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sábado, 22 de março de 2014

Israel, o Povo de Deus, tem Juízes e Reis


Objetivos:

  • Descobrir que a ação de Deus é diferente da ação das pessoas.
  • Perceber que Deus age através dos "pequenos".
  • Considerar a necessidade de ser "pequeno" diante de Deus.



Conteúdo:


1) A Terra Prometida
  • Passagem do Rio Jordão
  • Tomada de Jericó

2) Os juízes do povo de Israel
  • Sua missão

3) Os reis do povo de Deus
  • Saul
  • Davi
  • Salomão

Recursos:

  • 12 pedras para montar o altar
  • Velas, uma com as letras AT e outra NT
  • Flores


Ambiente:

  • Espalhar as 12 pedras pela sala.




1. Acolhida e Oração Inicial:


  • Acolher a turma com entusiasmo.
  • Música: Bênçãos, da Banda Iahweh.
  • Para motivar este encontro, podemos usar uma dinâmica com pedras, simulando as pedras do Rio Jordão, quando os israelitas conquistaram a Terra Prometida. As pedras vão estar espalhadas pela sala, possivelmente os catequizandos se questionarão sobre o significado das pedras. 


  • O catequista fará breve resumo dos acontecimentos  de Js 1-4:  Depois de caminharem durante quarenta anos pelo deserto, o povo de Israel chegou perto da Terra Prometida. Moisés, depois de avistar esta terra, em que corria leite e mel, morreu, em seu lugar, Deus chamou Josué, homem justo e fiel, para comandar e conduzir seu povo, na conquista da terra que Deus havia prometido a Abraão. O povo de Deus, saindo do deserto, chegou às margens do Rio Jordão. Deus mandou que Josué conduzisse a Arca da Aliança na frente do povo, até o meio do rio; quando a Arca chegou ao meio do rio, este se abriu, deixando o seu leito seco e o povo pôde atravessar, sem se molhar. Josué mandou que pegassem doze pedras do leito do rio, onde ficara a Arca. Depois disso, caminharam até chegar perto de Jericó, aí construíram um altar e ofereceram sacrifícios de louvor e ação de graças ao Deus que os libertara e os conduzira com "mão forte e poderosa". Celebraram a Páscoa; depois disso, não mais choveu o maná.
  • A seguir, o catequista convidará seus catequizandos a montarem um altar como aquele feito no tempo de Josué. Pedirá que enfeitem com as flores e com as velas: uma representando o AT e outra, NT. Acendidas as velas, faz-se a entrada solene da Bíblia que é colocada sobre as pedras.



  • Sossegar as crianças. Fazer o sinal da cruz.
  • Comentar: É com alegria que a gente se reúne para mais um encontro. Vamos começar animados, pedindo a Deus que venha nos abençoar. Cada um pode fazer uma prece, pedindo a Deus que abençoe você ou alguma outra pessoa de quem você gosta ou que esteja precisando da bênção de Deus.
  • Fazer preces espontâneas (todos em pé). A resposta pode ser: "Venha nos abençoar, Senhor".
  • Invocação do Espírito Santo (cantada ou rezada).


Símbolo Litúrgico: pedra

     Explicar:
  • A pedra é abundante na natureza, ela é durável, sólida e pesada; por isso tornou-se símbolo de força. Na travessia do deserto Deus faz brotar da rocha a água (cf. Ex 17,1-7). Deus, no Sinai, sela a Aliança com seu povo em tábuas de pedra e nelas escreve seus mandamentos (cf. Ex 19). Perto de Jericó é construído um altar com doze pedras tiradas do Rio Jordão (cf. Js 4).
  • Jesus é chamado de "pedra angular", isto é, fundamento. Pedra angular é a pedra fundamental que sustenta um edifício (cf. Sl 118,22; Mt 21,42; At 4,11; 1Pd 2,4-7). Os cristãos são chamados de pedras vivas da construção do edifício espiritual que é a Igreja (cf. 1Pd 2,5; Ef 2,21). Jesus ainda é  "pedra de tropeço" (Is 8,14); Rm 9,33; 1Pd 2,8) porque, revelando a salvação e o amor de Deus por toda a humanidade, ele pede que a pessoa faça uma escolha: estar na luz ou nas trevas.
  • Jesus chamou os apóstolos e discípulos. A Simão, pescador, rude, forte e duro, que em momentos de decisão agia com impetuosidade. Jesus o constituiu "primeiro" na sua Igreja; deu-lhe o nome de Pedro. Disse-lhe Jesus: "Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja". Não só Pedro é pedra na Igreja, todos somos convidados a edificar a Igreja de Jesus.


Gesto litúrgico:

  • Impor as mãos em alguém é um gesto litúrgico muito antigo. Indica escolha de Deus, é sinal da bênção (cf. Gn 27,27ss; Lv 9,22), de poder (cf. Ex 14,30-32; Dt 34,9; Sl 19,2), de consagração (cf. Nm 8,10-16), de identificação para uma missão: rei, sacerdote, profeta (cf. Nm 27,15-23). 
  • Desde o início, é costume na Igreja impor as mãos para dar a bênção, para a libertação do mal, a cura das doenças e a bênção de Deus (cf. Mc 9,12; Lc 4,40; At 8,17; 19,6). Através da imposição das mãos a Igreja consagra os escolhidos para algum ministério (cf. At 6,6; 13,3; 1Tm 4,14; 5,22; 2Tm 1,6ss).
  • Na Eucaristia, no momento da consagração, o sacerdote impõe as mãos sobre as ofertas do pão e do vinho (CIC, 699), e nas celebrações, quando o celebrante presidente dá a bênção final, também faz o gesto de impor as mãos.
  • Na Celebração Penitencial, o presbítero impõe as mãos num gesto concreto do perdão dos pecados (CIC, 1449).   


