...

...
...

quinta-feira, 27 de março de 2014

Aprendendo com a Natureza



"Só Deus é capaz de criar, de produzir algo a partir do nada. Deus criou o céu, a terra, o sol, a lua, as estrelas, a água, o mar, a erva verde com sementes, as árvores frutíferas, os répteis, as aves, os peixes, os animais domésticos, os animais selvagens e, finalmente, criou o homem e a mulher à sua imagem e semelhança, como a obra mais perfeita e grandiosa.

Deus, em seu amor, criou o universo inteiro de modo inteligente e organizado. Criou todas as maravilhas que vemos, pensando em nós, em nossa felicidade. 

Deus criou o o ser humano à sua semelhança e lhe confiou o mundo. Ao criar o ser humano, Deus o abençoou de um modo todo especial e confiou a ele toda a criação, para que cuidasse dela com amor.





A natureza é uma bela obra de Deus; toda ela foi feita para nós num gesto de amor do Senhor. Sendo divina, a natureza está repleta de beleza, harmonia, cores e lições que nos ensinam a viver. Jesus a usava sempre em Seus ensinamentos. "Olhai os lírios do campo!", "Veja a semente da mostarda", "Olhe os pastores e as ovelhas". Olhai para os campos, onde todas as coisas falam do amor, onde os ramos se abraçam, as flores dançam, os pássaros namoram, onde a natureza toda glorifica o Espírito.

Galileu disse que a natureza é um documento escrito nas linguagens matemáticas. Tudo nela é preciso, ordenado e belo. Os elétrons giram em torno do núcleo do átomo com leis precisas; os planetas giram todos em torno do sol, obedecendo as três leis precisas que Kepler descobriu. Todos os corpos caem em queda livre com a mesma aceleração da gravidade que Torricelli determinou fazendo experiências na Torre de Pisa.

Você pode não receber flores todos os dias em sua casa, mas Deus as manda pela natureza quando você vai para o trabalho. A natureza é séria, calma, silenciosa, severa, sempre verdadeira. Os erros é que são nossos.





Um provérbio diz que "Deus perdoa sempre, o homem de vez em quando, a natureza nunca". Ela não tem raciocínio e não tem coração, mas vive dentro de sua perfeição mineral, vegetal e animal. Cabe a nós cuidarmos dela para podermos desfrutar bem de suas dádivas. Na natureza não há recompensa ou castigos. Há apenas consequências. A primeira lição que ela nos dá é que Deus existe. A natureza não poderia existir com tanta beleza e perfeição se não houvesse um Criador poderoso e bondoso. Como disse o francês Voltaire, não pode haver um relógio sem um relojoeiro.

Nunca acredite no acaso, por favor, pois acaso é o apelido que dão a Deus aqueles que não têm coragem de pronunciar o Seu nome. Esses são infelizes, porque renegam o próprio Criador e jamais experimentarão a verdadeira felicidade.

Olhe, por exemplo, para as vacas e lembre-se de que os maiores cientistas nunca descobriram como tirar leite do capim. Gratuitamente, a natureza faz isso para nós. Nenhum prêmio Nobel, até hoje, jamais conseguiu compreender o que é a vida de uma simples formiga.

Padre Antônio Vieira disse que ser mestre, na fé, nos faz discípulo da natureza. De fato, a natureza é mestra. O pesquisador inglês Eddington dizia que "nenhum ateu é admirador da natureza".

O mundo natural é lento e seguro, mas não para. É um lema de vida: viver de maneira lenta, mas sem parar, pois a pressa é inimiga da perfeição. Quanto mais complexo é um trabalho, mais devagar ele deve ser feito. O tempo destrói tudo o que é construído sem a sua colaboração.






