...

...
...

domingo, 2 de fevereiro de 2014

Jesus nos traz a alegria e a lliberdade de filhos de Deus




Objetivos:


  • Conhecer os sinais que Jesus apresentou aos seus discípulos e ao povo para demonstrar o seu amor e para provar que Ele é o enviado do Pai.
  • Entender que o valor e a dignidade das pessoas estão em primeiro lugar e que devem ser reconhecidos e respeitados.

Ambiente:

  • Bíblia
  • Vela
  • Flores


1. Acolhida e Oração Inicial

  • Acolher as crianças com entusiasmo e alegria. Cantar música bem animada.
  • Criar clima de silêncio para rezar.
  • Fazer o sinal da cruz.
  • Motivar: Estamos conhecendo melhor a missão de Jesus: o que ele fez, o que ele ensinou, o Reino que ele inaugurou. Esse Reino de Jesus acontece quando nós o deixamos guiar nossa vida. Nós acolhemos Jesus, ele passa a ser o nosso Rei e toda a nossa vida vai ganhando novo sentido.
  • Convidar a turma a acolher Jesus e seu Reino, cantando a música nº 9 do Livro Jesus, nosso Salvador, do Pe. Orione Silva.
  • De mãos dadas, repetir juntos: Ó bom Jesus, nós sabemos que o Senhor quer ter muitos amigos. Por isso, estamos aqui. Queremos ser seus amigos. Queremos seguir seus passos. Queremos ouvir sua Palavra. Venha, Jesus, nos abençoar, para vivermos sempre em sua presença. Amém!
  • Encerrar, cantando música  suave, à escolha.



2. Motivação


No encontro anterior, vimos que depois do Batismo, Jesus saiu para realizar a sua missão. ara auxiliá-lo, resolveu formar um grupo. Para isso, convoca doze pessoas (Apóstolos), são eles: Simão, chamado Pedro, e André, seu irmão; Tiago, filho de Zebedeu e João, seu irmão; Filipe, Bartolomeu, Tomé, Mateus, Tiago,  Tadeu, Simão e Judas Iscariotes (Mt 4,18-25). 


Jesus realizou muitos milagres:  O servo do centurião (Mt 18,5-13), cura de um leproso (Mc 1,40-45), ressuscitou a filha de Jairo (Lc 8,41-56) ...





Tudo isso, fazia Jesus para demonstrar o seu amor pelo povo e para que todos pudessem crer na paternidade e no poder de Deus.

O primeiro milagre de Jesus foi numa festa de casamento em Caná da Galiléia; sua mãe Maria, percebeu que tinha acabado o vinho da festa e pediu a Jesus que fizesse algo. Jesus mandou que os servos enchessem os potes  com água e a transformou em vinho   (Jo 2,1-11). 



Outro milagre muito significativo de Jesus foi quando estava pregando o Evangelho para uma multidão  de cinco mil pessoas onde ninguém tinha o que comer; Jesus pediu aos apóstolos que recolhessem o que o povo tinha. Acharam entre eles cinco pães e dois peixes. Jesus com apenas esse alimento, saciou toda a multidão sobrando ainda doze cestos (Mt 14,13-21).




Esse milagre vem mostrar que Jesus não se preocupava só com o espiritual do homem; mas ao mesmo tempo que pregava o Evangelho, ensinando a todo o povo, dava-lhes de comer. Isso é um exemplo a nós: devemos falar de Jesus, mas também ajudar a quem tem fome. Acolher o necessitado e viver nesta vida os mandamentos de Jesus, resumidos neste: "Amai-vos uns aos outros como eu vos amo." (Jo 15,12).



3. Desenvolvendo o Tema


Nós já aprendemos que as pessoas têm muito valor. Todos os seres vivos, tudo o que existe tem valor. Mas o ser humano é imagem e semelhança de Deus. Tem ainda mais valor do que as outras coisas. Porém, quando Jesus veio ao mundo, encontrou situações estranhas em que as pessoas eram tratadas como se não tivessem valor.