2. Motivação:

 

Perguntar aos catequizandos:

  • Vocês sabem o que é um líder? Ou um herói?
  • Vocês conhecem a história de algum líder ou herói?

         (Deixar que falem).


Lembrá-los de que um grande líder que já conhecemos: Moisés.

Hoje vamos conhecer a histórias de mais alguns líderes do povo de Deus. Mas, antes vamos fazer uma breve recordação dos nossos encontros anteriores:

Deus escolhe um povo: Israel. Depois de tirar este povo da escravidão no Egito, o conduz pelo deserto. Deus diz a Moisés que conduziu o povo "com asas de águia" para mostrar o quanto ama e cuida deste povo, que é o seu povo. 

O caminho era árido e pedregoso, a caminhada era dura e cansativa. Os alimentos que haviam trazido Egito estavam se esgotando. Faltava água, o povo se esqueceu das obras de Deus, e, lembrando-se dos alimentos que tinha no Egito, começou a murmurar contra Deus e Moisés. Deus alimenta seu povo com maná e as codornizes e dá de beber água que brota da rocha (Ex 16-17; Nm 11,4-34; 20,1-13). 

O povo de Israel tinha vivido por muitos anos como escravo e já não sabia mais se comportar como um povo livre. Era preciso estabelecer algumas regras. Por isso, Deus chamou Moisés para o monte Sinai e lá ditou dez mandamentos para os israelitas viverem em paz e com ordem. Eram dez leis que ensinavam o caminho para uma vida correta.

(Relembrar com as crianças os dez mandamentos, usando "as tábuas" que fizemos para o encontro cujo tema foi "Moisés - O libertador do seu povo).

Os três primeiros falam do nosso encontro, da nossa relação com Deus. Nos sete restantes, Deus nos ensina como viver em paz e em fraternidade.
  1. Amar a Deus sobre todas as coisas. (Somente Deus deve ser adorado e ocupar o primeiro lugar na nossa vida. Ele é o Criador. Só Deus é absoluto, tudo o mais é relativo).
  2. Não tomar seu santo nome em vão. (O nome de Deus é santo, não deve ser pronunciado à toa).
  3. Guardar domingos e festas de guarda. (Participar das missas para comunhão com Deus e os irmãos. Deus está sempre à nossa espera).
  4. Honrar pai e mãe (Respeitar os pais e cuidar deles, especialmente quando estiverem idosos).
  5. Não matar (Respeitar a vida, dom gratuito de Deus. Devemos também ter cuidado para não "matar" com palavras, atitudes e omissões).
  6. Não pecar contra a castidade. (O respeito pelo próprio corpo e pelo do próximo nas relações de amizade, namoro e casamento faz o amor crescer e tornar-se verdadeiro).
  7. Não furtar (Respeitar o que é do outro. Leia a regra de ouro - Mt 7,12).
  8. Não levantar falso testemunho. (Não fale mentira, não levante calúnia, mas procure ajudar o próximo - Leia Lc 17,3-4; 19,1-10; 10,25-28).
  9. Não desejar a mulher (nem o homem) do próximo. (Respeitar o casamento, a família é o porto seguro do ser humano. Leia Lc 16,18).
  10. Não cobiçar as coisas alheias. (Admire o que é do próximo e aceite o que você tem).

Os mandamentos encontram-se no livro de Êxodo 20,2-17 e Deuteronômio 5,6-21. 

E Deus disse a Moisés: "Faça uma arca de madeira". (Uma arca, nesse caso, é uma espécie de caixa ou cofre grande com tampa). Coloque dentro dessa arca o documento da minha aliança com o povo de Israel, que são os dez mandamentos. Aí me encontrarei com você e direi tudo o que você deve transmitir aos filhos de Israel". Essa arca tinha uma série de enfeites, todos feitos como Deus havia mandado.

                              
  

Levei um texto de uma pesquisa que fiz sobre a Arca da Aliança, para responder algumas perguntas que me fizeram no último encontro (queriam saber onde está a Arca hoje).

Além dessas orientações, Deus revelou ao povo de Israel, por intermédio de Moisés, uma série de regras que deveriam ser praticadas no dia-a-dia. O Senhor falou: "Moisés, diga a todos para serem santos porque Eu sou santo e para obedecerem aos meus mandamentos".

E então Deus prometeu que, se suas ordens fossem seguidas, não haveria fome entre os israelitas e que eles seriam vencedores.

O povo fez um trato de seguir os mandamentos de Deus. Esses mandamentos eram muito importantes porque ajudariam o povo a viver em paz. Deus prometeu acompanhar sempre o povo. E o povo prometeu  seguir sempre a Deus. Este foi o trato. 

Depois de fazer aliança com Deus, prometendo seguir seus mandamentos, o povo seguiu viagem pelo deserto adentro. Perguntar: O povo conseguiu cumprir direito os mandamentos de Deus?

Nós vimos no encontro passado que o povo de Deus vacilou e trocou Deus por um bezerro de ouro. Vimos também que o povo se arrependeu e Deus perdoou, para que o povo não errasse mais.

O povo de Deus lutou muito no deserto, enfrentou muitas dificuldades, experimentou também muitas alegrias, aprendeu muitas coisas importantes para a conquista da verdadeira liberdade. Hoje, vamos ver agora como o povo chegou à Terra Prometida.


