, pois é com os verdadeiros amigos que posso morrer e ressuscitar, cair e me levantar. Pois meu amigo sempre estará ali, me ajudando a ser melhor, me formando não só com palavras mais acima de tudo com a vida.
Ah! Como é bom olhar para trás e ver que Deus me deu amigos de verdade, que me fizeram mais feliz, que choraram comigo, me disseram para seguir em frente quando preciso; mas também me disseram para parar quando necessário. Amigos que me fizeram entender que amizade verdadeira me dá liberdade para construir novas amizades.
Sou muito grato a Deus por cada um de meus amigos, anjos enviados pelo Senhor para que eu pudesse alcançar o céu. Posso dizer que sou amigo sim e isso me traz grande alegria, pois descobri que nos meus relacionamentos, não simplesmente passei, mas também marquei e permaneci…
Este é um convite de Deus para cada um de nós: fazer a diferença em nossas amizades, mostrar para o mundo em que vivemos que existem amizades verdadeiras que podem ser vividas de forma sadia, se forem alicerçadas em DEUS. Pois “um amigo fiel é uma poderosa proteção, quem achou descobriu um tesouro, nada é comparado a um amigo fiel;o ouro e a prata não excedem o seu valor. Um amigo fiel é um remédio de vida e imortalidade; quem teme ao Senhor achará esse amigo. Quem teme ao Senhor também terá uma excelente amizade, pois seu amigo lhe será semelhante” (Eclo 6,14-17)
Essa é promessa de Deus é para você e para mim. Que possamos então assumi-la de forma consciente e coerente. E sempre estarmos atentos as visitas de Deus através deles.
O Senhor, que conhece o seu coração e sabe do que verdadeiramente você necessita, lhe conceda a fidelidade em suas amizades e lhe torne não amigos de todos, mas ser profundo em seus relacionamentos, lhe dando verdadeiros amigos. Amém!
Formação Canção Nova

Parábola do Joio e do Trigo


“Aquele que semeia a boa semente é o Filho do Homem. O campo é o mundo. A boa semente são os que pertencem ao Reino de Deus. O joio são os que pertencem ao maligno” (Mateus 13, 37-38).
A parábola do joio e do trigo nos ajuda a compreender melhor o mundo em que nós vivemos, porque, de fato, olhamos para o mundo em que nós vivemos e vemos que há o bom trigo de Deus. Graças a Deus por isso! Quantas pessoas boas, quanta gente com o coração generoso, quanta gente convertida a Deus, servindo a Deus de coração sincero; quantas famílias renovadas, curadas e libertas!
O Reino de Deus está acontecendo, os santos não estão somente no passado; os santos de Deus vivem no meio de nós, hoje, graças a Deus! Quando escuto essa palavra e olho a boa semente do trigo, eu olho para tantas mães virtuosas, mulheres maravilhosas, muitas vezes, podadas pelos sofrimentos da vida, que exemplo e que santidade! Da mesma forma, eu olho para tantos homens bons de coração, incapazes de fazer o mal.
Nós precisamos exaltar e reconhecer tantas virtudes que existem no meio de nós; quantos jovens lutando para viver a santidade e colocar em prática a Palavra de Deus. Quanta gente levando a bondade para o coração dos homens; é o trigo de Deus no meio de nós.
Mas nós não podemos ser ingênuos e não percebermos que também existe o joio no meio de nós, existe muita maldade, existem muitas pessoas que semeiam a discórdia; existem muitas pessoas que semeiam o mal e corrompem os outros para fazer o mal. Existem muitas pessoas que se tornam, infelizmente, um sinal do mal no meio de nós e nem é preciso enumerar as tantas obras e inúmeras maldades que cometem. E não pense que isso é lá fora, no mundo, até dentro da própria Igreja e onde estamos isso acontece.
E alguém pode perguntar: “Por que Deus não faz nada? Por que Deus não pega todo o joio, queima-o, separa-o e o joga fora?“. Porque no Reino de Deus o joio pode se transformar em trigo, o joio pode se converter e pode mudar de vida. E a função de quem é trigo, de quem tem o trigo de Deus no seu coração, é querer contagiar os joios deste mundo.
Infelizmente, muitas vezes, acontece o contrário: os que são do bem se deixam levar pelo mal; vacilam, são fracos. Mas hoje a Palavra de Deus, semeada em nosso coração, quer fortalecer o bem que há em nós e nos dar a esperança e, ao mesmo tempo, a convicção de que nós precisamos transformar cada vez mais o joio, que há no mundo, no trigo bom, na boa semente do Reino de Deus!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo