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terça-feira, 30 de setembro de 2014

José, o Pai de Jesus

                 


Já falei em outras ocasiões que tenho um amor profundo por São José. Eu admiro a sua vida, a sua humildade, a sua forma tão linda de amar. Sou devota e fã ardorosa desse santo e, muita agradecida a ele, por ter cuidado com tanto carinho do nosso adorado Jesus e de Maria, nossa amada Mãezinha do Céu. São José, exemplo de fidelidade a Deus, modelo de pai e esposo. Vi esse filme e fiquei emocionada! Muito lindo!


                          

SIMPLESMENTE JOSÉ
Padre Fábio de Mello

Eu tão simples, tão pequeno 
Um carpinteiro e nada mais
Mas meu Deus olhou pra mim
E me escolheu pra ser pai do filho seu
Eis-me aqui, faça-se em mim o teu querer
Sou seu José, simples José e nada mais 
Eu tão simples, tão pequeno
Um carpinteiro e nada mais
Mas meu Deus olhou pra mim
E me escolheu pra ser pai do filho seu 
Eis-me aqui, faça-se em mim o teu querer 
Sou seu José, simples José e nada mais 
Eu sou escravo de tua promessa 
Feito pra amar até o fim 
Eu sou escravo de tua promessa 
E sou feliz vivendo assim 
Eu tão simples, tão pequeno 
Um carpinteiro e nada mais 
Eu sou escravo de tua promessa 
Feito pra amar até o fim 
Eu sou escravo de tua promessa 
E sou feliz vivendo assim 
E sou feliz vivendo assim 
Eu sou feliz vivendo assim 
E sou feliz vivendo assim 
Feliz Eu tão simples, tão pequeno 
Um carpinteiro e nada mais 
Mas meu Deus olhou pra mim 
E me escolheu pra ser pai do filho seu 
Eis-me aqui, faça-se em mim o teu querer 
Sou seu José, simples José e nada mais 
Eu tão simples, tão pequeno 
Um carpinteiro e nada mais 
Mas meu Deus olhou pra mim 
E me escolheu pra ser pai do filho seu 
Eis-me aqui, faça-se em mim o teu querer 
Sou seu José, simples José e nada mais 
Eu sou escravo de tua promessa 
Feito pra amar até o fim 
Eu sou escravo de tua promessa 
E sou feliz vivendo assim 
Eu tão simples, tão pequeno 
Um carpinteiro e nada mais 
Eu sou escravo de tua promessa 
Feito pra amar até o fim 
Eu sou escravo de tua promessa 
E sou feliz vivendo assim 
E sou feliz vivendo assim 
Eu sou feliz vivendo assim 
E sou feliz vivendo assim 
Feliz





Dia da Bíblia


A Bíblia - Palavra de Deus - é o fruto da comunicação entre Deus que se revela e a pessoa que acolhe e responde à revelação. Por isso a Bíblia é formada por histórias de um povo, o Povo de Deus, que teve o dom de interpretar sua realidade à luz da presença de Deus e compreender que a vida é um projeto de amor que parte de Deus e volta para Ele.

O mês de setembro, para nós católicos do Brasil é o mês dedicado à Bíblia, isso desde 1971. Mas desde 1947, se comemora o Dia da Bíblia no ultimo domingo de setembro. O mês de setembro foi escolhido como mês da Bíblia porque no dia 30 de setembro é dia de São Jerônimo (ele nasceu em 340 e faleceu em 420 dC).

São Jerônimo foi um grande biblista e foi ele quem traduziu a Bíblia dos originais (hebraico e grego) para o latim, que naquela época era a língua falada no mundo e usada na liturgia da Igreja. Hoje a Bíblia é o único livro que está traduzido em praticamente todas as línguas do mundo e está em quase todas as casas, talvez nem fazemos ideia, mas a Bíblia é o livro mais vendido, distribuído e impresso em toda a história da humanidade.

O Mês da Bíblia surgiu em 1971, por ocasião dos 50 anos da Arquidiocese de Belo Horizonte. Posteriormente, foi assumido como um projeto de Evangelização, pela Conferência dos Bispos do Brasil (CNBB), abrangendo o âmbito nacional e também outros países da América Latina.

Fonte:
Paróquia Santo Antônio da Pampulha
Do Prólogo ao Comentário sobre o Profeta Isaías, de São Jerônimo, presbítero
(Nn.1.2: CCL 73,1-3)

Daí que eu imite o pai de família que de seu tesouro tira coisas novas e antigas. E a esposa, no Cântico dos Cânticos, que diz: Coisas novas e antigas, irmãozinho meu, guardei para ti (cf. Ct 7,14 Vulg.). E explicarei Isaías ensinando a vê-lo não só como profeta, mas ainda como evangelista e apóstolo. Ele próprio falou de si e dos outros evangelistas: Como são belos os pés daqueles que evangelizam boas novas, que evangelizam a paz (Is 52,7). E também Deus lhe fala como a um apóstolo: Quem enviarei, e quem irá a este povo? E ele respondeu: Eis-me aqui, envia-me (cf. Is 6,8).

Ninguém pense que desejo resumir em breves palavras o conteúdo deste livro, pois esta escritura contém todos os mistérios do Senhor, falando do Emanuel, o nascido da Virgem, o realizador de obras e sinais estupendos, o morto e sepultado, o ressurgido dos infernos e o salvador de todos os povos. Que direi de física, ética e lógica? Tudo o que há nas Santas Escrituras, tudo o que a língua humana pode proferir e uma inteligência mortal receber, está contido neste livro. Atesta esses mistérios quem escreveu: Será para vós a visão de todas as coisas como as palavras de um livro selado; se é dado a alguém que saiba ler, dizendo-lhe: Lê isto, ele responderá: Não posso, está selado. E se for dado a quem não sabe ler e se lhe disser: Lê, responderá: Não sei ler (Is 29,11-12).

