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sexta-feira, 17 de maio de 2019

Cuidados que devemos ter para receber bem e devotamente Jesus na Eucaristia



Estamos nos aproximando do dia da Primeira Comunhão... Minha turminha vai receber o Sacramento da Eucaristia pela primeira vez! Isso é muito importante! E sempre que estamos às vésperas de um momento importante, precisamos parar para pensar, para rezar, para preparar nosso coração para esse momento. 

Hoje, entendemos melhor o sentido e a beleza da Eucaristia e refletimos sobre a importância desse sacramento em nossa vida.

Com uma música instrumental bem suave, iniciamos o nosso encontro fazendo alguns exercícios de "relaxamento" para preparar o nosso corpo e a nossa mente para o momento da oração. Foi muito boa a experiência!

Esse foi o nosso último encontro de Catequese antes da Primeira Comunhão, então planejei conversar com as crianças sobre todas as dúvidas que porventura tivessem.

No início de cada encontro sempre pergunto às crianças que tempo estamos vivendo no calendário litúrgico. Sabemos que acabamos de entrar no Tempo Pascal. O Tempo Pascal começa na Vigília Pascal, com a ressurreição de Cristo, e é celebrado durante sete semanas, até a vinda do Espírito Santo no Domingo de Pentecostes (que significa em grego, "cinquenta dias". É um tempo que prolonga a alegria inigualável da Ressurreição e aguarda, ao final destes cinquenta dias, o dom do Espírito Santo na Festa de Pentecostes.

Disse-lhes: No domingo passado celebramos a alegria da Ressurreição. "Cristo nos amou até o fim, e a sua ressurreição deve ser para nós motivo de grande alegria: fomos salvos, e a morte finalmente derrotada".

Neste tempo pascal vocês vão receber Jesus Eucarístico pela primeira vez. Será uma experiência maravilhosa! Pode ser que vocês tenham alguma dúvida, por isso, no encontro de hoje, vamos conversar sobre o que gostariam de esclarecer a respeito do Sacramento que receberão no próximo mês. Vamos começar lembrando o que vivenciamos na semana passada, mas antes me respondam: Quem instituiu a Eucaristia? (Deixei que respondessem). E quando Jesus Cristo instituiu a Eucaristia?

Instituiu-a na Quinta-Feira Santa, "na noite em que foi entregue" (1Coríntios 1,23), ao celebrar a Última Ceia com os seus Apóstolos. Vamos relembrar?

“Ao anoitecer, Jesus se pôs à mesa com seus discípulos. Enquanto estavam comendo, Jesus tomou o pão e pronunciando a bênção, partiu-o e deu-o aos discípulos dizendo: ‘Tomai e comei, isto é o meu corpo’. Em seguida, pegou um cálice, deu graças e passou-o a eles dizendo: ‘Bebei dele todos, pois este é o meu sangue, o sangue da nova e eterna aliança, que é derramado por todos para remissão dos pecados.’”
Jesus sabia que havia chegado sua hora de morrer. Não porque ele adivinhasse as coisas, mas porque ele via que suas palavras e obras estavam incomodando muita gente poderosa que queria matá-lo. Então, antes que eles botassem as mãos em Jesus, ele fez um jantar especial com seus amigos. E foi nesse jantar que tudo aconteceu. Jesus tomou o pão e o vinho e disse que eles seriam sinais da sua vida doada por amor a nós. A partir daquele momento, o pão e o vinho passaram a ser algo mais que um simples alimento e uma simples bebida para quem se reúne para celebrar a fé em Jesus. Esses pequenos e corriqueiros símbolos ganharam novo significado: tornaram-se para nós o corpo e o sangue de Jesus, sinais da sua presença no meio de nós. Então, Jesus, mesmo morrendo, continuou entre nós. Pois o corpo e o sangue significam a vida da pessoa toda.
E foi assim que aconteceu. Depois que morreu, ressuscitou e voltou para junto de Deus, os discípulos não podiam mais ver Jesus, mas podiam continuar unidos a Jesus pelos diversos sinais que ele deixou. Eles se reuniam para rezar e celebravam a Eucaristia. E isso era força para eles. Os discípulos enfrentavam provações, dificuldades e até perseguições, mas não desanimavam. Sabiam que Jesus estava com eles, presente em suas vidas, em seus corações, e ainda mais no sinal da Eucaristia.