3. Desenvolvendo o tema:


Nm 27,12-23;  Js 1,1-9;3-4; Dt 18,9-22;27,1-10;34

O povo continuava a caminhada pelo deserto. Já dava para avistar, ao longe, as colinas de Canaã, a Terra Prometida. Mas ainda havia muito chão para caminhar, antes chegar ao fim daquela viagem pelo deserto. Era preciso atravessar o rio Jordão. Depois do rio, o povo já estaria praticamente livre do deserto.

Acontece que Moisés ficava cada dia mais velho. Ele já não aguentava caminhar diante do povo. Sua saúde estava enfraquecida. Parecia estar no fim da vida. Depois de orientar o povo por tantos anos no deserto, Moisés parecia estar sem forças. Ele mesmo sabia disso.


Moisés disse ao povo: "Eis que estou velho e cansado. Já não aguento mais caminhar à frente de vocês. Minhas pernas estão fracas. Não poderei atravessar o rio Jordão. Mas vou escolher um outro líder, para guiar vocês. Todos devem obedecer a ele como obedeceram a mim."

Então, Moisés escolheu Josué para ser um novo líder do povo. Josué era um homem bom e corajoso. E tinha muita fé em Deus e muita disposição para caminhar.

Dias depois, Moisés morreu. O povo sepultou seu corpo no deserto. Houve tristezas e luto, e o povo ficou ali parado por muitos dias em homenagem a Moisés, que tinha sido um homem de muito valor.

Mas a vida continuava e era preciso ir em frente. Então, o povo se reuniu numa grande assembléia, para dar posse a Josué como novo líder. O povo estendeu as mãos e rezou, invocando a proteção de Deus para Josué. O sacerdote, chamado Eleazar, lembrou a Josué os conselhos que Deus tinha para eles, a fim de que fosse um bom líder para o povo. Estes eram os conselhos par Josué:

"Josué, Josué! Agora que Moisés morreu, você é o novo líder de todo esse povo. Sua função é conduzir esse povo, atravessar o rio Jordão e entrar na Terra Prometida. Por isso. lembre-se do seguinte: Deus estará sempre com você, como esteve com Moisés. Ele não te deixará, nem te abandonará em momento algum. E te dará sua força e proteção. Seja firme e corajoso, porque você vai estar diante de todo esse povo. Tenha muito ânimo e disposição, para que você dê conta dessa tarefa. Siga com cuidado os mandamentos de Deus, como Moisés seguiu. Não se afaste deles nem para a direita, nem para a esquerda, para que você seja feliz e tenha sucesso em tudo o que fizer. E não tenha medo de nada, porque o Senhor Deus estará com você em qualquer parte aonde você for".

Josué ouviu com atenção os conselhos de Deus, que o sacerdote lhe recomendava. E prometeu seguir tudo direitinho.

A partir de então, o povo voltou a caminhar, seguindo as orientações de Josué, o novo líder. Guiado por Josué, o povo continuou a caminhada. O deserto estava prestes a acabar. Já se avistavam, ao longe, as planícies verdes, cobertas de árvores e plantas, e as colinas, cheias de florestas e animais. Já se ouvia o barulho das águas que corriam com fartura pelo leito do rio Jordão e regava toda aquela região.


O povo estava cansado, mas feliz. Depois de tantos vivendo no deserto, enfrentando o calor, a sede e a forme, chegava agora a uma terra boa, onde poderia criar seus rebanhos e plantar suas roças. Depois de viver anos na escravidão do Egito, o povo estava a um passo de conquistar a liberdade. Era um momento feliz.

Aos poucos se aproximaram do grande rio. Josué organizou o povo e deu as últimas instruções, antes de atravessarem aquelas águas e entrarem na terra fértil. Ele disse:

"Ouve, meu povo. O Senhor Deus nos trouxe até aqui, para habitarmos em terra fértil. Quando tivermos atravessado o rio, a primeira coisa que faremos será erguer um altar de pedra. Esse altar será erguido em homenagem ao nosso Deus, como um agradecimento por tudo o que ele nos fez e vai continuar fazendo. Diante desse altar, vamos louvar a Deus e ele será para sempre um sinal de que Deus nos deus essa vitória. Outra coisa importante: nessa terra em que vamos entrar, há pessoas que acreditam em outros deuses e seguem outras crenças. Vocês, porém, não devem imitar os costumes desses povos. Nós seremos inteiramente do Senhor, nosso Deus, e só a ele seguiremos. Haverá entre nós pessoas cheias de fé, que nos ajudarão a compreender a vontade de Deus. E nós seremos fiéis à aliança que fizemos com Deus lá no deserto, no tempo de Moisés."

O povo concordou e se dispôs a observar essas normas.

Então, atravessaram o rio e ganharam a planície verde e fértil que ficava do outro lado. Ergueram o altar de pedra e agradeceram a Deus por aquela vitória. O altar ficou lá como sinal da vitória do povo de Deus, que, seguindo pelo deserto, conquistou sua liberdade e encontrou terra boa. O povo se espalhou por aquelas planícies, organizado em grupos. Ali eles criaram raízes. Plantaram roças. Criaram rebanhos. Cresceram e se multiplicaram, formando um povo forte e numeroso. Mas se lembravam sempre dos mandamentos de Deus.

E foi assim que o povo de Deus venceu a escravidão no Egito e conquistou sua liberdade. E Deus estava por trás de tudo isso, guiando o seu povo.


Partilha:

  • Qual o nome do rio que o povo tinha de atravessar, para entrar na Terra Prometida?
  • Depois de caminhar tanto tempo pelo deserto, como estava Moisés?
  • O que Moisés disse, então, ao povo?
  • Quem foi o novo líder escolhido para dirigir o povo?
  • O que aconteceu logo depois?
  • Para que o povo fez uma grande assembléia?
  • Quem foi o sacerdote que explicou para Josué os conselhos de Deus?
  • Qual era a função de Josué?
  • Quais foram os conselhos de Deus para que Josué desse conta de sua missão? O que ele precisava fazer?
  • E o povo conseguiu entrar na terra de Canaã? Conseguiu conquistar a liberdade tão sonhada?
  • O que Josué pediu ao povo, antes de entrarem na terra de Canaã?