E se alguém parecer fraco, ouça as palavras do mesmo Apóstolo: Dois ou três profetas falem e os outros julguem; mas se a outro que está sentado algo for revelado, que se cale o primeiro (1Cor 14,32). Como podem guardar silêncio, se está ao arbítrio do Espírito, que fala pelos profetas, o calar-se e o falar? Se na verdade compreendiam aquilo que diziam, tudo está repleto de sabedoria e de inteligência. Não era apenas o ar movido pela voz que chegava a seus ouvidos, mas Deus falava no íntimo dos profetas, segundo outro Profeta diz: O anjo que falava a mim (cf. Zc 1,9), e: Clamando em nossos corações, Abba, Pai (Gl 4,6), e: Ouvirei o que o Senhor Deus disser em mim (Sl 84,9).

(Séc.V)

Ignorar as Escrituras é ignorar a Cristo

Pago o que devo, obediente aos preceitos de Cristo que diz: Perscrutai as Escrituras (Jo 5,39); e: Buscai e achareis (Mt 7,7). Assim que não me aconteça ouvir com os judeus: Errais, sem conhecer as Escrituras nem o poder de Deus (Mt 22,29). Se, conforme o Apóstolo Paulo, Cristo é o poder de Deus e a sabedoria de Deus, e quem ignora as Escrituras ignora o poder de Deus e sua sabedoria, ignorar as Escrituras é ignorar Cristo.

Por Ironi Spuldaro



SANTO DO DIA: 30 DE SETEMBRO
DIA DE SÃO JERÔNIMO: DOUTOR DA IGREJA
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Nasceu na Dalmacia (Iugoslávia) no ano 342. São Jerônimo cujo nome significa "que tem um nome sagrado", consagrou toda sua vida ao estudo das Sagradas Escrituras e é considerado um dos melhores, se não o melhor, neste ofício.

Em Roma estudou latim sob a direção do mais famoso professor de seu tempo, Donato, que era pagão. O santo chegou a ser um grande latinista e muito bom conhecedor do grego e de outros idiomas, mas muito pouco conhecedor dos livros espirituais e religiosos. Passava horas e dias lendo e aprendendo de cor aos grandes autores latinos, Cicero, Virgilio, Horácio e Tácito, e aos autores gregos: Homero, e Platão, mas quase nunca dedicava tempo à leitura espiritual.

Jerônimo se dispôs ir ao deserto a fazer penitência por seus pecados (especialmente por sua sensualidade que era muito forte, por seu terrível mau gênio e seu grande orgulho). Mas lá embora rezava muito, jejuava, e passava noites sem dormir, não conseguiu a paz, descobrindo que sua missão não era viver na solidão.

De volta à cidade, os bispos da Itália junto com o Papa nomearam como Secretário a Santo Ambrósio, mas este adoeceu, e decidiu nomear a São Jerônimo, cargo que desempenhou com muita eficiência e sabedoria. Vendo seus extraordinários dotes e conhecimentos, o Papa São Dâmaso o nomeou como seu secretário, encarregado de redigir as cartas que o Pontífice enviava, e logo o designou para fazer a tradução da Bíblia. As traduções da Bíblia que existiam nesse tempo tinham muitas imperfeições de linguagem e várias imprecisões ou traduções não muito exatas. Jerônimo, que escrevia com grande elegância o latim, traduziu a este idioma toda a Bíblia, e essa tradução chamada "Vulgata" (ou tradução feita para o povo ou vulgo) foi a Bíblia oficial para a Igreja Católica durante 15 séculos.

Ao redor dos 40 anos, Jerônimo foi ordenado sacerdote. Mas seus altos cargos em Roma e a dureza com a qual corrigia certos defeitos da alta classe social lhe trouxeram invejas e sentindo-se incompreendido e até caluniado em Roma, onde não aceitavam seu modo enérgico de correção, dispôs afastar-se daí para sempre e se foi a Terra Santa.

Seus últimos 35 anos os passou em uma gruta, junto à Cova de Presépio. Várias das ricas matronas romanas que ele tinha convertido com seus pregações e conselhos, venderam seus bens e se foram também a Presépio a seguir sob sua direção espiritual. Com o dinheiro dessas senhoras construiu naquela cidade um convento para homens e três para mulheres, e uma casa para atender aos que chegavam de todas partes do mundo a visitar o lugar onde nasceu Jesus.

Com tremenda energia escrevia contra os hereges que se atreviam a negar as verdades de nossa Santa religião. A Santa Igreja Católica reconheceu sempre a São Jerônimo como um homem eleito Por Deus para explicar e fazer entender melhor a Bíblia, por isso foi renomado Patrono de todos os que no mundo se dedicam a fazer entender e amar mais as Sagradas Escrituras. Morreu em 30 de setembro do ano 420, aos 80 anos.

Padres da Igreja


ORAÇÃO PARA LER A BÍBLIA


Espírito Santo de Amor, pedimos tua ajuda e inspiração para ler e estudar a Palavra de Deus e aprofundá-la em nossa vida. 
Ajuda-nos a fazer que a Palavra de Deus seja viva e eficaz em nossas comunidades, que Ela seja lâmpada para nossos pés e luz em nossa caminhada.
E que esta Palavra passe por nós deixando seus frutos e sinais.
Espírito da Vida Nova, derrama sobre nós os teus dons: 
Sabedoria para entender e discernir a Palavra
Inteligência para descobrir o sentido de cada texto.
Conselho para orientar elevar esperança às pessoas
Fortaleza para animar os fracos e desanimados
Conhecimento para entender a realidade de hoje
Temor de Deus para colocar a história em suas mãos
Piedade para andarmos sempre em seus caminhos.
Tu, que és Espírito de Vida, ensinas-nos a ler a Bíblia e ver a realidade.
Descobrir a presença do Deus Vivo que caminha com seu povo.
E continuar a história do povo que caminhou com seu Deus.
Queremos viver a unidade, buscando o que nos une e não o que nos divide, para que todos sejam um como nos pediu Jesus. 
Espírito Santo de Deus, Criador das coisas novas, ajuda-nos a trabalhar na construção de um mundo novo baseado na Justiça, na Solidariedade e na Partilha, assumindo o compromisso com os pobres e excluídos, para realizar o projeto do Pai e fazer acontecer o Reino de Deus :os anunciado por Jesus Cristo.

