Maria, a mulher eucarística
Maria é a mãe de Jesus. Geneticamente a carne de Jesus é toda proveniente de Maria uma vez que na concepção do Filho de Deus não houve a participação de José. Por isso na Eucaristia encontramos Maria.
Jesus instituiu a Eucaristia que é seu corpo e sangue dados para a vida do mundo. Esse corpo e sangue santos foram gerados em Maria por ação de Deus. Não há como entrar em comunhão com Jesus sem viver a ternura de Maria que o gerou, o acompanhou nos seus dias terrenos e esteve presente no início da Igreja sendo presença de Mãe que muito acreditou na obra de seu Filho.
A Eucaristia é o pão da unidade. Vivemos em um momento histórico em que há muitas divisões na humanidade, na sociedade, nas religiões, nas famílias, nos relacionamentos humanos e na vida pessoal de cada um. Maria sempre foi sinal de uma unidade profunda e corajosa. Unida ao mistério Divino ela disse sim se abrindo para que a vontade de Deus se cumprisse colaborando, desta forma, para a restauração da unidade que foi rompida pelos velhos pais da humanidade. Unida aos necessitados ela escalou montanhas para socorrer sua prima Isabel. Unida as famílias esteve em Caná da Galileia e pediu aos discípulos de Jesus para fazerem tudo o que Ele dissesse sabendo que o Vinho melhor seria encontrado. No calvário quando a Palavra estava se tornando muda ali estava ela certamente não com os sentimentos humanos de perda, ou desespero, mas de fé confiante na Redenção que seu Filho estava realizando. Ela tinha confiança de que haveria uma vitória triunfal. Unida aos apóstolos no Cenáculo foi sinal de esperança para os enlutados. Maria gloriosa é sinal de que tudo é efêmero e a vida se ilumina com os raios da presença de seu Filho Ressuscitado.
Maria enquanto acompanhava a vida de Jesus e dos apóstolos vivia uma Eucaristia antecipada. Ela se doava, rezava e muitas vezes como hóstia silenciosa, sem emitir nenhuma palavra deixava que pedaços de si fossem arrancados para nutrir o mundo.
Cada sofrimento vivido por seu Filho era um pedaço arrancado daquela materna hóstia antecipada que se fazia oblação ao Pai. Sabemos que para viver a Eucaristia é preciso muita fé, amor e contemplação. Essas realidades não faltaram na vida de Maria que viveu antecipadamente o mistério da Eucaristia e por isso a chamamos de mulher eucarística.
Por Dom Messias dos Reis Silveira – Bispo de Uruaçu (GO)
Fonte: Blog Sou Catequista
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