O povo chega à Terra Prometida

1Sm 3,1-21; 8,1-22 (Sobre os Juízes confira Jz e 1Sm 1-7).


Depois que o povo de Deus chegou à Terra de Canaã, muita coisa ainda estava para acontecer. Canaã era uma terra boa e fértil. Mas ali habitavam diversos povos, espalhados por suas planícies e montanhas. Cada povo tinha o seu modo de organização: seus chefes, seus exércitos, suas leis.


O povo de Israel, também chamado povo de Deus, se dividiu em 12 grupos. Cada grupo procurou se organizar e se fixar em algum ponto daquela terra, para cultivá-la e fazê-la produzir. O povo tinha uma lei: os mandamentos que o Senhor tinha ensinado, por meio de Moisés, durante a caminhada no deserto. Mas não tinha reis, nem exércitos, nem forma, nem poder, como as outras grandes nações.

O povo trazia no coração a Lei de Deus que receberam de Moisés. A Lei de Deus forma comunidade feliz, mas para isso é preciso compreender que os mandamentos não são somente para algumas pessoas. Todos precisam respeitá-los para que se possa viver bem, pois eles servem para formar comunidade.


O povo da Bíblia sempre quis ter uma vida saudável, feliz, na qual todos fossem amigos, mas nem sempre conseguiram.


Vamos compreender melhor isso conhecendo um tempo em que eles precisaram se organizar em grupos. É o tempo dos juízes:


Os Juízes eram suscitados por Deus para libertar o seu povo eleito da opressão dos inimigos, devolver-lhe a paz e a posse de suas terras. Estes líderes agiam em nome Justiça divina e, movidos por profundo senso de fidelidade a Deus. Eles tinham poder de reis, mas eram escolhidos por Deus. Também tinham dons de profecia, dirigindo o povo segundo a vontade do Altíssimo.

Durante muitos anos o povo viveu assim. Em cada grupo havia um juiz, que era o chefe do grupo. Quando surgia uma grande dificuldade, algum problema, o povo ia procurar o juiz do grupo para ver como resolver as questões. 

Além da obrigação de libertar o povo da opressão dos inimigos, devolver-lhe a paz e a posse das terras, cabia inda aos juízes:


                           


  • Após a morte de Otniel, os israelitas novamente afastaram-se dos mandamentos de Deus e foram dominados pelos moabitas. Novamente é levantado um novo juiz, Eúde que livra o povo de seus opressores.
Assim, seguem novos períodos sob a liderança dos juízes em que, repetidamente, os israelitas voltam a adorar deuses pagãos, são dominados por outros povos, arrependem-se e são mais uma vez libertos.

Entre alguns juízes durante essa época que mais se destacam no livro estão DéboraGideãoJefté e Sansão.

É importante ressaltar que Deus escolhia sempre os mais fracos e marginalizados da sociedade. Exemplo:

  • Otoniel: era o caçula (naquela época o caçula não possuía os mesmos direitos do irmão primogênito).
  • Aod: era canhoto ( também naquela época acreditava-se que ser canhoto era uma deficiência física).
  • Débora: mulher ( pelos padrões da época a mulher era marginalizada).
  • Gedeão: desconfiado, medroso, pertencente ao clã mais pobre e também o caçula.
  • Jefté: filho de uma prostituta.
  • Sansão: forte nos músculos, mas, fraco no coração.

O penúltimo juiz da história do livro de juízes foi Sansão, o qual possuía uma força excepcional e teria liderado o povo contra os filisteus, mas foi traído por Dalila ao lhe revelar que o perderia sua força se cortassem seus cabelos. 





Após Sansão houve também como Juiz o profeta Samuel (1Sm 1-7), fechando assim o ciclo dos juízes sobre Israel. 

Samuel foi dos juízes mais importantes que houve. Como vimos, os juízes eram pessoas de fé e coragem que ajudavam a liderar o povo, especialmente quando surgiam dificuldades. Durante muito tempo, o povo se organizou assim: viviam em grupos e em cada grupo tinha um líder, conhecido como juiz, para ajudar nas horas mais difíceis.

Samuel era um homem de muita fé em Deus e de muita coragem. Desde pequeno, ele tinha sido consagrado a Deus, por seus pais, e servia a Deus, juntamente com Eli, que era um líder do povo.

Eli era um homem muito bom, que vivia cuidando das coisas de Deus e ajudando o povo. Ele só tinha uma tristeza: seus filhos não tinham esse mesmo gosto;  eles desprezavam as coisas de Deus. Então, quando Eli conheceu Samuel, ficou feliz, pois viu que aquele garoto era mesmo de Deus. E foi convivendo com Eli que Samuel aprendeu a ouvir a voz de Deus.




Samuel cresceu e se tornou um homem de Deus, que ajudava a cuidar das coisas do povo. Ele foi um grande líder, assim como Moisés e Josué. Guiou o povo em muitas batalhas  e em muitas conquistas importantes.

Samuel ficou velho, e o povo temendo não ter quem os orientasse, fizeram um pedido a Samuel: queriam ter um rei. Um rei forte e poderoso, como as outras nações tinham ; um rei que pudesse chefiar o povo e organizasse à nação, impondo respeito diante dos outros povos; um rei que trabalhassem em favor do povo e fosse um exemplo de dedicação e fé. Assim era o rei que o povo queria.

