Para o Papa, “a catequese é um pilar para a educação da fé”.
Papa Francisco lembra que ser catequista é vocação - que a vocação é ser catequista e não trabalhar como catequista. “Ser catequista, essa é a vocação; não trabalhar como catequista. Vejam bem, não disse 'trabalhar como catequista, mas sê-lo', porque envolve a vida. E, assim, se conduz ao encontro com Jesus com as palavras e com a vida, com o testemunho", ressaltou.
Falamos muito de vocação. Quando dizemos que alguém tem vocação, afinal o que queremos dizer? A palavra vocação vem do verbo no latim "vocare"(chamar). Assim vocação significa chamado. É, pois, um chamado de Deus. Se há alguém que chama, deve haver outro que escuta e responde.
Ser catequista é uma vocação! É um chamado da parte de Deus para uma missão. Não fostes vós que Me escolhestes, mas fui Eu que vos escolhi (JO 15, 16).
“O chamado a SER CATEQUISTA não é algo pessoal, mas obra divina, graça. A missão do catequista está na raiz da palavra ‘catequese’, que vem do grego ‘katechein’ e quer dizer ‘fazer eco’”.
"Antigamente, a palavra catequese era escrita com “ch”: Catechese. Os franceses e italianos (ainda hoje) escrevem a palavra “catequese” com “ch”: “cathéchèse” (em francês), “catechesi” (em italiano). Por que será? E o que isso tem a ver com o assunto?
"Antigamente, a palavra catequese era escrita com “ch”: Catechese. Os franceses e italianos (ainda hoje) escrevem a palavra “catequese” com “ch”: “cathéchèse” (em francês), “catechesi” (em italiano). Por que será? E o que isso tem a ver com o assunto?
A palavra “catequese” é uma palavra, no fundo, de origem grega: katá (a partir de) + echos (voz, fala, eco), resultando: kat’echesis. Por isso que antigamente, em português, se escrevia “catequese” com “ch”.
Todos sabemos o que é um “eco” (antigamente se escrevia assim: “echo”, com “ch”!) e o Todos sabemos o que é um “eco” (antigamente se escrevia assim: “echo”, com “ch”!) e o que significa “ecoar”... Pois é! Por dentro da palavra “catequese” se esconde a palavra “eco”. Ou melhor, esconde-se o “ecoar de algo”. Este “algo”, na nossa tradição cristã, é a Palavra divina que “ecoou” sobre o nosso planeta terra na pessoa de Jesus Cristo... E continua “ecoando” aos nossos ouvidos nas celebrações litúrgicas, quando fazemos memória do mistério pascal pelos Sacramentos, pelo Ofício divino e tantos outros tipos de celebrações litúrgicas... O “estrondo” da Páscoa, que “ecoou” pelo mundo afora e para todos os tempos, continua “ecoando” (vibrando) hoje a partir da Liturgia vivida e celebrada.
Cristo foi aquele que fez ecoar de modo mais forte e mais profundo o “eco” do projeto salvífico do Pai. Ele foi um Cat’echista eminente! Depois vêm os apóstolos que, cheios da energia do Espírito, a partir da experiência pascal revivida na escuta da Palavra e na “fração do pão”, fizeram “ecoar” para todos os recantos do mundo de então a grande novidade do Reino de Deus.
E os apóstolos transmitiram aos seus sucessores este importante ministério, a saber, o de serem um permanente “eco” da presença viva do Ressuscitado, para que todos pudessem ter o privilégio de participar plenamente da vida nova que a Páscoa inaugurou. Estes, por sua vez, se fizeram rodear de inúmeros colaboradores diretos no ministério “catequético”, isto é, de “fazer ecoar” a Boa-nova, na e a partir da experiência pascal vivida na Liturgia.
Os catequistas na tradição cristã antiga eram os bispos, presbíteros, diáconos e outras tantas pessoas que faziam “ecoar” aos ouvidos e ao coração dos ouvintes iniciantes e iniciados o mistério pascal vivenciado na Liturgia. O “eco” mais significativo que ressoa em nossas comunidades é este: “Anunciamos, Senhor, a vossa morte, proclamamos a vossa ressurreição. Vinde, Senhor Jesus”! Assim, toda a assembléia, anunciando a morte salvadora do Senhor, desempenha um ministério “catequético”. E nós catequistas hoje? Onde ficamos nessa história? (...)
