A palavra "carnaval" vem do termo do latim ''carne vale'', que significa "festa das carnes" e tem origem europeia, inclusive ainda existe essa festa na Europa. Lá no Hemisfério Norte, nesse período, está quase terminando o tempo frio e de estiagem, por essa razão não podiam matar os bois, as ovelhas e os cordeiros, porque assim as famílias não teriam como se aquecer (já que os animais serviam também para aquecer a própria casa no inverno). Por isso, nesse momento, no qual estava acabando o inverno, eles faziam o abate desses animais e, assim, realizavam uma grande celebração: "as festas das carnes". Depois de um tempo essa festa foi adquirindo também um caráter folclórico; foi quando chegou ao Brasil.
Neste momento começamos a entender as máscaras, as fantasias e toda a realidade da beleza do carnaval, pois é uma questão cultural de celebrar a alegria: "Nós podemos comer, acabou o inverno; podemos nos alimentar com carne e nos alegrar porque a estiagem passou!". Então, a ''festa das carnes'' nasce desta maneira. A origem é justamente esta: nos alegrar, sim, porque nós temos o direito de nos alegrar e Deus nos dá esta graça de estarmos em constante estado de alegria e também nos alegramos pelos frutos da terra e pelas carnes que podemos comer.
Desta forma a festa do carnaval tem este foco de nos proporcionar alegria, de estarmos com as pessoas que amamos e de festejar, sim. Mas o grande risco do nosso carnaval é que, com o passar do tempo, ele tomou uma linha um pouco diferente da original. Não foi mais um momento de festa e de nos alegrarmos de uma maneira sadia, pois, infelizmente, existem algumas pessoas que aproveitam esse tempo para fazer as maiores besteiras da vida.
Por essa razão a Igreja retoma o sentido original dessa festa cultural, de nos alegrarmos e de festejarmos, sim, mas com esta certeza de que a verdadeira alegria não vem de fora, mas sim do coração onde Deus habita.
Padre Anderson Marçal
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