Samuel explicou ao povo: "Isso pode não ser assim tão fácil. Um rei pode até ser bom, mas a gente não encontra uma pessoa assim com tantas qualidades. Um rei pode cometer erros e prejudicar todo o povo. Ele vai construir palácios e gastar dinheiro com isso. Vai querer organizar um grande exército e vai chamar os filhos seus para serem soldados e irem para a guerra. Vai ter muito poder e não podemos ter certeza de que vai ser sempre agir com juízo".

Mesmo assim, o povo queria arriscar. Então, ficou combinado: Samuel iria arranjar um rei para governar o povo.


Já ouvimos muito falar de reis nas histórias que lemos ou ouvimos de alguém que gosta de contá-las. Nós sabemos também que muitos países são governados por reis como a Espanha, a Suécia e outros. Muito antes de Jesus nascer. Deus prometeu que o Messias nasceria de um dos reis daquele tempo.

Vamos ver como ficou a vida do povo de Deus, agora governada pelos reis.


Partilha:

  • Como eram escolhidos os juízes?
  • Como esses juízes dirigiam o povo?
  • Além de libertar o povo da opressão dos inimigos, devolver-lhe a paz e a posse de suas terras, quais mais obrigações tinham os juízes?
  • Quem foi o primeiro juiz?
  • No livro, entre alguns juízes, quais os que mais se destacaram nessa época?
  • Deus escolhia para juízes os mais fortes e importantes da sociedade?
  • Qual o nome do juiz que consta como penúltimo juiz da história do livro dos juízes, que possuía uma força excepcional e teria liderado o povo contra os filisteus, mas foi traído por sua mulher por ter lhe contado que perderia as forças se cortasse seus cabelos? Qual era o nome de sua mulher?
  • Depois de Sansão, qual profeta atuou como juiz, fechando o ciclo dos juízes sobre Israel?
  • Como era Samuel? O que aconteceu quando Samuel ainda era pequeno? Qual o nome do sacerdote com quem Samuel aprendeu a ouvir a voz de Deus?
  • Eli era um homem muito bom, que vivia cuidando das coisas de Deus e ajudando o povo. Qual era a única tristeza de Eli?
  • Quando Samuel ficou velho, qual foi o pedido que o povo lhe fez?
  • Como o povo queria que fosse o rei?
  • O que Samuel achou do pedido do povo? Ele atendeu esse pedido?

O primeiro rei: SAUL





Nós vimos que as tribos de Israel eram governadas pelos juízes. Para ser iguais aos seus vizinhos quiseram trocar os juízes por um rei para governá-los, e assim se transformarem numa grande nação.

Samuel se encarregou de encontrar alguém para ser rei do povo. Devia ser um homem bom, de fé em Deus, de muita coragem e retidão. Na verdade, não é fácil encontrar tantas qualidades em uma só pessoa. Mas Samuel procurou e encontrou um homem chamado Saul. Este foi o primeiro rei do povo de Deus. Saul era um homem bom, mas tinha também suas fraquezas, como todo mundo (V. 1Sm 9-15).

Saul prometia fazer tudo certo, mas na hora fazia tudo errado: ele não tinha firmeza, não tinha palavra. Gostava de fazer a vontade dos outros. Então, se alguém insistisse muito, mesmo que fosse coisa errada, ele acabava fazendo. Não sabia dizer não. Isso era muito complicado. A pessoa precisa ter firmeza para fazer o que é certo e para não fazer o que é errado. Quem não tem essa firmeza mistura tudo. Aí dá tudo errado.

Quando viu que Saul não tinha mais condições de governar o povo, porque estava cometendo muitos erros e descumprindo os ensinamentos de Deus, Samuel saiu à procura de outra pessoa para ocupar a função de rei. Encontrou um jovem muito talentoso, chamado Davi. Vamos ver como Davi acabou virando rei. Mas ele também não era perfeito. Tinha suas fraquezas.


Partilha:

  • Atendendo ao pedido do povo, Samuel procurou e encontrou alguém para ser rei do povo. Qual era o nome desse homem?
  • Sul era um homem bom, mas tinha suas fraquezas. Quais eram as fraquezas de Saul?
  • Vendo que Saul não tinha mais condições de governar o povo, porque estava cometendo muitos erros e descumprindo os ensinamentos de Deus, o que fez Samuel?
  • Quem Samuel encontrou?

O segundo rei: Davi




1 Sm 16-31; 2 Sm (o livro inteiro é sobre o reinado de Davi).

Vendo que o rei Saul não tinha mais condições de governar o povo, Samuel saiu à procura de outro rei. Encontrou um jovem humilde e muito talentoso. Chamava-se Davi. Naquele tempo, para virar rei, a pessoa era ungida com óleo. O óleo simbolizava a força de Deus. Tendo encontrado Davi, Samuel o ungiu com óleo para que ele fosse o próximo rei.

Saul ainda estava morando no palácio real. Mas já estava velho e cansado. E acabou ficando doente. Começou a perder a noção do que estava fazendo, andava muito nervoso e com a cabeça confusa. As pessoas se preocuparam. E começaram a procurar alguém que soubesse tocar lira e cantar. Pensavam que isso fosse acalmar os nervos de Saul. De fato, dizem que a boa música acalma mesmo.

E assim Davi foi parar no palácio real. Ele sabia tocar lira muito bem e cantava canções muito bonitas. A presença de Davi alegrou Saul. Mas, com o tempo, Saul começou a ficar com ciúmes, porque Davi era muito talentoso e querido pelo povo. Além disso, era um jovem valente e destemido, enquanto Saul já estava velho e desacreditado. Saul até tentou fazer algumas maldades com Davi. Mas Davi o tratou sempre com muito respeito, como se deve tratar uma pessoa idosa e já doente.