No tempo de Jesus, havia umas leis muito severas. Por exemplo, no dia de sábado, ninguém podia fazer nada. O sábado era um dia de repouso absoluto. Todos tinham de ficar quietos, sem fazer nada. E mesmo que surgisse alguma emergência, era preciso esperar passar o sábado para resolver a questão no dia seguinte. O sábado era sagrado - assim dizia a lei.

Coitado de quem precisasse de ajuda nesses dias, porque, no sábado, ninguém podia ajudar ninguém. Se alguém estivesse morrendo no meio da rua, ninguém podia ajudar. Se alguém adoecesse, ninguém podia ajudar.  Qualquer coisa que acontecesse, não se podia fazer nada, porque a lei era dura e dizia que o sábado era dia de não fazer nada. Então, era torcer para que não acontecesse nada em dia de sábado.

Mas acontecia, principalmente quando Jesus estava por perto. As pessoas, vendo Jesus, nem ligavam para o sábado. Corriam atrás dele e iam pedir socorro, não importando o dia da semana. Quando Jesus passava, o povo se reunia. Vinham doentes para serem curados, pecadores para serem perdoados, aflitos para serem consolados. Na hora do aperto, todos se esqueciam de que o sábado era dia de não fazer nada.

O próprio Jesus não se preocupava com certos costumes daquele povo. Ele pensava: "Que ideia é essa de ficar descansando o sábado inteiro, mesmo sem estar cansado?"

E saía pela cidade afora, atendendo e socorrendo a quem precisasse, porque, afinal, todo dia é dia de fazer o bem.

Então, algumas pessoas que não compreendiam a bondade de Jesus  começaram a ficar de olho nele, para ver o que ele fazia em dia de sábado. Começaram até mesmo a seguir Jesus, só para implicar com tudo o que ele fazia no sábado.

Certa vez, Jesus entrou no templo e encontrou um homem muito doente. Ele tinha a mão seca. Sua mão não se mexia e não servia para segurar as coisas, por isso ele não podia trabalhar e sofria muito com aquilo.

Acontece que era dia de sábado. Havia muita gente no templo, entre elas as pessoas que andavam implicando com Jesus. Segundo o costume do povo, Jesus não podia curar aquele homem naquele dia. Mas Jesus era bom e gostava de fazer o bem, não importava o dia que fosse.

Então, Jesus chamou o homem doente para o meio do templo e perguntou, em alta voz, ao povo, que o olhava atentamente: "O que vocês acham que devemos fazer no sábado: o bem ou o mal? Devemos socorrer quem está doente ou deixá-lo sofrer só porque é sábado?".

Todos ficaram calados. Ninguém respondia nada. Jesus até ficou triste com a dureza de coração daquelas pessoas que não queriam vê-lo fazendo o bem no sábado, mas não se importou. Aproximando-se do homem disse: "Estende tua mão!" O homem estendeu a mão e ela imediatamente ficou curada.

Mc 3, 1-10


Então foi aquela aquela confusão. O homem, vendo sua mão curada, ficou radiante de felicidade e saiu pulando de alegria e contando para todo mundo. Muitas pessoas que viram aquele milagre também se encheram de alegria e compreenderam que era preciso fazer o bem todos os dias, principalmente no sábado, que era um dia santo, dedicado a Deus. Mas um grupinho de pessoas ciumentas fez cara feia para Jesus e saiu dali indignado, pensando em arranjar um jeito de impedir Jesus de fazer curas no sábado. Eles queriam até prender Jesus, para ver se assim ele sossegava.




Mas Jesus seguia em frente e não ligava para aquelas coisas. Saindo do templo, foi para a beira do mar. Uma multidão enorme foi atrás dele. Sem se preocupar se era sábado, Jesus atendeu a todos, curou a muitos e fez o bem a quantos necessitavam de sua ajuda. Aquelas pessoas que tinham bom coração compreenderam que o bem deve ser feito todo dia. Deus ama sempre o seu povo, todos os dias da semana. E não existe essa história de que há dia certo para fazer o bem e amar as pessoas. Todo dia é dia de fazer o bem!



