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terça-feira, 11 de março de 2014

Na Nova Aliança, celebramos a Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo.





Objetivo: 
  • Refletir sobre a Nova Aliança.

Ambiente:
  • Bíblia
  • Vela
  • Crucifixo

Recurso:
  • Uma aliança


1. Acolhida e Oração Inicial
  • Receber a turma com muita animação.
  • Convidar cada um para acolher os companheiros com um forte abraço, desejando-lhes a paz de Deus, pois somos todos irmãos.
  • Criar clima de silêncio para conversar com Deus.
  • Fazer o sinal da cruz.
  • Todos permanecem em pé e em silêncio. O leitor 1 e o leitor 2 proclamam o Evangelho (Lc 22,7-13) - Preparativos da ceia pascal.
  • Leitor 1: Jesus celebrou a Páscoa. Memorial da libertação em que os judeus foram libertos da escravidão do faraó e atravessaram o mar a pé enxuto. O sangue do cordeiro sacrificado foi utilizado para marcar as portas das casas dos judeus e, assim afastou a ira do anjo exterminador, também o sangue do cordeiro imolado selou a aliança que Moisés estabeleceu com Deus em nome do povo eleito.
  • Leitor 2: Jesus dá um novo significado para a Páscoa. Ele é o cordeiro que tira o pecado do mundo, que sela uma nova aliança entre Deus e a humanidade com seus braços abertos na cruz.
  • Todos: Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós. (bis) Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, dai-nos a paz.


2. Motivação

  • Mostrar aos catequizandos uma aliança de casamento.

Deixar que falem o que sabem sobre o significado das alianças que os noivos trocam quando se casam).




Nos casamentos, os noivos trocam alianças entre si, como sinal do acordo firmado, comprometendo-se as duas partes em viver o amor e a fidelidade.

  • Colocar no quadro uma faixa com os dizeres: "Eu sou o teu Deus e vocês são o meu povo".

Explicar aos catequizandos que, assim como duas pessoas se casam, se comprometem a unir suas vidas e caminhar juntas (o uso da aliança é sinal deste compromisso), Deus também fez uma Aliança com seu povo para caminhar com Ele.

Nos casamentos, os noivos trocam alianças entre si, como sinal do acordo firmado, comprometendo-se as duas partes em viver o amor e a fidelidade.




Deus também gosta de fazer acordos com o seu povo: desde o princípio, Deus se comunicou, revelou o seu amor, a sua graça e a sua vontade, pedindo a fidelidade aos seus mandamentos. O mesmo nome dado ao anel de uma pessoa casada é aplicado ao acordo que Deus realiza, ou seja, a aliança.





Vejamos as alianças de Deus com o povo:

  • A Criação, apesar de não receber o nome de aliança, foi a primeira manifestação do amor de Deus para com a humanidade. Deus ofereceu tudo o que foi criado ao homem e mulher (Gn 1,28ss). Mas já no princípio, percebemos o que seria uma marca da História da Salvação: apesar da benevolência de Deus, o ser humano nem sempre seria fiel com o Projeto de Deus e, desde então, a história humana foi marcada pelo pecado (Gn 3).
  • Deus fez uma aliança com Noé, permitindo que os seus filhos formassem as nações do mundo e prometendo não mais devastar a terra com o dilúvio (Gn 9,8-17).
  • No Livro do Gênesis, Abraão se comprometeu em guardar a aliança , recebendo a promessa de uma multidão de nações (Gn 17,1-14).
  • Deus estabeleceu uma aliança com Moisés. Pediu a observância de suas leis (Dez Mandamentos) e prometeu ter o seu povo como nação escolhida: "Agora se realmente ouvirdes minha voz e guardardes a minha aliança, sereis para mim a porção escolhida entre todos os povos" (Ex 19,5).




Quando lemos o Antigo Testamento vemos que apesar de todo o empenho de Deus, o povo não cumpriu a sua parte. Muitas foram as infidelidades. Mas, Deus sempre dá uma nova oportunidade e nunca desiste dos seus.

Duas ideias muito importantes devem ficar claras quando tratamos da aliança e das histórias dos grandes personagens da Bíblia:
  1. Relação de diálogo entre Deus e as pessoas: Deus sempre toma a iniciativa. Deseja sempre mostrar o seu amor e a sua vontade para que sejamos felizes; Ele está do nosso lado e se compromete com a nossa vida. Sempre podemos estar abertos ao diálogo e à amizade com Deus. Isto está na base  de qualquer aliança divina.
  2. A aliança é um dom e uma tarefa: ao mesmo tempo em que a aliança revela a iniciativa e a bênção divina, exige de cada um de nós um esforço para cumprirmos aquilo que Deus nos propõe.


3. Desenvolvendo o tema

Conforme já vimos, durante muito tempo, Deus foi preparando o seu povo para receber Jesus, o Salvador. Chamou algumas pessoas, que se tornaram suas amigas, para que falassem em seu nome. Deus fez aliança com os patriarcas: a Abraão, prometeu uma descendência maior que o número de estrelas no céu! Através de Moisés, libertou o povo do cativeiro do Egito e deu sua Lei!