Um filho de Saul, chamado Jônatas, fez grande amizade com Davi. Ele avisava a Davi quando Saul estava bravo demais. Então, Davi se ausentava até Saul se acalmar. Essa amizade de Jônatas foi muito importante para Davi. A amizade é sempre uma coisa muito boa.


O tempo passou. Samuel, já velho, acabou morrendo. Em seu lugar veio o profeta Natã. Saul também morreu. E Davi assumiu a função de rei do povo. Todos estavam felizes com Davi. Ele era um homem de bem. Gostava de rezar e cantar salmos, tocando sua lira. Era um valente guerreiro. Com isso, os povos inimigos passaram a respeitar o povo de Deus. Davi venceu muitas batalhas e afastou muitos inimigos. Foi um tempo muito bom para todo o povo de Deus.

Davi se casou e teve muitos filhos. Mas não demorou muito e as fraquezas de Davi começaram a aparecer também. Um dos erros mais graves de Davi foi quando ele ficou gostando de outra mulher, que não era sua esposa. Essa mulher se chamava Betsabéia e era casada com Urias. Davi ficou tão encantado com a beleza de Betsabéia que acabou traindo sua família. E teve um caso  com essa bela mulher, apesar de ela ser casada com outro. Isso era muito errado. Acontece que Betsabéia ficou esperando um filho de Davi. O rei se assustou, porque ela era casada. Ia ser um escândalo. Para evitar um escândalo na família, Davi se complicou todo e fez uma coisa horrível, que ninguém imaginava que ele fosse capaz de fazer: mandou matar Urias, o marido de Betsabéia. O povo ficou chocado com tudo o que estava acontecendo. Tentando consertar um erro, Davi fez outro muito maior.

Naquele tempo, havia um homem muito santo, que dava conselhos a Davi, como Samuel dava conselhos a Saul. Era o profeta Natã. Sabendo das loucuras que Davi andava fazendo, Natã foi procurá-lo e lhe disse como Deus estava triste com o rei, por causa de seus graves pecados, traindo e desrespeitando a própria família e até tirando  a vida de outras pessoas. Davi ficou arrependido e pediu perdão a Deus. Deus, que é sempre bom, perdoou os pecados de Davi.

A humildade de Davi foi muito importante, porque ele assumiu os seus erros, reconheceu os seus pecados e procurou o perdão de Deus. Os erros de Davi trouxeram algumas consequências ruins: divisões em sua família, desentendimentos e revolta por parte dos seus filhos. Enfrentando tudo isso, ele entendeu que o pecado não compensa, pois, mesmo Deus perdoando, as consequências são desagradáveis e causam sofrimento.

O povo, olhando para Davi, compreendeu que, quando a gente erra, não adianta tentar disfarçar. Melhor é assumir nossa culpa, buscar o perdão de Deus e enfrentar as consequências, de cabeça erguida. O povo entendeu também que mesmo uma pessoa virtuosa como Davi está sujeita a cometer erros. Ninguém está livre de errar. Mas Deus perdoa, quando a gente age como Davi, assumindo a culpa e se arrependendo.

Davi ainda continuou sendo rei por mais algum tempo. Depois foi ficando velho, muito velho. Começaram a surgir problemas graves em todo o reinado e Davi não dava conta mais de governar o povo. Era hora de arranjar outro rei. Mas isso já é outra história.


Partilha:

  • Como se chamava o segundo rei do povo de Deus?
  • Como a pessoa virava rei, naquele tempo? Com que era ungida? O que significava a unção com o óleo?
  • Quem foi que ungiu Davi para que ele fosse o próximo rei?
  • Como Davi foi parar na casa do rei Saul? Como Saul estava? Por que Davi foi chamado?
  • Como se chamava o filho de Saul que ficou muito amigo de Saul?
  • Essa amizade foi importante? Por quê?
  • Como foi o começo do reinado de Davi? Ele era um bom rei?
  • Ele foi sempre um bom rei, acertou sempre em suas decisões ou também cometeu erros?
  • Qual foi o grande erro que Davi cometeu?
  • O que Natã foi dizer a Davi?
  • Deus perdoou os pecados de Davi?
  • O que o povo entendeu vendo a humildade com que Davi assumiu o seu pecado?

O povo de Deus quis ter um rei. Mas os reis todos tinham fraquezas que complicavam as coisas. Mesmo Davi, sendo pessoa tão boa, acabou cometendo graves pecados. A gente percebe, com a história de Davi, como o pecado estraga a vida das pessoas. Principalmente, se for pecado grave demais. Por outro lado, a gente aprende como Deus sempre trata a todos com bondade, perdoando nossos pecados. O perdão de Deus significa que Deus nos conhece  e sabe de nossas fraquezas. Por isso, ele não nos condena, nem nos trata com vingança, mas perdoa. Mas, mesmo Deus perdoando, quando a gente faz alguma coisa errada, isso tem consequências em nossa vida. Foi o que aconteceu com Davi. Mesmo Deus perdoando, ele não teve mais a mesma paz em sua família, depois dos erros que cometeu. O pecado não compensa. A gente deve fazer todo esforço que puder para não cometer grandes erros. Porque eles acabam estragando nossa vida.

Vamos conhecer agora, a história de Salomão, que foi o terceiro rei do povo de Deus. Ele era filho de Davi. Era um homem muito inteligente, mas quando chegou ao poder, ficou encantado com o dinheiro e a fama e se deixou corromper. Tanto se corrompeu que, depois, o reino se dividiu e perdeu forças, ficando fraco e sujeito ao ataque dos outros povos, que eram seus inimigos.