Amém!


domingo, 28 de setembro de 2014

O Chamado de Deus


"Não fostes vós que me escolhestes; fui eu que vos escolhi e vos designei, para dardes frutos e para que o vosso fruto permaneça. Assim, tudo que pedirdes ao Pai, em meu nome, ele vos dará." João 15,16
Deus tem um chamado para toda a humanidade, sua vontade é que todos possam viver o que ele planejou, todavia mesmo nos escolhendo deixou em nossa responsabilidade querer ou não viver sua vontade.

A Bíblia relata pessoas que ouviram o chamado  de Jesus, aceitaram e puderam viver experiências incríveis na sua vida.

O chamado de Samuel pelo Senhor é, sem dúvida, um dos mais conhecidos. O relato nos diz que Samuel servia no templo ao sacerdote Eli. Está, pois, numa disposição de abertura a Deus e de serviço, dom de si. Ele ouve durante a noite alguém que chamar por seu nome. Toda vocação é pessoal. Deus solicita uma pessoa com um nome, uma história.
Samuel não compreende porque ele ainda não conhece a palavra do Senhor, ou seja, ele ainda não aprendeu a reconhecer o seu modo de falar. Ele pensa a cada vez que escuta Eli chamando-o. Sua prontidão em responder três vezes a esta voz que seu mestre diz que não é ele que o chama, testemunha sua abertura de coração e de desejo de se dar. É preciso que Eli compreenda, vendo a retidão de Samuel, que se trata do Senhor. Ele pode, então, revelar-lhe a identidade de seu interlocutor misterioso e como responder-lhe.
A disponibilidade de Samuel com relação a Eli lhe permite acolher o discernimento que o sacerdote faz e responder pessoalmente ao chamado que lhe é dirigido. Temos aqui os principais elementos de uma vocação e da resposta a ela. 

Esta história acontece à noite, num momento onde os sentidos estão adormecidos, onde a atividade á reduzida. Isso não acontece por acaso. Deus fala quando ele pode ser ouvido, quando, por meio de um retiro, um tempo de repouso, estamos menos preocupados pelas atividades do mundo. Deus pode ser escutado quando o coração está aberto, desejoso de se dar. A resposta a este chamado do Senhor é um dom de si.
Viver na doação de si é, pois, já preparar-se para responder à vontade de Deus. Samuel escuta, mas não reconhece a voz. Para discernir o chamado de Deus é preciso a ajuda de uma pessoa experimentada, conhecedora da voz do Senhor, de sua maneira de falar. Samuel responde dizendo: “fala que teu servo escuta”. Sua resposta manifesta a oferta de sua liberdade a Deus. Ele o permite revelar sua palavra.
Fonte:
Seminário Diocesano Nossa Senhora do Amor Divino


sábado, 27 de setembro de 2014

O que a Igreja ensina sobre os Anjos



"Os anjos, todos os anjos, louvem a Deus para sempre amém!" ♪  

Gosto muito de estudar sobre os anjos. Todas as vezes que encontro uma passagem relacionada aos anjos, eu anoto a referência na contracapa da minha Bíblia. Tenho no meu blog mais dois posts que falam sobre os santos anjos.

Na Coroação de Nossa Senhora do ano passado, na Festa da Padroeira,  entre as criancinhas vestidas de anjinhos, entraram três adolescentes representando os arcanjos Gabriel, Miguel e Rafael, com a música "Manda Teus Anjos", dos Anjos de Resgate. Ficou lindo!

No dia 29 deste mês, a Igreja celebra a festa dos Santos Arcanjos e no dia 2 de outubro, o dia dos Santos Anjos da Guarda. 

Os anjos são criaturas do céu que "trabalham" como mensageiros de Deus e os homens. Além dos anjos, existem também os arcanjos, que são anjos de ordem superior, isto é, no céu, os arcanjos estão acima dos anjos. 

E os anjo da guarda? Quem são eles? Eles são diferentes dos outros anjos? Sim, eles também são anjos, só que têm uma missão especial: os anjos da guarda tomam conta de todas as pessoas, afastando-as do mal e conduzindo-as ao bem. Todos nós temos um anjo da guarda, também chamado de anjo custódio (a palavra "custódio" significa "aquele que toma conta"), que está conosco desde o nascimento. Ele nos acompanha durante toda a nossa vida.

Recolhi na Net, dois textos do livro Anjos, do Professor Felipe Aquino,  muito interessantes, que nos fala sobre a existência dos anjos e o que a Igreja nos ensina sobre eles.



A Existência dos Anjos

Uma verdade de Fé
A existência dos anjos é uma verdade de fé confirmada por vários Concílios, pela Sagrada Escritura e pela Tradição da Igreja, que os apresenta nos escritos dos Santos Padres e dos Santos doutores.
O primeiro Concílio Ecumênico que confirmou a existência dos seres espirituais seres espirituais foi o de Niceia, em 325. Essa verdade foi reafirmada no Concílio de Constantinopla I, em 381. Também o Concílio regional de Toledo, em 400, na Espanha.
O Magistério da Igreja confirmou a realidade dos anjos sobretudo no Concílio de Latrão IV (1215), em Roma, ao declarar contra o dualismo dos hereges cátaros:
“Deus é o Criador de todas as coisas, visíveis e invisíveis, espirituais e corporais; por sua onipotência no início do tempo criou igualmente do nada as criaturas espirituais e corporais, isto é, o mundo dos anjos e o mundo terrestre; em seguida criou o homem, que de certo modo compreende umas e outras, pois consta de espírito e corpo. O diabo e os outros demônios foram por Deus criados bons, mas por livre iniciativa tornaram-se maus. O homem pecou por sugestão do diabo.” (DS 800 ).