Em um mosteiro, um jovem discípulo questionou seu mestre: "Mestre, como faço para não me aborrecer? Algumas pessoas falam demais ou são ignorantes, outras são indiferentes. Sinto ódio dos mentirosos, sofro com as pessoas que caluniam e não suporto as falsas e invejosas." "Viva como as flores!", advertiu o mestre. "Como é viver como as flores?", perguntou o discípulo. "Repare nas flores", continuou o mestre, apontando os líricos que cresciam no jardim. "Elas nascem no esterco, entretanto, são puras e perfumadas. Extraem do adubo malcheiroso tudo que lhes é útil e saudável, mas não permite que o azedume da terra manche o frescor de suas pétalas".





É justo angustiar-se com as próprias culpas, mas não é sábio permitir que os vícios dos outros nos importunem. Os defeitos deles são deles e não nossos. Se não são nossos, não há razão para nos aborrecermos. Exercite, pois, a virtude de rejeitar todo o mal que vem de fora. Isso é viver como as flores.

Olhe para o mar, majestoso e belo. Ele é grande, porque aceitou humildemente ficar alguns milímetros abaixo de todos os rios da terra; por isso é imenso. Todos podem vê-lo, porque ele permite que todos os rios – grandes e pequenos – nele deságuem e lhes tragam as suas riquezas. Muitos homens excluem com facilidade os outros e deixam de receber suas riquezas. O mar interliga as nações, une os povos, aceita a simples canoa do pescador e também o gigantesco transatlântico. Ele não discrimina nada nem ninguém, é "pobre de espírito", por isso é muito rico. O oceano está pronto a dar seu peixe ao pobre pescador e à grande companhia de pesca que o desbrava. Ele só faz mal a quem não conhece a sua natureza e desrespeita a suas leis.





Olhe para o céu. Ele nos ensina muitas maravilhas! Antes de tudo, é imenso, maior do que a terra e o mar, e não pode ser medido. Os cientistas se angustiam procurando os seus limites insondáveis. Eles sabem que o universo se expande com uma velocidade fantástica! Ninguém sabe onde ele termina. Penso que Deus o fez assim, incomensurável, para nos deixar uma pequena amostra de Sua infinitude, a fim de que ninguém jamais duvide de Sua grandeza e de Seu poder."




Prof. Felipe Aquino





Aprendendo com a natureza






"Deus é o criador de tudo, nada existe sem que tenha sido criado por Ele; toda a natureza é obra do seu amor, sabedoria e bondade. São Tomás de Aquino dizia que: “Aberta a mão pela chave do amor, as criaturas surgiram”. Por isso, a Liturgia reza na Missa: “os Céus e a Terra proclamam a Vossa Glória”; e mais: “Tudo o que criastes proclama o Vosso louvor”; por isso é “nosso dever e salvação dar-Vos graça em todo tempo e lugar  Pai Santo…”
A Sagrada Escritura diz que: “No princípio, Deus criou o céu e a terra” (Gn 1,1). “Foi pela fé que compreendemos que os mundos foram formados por uma palavra de Deus. Por isso é que o mundo visível não tem sua origem em coisas manifestas” (Hb 11,3). “No princípio era o Verbo… e o Verbo era Deus… Tudo foi feito por ele, e sem ele nada foi feito” (Jo 1,1-3).

