Tomar cuidado com a vaidade que afasta o homem da verdade e o faz parecer uma “bolha de sabão”. Esse foi o alerta deixado pelo Papa Francisco na Santa Missa desta quinta-feira, 25, na Casa Santa Marta. O Pontífice destacou em sua homilia que, mesmo quando fazem o bem, os cristãos devem fugir da tentação de aparecer, de fazer-se ver.
A vaidade (chamada também de orgulho ou soberba) é o desejo de atrair a admiração das outras pessoas. Vaidade quer dizer, de acordo com o dicionário, “desejo imoderado e infundado de merecer a admiração dos outros”.
"Senhor, quem entrará no santuário pra te louvar? Quem tem as mãos limpas, e o coração puro, quem não é vaidoso, e sabe amar." Vemos que o vaidoso não entrará no Reino dos Céus. A Igreja Católica apresenta o orgulho ou vaidade, conhecido como soberba, como um dos sete pecados capitais. A soberba é associada à orgulho excessivo, arrogância e vaidade.
Em paralelo, segundo o filósofo Santo Tomás de Aquino, a soberba era um pecado tão grandioso que era fora de série, devendo ser tratado em separado do resto e merecendo uma atenção especial. Aquino tratava em separado a questão da vaidade, como sendo também um pecado, mas a Igreja Católica decidiu unir a vaidade à soberba, acreditando que neles havia um mesmo componente de vanglória, devendo ser então estudados e tratados conjuntamente. Do latim superbia, vanitas."Senhor, quem entrará no santuário pra te louvar? Quem tem as mãos limpas, e o coração puro, quem não é vaidoso, e sabe amar." Vemos que o vaidoso não entrará no Reino dos Céus. A Igreja Católica apresenta o orgulho ou vaidade, conhecido como soberba, como um dos sete pecados capitais. A soberba é associada à orgulho excessivo, arrogância e vaidade.
Uma pessoa vaidosa cria uma imagem pessoal para transmitir aos outros, com o objetivo de ser admirada e invejada.
É preciso parar para refletir sobre os sempre sábios ensinamentos do nosso querido Papa, perguntando a nossos mesmos: Tenho o desejo de ser vista, de ser admirada? Tenho consciência de que o dom que recebi é graça que Deus me concedeu para ser usado em favor dos meus irmãos? Estou consciente de que sozinha, que sem Jesus, nada posso fazer? Será que tudo que tenho feito tem sido para a honra e glória do Senhor, ou estou buscando glórias para a minha pessoa?
Por causa do serviço que prestamos à Igreja, estamos continuamente expostos a essa fraqueza. Admito que muitas vezes, ao receber elogios sobre algum trabalho ou alguma ideia que apresentei, fiquei feliz pelo reconhecimento. Mas sempre lutei contra a vaidade e sempre estive consciente de que nada fiz sozinha, que sem o Espírito Santo, sem a sua inspiração, sem a sua força, eu não conseguiria fazer nada. "A alma necessita do Espírito Santo, sem o qual não se encontra em nós qualquer bem. A santa Igreja adverte-nos que não pode existir nada de inocente no homem que não tenha em si o Espírito Santo. E São Paulo ensina-nos que sem o auxílio do Espírito Santo não podemos sequer invocar o santo Nome de Jesus."
"Sem Jesus, nada podeis fazer"; não podemos esquecer nunca disso! Em segundo lugar, é preciso entender que fomos criados com um objetivo, o de glorificar a Deus. Jesus em suas últimas palavras aos seus discípulos pediu a eles que pregassem o evangelho e fizessem discípulos. Quando damos muitos frutos, glorificamos a Deus e nos tornamos seus discípulos, ou seja, quando damos muito fruto, é como se estivéssemos carimbando um documento que ali consta como registro este servo tem feito à vontade de seu Senhor.