A existência dos Anjos foi reafirmada, no II Concílio de Lião, sob Gregório X, em 1274, nos seguintes termos:
“Cremos em um Deus Onipotente…, criador de todas as criaturas, de quem, em quem e por quem existem todas as coisas no céu e na terra, visíveis, corporais e espirituais” (DS 461).
São Paulo ensinava em sua primeira Carta aos fiéis de Colossos:
“Nele foram criadas todas as coisas nos céus e na terra, as criaturas visíveis e invisíveis, Tronos, Dominações (ou Sobera-nias), Principados, Postestades (ou Autoridades): tudo foi criado por Ele e para Ele”. (Cl 1, 16)
O Concílio de Florença, sob Eugênio IV (1441-2) pelo Decreto “Pro-lacobitis”, e pela Bula “Contate Domine”, de 4 de janeiro de 1441 assim se expressou:
“A sacrossanta Igreja romana crê firmemente, professa e prega que um só é o verdadeiro Deus…, que é o criador de todas as coisas visíveis e invisíveis, o qual quando quis, por sua vontade criou todas as criaturas, tanto espirituais como corporais” (D.S, 706).
O Concílio de Trento (1545-1563) repetiu o ensinamento tradicional definido no IV Concílio de Latrão. Lê-se no Catecismo Romano e na profissão de Fé expressa na Bula “lniunctum nobis”, do Papa Paulo IV de 13 de novembro de 1564:
“Deus criou também, do nada, a natureza espiritual e inumeráveis Anjos para que o servissem e assistissem”. (la. parte, Cap. 2, a.1 do Símbolo., n. 17).
O Concílio Vaticano I (1869-1870) pelos decretos 3002 e 3025 da “Constitutio de fide catholica” -(DS, 1873) – e “Dei Filius”, ao condenar certos erros, afirma:
“Este Deus único verdadeiro…, com um ato libérrimo no início dos tempos, fez do nada ambas as criaturas, a espiritual e a corporal, isto é, a angélica e o mundo; depois a criatura humana, como que participando de ambas, constituída de alma e de corpo”.
O mesmo Concilio condenou os que “Afirmam que fora da matéria, nada mais existe” (Dec. 3022, 3025 – “Contra o materialismo”, DS 1802).
“Se alguém negar que existe um só Deus verdadeiro criador das coisas visíveis e invisíveis, seja anátema”. (DS 1801)
“Se alguém disser que as coisas finitas, quer sejam corpóreas, quer espirituais são emanações da substância divina… seja anátema” (Contra o Panteísmo,  Cânon 4)
Na Encíclica “Summi Pontificatus”, de 20 de outubro de 1939, Pio XII lamenta que “alguns ainda perguntem se os Anjos são seres pessoais e se a matéria difere essencialmente do espírito” (DS 2318).
O Concilio Vaticano II (1962-1965),  na Constituição Dogmática” “Lumen Gentium”, fala claramente dos anjos:
“Portanto, até que o Senhor venha com toda sua Majestade, e todos os Anjos com Ele (cf. Mt. 25, 31)” (LG, 49)
“A Igreja sempre acreditou estarem mais unidos conosco em Cristo, venerou-os juntamente com a Bem-aventurada Virgem Maria e os Santos Anjos com especial afeto…” (LG,50)
No Cap.VIII sobre “A Bem-aventurada Virgem Maria no Mistério da Igreja” lê-se:
“Maria foi exaltada pela graça de Deus acima de todos os Anjos e todos os homens, logo abaixo de seu Filho, por ser a Mãe Santíssima de Deus”. (LG, 66)
“Todos os fiéis cristãos supliquem insistentemente à Mãe de Deus e Mãe dos homens, para que Ela, que com suas preces assistiu às primícias da Igreja, também agora exaltada no céu sobre todos os Anjos e bem aventurados…” (LG,69)
As referências aos Anjos são feitas considerando-os como seres reais e não como símbolos ou abstrações.
No Credo do Povo de Deus, do Papa Paulo VI, de 30 de junho de 1968, o santo Padre afirma:
“Cremos em um só Deus, Pai, Filho e Espírito Santo, Criador das coisas visíveis, como este mundo, onde se desenrola a nossa vida passageira; Criador dos seres invisíveis como os puros espíritos, que também são denominados Anjos, e Criador em cada homem, da alma espiritual e imortal”.
O Catecismo da Igreja afirma sem hesitação a existência dos anjos:
“A existência dos seres espirituais, não-corporais, que e Sagrada Escritura chama habitualmente de anjos, é uma verdade de fé. O testemunho da Escritura a respeito é tão claro quanto a unanimidade da Tradição” (§ 328).
Diante de uma certa tendência de negar que os anjos são seres pessoais, mas apenas “instintos” ou “forças neutras”, como se fosse apenas uma tendência para o bem ou para o mal, o Papa Pio XII na sua encíclica “Humani Generis” (1959), reafirmou que os anjos são “criaturas pessoais”, dotadas de inteligência sagaz e vontade livre (DS 3891 [2317]).
São Gregório Magno dizia que cada página da Revelação escrita atesta a existência dos Anjos. A presença e a ação dos anjos bons e maus estão a tal ponto inseridas na história da salvação, na Sagrada Escritura e na Tradição da Igreja, que não podemos negar a sua existência e ação, sem destruir a Revelação de Deus.
O fato de muitas vezes os anjos terem sido apresentados de maneira fantasiosa ou infantil, não nos autoriza a negar a sua existência. Por serem seres espirituais, os anjos bons e maus não podem ter a sua existência provada experimental e racionalmente; no entanto, a Revelação atesta a sua realidade.
Eles são mencionados mais de 300 vezes na Bíblia.
Portanto, não há como negar a existência dos anjos, sem contradizer o claro ensinamento da Igreja.
Publicado em 09.04.2014