Na ressurreição, cumpre-se a própria palavra de Jesus: “É necessário que o Filho do Homem sofra muitas coisas ...  seja morto e, no terceiro dia, ressuscite”. (Lc 9,22).

“...alegraram-se, portanto, os discípulos ao verem o Senhor.” (Jo 20,20)





Já vimos que a Comunhão é para quem quer ser discípulo de Jesus; que a Comunhão não é uma festa para receber a hóstia pela primeira vez e sim, um compromisso de viver a vida em união com Jesus.

Foi para ficar sempre conosco que Jesus nos deixou o sacramento da Eucaristia, a Comunhão. "Sacramento" quer dizer "sinal": sinal de união do discípulo com o mestre, sinal do amor de Jesus por nós que não quer nos deixar sozinhos. "Eucaristia" quer dizer "ação de graças", ou seja, a alegria do discípulo que agradece a Deus por poder viver unido a Jesus.

Passamos então a conversar sobre que cuidados precisamos ter para receber bem e devotamente Jesus na Eucaristia e que frutos a Sagrada Comunhão produzem em nossas vidas.

Indaguei das crianças sobre possíveis dúvidas, esclarecendo alguns pontos que costumam gerar dúvidas, por exemplo, as questões mais práticas como: procissão para receber a comunhão, posição das mãos, silêncio...

Ver mais na página https://mgathe.blogspot.com/2017/02/esta-chegando-o-dia-da-nossa-primeira.html

Esclarecidas as dúvidas, contei para as crianças uma historinha que uma catequista partilhou conosco na página Catequistas em Formação (postei abaixo). Fiz algumas alterações para adaptar a história à nossa realidade.

Enquanto contava a historinha, as crianças ouviam atentamente... em certo momento deram risadas, porque acharam que a família do Lipe era parecida com a família do Pedro Aquino. rsrs

Finalizando, convidei a turma para irmos até a Capela do Santíssimo, para diante do sacrário agradecermos pela nossa caminhada, pela Catequese, e fazermos em silêncio as nossas orações pessoais.

Foi um encontro maravilhoso!!!