Dentre esses amigos, alguns foram Profetas que falavam em nome de Deus e anunciavam a vinda do Salvador. Depois dos patriarcas, Deus enviou os profetas para anunciarem sua palavra ao povo.

Depois que o povo israelita voltou para a Palestina, a Terra Prometida, o povo de Israel passou por momentos de união, de lutas e até de divisão do próprio reino.

O povo tentou libertar-se das dominações estrangeiras, mas nada conseguiu. A sua única esperança estava baseada na promessa da vinda do Messias. Ele deveria ser o enviado de Deus para libertar o seu povo. Sendo consagrado (ungido) pelo próprio Deus, deveria ter força e poder.

No tempo de Jesus, os habitantes da Palestina esperavam a chegada do Messias que devolveria à nação, o esplendor dos tempos de Davi e Salomão.

Deus cumpriu a promessa de enviar seu Filho ao mundo para nos salvar. Após uma longa preparação de seu povo, Deus escolhe uma virgem chamada Maria e envia o Anjo Gabriel para anunciar que ela seria a Mãe do Salvador.

Jesus, o Salvador da humanidade, é verdadeiro Deus e verdadeiro Homem. Ele, o Filho Eterno do Pai, se encarnou no seio da Virgem Maria, por obra do Espírito Santo e viveu sua vida humana, semelhante a nós em tudo, menos no pecado.

A narração da vida de Jesus, seus ensinamentos, milagres, paixão,morte e ressurreição, encontram-se nos quatro Evangelhos: o de Mateus, de Marcos, de Lucas e de João.

Os Evangelhos pertencem ao Novo Testamento. Eles nos falam da nova e eterna aliança que Deus fez com seus filhos, através de Jesus Cristo.

Nenhum acordo entre Deus e o seu povo se igualou com a aliança feita em Jesus Cristo. Nele foi estabelecida "uma nova e eterna aliança" como o padre diz na missa, na consagração do sangue de Cristo (Lc 22,20;  Mt 26,27;  Mc 14,24). 

Jesus é o mediador da nova aliança (Hb 9,15). Agora o ser humano foi totalmente fiel a Deus, ou seja, Jesus Cristo - que é Deus feito homem - cumpriu toda a vontade do Pai até o fim, doando a sua vida, derramando o seu sangue. Depois desta aliança, não é necessária nenhuma outra. Em Jesus Deus disse e fez tudo, o máximo, deu a vida pela nossa salvação.


Aprofundamento:

  • Retome a celebração da Páscoa antiga e explique que Jesus a celebra e lhe dá um novo sentido. Situe a morte de Cristo no contexto pascal, em que sua vida nos é dada para a salvação da humanidade. É o memorial do seu amor levado às últimas consequências, por isso, é igualmente sinal do amor, doação e ajuda ao outro, até o ponto de ser humilhado lavando os pés dos seus discípulos.
  • Jesus seguindo o costume de seus irmãos judeus, todos os anos celebrava a Páscoa como memória dos acontecimentos do Êxodo, em que se deu a fuga da  escravidão do Egito. A celebração ritual da Páscoa judaica é substituída pela eucaristia: Fazei isto em memória de mim. Esta é a celebração sacramental nova, memorial do novo êxodo pascal de Cristo.
  • Jesus celebrou a Páscoa com um novo sentido. Ele tomou os elementos da Páscoa e aplicou-os a si mesmo. Isso aconteceu às vésperas de ser entregue e condenado à morte. Antecipadamente, ele celebrou em forma de ceia pascal o que iria acontecer no calvário no dia seguinte.
  • Nessa ceia se bendisse a Deus sobre o pão sem fermento que era partido e distribuído. Jesus viu nesse gesto o sacrifício do seu corpo imolado na cruz e dado como alimento. Nela, tomava-se vinho e comia-se o carneiro sacrificado, cujo sangue selou a primeira aliança entre Deus e o povo, além de ter poupado da morte os primogênitos. Jesus é o novo cordeiro que tira o pecado do mundo, seu sangue redentor derramado na cruz perdoa todo o pecado.
  • Sua morte é Páscoa, mostra a intervenção do Pai que salva a humanidade pelo amor de seu filho levado às últimas consequências. Jesus, o Filho de Deus encarnado, entende a sua vida e a sua missão como serviço de amor à humanidade. Ele se doa inteiramente. Essa doação é a concretização do seu amor. Antes da festa da Páscoa, sabendo que chegara a sua hora de passar deste mundo para o Pai, tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim (Jo 13,1).





4. Leitura: 1 Cor 11,25; Mt 26,26-29

Como vimos, Jesus todos os anos celebrava a Páscoa como memória dos acontecimentos do Êxodo, seguindo o costume de seus irmãos judeus.