Conversando:

  • Qual era o costume do povo a respeito do sábado?
  • O que Jesus achava desse costume?
  • Jesus deixou de fazer o bem em dia de sábado?
  • O que Jesus fez, quando encontrou no templo, o homem de mão seca?
  • O que as pessoas acharam disso?


4. Leitura: Lc 13,10-17


Estava Jesus ensinando na sinagoga em um sábado. Havia ali uma mulher que, há dezoito anos, vivia num estado de espírito que a deixava doente: andava curvada e não podia, de modo algum erguer-se. Ao vê-la, Jesus a chamou e lhe disse: "Você está livre de sua doença". Ao mesmo tempo, Jesus lhe impôs as mãos e, no mesmo instante, ela se endireitou e começou a glorificar a Deus.






Mas o chefe da sinagoga, indignado de ver que Jesus curava no sábado - o que era proibido pela lei - disse ao povo: "São seis os dias em que se deve trabalhar. Venham, pois, nesses dias para se curarem, mas não em dia de sábado".

Então, Jesus retrucou: "Hipócritas! Cada um de vocês não desamarra, no sábado, seu boi ou seu jumento, para os levar a beber? Então, essa filha de Deus, que estava oprimida há dezoito anos, não devia ser libertada em dia de sábado?"

Ao proferir essas palavras, todos os seus adversários se encheram de confusão, ao passo que todo o povo se entusiasmava, observando tudo o que Jesus realizava.


       - Palavra da Salvação.
       - Glória a vós, Senhor!



Partilha:

  • Onde Jesus estava no dia em que curou a mulher? Vamos lembrar para que serviam as sinagogas? (Eram lugares onde o povo se reunia, principalmente aos sábados, para estudar a Palavra de Deus).
  • Quem Jesus encontrou na sinagoga precisando de ajuda?
  • Há quanto tempo aquela mulher estava doente? Qual era a doença dela?
  • O que Jesus fez para ajudar a mulher encurvada?
  • Como foi a reação do povo, diante do gesto de Jesus? Todos gostaram?


Conversando:


Nem todos gostaram do gesto de Jesus. Era um gesto bom. Jesus estava devolvendo a saúde a uma mulher doente. Era para todo mundo aplaudir. Mas não foi assim. Vamos entender melhor o texto:

A mulher vivia encurvada: Há dezoito anos, vivia doente. A mulher encurvada é o símbolo das pessoas que vivem sob o peso da opressão. Os males pesam em nossas costas e nós, não conseguindo vencê-los, nos curvamos por causa deles. O ser humano não foi feito para se curvar diante do mal, seja qual mal for. Mas, quando os problemas pesam muito, a gente fica como que encurvado, precisando de ajuda para vencer. Essa mulher encurvada representa aqui todas as pessoas que quase não estão aguentando mais o peso que carregam: seus problemas, suas preocupações, suas doenças e tudo o mais que pesa sobre os seus ombros.

Jesus a ajudou: Jesus ajuda a mulher a vencer o mal que a oprimia e a fazia sofrer.  Ela se endireitou. Isso significa que, com a ajuda de Jesus, ela conseguiu superar suas dificuldades. Ele veio para ajudar.

Mas o chefe da sinagoga protestou: Ele pensava: "A sinagoga é um lugar para rezar e não para fazer curas". Além do mais, o chefe da sinagoga pensava que, no dia de sábado, não se podiam fazer curas. O sábado era um dia santo, no qual todo mundo devia descansar e rezar. Nada de curas ou qualquer outra atividade diferente dessas. Para Jesus, porém, ajudar aquela mulher era mais importante, ainda que fosse sábado e em plena sinagoga. O chefe da sinagoga representa aqui as pessoas que não ligam muito para os outros. Para ele, tanto fazia se aquela mulher estava curvada ou endireitada. O mais importante para ele era cumprir o costume, mesmo que o costume fosse desumano, porque infelizmente existem alguns costumes que são desumanos.