Obrigada Senhor!
A HÓSTIA QUE BRILHA

A família do seu Marcos era muito participativa na comunidade onde viviam. Ele e sua esposa Carol participavam de muitas atividades na igreja. Marcos, logicamente, sempre que podia, por causa dos horários de trabalho, mas não deixavam de ir sempre à missa. Quando não dava pra ir na parte da manhã, eles iam à tarde ou à noite, mas não faltavam nunca a missa aos domingos.
Com o passar dos anos, Carol engravidou e nem por isso deixou de participar: ia sempre rezar o terço com os irmãos de comunidade, ajudava nas Celebrações, comparecia às festas na igreja... Até que não deu mais e ela foi para o hospital, pois o seu filhinho iria nascer. E nasceu um garoto forte e quase carequinha. Ele tinha um montinho de cabelo bem no meio da cabeça, mas era uma graça. O garoto recebeu o nome de Felipe... Bom, pelo menos é o que está escrito na certidão de nascimento dele, mas todos o chamam de Lipe, Lipinho.
E a vida continuou. Vocês acham que depois que o Lipe nasceu os pais deles pararam de fazer o que faziam, que era ir às novenas, à missa, participar das atividades? Que nada! Agora aonde iam, tinham que levar um carrinho de bebê e uma mala com fraldas, toalhinhas, lenços umedecidos.
Como toda criança, Lipe cresceu e começou a falar as palavrinhas que todos os pais esperam ouvir: MAMA e PAPA, só que vou contar uma coisa pra vocês... Eu acho que essas palavras não significam mamãe e papai e sim, mamadeira e papá de comida. Mas deixa os pais pensarem que os bebês estão chamando eles! Vamos voltar para a história...
Marcos e Carol iam em todos os lugares com o Lipe e um dos lugares que Lipe mais gostava era da Igreja. Quanto ele começou a engatinhar, se arrastava pelo chão da igreja e não queria mais saber de ficar no colo. Quando aprendeu a andar, vixe!!!! Aí foi um Deus nos acuda mesmo! Ele não parava quieto! Se seus pais dessem bobeira por um segundo, ele corria até o altar para ficar perto do padre. E lá ia Carol ou Marcos buscá-lo e tentar fazê-lo entender que tinha que ficar sentadinho e prestar atenção no que o padre estava fazendo. Porém o garoto era pequeno e logicamente tudo o que os pais falavam entrava por uma orelha e saía pela outra. E era assim toda missa.
O tempo foi passando e os pais de Lipe continuavam ensinando o filho como se comportar durante a Missa. Agora ele até ficava sentado, batia palmas e prestava atenção no altar, no padre, nos coroinhas, nos músicos e só ia até o altar quando acompanhava os pais na procissão para receber a Eucaristia. Lipe olhava admirado os pais recebendo aquele “negócio branco” que a mãe falava que era o Corpo de Cristo.
E isso encantava Lipe, agora ele queria sempre se sentar nos bancos da frente para ninguém atrapalhar a visão dele do altar, tanto é que ninguém sentava no banco do Lipe. Ali ele via o padre perfeitamente, amava as músicas do ofertório. Quando o padre fazia a consagração ele ajoelhava e ficava admirado.
Mas Lipe ficou doente. Os pais o levaram ao médico. Fez inúmeros exames, Raio X e nada de encontrar o que esse garoto tinha! Um dia, a mãe sem saber mais o que fazer, nem que remédio dar, perguntou para Lipe se ele queria alguma coisa. Para sua surpresa, ele disse que sim, ele queria “comer aquela coisa branca” que todos comiam na missa. E agora? Bom, Carol foi falar com o padre e este disse para levá-lo na Missa e no final, ir à sacristia que lá lhe daria uma hóstia não consagrada.
E foi o que fizeram. Levaram Lipe na missa e ele meio sonolento, febril, ficou aguardando o momento de “comer aquele negócio branco”.
No fim da missa, após todos saírem, a família de Lipe se dirigiu à sacristia e o padre estava esperando para dar a hóstia para Lipe. Quando Lipe chegou, fez até a inclinação do tronco que os pais faziam, o padre pegou a hóstia e levou até a boca do garoto. Só que ele não abriu a boca, ou melhor, abriu para falar: “- Não é essa que eu quero!” O padre disse que era igual aos que os pais recebiam, mas o garoto bateu o pé e disse que não. O padre foi lá e pegou outra, mas o garoto insistia que não era igual. Pronto... Agora o negócio complicou!
O padre resolveu perguntar para Lipe por que ele acreditava que não era igual e Lipe respondeu sem pensar um segundo: “- Aquela que meus pais comem, BRILHA!”
Bom, aqui tenho certeza que eles vão querer saber se o menino comungou a hóstia que brilha. Vou ter que explicar que primeiro o Lipe terá que ir para a Catequese para fazer a Primeira Comunhão. Rsrs



Muito a agradecer!!! 
Obrigada, Senhor! 


"Tire as sandálias dos teus pés, porque o lugar em que te encontras é uma terra santa."
Êxodo 3, 4-5

Nós te louvamos, Senhor nosso Deus, pela vitória de Jesus, que é para nós também garantia de vitória. Nós te agradecemos porque a vida de Jesus não terminou no fracasso do túmulo, mas renasceu na glória da ressurreição. Nós te agradecemos, Senhor Deus, por saber que nossa vida não termina no fracasso, mas desabrocha numa vitória completa e total. Obrigada Senhor! Amém! 




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