Como toda a natureza (mineral, vegetal, animal, humana) é obra de Deus, então, ela traz em si sinais da perfeição de Deus. O nosso Catecismo diz no § 293: “Eis uma verdade fundamental que a Escritura e a Tradição não cessam de ensinar e de celebrar: “O mundo foi criado para a glória de Deus”; não para aumentá-la, mas para manifestá-la. O salmista canta: “Quão numerosas são as tuas obras, Senhor, e todas fizeste com sabedoria!” (Sl 104,24).
Os Apóstolos São Pedro e São Paulo compararam o Reino de Deus a uma lavoura, por isso passei a observá-las. Na minha casa eu tenho uma pequena horta onde cultivo couves, alfaces e espinafres. Nos intervalos do trabalho vou ali e descanso cuidando das plantas, e aprendo com a natureza.
Sem molhar bastante o canteiro não consigo retirar as ervas daninhas com a raiz; e se não for assim, a erva logo renasce. Então aprendi que também para retirar as ervas daninhas das almas, os pecados, com a Confissão, é preciso molhar bastante o terreno da alma com orações e meditações, senão a erva daninha não sai com a raiz. Não podemos fazer uma conversão apressada, na base da emotividade, às pressas, sem “molhar profundamente a alma” com a água da graça de Deus, senão a erva do pecado volta a crescer e mata a boa planta.
Aprendi também que é preciso estar atento porque a cada dia nascem novas ervas más e é preciso arrancá-las na raiz. Um provérbio chinês diz que não é a erva daninha que mata a planta, mas a preguiça do lavrador.
Aprendi também que a boa plantinha nasce muito pequena e frágil e que é preciso cuidá-la com muito carinho, não deixando de regá-la todos os dias. 
Assim também é na evangelização; se as almas abertas a Deus não forem “regadas” diariamente pela oração, vida sacramental, meditação da Palavra de Deus, etc., a plantinha da fé não sobrevive. Não adiante molhar muito planta apenas uma vez por semana; é preciso regá-las todos os dias. Mozart disse que quando ele ficava um dia sem tocar seu piano, no dia seguinte ele notava que estava pior; quando ficava dois dias sem tocar, os mais íntimos notavam; quando ficava três dias sem tocar, toda a plateia notava.
Aprendi também que se o canteiro não for bem preparado, a terra bem afofada, as pedras retiradas, o adubo colocado, a planta não cresce. Fiquei pensando na evangelização: se não houver uma terra bem preparada a semente não brota; e se brota, não cresce; e se cresce, não dá fruto; e se dá fruto, é minguado. É por isso que Jesus caminhou três anos com os Apóstolos, molhando a terra de suas almas, afofando o chão duro dos seus corações, adubando com as orações, pregações, milagres, paciência, amor, etc.

Este é um pequeno exemplo de que podemos aprender muito com a natureza, porque ela é divina, como disse um grande cientista: a criação é uma obra de arte que Deus escreveu na linguagem matemática. Observe o seu silêncio, a sua perfeição, a sua  beleza… e você verá que “tudo o que criastes proclama o Vosso louvor”.

Prof. Felipe Aquino






Onde está Deus?

Onde está Deus?", pergunta o cientista , "ninguém O viu jamais. Quem Ele é?" Responde às pressas o materialista: "Deus é somente uma invenção da fé!", o pensador dirá, sensatamente: "- Não vejo Deus, mas sinto que Ele existe! A natureza mostra claramente em que o poder do Criador consiste". Mas o poeta dirá, com segurança de quem afirma porque tem certeza: "- Eu vejo Deus no riso da criança, no céu, no mar, na luz da natureza! Contemplo Deus brilhando nas estrelas, no olhar das mães fitando os filhos seus. Nas noites de luar claras e belas, que em tudo pulsa o coração de Deus! Eu vejo Deus nas flores e nos prados, nos astros a rolar pelo infinito. Escuto Deus na voz dos namorados e sinto Deus na lágrima do aflito! Percebo Deus na frase que perdoa; contemplo Deus na mão que acaricia; escuto Deus na criatura boa; e sinto Deus na paz e na alegria! Eu vejo Deus no médico salvando; pressinto Deus na dor que nos irmana; descubro Deus no sábio procurando compreender a natureza humana! Eu vejo Deus no gesto de bondade; escuto Deus nos cânticos do crente; percebo Deus no sol, na liberdade e vejo Deus na planta e na semente! Eu vejo Deus, enfim, por toda parte, que tudo fala dos poderes seus. Descubro Deus na expressão da arte; no amor dos homens também sinto Deus! Mas onde sinto Deus com mais beleza, na sua mais sublime vibração, não é no coração da natureza, é dentro do meu próprio coração."

Dr. Agnaldo Bahia Monteiro









Nenhum comentário:

Postar um comentário