Mas Jesus retrucou: Jesus mostra a contradição do costume daquele tempo. Ele diz que, se um boi precisar de ajuda no sábado, o dono do boi sai de casa e vai ajudá-lo. Mas, se uma pessoa precisar de ajuda, as pessoas pensam que não se deve ajudar. Esse jeito de pensar é bastante estranho, pois não coloca o bem das pessoas em primeiro lugar.

Os adversários ficaram confusos; o povo ficou entusiasmado. O povo ficou dividido. Uns gostaram da atitude de Jesus, porque concordaram que a pessoa vale mais que um boi ou jumento e, por isso mesmo, as leis e os costumes devem existir para o bem das pessoas. Mas houve quem ficasse contrariado, porque Jesus, nesse caso, não seguiu os costumes do povo.

E, com isso, Jesus nos dá um grande ensinamento: as pessoas têm valor. É preciso respeitar a dignidade das pessoas. As leis e os costumes devem existir para ajudar as pessoas e não para atrapalhar. Jesus coloca a pessoa humana em primeiro lugar. Esse é um ensinamento que a gente nunca pode esquecer.




5. Atividades


Sugestão:
  • Cantar a música "A mulher encurvada", fazendo os gestos sugeridos pela letra (Música 10 do CD do Livro Seguindo Jesus, do Pe. Orione Silva).
  • Separar os catequizandos em duplas. Distribuir uma folha de papel para cada dupla, para que escrevam sete coisas que fazem a pessoa ficar encurvada e dominada pelos males e sete coisas que ajudam a pessoa a se libertar dos males e enfrentar a vida com alegria.
  • Escritas as palavras, conferi-las e comentá-las.

Conclusão:

Jesus enfrenta um costume muito desumano de seu tempo, para ensinar que as pessoas têm valor.  Mesmo que seja uma pessoa simples, pobre e doente  -  como a mulher encurvada -, ela não pode ser desprezada nem tratada com pouco caso. As pessoas precisam de ajuda para superar seus males e suas dificuldades. O ensinamento de Jesus é muito claro. Ele não somente ajuda a mulher, mas quer que a gente aprenda a ajudar os outros, reconhecendo a dignidade de todas as pessoas. A dignidade e o valor das pessoas são coisas tão importantes que até as leis devem levar isso em conta. E, se houver, em algum lugar, algum costume ou alguma lei que não reconheça a dignidade das pessoas, isto precisa ser repensado. As leis e os costumes devem existir para proteger e ajudar as pessoas, e não para atrapalhar a vida delas.



6. Oração Final e Encerramento

  • Cantar várias vezes a música 5 (CD do Livro), até a turma interiorizar a mensagem. Por fim, cantar bem baixinho. Enquanto isso o catequista vai conduzindo a reflexão: Deus é bom e mandou seu filho Jesus para nos salvar. Jesus nos ensinou que toda pessoa tem valor e deve ser respeitada. Se alguma vez a gente desprezou alguém, maltratou algumas pessoas, ofendeu outra, então é preciso pedir perdão. Humilhar os colegas, desrespeitar os companheiros, agredir os mais fracos, ignorar o sofrimento de alguém não são atitudes que fazem parte do Reino de amor que Jesus veio trazer.  Vamos pedir perdão e prometer melhorar (silêncio).
  • Cantar de novo a música anterior. Encerrar rezando o ato de contrição, que eles já devem saber de cor. Senão, repetir uma prece de perdão com o catequista.
  • Motivar a turma para o próximo encontro.









Fontes:
  • Bíblia Sagrada
  • Livro do Catequista - Fé - Vida - Comunidade (Paulus)
  • Livro Seguindo Jesus - Pe. Orione Silva e Solange Maria do Carmo













Nenhum comentário:

Postar um comentário