(Frei José Ariovaldo da Silva, OFM, com algumas adaptações) Por: http://catequistabr.dominiotemporario.com/doc/CBV-CATEQUISTA-FORMACAO-DIO-PA-08.pdf
Cristo foi aquele que fez ecoar de modo mais forte e mais profundo o “eco” do projeto salvífico do Pai. Ele foi um Cat’echista eminente! Depois vêm os apóstolos que, cheios da energia do Espírito, a partir da experiência pascal revivida na escuta da Palavra e na “fração do pão”, fizeram “ecoar” para todos os recantos do mundo de então a grande novidade do Reino de Deus.
E os apóstolos transmitiram aos seus sucessores este importante ministério, a saber, o de serem um permanente “eco” da presença viva do Ressuscitado, para que todos pudessem ter o privilégio de participar plenamente da vida nova que a Páscoa inaugurou. Estes, por sua vez, se fizeram rodear de inúmeros colaboradores diretos no ministério “catequético”, isto é, de “fazer ecoar” a Boa-nova, na e a partir da experiência pascal vivida na Liturgia.
Os catequistas na tradição cristã antiga eram os bispos, presbíteros, diáconos e outras tantas pessoas que faziam “ecoar” aos ouvidos e ao coração dos ouvintes iniciantes e iniciados o mistério pascal vivenciado na Liturgia. O “eco” mais significativo que ressoa em nossas comunidades é este: “Anunciamos, Senhor, a vossa morte, proclamamos a vossa ressurreição. Vinde, Senhor Jesus”! Assim, toda a assembléia, anunciando a morte salvadora do Senhor, desempenha um ministério “catequético”. E nós catequistas hoje? Onde ficamos nessa história? (...)
(Frei José Ariovaldo da Silva, OFM, com algumas adaptações) Por: http://catequistabr.dominiotemporario.com/doc/CBV-CATEQUISTA-FORMACAO-DIO-PA-08.pdf
" (...) Evidentemente, o modelo perfeito de “catequista é o próprio Jesus. Ele sabia cativar as pessoas, entrar nas casas e nos corações. Sabia ser meigo e misericordioso, mas também, quando precisava, era forte e decidido; sem medo de ir na contramão da opinião comum ou, diríamos hoje, aquela “politicamente correta”, que agrada à maioria, mas nem sempre corresponde ao bem e à verdade.
Um exemplo desta catequese de Jesus aparece claramente no evangelho deste domingo. Talvez, falar de porta estreita e de esforço para entrar, possa parecer uma contradição com outros ensinamentos de Jesus. Na realidade a explicação está na necessidade de praticar a justiça. Quem pensava de ter algum privilégio por ter sentado à mesa com Jesus, está sendo alertado que isso não vai servir para entrar no Reino dos céus. Os que tiveram a possibilidade de ouvir Jesus falar em suas praças deviam ser os primeiros a entender a necessidade da conversão e não querer aproveitar desta oportunidade achando-se íntimos do Senhor e seu preferidos. Quem não soube, ou não quis, acolher as palavras de Jesus, como incentivo à mudança de vida para o bem e a justiça, não poderá apresentar desculpas. Perdeu a oportunidade. Outros virão de todos os recantos da terra, merecedores de entrar no Reino porque se esforçaram de vivenciar – conscientemente ou não – os ensinamentos do Mestre.
Ser catequista não é um privilégio para ter algum abatimento no compromisso cristão ou algum atalho para o Reino dos céus. É o contrário. A primeira “lição” que um catequista ou uma catequista oferece, muitas vezes sem perceber, é a sua própria vida. Dizia S. Antão: “Nunca, jamais, proponha aos outros o que você mesmo não tiver antes praticado e experimentado”. Isto porque a fé cristã não é simplesmente um conjunto de verdades sobre Deus a serem explicadas. A fé é algo que mexe com a vida inteira da pessoa: orienta os seus sonhos, motiva os seus valores, sustenta as suas esperanças. Para esta vida e para a outra também, se acreditarmos mesmo no Deus da Vida. Talvez seja por isso que ser catequista é comprometedor e faltam catequistas sobretudo para jovens e adultos que precisam de acompanhamento específico ao aproximar-se pela primeira vez da comunidade cristã ou ao voltar para ela, após ter dado algumas voltas na vida.