Somos apenas servos! Muito sábia Madre Teresa, ao dizer que a vaidade é sempre ridícula. "Quantas iniciativas ficam prejudicadas pelos egos inflamados! Quantas pessoas passam a se considerar melhores e mais importantes, por causa de elogios recebidos – elogios, diga-se de passagem, nem sempre sinceros! Tais pessoas melhor fariam se lessem ao menos o primeiro capítulo do Livro do Eclesiastes (250aC), que começa assim: “Vaidade das vaidades, tudo é vaidade” (Ecl 1,1b). Em outras palavras: se alguma coisa conseguirmos com nossos trabalhos, decisões e iniciativas, digamos ao Senhor: “Senhor, sou apenas teu jumentinho. Que ninguém perca tempo prestando atenção em mim; que todos olhem para ti e te aclamem. Tu que és importante!” (Dom Murilo S. R. Krieger -Arcebispo de São Salvador da Bahia / Primaz do Brasil).
São João Batista, melhor do que ninguém, expressou com sua vida e palavras como deve ser um mensageiro do Senhor. Todo aquele que luta pelo reino de Deus na terra, deve dizer, como João “Importa que ele cresça e que eu diminua” (Jo 3,30), como complemento ao versículo anterior: “Nisso consiste a minha alegria, que agora se completa” (Jo 3,29c). João Batista se referia, é claro, a Jesus, Ele era o que o profeta anunciara “a voz que clama do deserto” (cf. Is 40,3), o precursor de Jesus, “a fim de preparar o Seu caminho” (cf. Mc 1,2).
João soube exatamente o seu lugar no serviço de Deus; jamais a menor sombra de vaidade ou orgulho tomou conta do seu coração. Fez tudo o que lhe fora mandado por Deus, discretamente, sem ofuscar a passagem do Senhor. “É necessário que Ele cresça e eu diminua” (citação livre de Jo 3,30). Ninguém na terra mereceu um elogio de Jesus tão grande como o que João recebeu: “Em verdade vos digo, entre os filhos das mulheres, não surgiu outro maior que João Batista” (Mt 11,11).
João Batista é um exemplo exato de como deve ser quem quer servir ao Senhor: fazer tudo por Ele e para Ele, unicamente por amor a Jesus, fugindo diligentemente de tudo quanto possa alimentar a menor secreta vaidade. Também no trabalho da Igreja corremos o risco de ficar “inchados” com alguns aplausos e elogios. A verdadeira humildade exige que reconheçamos que, se fazemos algo de bom, é simplesmente por obra e graça da bondade de Deus, e que por nós mesmos de nada somos capazes.
João soube exatamente o seu lugar no serviço de Deus; jamais a menor sombra de vaidade ou orgulho tomou conta do seu coração. Fez tudo o que lhe fora mandado por Deus, discretamente, sem ofuscar a passagem do Senhor. “É necessário que Ele cresça e eu diminua” (citação livre de Jo 3,30). Ninguém na terra mereceu um elogio de Jesus tão grande como o que João recebeu: “Em verdade vos digo, entre os filhos das mulheres, não surgiu outro maior que João Batista” (Mt 11,11).
João Batista é um exemplo exato de como deve ser quem quer servir ao Senhor: fazer tudo por Ele e para Ele, unicamente por amor a Jesus, fugindo diligentemente de tudo quanto possa alimentar a menor secreta vaidade. Também no trabalho da Igreja corremos o risco de ficar “inchados” com alguns aplausos e elogios. A verdadeira humildade exige que reconheçamos que, se fazemos algo de bom, é simplesmente por obra e graça da bondade de Deus, e que por nós mesmos de nada somos capazes.
“Sem mim nada podeis fazer” (Jo 15,5c). “Toda dádiva boa e todo dom perfeito vem de cima: desce do Pai das luzes” (Tg 1,17a).
Por isso, não há razão alguma para que nos sintamos vaidosos de alguma boa ação. Tudo é dom de Deus!
As pessoas mais úteis para Deus são aquelas que buscam unicamente a Sua glória, com reta intenção, buscando, como João Batista, “desaparecer”, para que a glória de Deus não seja ofuscada pela nossa vaidade inconveniente e mesquinha.
Muitas de nossas boas ações não têm mérito perante Deus porque elas visam mais à nossa própria glória do que à de Deus. É importante lembrarmo-nos sempre daquela palavra de Jesus no sermão da montanha: “Guardai-vos de fazer vossas boas obras diante dos homens, para serdes vistos por eles. Do contrário, não tereis recompensa junto de Vosso Pai que está no céu” (Mt 6,1).
Portanto, “que Ele cresça e eu desapareça”.
“Tenho-vos dito isto, para que o meu gozo permaneça em vós, e o vosso gozo seja completo” (João 15,11).