Terceiro rei: SALOMÃO




(Sugerimos contar a história, intercalando um refrão, conforme música 11).


1 Rs 3,4-15; 10, 14-29; 11,1-13

O terceiro rei do povo de Deus foi Salomão. Era filho do rei Davi. Quando jovem, ele era o rei mais inteligente de toda a redondeza. Salomão ficou famoso no mundo inteiro por causa de sua inteligência. Todos os povos o admiravam. E dele assim se dizia:

Salomão é um rei inteligente,
É o mais inteligente do mundo!

Quando Salomão foi escolhido para ser rei, ele ainda era jovem. Dizem que, então, ele se retirou para um lugar tranquilo a fim de rezar. O povo ficou feliz vendo que Salomão gostava de rezar, pois quem reza é amigo de Deus e quem é amigo de Deus é inteligente. Salomão era mesmo um homem de Deus.

Salomão é um rei inteligente,
É o mais inteligente do mundo!

Salomão ficou lá rezando. Ele conversava com Deus e dizia: "Agora, Senhor, eu fui escolhido para ser rei. Mais do que nunca, eu preciso de sua ajuda para ser um rei bom para o povo. Quero ser sempre um rei bondoso, justo e inteligente, amigo das pessoas e muito caridoso. Quero ajudar esse povo todo a viver sempre em paz". Salomão pedindo isso a Deus, confirmava sua sabedoria. E dele se dizia:

Salomão é um rei inteligente,
É o mais inteligente do mundo!

Quando a noite chegou, Salomão caiu no sono. Dormiu e sonhou. Nesse sonho, Deus apareceu para ele e lhe disse: "Peça o que você quiser e eu te darei". Salomão, então, no sonho, ficou pensando: "Que vou pedir? Dinheiro? Fama? Poder? Não! Vou pedir sabedoria e inteligência para eu ser um bom rei".

Então, Salomão disse a Deus no sonho: "Senhor, eu tenho pela frente a difícil missão de governar todo esse povo. Quero, pois, que o Senhor me dê muita inteligência para eu ser um bom rei!" Deus ficou feliz com o pedido de Salomão e prometeu que lhe daria muita inteligência e sabedoria.

No começo de seu reinado, Salomão vivia sempre junto de Deus, pois queria ser seu amigo e conservar a sabedoria que Deus lhe tinha dado. E assim Salomão começou a reinar. O povo todo estava contente, pois em tudo o rei se mostrava bondoso e muito sábio. Por todo canto, as pessoas diziam:

Salomão é um rei inteligente,
É o mais inteligente do mundo!

Tudo era maravilhoso no reinado de Salomão. Ele fazia justiça a todos. Tratava as pessoas com igualdade. Ele se preocupava com o bem-estar das pessoas e cuidava com carinho do povo. Todo o povo estava satisfeito. Ele ajudava o povo a viver mais unido. Ele garantia a paz de toda a nação. Ele socorria a todos e não deixava ninguém passar necessidade.Por isso as pessoas diziam:

Salomão é um rei inteligente,
É o mais inteligente do mundo!

Mas o tempo foi passando e alguma coisa estranha aconteceu com Salomão. Ele começoU a ter mania de grandeza. Primeiro, resolveu construir um templo enorme para o povo rezar. O povo pensou ate que isso seria bom, pois um templo  é sempre uma coisa boa. Mas, para construir o templo, Salomão começou a sacrificar o povo.  Cobrava altos impostos, pedia dinheiro sem parar e obrigava as pessoas a trabalhar de graça na construção do templo. Muita gente que morava na roça teve de ir para a cidade para ajudar na construção do templo. O povo começou a não gostar.

Depois, Salomão resolveu fazer um palácio - um palácio para o rei, porque ele começou a pensar que o rei precisava morar num palácio  bonito. E Salomão não queria um palácio qualquer, não. Ele queria um palácio todo de ouro. E lá foi o povo construir palácio para o rei. E o rei cobrando do povo muito dinheiro para comprar ouro para o seu palácio.
O povo começou a perceber que Salomão estava perdendo sua inteligência. Ele não estava mais rezando direito. Ele estava se fastando de Deus, aos pouquinhos. Ele também já não se preocupava tanto coma felicidade do povo. Só queria riqueza, riqueza e riqueza em seu palácio. Então o povo começou a dizer:

Salomão vai perder a inteligência,
Por causa das ilusões deste mundo.

Salomão nem ligou. Continuou explorando o povo e construindo seu palácio de ouro. Em seu palácio tudo era de ouro. Dizem que até os pratos e copos de Salomão eram de ouro e que ele gostava de dormir em cama de ouro. Esse era um sinal claro de que ele estava perdendo sua inteligência. E o povo dizendo:

Salomão vai perder a inteligência,
Por causa das ilusões deste mundo.

E não ficou só no palácio. Salomão resolveu comprar navios de guerra. Encomendou os maiores que havia no mundo. Encomendou também cavalos de guerra. Mais de mil cavalos dos mais caros do mundo. Resolveu fazer o maior exército do mundo e forçou os homens a entrarem para o seu exército. Comprou armas, as mais caras do mundo. E o povo dizendo:

Salomão vai perder a inteligência,
Por causa das ilusões deste mundo.