Talvez, para serem bons catequistas, alguns entre nós, precisem somente jogar fora a pedra da timidez, da acomodação, da falsa humildade. Esforçar-nos para testemunhar e comunicar a nossa fé deve ser uma alegria, não um peso. Sem dúvida é um desafio que precisa de preparação. No entanto, vale a pena, sobretudo quando os discípulos se tornam melhores que os mestres."
Dom Pedro José Conti, Bispo
“O bom catequista é aquele que ensina esta “verdade que salva”, que Cristo depositou no coração da Igreja para ser o remédio contra todos os males”.
Desde o início do cristianismo a Catequese foi a base da formação do povo. O catecumenato durava três anos para os adultos, sendo os catecúmenos batizados na vigília pascal. Ela é o meio básico da Igreja para “fazer discípulos de Jesus”, para ajudar os homens a crerem que Jesus é o Filho de Deus, e por meio da fé, ter a vida em Seu nome, formando o Corpo de Cristo.
A catequese é a educação da fé das crianças, dos jovens e dos adultos, de maneira orgânica e sistemática, para levar à vida cristã. É o primeiro anúncio do Evangelho para suscitar a fé; ensinando as verdades básicas contidas no Credo, os Sacramentos, a moral cristã baseada nos Dez Mandamentos e a espiritualidade nas orações. O Catecismo é o texto básico para os catequistas.
O Papa Bento XVI disse um dia que o pior problema do povo católico é a ignorância religiosa. Muitos católicos não conhecem a bela doutrina católica e por isso muitos são enganados pelas seitas e igrejas que não foram fundadas por Jesus Cristo. Temos uma bela doutrina de dois mil anos, revelada por Cristo, amadurecida no sangue dos mártires, nas orações dos santos, na sabedoria dos doutores, dos papas, etc., mas muitos não a conhecem.
No passado os filhos aprendiam o Catecismo com os pais em primeiro lugar, porque eles são “os primeiros catequistas dos filhos”; mas hoje, infelizmente, muitas crianças são criadas sem um dos pais ou com pais que também não conhecem a “sã doutrina da fé” (Tt 1,9; 2,1; 1 Tm 4,6; 6,20), que leva à salvação. O nosso Catecismo afirma que “a salvação está na verdade” (n.851) e São Paulo revela que “a Igreja é a coluna e o fundamento da verdade” (1 Tm 3,15).
Então, o bom catequista é aquele que ensina esta “verdade que salva”, que Cristo depositou no coração da Igreja para ser o remédio contra todos os males. Portanto, ninguém pode ensinar às crianças, jovens e adultos o que quer, mas o que a Igreja ensina. Nenhum de nós ensina por própria conta e risco, não, somos todos enviados por Cristo através da Igreja.
O Papa João Paulo II disse um dia que: “A preocupação constante de todo o catequista, seja qual for o nível das suas responsabilidades na Igreja, deve ser a de fazer passar, através do seu ensino e do seu modo da comportar-se, a doutrina e a vida de Jesus Cristo. Assim, há de procurar que a atenção e a adesão da inteligência e do coração daqueles que catequiza não se detenha em si mesmo, nas suas opiniões e atitudes pessoais; e sobretudo não há de procurar inculcar as suas “opiniões e opções pessoais”, como se elas exprimissem a doutrina e as lições de vida de Jesus Cristo. Todos os catequistas deveriam poder aplicar a si próprios a misteriosa palavra de Jesus: “A minha doutrina não é minha mas d’Aquele que me enviou” (João 7,16). É isso que faz São Paulo, ao tratar de um assunto de grande importância: “Eu aprendi do Senhor isto, que por minha vez vos transmiti» (1 Cor 11,23).
O Catecismo da Igreja – disse o Papa João Paulo – é o “texto de referência” da fé católica para quem quer conhecer o que a Igreja crê e ensina. Ele contém de modo orgânico o ensino da Sagrada Escritura, da Tradição viva da Igreja e do Sagrado Magistério que Cristo deixou para preservar a “sã doutrina” de ser deturpada. Ele nos traz dois mil anos de vida da Igreja, ensinamento dos santos e santas, dos papas e doutores, com toda a inspiração do Espírito Santo.
O catequista hoje é alguém mais do que nunca fundamental na vida da Igreja para sobretudo formar as crianças e jovens, mas também recuperar o atraso do povo de Deus em conhecer aquilo que Cristo nos ensina.
Prof. Felipe Aquino
"Ser Catequista é anunciar o Evangelho e testemunhar a nossa experiência com Deus. É ter um amor tão grande por Jesus, um amor tão intenso, que ao falar Dele com os catequizandos, eles reconheçam em você verdadeiro instrumento de Deus."