Não podemos negar que quando vemos tudo dar certo, uma felicidade invade os nossos corações. É muito bom ver os frutos do nosso trabalho feito com amor e dedicação,é prazeroso constatar que vale a pena toda luta, todo cansaço, que o nosso empenho em dar o melhor de nós na obra do Senhor sempre vale muito a pena. Com certeza, uma vida ligada à videira é uma vida de constante alegria.
É certo que há momentos difíceis, que seriam mais ainda, se não tivéssemos Deus ao nosso lado, como o sepultamento de um parente, a perda de um emprego, uma decepção no que tange a relacionamentos. Mas quando Jesus nos fala em gozo completo, Ele esta falando de coisas eternas que já foram conquistadas e que ninguém pode tomar de nós.
Quando sentimos essa felicidade e esse prazer de estar fazendo o melhor que sabemos, isso não é vaidade. Essa satisfação em servir, esse desejo que arde em nossos corações de fazer sempre o melhor, essa dedicação e carinho pelas coisas de Deus, não é futilidade. Sabemos que é sentimento puro, porque dá alegria. Devemos desconfiar que algo está errado, quando recebemos elogios por nossos feitos e a nossa própria consciência nos acusa de que estamos buscando glória para nós mesmos. Isso é fácil de identificar, pois o que é de Deus traz paz ao nosso coração, enquanto que o que buscamos para satisfazer o nosso ego nos traz inquietação, nos torna infelizes. Precisamos estar atentos!
É certo que há momentos difíceis, que seriam mais ainda, se não tivéssemos Deus ao nosso lado, como o sepultamento de um parente, a perda de um emprego, uma decepção no que tange a relacionamentos. Mas quando Jesus nos fala em gozo completo, Ele esta falando de coisas eternas que já foram conquistadas e que ninguém pode tomar de nós.
Quando sentimos essa felicidade e esse prazer de estar fazendo o melhor que sabemos, isso não é vaidade. Essa satisfação em servir, esse desejo que arde em nossos corações de fazer sempre o melhor, essa dedicação e carinho pelas coisas de Deus, não é futilidade. Sabemos que é sentimento puro, porque dá alegria. Devemos desconfiar que algo está errado, quando recebemos elogios por nossos feitos e a nossa própria consciência nos acusa de que estamos buscando glória para nós mesmos. Isso é fácil de identificar, pois o que é de Deus traz paz ao nosso coração, enquanto que o que buscamos para satisfazer o nosso ego nos traz inquietação, nos torna infelizes. Precisamos estar atentos!
QUINTA-FEIRA, 25 DE SETEMBRO DE 2014, 7H40
Partindo da Primeira Leitura, retirada do Livro do Eclesiastes, o Santo Padre falou sobre o perigo da vaidade, uma tentação não só para os pagãos, como também para os cristãos. Ele recordou que Jesus repreendia a todos que se vangloriavam e lhes dizia que não se deve rezar para que os outros vejam. O mesmo deve acontecer, afirmou o Papa, quando ajudamos os pobres: fazê-lo de forma oculta, pois é suficiente que Deus veja.
“O vaidoso vive para aparecer. ‘Quando você faz jejum – diz o Senhor – por favor não fique triste ali, para que todos percebam que você está jejuando; não, faça jejum com alegria; faça a penitência com alegria, que ninguém perceba’. E a vaidade é assim: é viver para aparecer, viver para fazer-se ver”.
Sua Santidade destacou que os cristãos que vivem assim – que vivem para aparecer – parecem “pavões”; são pessoas que se vangloriam de terem uma família cristã, de serem parentes de um padre ou de uma freira. E questionou como é a vida dessas pessoas nas obras de misericórdia, se, por exemplo, elas visitam os doentes.
O Santo Padre recordou, então, que Jesus sempre disse que é preciso construir a “casa”, ou seja, a vida cristã, sobre a rocha, sobre a verdade. Os vaidosos, em vez disso, constroem a “casa” sobre a areia e então a vida cristã cai, escorrega, porque eles não são capazes de resistir às tentações.
