Objetivo:
- Refletir sobre a Nova Aliança.
Ambiente:
- Bíblia
- Vela
- Crucifixo
Recurso:
- Uma aliança
1. Acolhida e Oração Inicial
- Receber a turma com muita animação.
- Convidar cada um para acolher os companheiros com um forte abraço, desejando-lhes a paz de Deus, pois somos todos irmãos.
- Criar clima de silêncio para conversar com Deus.
- Fazer o sinal da cruz.
- Todos permanecem em pé e em silêncio. O leitor 1 e o leitor 2 proclamam o Evangelho (Lc 22,7-13) - Preparativos da ceia pascal.
- Leitor 1: Jesus celebrou a Páscoa. Memorial da libertação em que os judeus foram libertos da escravidão do faraó e atravessaram o mar a pé enxuto. O sangue do cordeiro sacrificado foi utilizado para marcar as portas das casas dos judeus e, assim afastou a ira do anjo exterminador, também o sangue do cordeiro imolado selou a aliança que Moisés estabeleceu com Deus em nome do povo eleito.
- Leitor 2: Jesus dá um novo significado para a Páscoa. Ele é o cordeiro que tira o pecado do mundo, que sela uma nova aliança entre Deus e a humanidade com seus braços abertos na cruz.
- Todos: Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós. (bis) Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, dai-nos a paz.
2. Motivação
- Mostrar aos catequizandos uma aliança de casamento.
Deixar que falem o que sabem sobre o significado das alianças que os noivos trocam quando se casam).
Nos casamentos, os noivos trocam alianças entre si, como sinal do acordo firmado, comprometendo-se as duas partes em viver o amor e a fidelidade.
- Colocar no quadro uma faixa com os dizeres: "Eu sou o teu Deus e vocês são o meu povo".
Explicar aos catequizandos que, assim como duas pessoas se casam, se comprometem a unir suas vidas e caminhar juntas (o uso da aliança é sinal deste compromisso), Deus também fez uma Aliança com seu povo para caminhar com Ele.
Nos casamentos, os noivos trocam alianças entre si, como sinal do acordo firmado, comprometendo-se as duas partes em viver o amor e a fidelidade.
Deus também gosta de fazer acordos com o seu povo: desde o princípio, Deus se comunicou, revelou o seu amor, a sua graça e a sua vontade, pedindo a fidelidade aos seus mandamentos. O mesmo nome dado ao anel de uma pessoa casada é aplicado ao acordo que Deus realiza, ou seja, a aliança.
Vejamos as alianças de Deus com o povo:
- A Criação, apesar de não receber o nome de aliança, foi a primeira manifestação do amor de Deus para com a humanidade. Deus ofereceu tudo o que foi criado ao homem e mulher (Gn 1,28ss). Mas já no princípio, percebemos o que seria uma marca da História da Salvação: apesar da benevolência de Deus, o ser humano nem sempre seria fiel com o Projeto de Deus e, desde então, a história humana foi marcada pelo pecado (Gn 3).
- Deus fez uma aliança com Noé, permitindo que os seus filhos formassem as nações do mundo e prometendo não mais devastar a terra com o dilúvio (Gn 9,8-17).
- No Livro do Gênesis, Abraão se comprometeu em guardar a aliança , recebendo a promessa de uma multidão de nações (Gn 17,1-14).
- Deus estabeleceu uma aliança com Moisés. Pediu a observância de suas leis (Dez Mandamentos) e prometeu ter o seu povo como nação escolhida: "Agora se realmente ouvirdes minha voz e guardardes a minha aliança, sereis para mim a porção escolhida entre todos os povos" (Ex 19,5).
Quando lemos o Antigo Testamento vemos que apesar de todo o empenho de Deus, o povo não cumpriu a sua parte. Muitas foram as infidelidades. Mas, Deus sempre dá uma nova oportunidade e nunca desiste dos seus.