A antiga festa da Páscoa celebrava não apenas o aniversário da saída da escravidão do Egito, mas também a Aliança feita no Monte Sinai, quando Deus deu os Dez Mandamentos. 

Agora Jesus celebra a Páscoa com um novo sentido. Às vésperas de ser entregue e condenado à morte, ele tomou os elementos da Páscoa e aplicou-os a si mesmo. Ele celebrou em forma de ceia pascal o que iria acontecer no calvário no  dia seguinte. 

Ao celebrar Nova Páscoa, com seus amigos, os apóstolos, Jesus faz uma Nova Aliança com o povo.

Esta aliança de Jesus com a humanidade teve seu ponto alto com sua morte e ressurreição. Esta á a Páscoa de Jesus, que trouxe para toda a humanidade a passagem da escravidão do pecado para a liberdade de filhos de Deus, muito maior e mais profunda do do que a Páscoa dos hebreus.

Na Nova Aliança, celebramos a Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo. 

Celebramos também a Nova Aliança, feita por Jesus, selada com seu sangue. Esta Aliança é feita para sempre e para toda a humanidade, sem distinção de nação (país), de raça e de cor.

Apesar desta Nova Aliança, nós, muitas vezes, nos afastamos de Jesus, esquecemos o seu amor e nos tornamos escravos uns dos outros.

Vivemos no meio de tantas divisões e injustiças:
  • ricos e pobres, desempregados, gente passando fome, doentes sem dinheiro para comprar remédios, muitas crianças sem escolas porque não podem comprar material escolar ...
  • e muitas vezes, nós nos afastamos das pessoas que sofrem, não querendo ser amigos delas ... às vezes, temos até condições de ajudar as pessoas, mas não queremos ajudá-las.

Conversando:

Páscoa é a passagem da morte à vida. Significa morrer para o comodismo, a preguiça e a mentira, doando a própria vida, como Jesus. Assim, vamos nos esforçar para sermos mais solidários com os colegas, ter espírito, ter vontade e atitudes de colaboração e serviço. Nossos pais trabalham muito para que não nos falte o necessário em casa. E nós, em que contribuímos? Jesus vai adiante de nós e doa toda a sua vida. 

Anualmente, na Quinta-Feira Santa, a Igreja celebra a missa da Ceia do Senhor, na qual comemoramos Jesus que nos entrega o mandamento e o sacramento do amor.


5. Atividades


  • Dividir a turma em dois grupos. Confeccionar dois cartazes, um com as alianças unidas e outro com as alianças separadas. Pedir para os catequizandos escreverem no cartaz das alianças unidas, as coisas que nos fazem manter a aliança com Deus. E no cartaz com as alianças separadas, coisas que nos fazem "quebrar" a aliança com Deus.
        (Copiei essa ideia no Blog "Jardim da Boa Nova". Achei interessante!)


6.  Oração Final e Encerramento


Catequista:  Ó Pai querido, como é grande a nossa alegria, pois Tu amas todas
                   as pessoas do mundo e és muito bom para nós.

Todos       :  Louvado seja o Pai que nos ama e quer bem!

Catequista:  Queremos agradecer, acima de tudo e  em  primeiro lugar,  porque 
                   nos  deste  Teu Filho  Jesus  Cristo,  nosso  Salvador.  Ele  veio  ao
                   mundo, porque as pessoas se afastaram de Ti  e  não se  entendem
                   mais. Iniciemos nossa celebração cantando:

                   (canto à escolha)

Criança 1  :  Jesus  veio  para  nos  salvar:   curou   os   doentes,   perdoou   os
                   pecadores.  Mostrou  a  todos  o  Teu  amor,  ó   Pai:   acolheu    e 
                   abençoou as crianças.

Todos       :   Louvado seja Teu Filho Jesus, amigo das crianças e dos pobres.

Criança 2  :  Ele veio nos ensinar a amar a Ti,  ó Pai,  como  filhos  e  filhas   e
                   amar-nos uns aos outros, como irmãos e irmãs.

Todos        :  Estamos alegre, ó Pai e te agradecemos.

Criança 3   :  Jesus veio tirar do coração  a  maldade  que  não  nos  deixa  ser 
                    amigos e amigas e viver o amor que  faz  a  gente  ser  feliz.  Ele 
                    prometeu  que  o  Espírito  Santo  ficaria  sempre  em  nós  para 
                    vivermos como filhos e filhas de Deus.

Todos         :  Bendito sejas, Senhor Jesus!

Catequista  :  Por tudo isto, queremos vos agradecer, cantando (o mesmo canto
                     ou outro, à escolha do grupo). 

                    






Fontes:

  • Bíblia Sagrada
  • Livro do Catequista Fé - Vida - Comunidade (Paulus)
  • Livro Somos Povo de Deus, do Padre Orione Silva e Solange Maria do Carmo. 
  • Livro Que alegria, encontrei Jesus! (Arquidiocese do Rio de Janeiro)

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