“Quantos cristãos vivem para aparecer. A vida deles parece uma bolha de sabão. É bela a bolha de sabão! Tem todas as cores! Mas dura um segundo, e depois? Também quando olhamos para alguns monumentos fúnebres, pensamos que é vaidade, porque a verdade é voltar para a terra nua, como diz o Servo de Deus Paulo VI. Espera-nos a terra nua, esta é a verdade final. Nesse meio de tempo, em me gabo ou faço alguma coisa? Faço o bem? Procuro o bem? Rezo? As coisas consistentes. E a vaidade é mentirosa, é fantasiosa, engana a si mesma, engana o vaidoso”.
Francisco explicou que é isso que acontecia com o tetrarca Herodes, como narra o Evangelho do dia. Herodes se perguntava com insistência sobre a identidade de Jesus. O Papa disse que a vaidade semeia inquietação ruim, tira a paz; é como aquela pessoa que coloca maquiagem demais e depois tem medo de tomar chuva e borrar tudo. “A vaidade não nos dá paz, somente a verdade nos dá paz”.
A única rocha sobre a qual se pode edificar a vida é Jesus, afirmou o Sumo Pontífice. O próprio Cristo foi tentado no deserto, lembrou o Papa, acrescentando que a vaidade é uma doença espiritual muito grave. “Peçamos ao Senhor a graça de não sermos vaidosos, de sermos verdadeiros com a verdade da realidade e do Evangelho.”
"Vamos cuidar da vaidade, porque o vaidoso acha que tudo que existe é pra ele, é para o bem estar dele, é para que ele usufrua. Cuidemos disso no coração daquele que não tem nada de vaidade, Nosso Senhor Jesus Cristo, O servo." (Por Ricardo Sá - Canção Nova)
“O vaidoso vive para aparecer. ‘Quando você faz jejum – diz o Senhor – por favor não fique triste ali, para que todos percebam que você está jejuando; não, faça jejum com alegria; faça a penitência com alegria, que ninguém perceba’. E a vaidade é assim: é viver para aparecer, viver para fazer-se ver”.
Sua Santidade destacou que os cristãos que vivem assim – que vivem para aparecer – parecem “pavões”; são pessoas que se vangloriam de terem uma família cristã, de serem parentes de um padre ou de uma freira. E questionou como é a vida dessas pessoas nas obras de misericórdia, se, por exemplo, elas visitam os doentes.
O Santo Padre recordou, então, que Jesus sempre disse que é preciso construir a “casa”, ou seja, a vida cristã, sobre a rocha, sobre a verdade. Os vaidosos, em vez disso, constroem a “casa” sobre a areia e então a vida cristã cai, escorrega, porque eles não são capazes de resistir às tentações.
“Quantos cristãos vivem para aparecer. A vida deles parece uma bolha de sabão. É bela a bolha de sabão! Tem todas as cores! Mas dura um segundo, e depois? Também quando olhamos para alguns monumentos fúnebres, pensamos que é vaidade, porque a verdade é voltar para a terra nua, como diz o Servo de Deus Paulo VI. Espera-nos a terra nua, esta é a verdade final. Nesse meio de tempo, em me gabo ou faço alguma coisa? Faço o bem? Procuro o bem? Rezo? As coisas consistentes. E a vaidade é mentirosa, é fantasiosa, engana a si mesma, engana o vaidoso”.
Francisco explicou que é isso que acontecia com o tetrarca Herodes, como narra o Evangelho do dia. Herodes se perguntava com insistência sobre a identidade de Jesus. O Papa disse que a vaidade semeia inquietação ruim, tira a paz; é como aquela pessoa que coloca maquiagem demais e depois tem medo de tomar chuva e borrar tudo. “A vaidade não nos dá paz, somente a verdade nos dá paz”.
A única rocha sobre a qual se pode edificar a vida é Jesus, afirmou o Sumo Pontífice. O próprio Cristo foi tentado no deserto, lembrou o Papa, acrescentando que a vaidade é uma doença espiritual muito grave. “Peçamos ao Senhor a graça de não sermos vaidosos, de sermos verdadeiros com a verdade da realidade e do Evangelho.”
"Vamos cuidar da vaidade, porque o vaidoso acha que tudo que existe é pra ele, é para o bem estar dele, é para que ele usufrua. Cuidemos disso no coração daquele que não tem nada de vaidade, Nosso Senhor Jesus Cristo, O servo." (Por Ricardo Sá - Canção Nova)
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