O que a Igreja ensina sobre os Anjos

A Igreja celebra em 29 de setembro a festa litúrgica dos Santos Arcanjos: Miguel (Quem como Deus!), Gabriel (Força de Deus) e Rafael (Cura de Deus). O Catecismo da Igreja afirma sem hesitação a existência dos anjos: “A existência dos seres espirituais, não corporais, que a Sagrada Escritura chama habitualmente de anjos, é uma verdade de fé. O testemunho da Escritura a respeito é tão claro quanto a unanimidade da Tradição” (§328).
O Catecismo lembra que: “Cristo é o centro do mundo angélico” (§ 331). Eles pertencem a Cristo, porque são criados por Ele e para Ele, como disse São Paulo: “Pois foi Nele que foram criadas todas as coisas, nos céus e na terra, as visíveis e as invisíveis: Tronos, Dominações, Principados, Potestades, tudo foi criado por Ele e para Ele” (Cl 1,16). Os anjos também são de Cristo porque Ele os fez mensageiros do seu projeto de salvação da humanidade. “Ainda aqui na terra, a vida cristã participa, na fé da sociedade bem-aventurada dos anjos e dos homens, unidos em Deus.” (§336)
Portanto, não há como negar a existência dos anjos, sem bater de frente com o ensinamento da Igreja, em toda a sua existência. São Paulo ensinava em sua primeira Carta aos fiéis de Colossos: “Nele foram criadas todas as coisas nos céus e na terra, as criaturas visíveis e invisíveis, Tronos, Dominações (ou Sobera­nias), Principados, Potestades (ou Autoridades): tudo foi criado por Ele e para Ele” (Cl 1,16).
O primeiro Concílio Ecumênico que confirmou a existência dos seres espirituais foi o de Niceia, em 325, quando fala no Decreto (DS 54), em “coisas invisíveis”: “Creio em um só Deus, Pai Todo Poderoso, Criador do Céu e da Terra, e de todas as coisas visíveis e invisíveis”.
Essa verdade foi reafirmada no Concílio de Constantinopla I, em 381. Também o Concílio regional de Toledo, em 400, reafirmou a mesma verdade, dizendo: “Deus é o Criador de todos os seres visíveis; fora d’Ele não existe natureza divina de Anjo, de potência que possa ser considerada como Deus.” O Magistério da Igreja confirmou a realidade dos anjos sobretudo no Concílio de Latrão IV (1215), ao declarar contra o dualismo dos hereges cátaros: “Deus é o Criador de todas as coisas, visíveis e invisíveis, espirituais e corporais; por sua onipotência no início do tempo criou igualmente do nada as criaturas espirituais e corporais, isto é, o mundo dos anjos e o mundo terrestre; em seguida criou o homem, que de certo modo compreende umas e outras, pois consta de espírito e corpo. O diabo e os outros demônios foram por Deus criados bons, mas por livre iniciativa tornaram-se maus. O homem pecou por sugestão do diabo. “(DS 800 [428]).
A existência dos Anjos foi reafirmada, no II Concílio de Lião, sob Gregório X, em 1274, nos seguintes termos: “Cremos em um Deus Onipotente…, criador de todas as criaturas, de quem, em quem e por quem existem todas as coi­sas no céu e na terra, visíveis, corporais e espirituais” (D.S., 461).
O Concílio de Florença, sob Eugênio IV (1441-2) pelo Decreto pro-lacobitis, e pela Bula Contate Domine, de 4 de janeiro de 1441 assim se expressou: “A sacrossanta Igreja romana crê firmemen­te, professa e prega que um só é o verdadeiro Deus…, que é o criador de todas as coisas visíveis e invisíveis, o qual quando quis, por sua vontade criou todas as criaturas, tanto espirituais como corporais” (D.S, 706). O Concílio de Trento (1545-1563) repetiu o ensinamento tradicional  definido no IV Concílio de Latrão. Lê-se no Catecismo Romano e na profissão de Fé expressa na Bula lniunctum nobis, do Papa Paulo IV de 13 de novembro de 1564: “Deus criou também, do nada, a natureza espiritual inumeráveis Anjos para que o servissem e assistissem”. (1ª parte, Cap. 2, a.1 do Símbolo., n. 17).
O Concílio Vaticano I (1869-1870) pelos decretos 3002 e 3025 da Constitutio de fide catholica (DS, 1873) – e Dei Filius, ao condenar certos erros, afirma: “Este Deus único verdadeiro…, com um ato libérrimo no início dos tempos, fez do nada ambas as criaturas, a espiritual e a corporal, isto é, a angélica e o mundo; depois a criatura humana, como que participando de ambas, constituída de alma e de corpo”. O  mesmo Concílio condenou os que: “Afirmam que fora da matéria, nada mais existe” (Dec.  3022). “Afirmam que as criaturas materiais e espirituais não foram criadas do nada e livremente” (Dec. 3025 – “Contra o materialis­mo”, D.S., 1802).
“Se alguém disser que as coisas finitas, quer sejam corpóreas, quer espirituais são emanações da substância divina… seja anátema” (Contra o Panteísmo, Cânon 4). Na Encíclica Summi Pontificatus, de 20 de outubro de 1939, Pio XII lamenta que “alguns ainda perguntem se os Anjos são seres pessoais e se a matéria difere essencialmente do espírito” (D.S. 2318).
O Concílio Vaticano II (1962-1965), na Constituição Dogmátca Lumen Gentium, fala claramente dos anjos: “Portanto, até que o Senhor venha com toda sua Majes­tade, e todos os Anjos com Ele (cf. Mt. 25, 31)”…(LG, 49). “A Igreja sempre acreditou estarem mais unidos conosco em Cristo, venerou-os juntamente com a Bem-aventurada Virgem Maria e os Santos Anjos com especial afeto…” (LG,50). No Cap. VIII sobre “A Bem-aventurada Virgem Maria no Misté­rio da Igreja”, lê-se: “Maria foi exaltada pela graça de Deus acima de todos os Anjos e todos os homens, logo abaixo de seu Filho, por ser a Mãe Santíssima de Deus” (LG, 66). “Todos os fiéis cristãos supliquem insistentemen­te à Mãe de Deus e Mãe dos homens, para que Ela, que com suas preces assistiu às primícias da Igreja, também agora exaltada no céu sobre todos os Anjos e bem aventurados…” (LG,69).
No Credo do Povo de Deus, do Papa Paulo VI, de 30 de junho de 1968, o santo Padre afirma: “Cremos em um só Deus, Pai, Filho e Espirito Santo, Criador das coisas visíveis, como este mundo, onde se desenrola a nossa vida passageira; Criador dos seres invisíveis como os puros espí­ritos, que também são denominados Anjos, e Criador em cada ho­mem, da alma espiritual e imortal”.
Diante de uma certa tendência de negar que os anjos são seres pessoais, mas apenas “instintos” ou “forças neutras”, como se fossem apenas  uma tendência para o bem ou para o mal, o Papa Pio XII na sua encíclica Humani Generis (1959), reafirmou que os anjos são “criaturas pessoais”, dotadas de inteligência sagaz e vontade livre (DS 3891 [2317]).
São Gregório Magno dizia que cada página da Revelação escrita atesta a existência dos Anjos. A presença e a ação dos anjos bons e maus estão a tal ponto inseridas na história da salvação, na Sagrada Escritura e na Tradição da Igreja, que não podemos negar a sua existência e ação, sem destruir a Revelação de Deus. O fato de muitas vezes os anjos terem sido apresentados de maneira fantasiosa ou infantil, não nos autoriza a negar a sua existência. Por serem seres espirituais, os anjos bons e maus não podem ter a sua existência provada experimental e racionalmente; no entanto, a Revelação atesta a sua realidade. Eles são mencionados mais de 300 vezes na Bíblia.
Publicado em 09.04.2014