A essa altura, Salomão já tinha se esquecido de Deus. Não tinha mais tempo para rezar. Vivia só cuidando de suas coisas e pensando o que mais poderia comprar com tanto dinheiro que ele pegou do povo. Salomão já não seguia mais a Palavra de Deus. Só vivia no pecado, fazendo coisas que Deus não aprovava. Foi aí que o povo percebeu que Salomão já tinha perdido a sua sabedoria, pois uma pessoa que não tem tempo para Deus já perdeu sua inteligência. Então, o povo passou a dizer assim:

Salomão perdeu a inteligência,
Por causa das ilusões deste mundo.

E Salomão só foi piorando. Abandonou sua família e arranjou outras mulheres. Virou as costas para o povo e não ligava mais para ninguém. Perdeu  seus amigos e seus companheiros. Perdeu também seus admiradores. O povo ficou triste com Salomão. Todos reclamavam dele. Ele não se preocupava mais com nada nem com ninguém. Só pensava nele mesmo e nas suas riquezas. Resolveu ficar famoso e poderoso. E o povo dizendo:

Salomão perdeu a inteligência,
Por causa das ilusões deste mundo.

Salomão explorava o povo e ensinava seus filhos a explorar o povo. E cresceu tanto a insatisfação contra  ele, que o povo ficou revoltado. Por causa dessa revolta, o reino de Salomão foi se dividindo. Acabou aquela união de antes. Então, o rei ficou velho e morreu, deixando toda a sua riqueza para os filhos. Aí houve uma grande revolta no país e o povo todo se dividiu. Ninguém mais queria saber de rei tão bobo e esquisito como Salomão. Por todo lado se ouvia:

Salomão perdeu a inteligência,
Por causa das ilusões deste mundo.

E assim termina a história de Salomão - o rei que começou inteligente, mas ficou encantado com o dinheiro, o poder e outras vaidades do mundo, perdendo toda a sua sabedoria.


Partilha:

  • De quem Salomão era filho?
  • Como ele era quando jovem?
  • O que Salomão fez quando foi escolhido para ser rei?
  • Como foi o sonho de Salomão?
  • O que Salomão pediu a Deus no sonho?
  • O que vocês acham desse pedido?
  • Como Salomão era no começo do seu reinado?
  • O que Salomão resolveu construir primeiro?
  • Depois do templo, o que ele construiu?
  • Como era o palácio de Salomão?
  • O que o povo achava disso?
  • Que mais Salomão resolveu fazer de estranho?
  • A essa altura, Salomão ainda se lembrava de Deus?
  • O que aconteceu quando Salomão morreu?
  • Na opinião de vocês, por que será que Salomão perdeu sua sabedoria?'


Conclusão:

Enquanto Salomão viveu unido a Deus, pensando no bem-estar das pessoas, vivendo com humildade e simplicidade, procurando ajudar a todos, ele foi feliz e inteligente. Depois que Salomão saiu do sério e passou a só pensar em si mesmo, ele perdeu a sua inteligência. Afastou-se de Deus, virou as costas para as pessoas e só pensava em ficar rico, poderoso e famoso. Ficar rico, ele ficou. Mas perdeu a paz, a sabedoria e o carinho das pessoas. Olhando essa história, a gente aprende o que é ser inteligente. Ser inteligente é saber viver a vida fazendo sempre  as coisas que trazem para nós e para os outros a verdadeira felicidade.

Depois da morte de Salomão, o reino se dividiu, o povo se enfraqueceu e foi exilado, ou seja, foi levado à força para outro país, voltando à condição de escravo, como antes no Egito.

O povo de Deus sentiu o peso das fraquezas. As fraquezas, quando nos afastam de Deus e causam desunião, atrapalham a vida de todo o povo. O povo desunido não consegue enfrentar a vida como Deus gosta. Torna-se um povo enfraquecido na fé e sem compromisso com Deus. Os reis se desentenderam. O povo se desentendeu, E a consequência foi que um inimigo mais forte conduziu o povo novamente para uma terra estranha. Mas o povo não se entregou. Mesmo longe de casa, parou, pensou e manteve a esperança, com a ajuda dos profetas.

Sobre os profetas, falaremos no próximo encontro.


4. Oração Final e Encerramento:


  • Sentados, com os olhos fechados, em silêncio, pergunta-se: Como me encontro na Palavra, que tenho ouvido? Tenho sido fiel a Deus? Quais são as minhas infidelidades? Jesus é para mim "pedra angular", se estou na luz, ou "pedra de tropeço", se estou nas trevas.
  • Rezar, sempre repetindo em voz baixa: Senhor Jesus, tem piedade de mim que sou pecador! (dar algum tempo, alguns minutos).
  • Depois, lembrando o gesto de Josué e do povo de Israel, fazer a opção: Quem você escolhe: o Deus único que nos conhece e nos ama como somos? Ou quem?
  • Agora, de pé, repetir juntos: Venha nos acompanhar, ó Deus de amor, como o Senhor acompanhou Josué em sua missão. Venha nos dar força e coragem para nunca fazer o mal, mesmo quando as pessoas insistirem para que a gente faça. Não queremos ser fracos como Saul. Queremos ser fortes para fazermos somente o bem. Nós te pedimos também, Senhor Deus, a verdadeira inteligência, que nos ajuda a viver sempre em paz. Encha o nosso coração  de amor e de bondade, de fé e confiança, de alegria e paz. Não deixe que nenhum de nós se afaste do Senhor. Amém!
  • Motivar a turma para o próximo encontro. Se for oportuno, cantar toda a música 11.



Fontes:

  • Bíblia Sagrada
  • Catecismo da Igreja Católica
  • Livro Somos povo de Deus, do Pe. Orione Silva e Solange Maria do Carmo (Paulus)
  • Livro A Caminho da Eucaristia, de Maria de Lurdes Mezzalira Pincinato (Ed. Vozes)
  • Crescer em Comunhão (Ed. Vozes)





 

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