"O catequista deve levar a criança não só gostar de Jesus, mas ainda a conhecer a bem a vida e a mensagem de Cristo, com todas as suas exigências e a saber as verdades da fé."
"Ser Catequista é ensinar e aprender ao mesmo tempo."
"O Catequista hoje, mais do que um pedagogo, deve ser um mistagogo.
"O catequista é uma pessoa de fé, em busca de profunda espiritualidade (o mistagogo). Deixa-se evangelizar e fala mais pelo exemplo que pela palavra."
1ª – Você está sendo convidado para uma missão e não para uma simples tarefa que qualquer um executa. Encare a catequese como algo sério, comprometedor, útil. Suas palavras e suas ações como catequista terão efeito multiplicador se forem realizadas com ânimo e compromisso;
2ª – Sorria ao encontrar seus catequizandos. Um catequista precisa sorrir mesmo quando tudo parece desabar. Execute sua tarefa com alegria e não encare os encontros de catequese como um fardo e ser carregado;
3ª – Se no primeiro contratempo que aparecer você desistir, é melhor nem começar. A catequese, assim como qualquer outra atividade, apresenta situações difíceis. Mas que graça teria a missão de um catequista se tudo fosse muito fácil? Seja insistente e que sua teimosia lhe permita continuar nesta missão e não abandonar o barco na primeira situação adversa;
4ª – Torne os pais de seus catequizandos aliados e não inimigos. Existem muitos pais que não querem nada com nada na catequese. Mas procure centrar o seu foco naqueles que estão empolgados, interessados e são participantes ativos. Não fiquei apenas reclamando as ausências. Vibre com as presenças daqueles que são compromissados com a catequese e interessados pela vida religiosa de seus filhos;
5ª – Lembre-se sempre que você é um catequista da Igreja Católica. Por isso você precisa defender as doutrinas e os ensinamentos católicos. Alguns catequistas que se aventuram da tarefa da catequese, as vezes, por falta de preparo, acabam fazendo, nos encontros, um papel contrário aquilo que a Igreja prega sobre diversos assuntos. Isso é incoerência das maiores;
6ª – Não esqueça da sua vida pessoal. Por ser catequista, a visibilidade é maior. Então cuide muito dos seus atos fora da Igreja. Não precisa ser um crente, mas é preciso falar uma coisa e agir da mesma forma. A incoerência nas ações de qualquer cristão, passa a ser um tiro no pé;
7ª – Saiba que você faz parte de um grupo de catequistas e não é um ser isolado no mundo. Por isso, se esforce para participar das reuniões propostas pela equipe da sua catequese. Procure se atualizar dos assuntos discutidos e analisados nestas reuniões. Esta visão comunitária é essencial na catequese. Catequista que aceita a mudar catequese e acha que o seu trabalho é apenas com os encontros, está fora de uma realidade de vivência em grupo;
8ª – Freqüente a missa. Falamos tanto nisso nos encontros, reuniões e retiros de catequese e cobramos que os jovens e os pais não freqüentam as celebrações no final de semana. O pior é que muitos catequistas também não vão à missa. Como exigir alguma coisa se não damos o exemplo?
9ª – Seja receptivo com todos, acolhedor, interessado. Mas isso não significa ser flexível demais. Tenha regras de conduta, acompanhe a freqüência de cada um de seus jovens, deixe claro que você possui comando. Fale alto, tenha postura corporal nos encontros, chegue no horário marcado, avise com antecedência quando precisar se ausentar, mantenha contato com os pais pelo menos uma vez por mês. Você é o catequista e, através de você, o reino de Deus está sendo divulgado. Por isso, você precisa não apenas “aparentar”, mas ser catequista por inteiro;
10ª – Seja humilde para aprender. Troque idéias com os seus colegas catequistas. Peça ajuda se for necessário. Ouça as sugestões e nunca pense que você é o melhor catequista do mundo. Não privilegie ninguém e trate todos com igualdade. Somos apenas instrumentos nas mãos de Deus. É Ele quem opera quem nos conduz e, através de nós, evangeliza. Seja simples, humilde e ao mesmo tempo forte e guerreiro para desempenhar a sua missão.
Tudo com Jesus ...Nada sem Maria!
http://mfcmamonas.no.comunidades.net/index.php
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