Duas ideias muito importantes devem ficar claras quando tratamos da aliança e das histórias dos grandes personagens da Bíblia:
- Relação de diálogo entre Deus e as pessoas: Deus sempre toma a iniciativa. Deseja sempre mostrar o seu amor e a sua vontade para que sejamos felizes; Ele está do nosso lado e se compromete com a nossa vida. Sempre podemos estar abertos ao diálogo e à amizade com Deus. Isto está na base de qualquer aliança divina.
- A aliança é um dom e uma tarefa: ao mesmo tempo em que a aliança revela a iniciativa e a bênção divina, exige de cada um de nós um esforço para cumprirmos aquilo que Deus nos propõe.
3. Desenvolvendo o tema
Conforme já vimos, durante muito tempo, Deus foi preparando o seu povo para receber Jesus, o Salvador. Chamou algumas pessoas, que se tornaram suas amigas, para que falassem em seu nome. Deus fez aliança com os patriarcas: a Abraão, prometeu uma descendência maior que o número de estrelas no céu! Através de Moisés, libertou o povo do cativeiro do Egito e deu sua Lei!
Dentre esses amigos, alguns foram Profetas que falavam em nome de Deus e anunciavam a vinda do Salvador. Depois dos patriarcas, Deus enviou os profetas para anunciarem sua palavra ao povo.
Depois que o povo israelita voltou para a Palestina, a Terra Prometida, o povo de Israel passou por momentos de união, de lutas e até de divisão do próprio reino.
O povo tentou libertar-se das dominações estrangeiras, mas nada conseguiu. A sua única esperança estava baseada na promessa da vinda do Messias. Ele deveria ser o enviado de Deus para libertar o seu povo. Sendo consagrado (ungido) pelo próprio Deus, deveria ter força e poder.
No tempo de Jesus, os habitantes da Palestina esperavam a chegada do Messias que devolveria à nação, o esplendor dos tempos de Davi e Salomão.
Jesus, o Salvador da humanidade, é verdadeiro Deus e verdadeiro Homem. Ele, o Filho Eterno do Pai, se encarnou no seio da Virgem Maria, por obra do Espírito Santo e viveu sua vida humana, semelhante a nós em tudo, menos no pecado.
A narração da vida de Jesus, seus ensinamentos, milagres, paixão,morte e ressurreição, encontram-se nos quatro Evangelhos: o de Mateus, de Marcos, de Lucas e de João.
Os Evangelhos pertencem ao Novo Testamento. Eles nos falam da nova e eterna aliança que Deus fez com seus filhos, através de Jesus Cristo.
Nenhum acordo entre Deus e o seu povo se igualou com a aliança feita em Jesus Cristo. Nele foi estabelecida "uma nova e eterna aliança" como o padre diz na missa, na consagração do sangue de Cristo (Lc 22,20; Mt 26,27; Mc 14,24).
Jesus é o mediador da nova aliança (Hb 9,15). Agora o ser humano foi totalmente fiel a Deus, ou seja, Jesus Cristo - que é Deus feito homem - cumpriu toda a vontade do Pai até o fim, doando a sua vida, derramando o seu sangue. Depois desta aliança, não é necessária nenhuma outra. Em Jesus Deus disse e fez tudo, o máximo, deu a vida pela nossa salvação.
Aprofundamento:
- Retome a celebração da Páscoa antiga e explique que Jesus a celebra e lhe dá um novo sentido. Situe a morte de Cristo no contexto pascal, em que sua vida nos é dada para a salvação da humanidade. É o memorial do seu amor levado às últimas consequências, por isso, é igualmente sinal do amor, doação e ajuda ao outro, até o ponto de ser humilhado lavando os pés dos seus discípulos.
- Jesus seguindo o costume de seus irmãos judeus, todos os anos celebrava a Páscoa como memória dos acontecimentos do Êxodo, em que se deu a fuga da escravidão do Egito. A celebração ritual da Páscoa judaica é substituída pela eucaristia: Fazei isto em memória de mim. Esta é a celebração sacramental nova, memorial do novo êxodo pascal de Cristo.
