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domingo, 21 de dezembro de 2014

Que as nossas palavras reflitam o coração e a sabedoria de Deus!


Márcio Mendes, missionário da Canção Nova, nos ensina: "Peçamos a Deus que eduque nossos pensamentos para o bem e coloque uma guarda em nossa boca. Cultivemos dentro de nós apenas coisas boas. Não é fácil! É uma luta diária para purificarmos os pensamentos, os sentimentos e as palavras, pois o bem precisa brotar de dentro de nós." 

Eu não tenho dificuldade em querer bem a todos, principalmente em não desejar o mal, pois graças a Deus, não sou uma pessoa invejosa e gosto de ver as pessoas serem bem sucedidas. Não tenho problema algum em falar bem daqueles que admiro, nem de elogiar o trabalho de alguém. Agora, falar bem de todos já é mais complicado. Como posso falar bem de uma pessoa de quem penso mal? E como é difícil pensar bem de todos! 

Tenho procurado não criticar, o que nem sempre tenho conseguido, mas tenho me esforçado! Tenho usado o bom senso no falar, pois às vezes não dá para calar, até porque jamais aceitaria me tornar um ser omisso. Evito falar mal de quem me desagrada para os outros, porque quando isso acontece, eu fico péssima, por sentir que passei para o outro uma imagem muito negativa de mim. Quando me incomoda, o que faço é mostrar para essa pessoa que o que ela está fazendo não é despercebido por mim e que as suas atitudes não boas.

No programa "Sorrindo para Vida" da TV Canção Nova, o padre Sóstenes nos passou esta mensagem, que me tocou profundamente:

"Monsenhor Jonas Abib nos ensina esta frase de Dom Bosco: “É preciso pensar bem de todos, falar bem de todos e querer bem a todos”. E como viver isso? Como falar bem de alguém de que eu não penso bem? Como agir dessa maneira quando alguém me machuca? Se não aprendemos a pensar bem das pessoas será muito difícil conseguir não falar mal delas. O segredo para pensar bem, falar bem e querer bem é a Palavra de Deus, que vai nos ajudar a dar o primeiro passo para perdoar."

Continua ele: "O Senhor quer nos ensinar a pensar bem das pessoas. Todas as vezes em que passamos por momentos difíceis é preciso fazer esta pergunta utilizando esta palavra: “Será?” É uma pergunta aberta: “Será que quem me feriu dormiu bem?” “Será que ele estava preocupado ou com muitas dívidas?” E “Será que ele brigou com alguém antes de me encontrar?” Quando fazemos essas perguntas diante das pessoas e das situações que nos são difíceis, aos poucos vamos começando a pensar bem de todos."


Tenho utilizado mais algumas perguntas para procurar entender o procedimento, as atitudes que não me agradam em alguém: Por que essa pessoa age assim? Será que tem necessidade, por exemplo, de querer aparecer, de querer ser melhor do que os outros, porque em algum momento de sua história, foi humilhada? Será que é invejosa porque nunca foi valorizada ou foi muito criticada nos primeiros anos de sua vida? Não justifica, mas dá para entender e perdoar.
Sobre o perdão, nos fala Padre Sóstenes:
"É preciso querer perdoar, é preciso querer dar esse presente para Deus. Perdoar é atitude de quem quer ser livre, é atitude de quem ama. Quem disse que não podemos perdoar mesmo quando ainda nos dói? Perdoar, mesmo com dor, é muito mais perdão, é fazê-lo por amor a Deus. Dessa forma, tiramos a pedra de condenação de cima de nós e da outra pessoa."
Concluindo, ele nos ensina: "Outras perguntas necessárias são: “E se fosse eu?” E “O que Jesus faria no meu lugar?” Com certeza, fazendo esses questionamentos conseguiremos dar passos concretos para pensar bem de todos, falar bem de todos e querer bem de todos!"

Abaixo, transcrevo também um texto do missionário Márcio Mendes, sobre o pecado no mal uso das palavras. Muito interessante!
"Aquele que refreia sua língua se torna uma pessoa melhor e se transforma em uma pessoa agradável a Deus", afirma Márcio Mendes

A Palavra meditada hoje está em São Tiago 3,2-5:

"Todos nós tropeçamos em muitas coisas. Aquele que não peca no uso da língua é um homem perfeito, capaz de refrear também o corpo todo. Se pomos um freio na boca do cavalo para que nos obedeça, conseguimos controlar o seu corpo todo. Reparai também nos navios: por maiores que sejam, e impelidos por ventos impetuosos, são, entretanto, conduzidos por um pequeníssimo leme, na direção que o timoneiro deseja. Assim também a língua, embora seja um membro pequeno, se gloria de grandes coisas. Comparai o tamanho da chama com o da floresta que ela incendeia!"

Até os homens de Deus tropeçam, e louvado seja a Deus por esta Palavra meditada hoje, pois, mesmo falhos, o Senhor nunca nos abandona nem nos repudia por nossos pecados. A língua é tão pequena, porém, pode fazer um bem ou um mal gigantesco. Quando não aprendemos a controlar nossas palavras, causamos feridas em nós e nas pessoas com as quais convivemos.

Muitos sentimentos de rejeição que trazemos no coração foram causados por palavras que nos feriram. Aquele que não vigia sua língua machuca a si mesmo e aos outros. Algumas vezes percebemos a ferida que causamos nas pessoas, mas, em outras vezes, não nos damos conta do mal que provocamos com nossas palavras. Mesmo que não notemos os sofrimentos causados nas pessoas com o que lhe dissemos, isso não muda nossa atitude e não tira a dor que sentem.

As chagas causadas pelo pecado são incuráveis humanamente falando, somente Deus consegue curar um ferimento causado por nossas palavras e atitudes. O pecado que comentemos contra o outro causa-lhe uma ferida que não se fecha, a qual somente o Senhor pode tratar. Quantas pessoas vivem cabisbaixas e ressentidas por algo que seu pai ou mãe falaram ou por apelidos pejorativos que causaram grandes marcas no coração delas.

Aquele que refreia sua língua se torna uma pessoa melhor e se transforma em uma pessoa agradável a Deus. Ao ouvir alguém falando mal de outra pessoa não tenha o prazer de compartilhar o que ouviu aos demais. Não ouça até o fim quando as pessoas começarem a falar sobre os maus hábitos de alguém, pois isso só envenena nossa alma. Precisamos ouvir somente as virtudes e as qualidades de uma pessoa e as propagar. Não esconda o bem que o outro faz, isso sim precisa ser divulgado!

Falar mal de alguém é assemelhar-se ao fogo que incendeia uma floresta. O fogo começa pequeno, mas quando percebemos estamos no meio desse fogaréu e não temos como sair dele. Não fale sobre o mal que alguém praticou, mas somente o que ele possui de bom.

Tentemos nos esquivar de entrar em conversas tolas que não nos levam a lugar algum. Não temos o direito de criar antipatia entre as pessoas por ciúme e inveja delas. Que ninguém tire a paz do nosso coração por causa de fofocas e respostas atravessadas. Está em nossas mãos e palavras fazer o bem ou não.

Peçamos a Deus que nossa boca não seja motivo de queda e destruição e que de nossos lábios saiam apenas palavras de paz, alegria, reconciliação e bondade.


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