Prof. Felipe Aquino
Trechos do livro: Os Anjos


O que é ser Coroinha?


Desde uma tenra idade estes adolescentes são convidados a doar tempo da sua vida em testemunhar Jesus Cristo e viver em intimidade com Ele no serviço ao altar, nas celebrações eucarísticas. São convidados a dar testemunho da sua missão também na família, na escola, no grupo de catequese e assim por diante.

Ser coroinha é algo muito importante, pois se presta um serviço à Igreja, ao sacerdote e, principalmente, à Deus. O coroinha ou a coroinha ajudam o padre a celebrar a missa e outras cerimônias da igreja, em toda a sua liturgia. Embora possam ser realizadas pelo celebrante ou até por um ministro, o acólito tem a seu cargo todas as tarefas da missa, desde que esteja devidamente preparado.

As tarefas de um acólito podem ir desde a correta preparação do altar, ao correto manuseamento do missal romano, todo o trabalho a realizar na credência, recepção das oferendas, etc. e também - em celebrações mais solenes – o manuseamento do turíbulo, o transporte da Cruz, das velas e do Evangelho ou todas as demais tarefas que ‘aparecem ocasionalmente’ devido o tempo Litúrgico que se vive.


Responsabilidade dos Coroinhas
  1. Participar das reuniões; missas e demais compromissos assumidos.
  2. Seja pontual.Chegue a tempo para as reuniões e celebrações.
  3. Seja organizado. Esteja sempre limpo, cabelo penteado e presos, calçados e roupas bem arrumados.
  4. Seja cuidadoso com as coisas da igreja e do altar.
  5. Trate dos paramentos e objetos litúrgicos com respeito como objetos destinados ao culto divino.
  6. Seja humilde e preste atenção ao que lhe for ensinado.
  7. Durante os atos litúrgicos evite conversas, risos ou brincadeiras (durante as celebrações evitar circulações no presbitério).
  8. Cultive o gosto pela oração e leia um trecho da Bíblia cada dia.
  9. Dedique-se ao estudo da liturgia,a fim de celebrar cada vez melhor.
  10. Observe o silêncio na igreja e na sacristia. E mantenha a concentração, principalmente antes de começar o ato litúrgico.

O que é preciso para ser coroinha?
Basta ter boa vontade; ser disponível para Deus e para sua comunidade; esforçar-se para ser bom, procurando viver o que Jesus viveu.


O que se exige de um coroinha?

Chegando ao templo: Ao chegar a Igreja, o coroinha deve dirigir-se à capela do Santíssimo Sacramento, ou ao altar em que o sacrário contempla Jesus sacramentado. Aí deve fazer uma genuflexão e permanecer em oração por alguns instantes, numa conversa com Jesus Cristo. Só então ele deverá dirigir-se á sacristia, para iniciar as atividades da celebração.
Do coroinha exige-se piedade, postura, respeito para com os ministérios, respeito para com o sacerdote, e atenção para com os fiéis da assembléia, respeito com o templo.
Juntos os coroinhas formam um grupo muito importante, no qual poderão encontrar união, compreensão, confiança e estima, coisa de que tanto precisam. O Pároco deverá, dentro do possível, acompanhar cada um deles em sua realidade pessoal, ajudando-os no que for possível. Ser coroinha exige responsabilidade, e devem assumir todos juntos, e cada um em particular, com amor, este serviço a Cristo e sua Igreja.

O que o coroinha deve conhecer?
  • A santa missa, parte por parte;
  • Os lugares da igreja;
  • Os livros sagrados;
  • Os utensílios usados na celebração;
  • As vestes litúrgicas;
  • O que a igreja ensina.
Fonte:
Paróquia Santa Clara de Assis 

Os 10 mandamentos do coroinha 

1. Ser responsável e assíduo. Quase que este é o mandamento principal do Coroinha: deve ser uma pessoa altamente responsável com a função que exerce; deve ter um cuidado especial com todos os objetos litúrgicos que manuseia. Quando for escalado, não deve faltar à Celebração. Deve também evitar faltar ou chegar atrasado aos encontros, pois para servir no Altar, não basta só estar no Grupo, deve-se seguir este e os outros mandamentos que nós veremos a seguir.