- Jesus celebrou a Páscoa com um novo sentido. Ele tomou os elementos da Páscoa e aplicou-os a si mesmo. Isso aconteceu às vésperas de ser entregue e condenado à morte. Antecipadamente, ele celebrou em forma de ceia pascal o que iria acontecer no calvário no dia seguinte.
- Nessa ceia se bendisse a Deus sobre o pão sem fermento que era partido e distribuído. Jesus viu nesse gesto o sacrifício do seu corpo imolado na cruz e dado como alimento. Nela, tomava-se vinho e comia-se o carneiro sacrificado, cujo sangue selou a primeira aliança entre Deus e o povo, além de ter poupado da morte os primogênitos. Jesus é o novo cordeiro que tira o pecado do mundo, seu sangue redentor derramado na cruz perdoa todo o pecado.
- Sua morte é Páscoa, mostra a intervenção do Pai que salva a humanidade pelo amor de seu filho levado às últimas consequências. Jesus, o Filho de Deus encarnado, entende a sua vida e a sua missão como serviço de amor à humanidade. Ele se doa inteiramente. Essa doação é a concretização do seu amor. Antes da festa da Páscoa, sabendo que chegara a sua hora de passar deste mundo para o Pai, tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim (Jo 13,1).
4. Leitura: 1 Cor 11,25; Mt 26,26-29
Como vimos, Jesus todos os anos celebrava a Páscoa como memória dos acontecimentos do Êxodo, seguindo o costume de seus irmãos judeus.
A antiga festa da Páscoa celebrava não apenas o aniversário da saída da escravidão do Egito, mas também a Aliança feita no Monte Sinai, quando Deus deu os Dez Mandamentos.
Agora Jesus celebra a Páscoa com um novo sentido. Às vésperas de ser entregue e condenado à morte, ele tomou os elementos da Páscoa e aplicou-os a si mesmo. Ele celebrou em forma de ceia pascal o que iria acontecer no calvário no dia seguinte.
Ao celebrar Nova Páscoa, com seus amigos, os apóstolos, Jesus faz uma Nova Aliança com o povo.
Esta aliança de Jesus com a humanidade teve seu ponto alto com sua morte e ressurreição. Esta á a Páscoa de Jesus, que trouxe para toda a humanidade a passagem da escravidão do pecado para a liberdade de filhos de Deus, muito maior e mais profunda do do que a Páscoa dos hebreus.
Na Nova Aliança, celebramos a Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo.
Celebramos também a Nova Aliança, feita por Jesus, selada com seu sangue. Esta Aliança é feita para sempre e para toda a humanidade, sem distinção de nação (país), de raça e de cor.
Apesar desta Nova Aliança, nós, muitas vezes, nos afastamos de Jesus, esquecemos o seu amor e nos tornamos escravos uns dos outros.
Vivemos no meio de tantas divisões e injustiças:
- ricos e pobres, desempregados, gente passando fome, doentes sem dinheiro para comprar remédios, muitas crianças sem escolas porque não podem comprar material escolar ...
- e muitas vezes, nós nos afastamos das pessoas que sofrem, não querendo ser amigos delas ... às vezes, temos até condições de ajudar as pessoas, mas não queremos ajudá-las.
Conversando:
Páscoa é a passagem da morte à vida. Significa morrer para o comodismo, a preguiça e a mentira, doando a própria vida, como Jesus. Assim, vamos nos esforçar para sermos mais solidários com os colegas, ter espírito, ter vontade e atitudes de colaboração e serviço. Nossos pais trabalham muito para que não nos falte o necessário em casa. E nós, em que contribuímos? Jesus vai adiante de nós e doa toda a sua vida.
Anualmente, na Quinta-Feira Santa, a Igreja celebra a missa da Ceia do Senhor, na qual comemoramos Jesus que nos entrega o mandamento e o sacramento do amor.
5. Atividades
- Dividir a turma em dois grupos. Confeccionar dois cartazes, um com as alianças unidas e outro com as alianças separadas. Pedir para os catequizandos escreverem no cartaz das alianças unidas, as coisas que nos fazem manter a aliança com Deus. E no cartaz com as alianças separadas, coisas que nos fazem "quebrar" a aliança com Deus.
(Copiei essa ideia no Blog "Jardim da Boa Nova". Achei interessante!)
6. Oração Final e Encerramento
Catequista: Ó Pai querido, como é grande a nossa alegria, pois Tu amas todas
as pessoas do mundo e és muito bom para nós.
Todos : Louvado seja o Pai que nos ama e quer bem!
Catequista: Queremos agradecer, acima de tudo e em primeiro lugar, porque
nos deste Teu Filho Jesus Cristo, nosso Salvador. Ele veio ao
mundo, porque as pessoas se afastaram de Ti e não se entendem
mais. Iniciemos nossa celebração cantando:
(canto à escolha)
Criança 1 : Jesus veio para nos salvar: curou os doentes, perdoou os
pecadores. Mostrou a todos o Teu amor, ó Pai: acolheu e
abençoou as crianças.
Todos : Louvado seja Teu Filho Jesus, amigo das crianças e dos pobres.
Criança 2 : Ele veio nos ensinar a amar a Ti, ó Pai, como filhos e filhas e
amar-nos uns aos outros, como irmãos e irmãs.
Todos : Estamos alegre, ó Pai e te agradecemos.
Criança 3 : Jesus veio tirar do coração a maldade que não nos deixa ser
amigos e amigas e viver o amor que faz a gente ser feliz. Ele
prometeu que o Espírito Santo ficaria sempre em nós para
vivermos como filhos e filhas de Deus.
Todos : Bendito sejas, Senhor Jesus!
Catequista : Por tudo isto, queremos vos agradecer, cantando (o mesmo canto
ou outro, à escolha do grupo).
Catequista: Ó Pai querido, como é grande a nossa alegria, pois Tu amas todas
as pessoas do mundo e és muito bom para nós.
Todos : Louvado seja o Pai que nos ama e quer bem!
Catequista: Queremos agradecer, acima de tudo e em primeiro lugar, porque
nos deste Teu Filho Jesus Cristo, nosso Salvador. Ele veio ao
mundo, porque as pessoas se afastaram de Ti e não se entendem
mais. Iniciemos nossa celebração cantando:
(canto à escolha)
Criança 1 : Jesus veio para nos salvar: curou os doentes, perdoou os
pecadores. Mostrou a todos o Teu amor, ó Pai: acolheu e
abençoou as crianças.
Todos : Louvado seja Teu Filho Jesus, amigo das crianças e dos pobres.
Criança 2 : Ele veio nos ensinar a amar a Ti, ó Pai, como filhos e filhas e
amar-nos uns aos outros, como irmãos e irmãs.
Todos : Estamos alegre, ó Pai e te agradecemos.
Criança 3 : Jesus veio tirar do coração a maldade que não nos deixa ser
amigos e amigas e viver o amor que faz a gente ser feliz. Ele
prometeu que o Espírito Santo ficaria sempre em nós para
vivermos como filhos e filhas de Deus.
Todos : Bendito sejas, Senhor Jesus!
Catequista : Por tudo isto, queremos vos agradecer, cantando (o mesmo canto
ou outro, à escolha do grupo).
Fontes:
- Bíblia Sagrada
- Livro do Catequista Fé - Vida - Comunidade (Paulus)
- Livro Somos Povo de Deus, do Padre Orione Silva e Solange Maria do Carmo.
- Livro Que alegria, encontrei Jesus! (Arquidiocese do Rio de Janeiro)
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