2. Ser disponível. O Acólito exerce um Ministério dentro da Igreja. Ou seja, faz um serviço que nenhuma outra pessoa é capaz ou está autorizada a fazer. Por isso, quando o Acólito for escalado para alguma Celebração, ele deve prontamente dizer SIM, EU VOU. Salvo se o Coroinha tiver outro compromisso que não puder desmarcar naquele momento, caso em que estará dispensado.

3. Ser atencioso. Acolitar significa servir; no nosso caso, servir no altar durante as Celebrações da Missa. Desta maneira, o Acólito deve ficar atento a todas as necessidades do Celebrante do decorrer da Missa.

4. Ter um comportamento exemplar. O Acólito, pela sua função no Altar, é uma pessoa altamente visualizada por toda a comunidade. Desta forma, automaticamente, o Acólito vira uma espécie de modelo de criança ou adolescente, para todas as pessoas da comunidade. Assim sendo, o Coroinha deve honrar esse grande papel que está exercendo na comunidade, comportando-se dignamente.

5. Ter cuidado com as vestimentas, a postura e os gestos. O Acólito é obrigado a ter um cuidado especial com estes três itens. As vestimentas dos acólitos devem ser dignas; durante os encontros deve-se evitar vir de bermuda, mini-saia, roupas curtas ou imprópria ao ambiente da Igreja. E para as Celebrações nem se fala, o Acólito tem que se vestir o mais discreta e compostamente possível. Já a postura e os gestos também devem ser condizentes com o Ministério de Acólito. O Coroinha deve evitar passar a mão no cabelo, nariz, ouvido, garganta e outras partes do corpo, pois o Coroinha manuseia objetos que contêm, além do Corpo e Sangue de Jesus, alimento que será consumido pela comunidade. Com relação aos gestos, deve-se evitar todos aqueles de natureza obscena ou que sejam desrespeitosos.

6. Ser Estudiosos. O Coroinha é uma pessoa diferente, que tem que ser bom em tudo que faz, inclusive na escola. Então, para servir no Altar, o Coroinha tem que ser um bom aluno, ou seja, precisa tirar boas notas; tem que tirar notas acima da média. Caso tenha algum conceito insuficiente será suspenso das suas funções, e dependendo das notas poderá ser até ser convidado a sair do Grupo de Acólitos.

7. Considerar e honrar a sua família. O Acólito deve ser um modelo exemplar também dentro da sua família. Ninguém vive sadiamente sem família. As pessoas que não têm família, possuem na maioria das vezes algum problema de ordem psicológica. E muitas vezes, mesmo tendo em casa a nossa família, nós não a tratamos com a devida importância e respeito, gerando dessa forma muitos problemas que, com o passar do tempo, não podem ser mais consertados.

8. Respeitar todas as pessoas. O mundo em que vivemos não está restrito à nossa família, à escola ou à igreja. Nós, seres humanos necessitamos de gente, muita gente mesmo, para brincar, jogar, conversar ..., ou seja, viver decentemente. Para isso temos de respeitar, tratar bem, ser educado com todas as pessoas de quem nós gostamos, e também com aquelas que não gostamos. Porque dizia Jesus: Perdoar um amigo é fácil; quero ver você perdoar um inimigo.

9. Ser um amigo verdadeiro. Umas das grandes qualidades do Acólito é passar todos os seus conhecimentos para os Coroinhas mais novos. Dentro do Grupo de Acólitos deve existir uma amizade verdadeira entre os componentes. Devem-se evitar fofocas, disse-me-disse, brigas, discussões ou qualquer outra ação que venha desencadear a desunião do Grupo. Caso o Acólito não se enquadre nesse esquema será convidado a sair do Grupo.

10. Nunca esquecer a oração. Este é o principal mandamento do Acólito. A Oração é o combustível do Católico. Sem ela, o nosso tanque de gasolina secará, e nós pararemos no meio do caminho, igual a um carro. Com ela, nós conseguimos ter os mais íntimos contatos com Deus Pai. Devemos recorrer à oração em todos o momentos de nossas vidas. Para agradecer, interceder, suplicar, ou para simplesmente conversar com Deus. Não podemos desperdiçar nenhuma oportunidade, temos que abraçar todas. Quando rezamos de maneira correta e consciente, ao terminar, ficamos com o gostinho de quero mais. Podemos rezar em qualquer lugar, sozinhos ou acompanhados. Entretanto, a Oração mais poderosa que existe na face da Terra é a Celebração da Santa Missa, onde o Coroinha participa dela de camarote. E pode ter certeza muita gente tem uma certa inveja da localização dos Coroinhas dentro da Missa; por isso aproveite este privilégio que não são todos que têm. 


O Uso do Incenso na Liturgia Católica


O uso do incenso para o culto é antiquíssimo, pré-cristão. Recorramos à Bíblia para compreender melhor. No Templo de Jerusalém - já antes em torno da Arca da Aliança - o rito de incenso era clássico. No capítulo 30 do Êxodo estabelece-se como será o altar do incenso. Outra passagem podemos ler no Evangelho de Lucas 1, 8-9. O profeta Isaías anunciou que na nova era de Jerusalém viriam reis do oriente com ouro e incenso em honra do Senhor (Is 60,6). O evangelho vê  a profecia cumprida nos dons que os magos do oriente ofereceram ao Menino Divino: ouro, incenso e mirra.

Elegantemente e solenemente, o uso do incenso dentro da Celebração Litúrgica expressa o respeito e a reverência ao Senhor nosso Deus. Quem não se rejubila ao ver, nas solenidades litúrgicas, elevarem-se dos turíbulos aquelas ondas que impregnam de suave perfume todo o recinto sagrado? Perfeita imagem da oração que sobe como oblação de agradável odor até o trono de Deus. Nas Sagradas Escrituras incenso e prece são apresentados como termos reversíveis um no outro: “Que minha oração suba à tua presença como incenso” (Sl 140, 2). Na mesma linha, lê-se no livro do Apocalipse: “Depois veio outro anjo e parou diante do altar, tendo um turíbulo de ouro. Foram-lhe dados muitos perfumes, a fim de que oferecesse as orações de todos os santos sobre o altar de ouro, que está diante do trono de Deus” (8, 3-4). 

O incenso, cheio de perfumes que sobe aos céus, simboliza a fé, o amor, a adoração e sobretudo a atitude de oferenda e sacrifício dos fiéis diante de Deus.

Devemos ter consciência de que o verdadeiro perfume agradável a Deus - do qual o incenso é sinal exterior - é a nossa vida como oferta e sacrifício de louvor. Nos exorta o apóstolo Paulo: vivei no amor, como Cristo nos amou e se entregou a si mesmo a Deus por nós em oblação de vítima, como perfume de agradável de odor (Ef 5,2). Os ritos de incensação querem indicar nossa própria vida como um sacrifício agradável a Deus e perfume benfazejo para os demais.



Uma história de mais de três mil anos

A utilização dessa essência no culto divino provém de uma prescrição feita pelo Senhor a Moisés, na mesma ocasião em que Este lhe entregou, no Monte Sinai, as Tábuas da Lei. O próprio Deus lhe ditou como deveria ser feito: “Toma aromas: estoraque, ônix, gálbano de bom cheiro, incenso lucidíssimo, tudo em peso igual. Farás um perfume composto segundo a arte de perfumador, manipulado com cuidado, puro e digníssimo de ser oferecido. E, quando tiveres reduzido tudo a um pó finíssimo, pô-lo-ás diante do tabernáculo do testemunho, no lugar em que eu te aparecer. Este perfume será para vós uma coisa santíssima” (Ex 30, 34-36).

Deus não deixa a menor dúvida de que essa essência odorífera deveria ser usada exclusivamente para o esplendor do culto divino: “Todo homem que fizer uma composição semelhante para gozar de seu cheiro, perecerá no meio do seu povo” (Ex 30,38).

Assim, obedecendo ao que Deus determinou a Moisés, o povo eleito queimou durante vários séculos, pela manhã e pela tarde, em homenagem ao Senhor um incenso de suave fragrância.

No Novo Testamento, ele surge já nos primeiros dias do Menino Jesus. Entrando os Reis Magos na casa onde estava Ele com sua Mãe, prostraram-se e O adoraram, em seguida abriram seus tesouros e lhe ofereceram ouro, incenso e mirra. “O incenso era para Deus, a mirra para o Homem e o ouro para o Rei”, diz São Leão Magno (Sermão n. 31). Portanto, dos três dons oferecidos, o de maior valor simbólico era o incenso.


A serviço do esplendor da Liturgia

Devido ao fato de os povos pagãos costumarem queimar todo tipo de perfumes em seus cultos idolátricos, por cautela a Igreja demorou certo tempo em admitir seu uso nas cerimônias litúrgicas.

Logo, porém, que a Liturgia começou a se desenvolver, ele fez seu aparecimento. Assim, nas primeiras décadas do quarto século, o Imperador Constantino ofereceu à Basílica de Latrão dois incensórios, feitos de ouro puro, os quais provavelmente permaneciam fixos em seus lugares e eram usados para perfumar o lugar santo.

O Papa Sérgio I (687-701) mandou dependurar na igreja um grande incensador de ouro para que, “durante as Missas solenes, o incenso e o odor de suavidade se elevassem mais abundantemente para o Deus Onipotente”.

Surgiu depois o turíbulo, mas, de início, sua utilização consistia apenas em ser levado pelo subdiácono à frente do cortejo litúrgico, perfumando o percurso do celebrante na entrada e na saída da Missa, e na procissão do Evangelho.

No correr do tempo, com o aperfeiçoamento das celebrações, instituiu-se a incensação no momento do Evangelho, depois no Ofertório e, por fim, no séc. XIII, na elevação da hóstia e do cálice.

Atualmente a incensação durante a Missa é facultativa, podendo ser feita durante a procissão de entrada, no início da Celebração, na proclamação do Evangelho, no Ofertório, e na elevação da hóstia e do cálice após a Consagração (cf. IGrMR, 235).


Efeitos e finalidades

O celebrante põe incenso no turíbulo e o benze com o sinal-da-cruz. Essa bênção faz dele um sacramental, isto é, um “sinal sagrado” mediante o qual, imitando de certo modo os sacramentos, “são significados principalmente efeitos espirituais que se alcançam por súplica da Igreja” (CIC nº 1166).

Um desses efeitos pode ser verificado no motivo da incensação do altar e das oferendas, na Missa. Incensa-se o altar para purificá-lo de qualquer ação diabólica, e as oferendas para torná-las dignas de serem usadas no Mistério Eucarístico.

O incenso é primordialmente um ato de homenagem a Deus, a Nosso Senhor Jesus Cristo, bem como aos homens e objetos consagrados ao culto divino.

Segundo São Tomás de Aquino, a incensação tem duas finalidades. A primeira é fomentar o respeito ao sacramento da Eucaristia, já que ela serve para eliminar, com um perfume agradável, os maus odores que poderiam existir no lugar. A segunda, representar a graça, da qual, como um bom aroma, Cristo estava cheio.

Por fim, o carvão aceso no turíbulo e o perfume que se evola servem também para nos advertir que, se queremos ver nossas orações subirem assim até o trono de Deus, devemos nos esforçar para ter o coração ardente com o fogo da caridade e da devoção.

Fonte: Paróquia Nossa Senhora Rainha