...

...
...

domingo, 30 de agosto de 2015

Sou Seu Anjo



Oi! Sou seu Anjo... 
Eu estou ao seu lado e sou aquele que nunca desacredita dos seus sonhos. Sou eu que às vezes altero seu itinerário, e até atraso seus horários para evitar acidentes ou encontros desagradáveis. Sim, sou eu que falo ao seu ouvido aquelas inspirações que você acredita que acabou de ter como grande ideia. Sou eu quem lhe causa aqueles arrepios quando você se aproxima de lugares ou situações que vão lhe fazer mal. E sou eu quem chora por você, quando você com a sua teimosia insiste em fazer tudo ao contrário, só para desafiar o mundo. Quantas noites passei na cabeceira de sua cama velando por sua saúde, cuidando de sua febre e renovando suas energias? Quantos dias eu lhe segurei para que você não entrasse naquele ônibus, carro e até avião? Quantas ruas escuras eu lhe guiei em segurança? Não sei, perdi a conta, e isso não importa. O que realmente importa, e o que me deixa triste e preocupado, é quando você assume a postura de vítima do mundo; quando você não acredita na sua capacidade de resolver os problemas; quando você aceita as situações como insolúveis; quando você para de lutar e simplesmente reclama de tudo e de todos; quando você desiste de ser feliz e culpa outra pessoa pela sua infelicidade; quando você deixa de sorrir e assume que não há motivos para rir, quando o mundo está repleto de coisas maravilhosas; quando se esquece até de mim, seu anjo da guarda, aquele que Deus deu a honra de auxiliar nessa missão tão difícil que é viver e progredir. Já que me deixaram falar diretamente com você, gostaria de lembrá-lo que estou ao seu lado sempre, mesmo quando você acredita estar totalmente só e abandonado... Nesse momento eu estou segurando a sua mão, eu estou consolando seu coração, eu estou olhando pra você... E por amar você demais, fico triste com a sua tristeza, mas, como eu sei que você nasceu para brilhar, eu agradeço a Deus a oportunidade bendita de lhe conhecer e cuidar de você, porque você é realmente muito especial.
Seu anjo da guarda, que acredita em você.

(Desconheço a autoria)

(Ore, agradeça, peça. Ele está ai contigo te ouvindo: "Santo Anjo do Senhor, meu zeloso guardador, se a ti me confiou a piedade divina, sempre me rege, me guarda, me governa, me ilumina. Amém!)

História de Esaú e Jacó, os filhos de Isaac


Na semana passada, terminamos a história de Abraão falando sobre seu filho Isaac. Hoje, relembramos rapidamente tudo o que vimos no nosso último encontro, até a parte em que Deus pôs Abraão à prova e pediu que sacrificasse seu filho Isaac. Abraão foi obediente e o Senhor enviou um anjo que lhe disse que por causa de sua obediência, Abraão seria abençoado e lhe daria uma descendência tão numerosa quanto às estrelas do céu e quanto à areia que está na praia.

Iniciando o assunto de hoje, expliquei para os catequizandos o significado da palavra descendência e o que é primogenitura. Eles entenderam rapidinho... Eita turminha inteligente! rs 

Em seguida, passei a contar-lhes a história de Isaac, filho de Abraão...

Eu preparei em casa um cartaz com os nomes dos doze filhos de Jacó  e suas respectivas mães (Jacó teve filhos com Lia e Raquel, que eram irmãs, e também com as escravas de suas esposas).



Isaac cresceu e se casou com Rebeca. Tiveram dois filhos: Esaú e Jacó. Os dois filhos eram gêmeos, mas Esaú nasceu primeiro, por isso era considerado mais velho. Naquele tempo, o filho mais velho tinha uma missão muito especial na família, ele devia, mais que os outros, cuidar da família, principamente quando o pai ficasse velhinho ou já tivesse morrido. Devia defender a família dos perigos e administrar os négocios: o rebanho, a roça e outras coisas. Por causa disso, o filho mais velho recebia uma bênção especial de seu pai. Acontece, porém, que Esaú não se preocupava muito com a sua família. Ele vivia pelo mato, caçando e pescando. Era Jacó quem mais se preocupava e gostava de ajudar sua família, mesmo sendo o mais novo. 

Quanta diferença entre Esaú e Jacó! Jacó era cuidadoso e preocupado com sua família. Esaú nem ligava. Um dia, Esaú acabou trocando por um prato de sopa a missão de cuidar da família, passando o seu direito de primogenitura para o seu irmão Jacó.

Jacó casou-se e teve doze filhos. Um deles era José. Seus irmãos tinham inveja de José e resolveram vendê-lo. José foi levado para o Egito. Lá ele foi parar na prisão do rei. Certo dia, o Faraó teve um sonho e José foi chamado para interpretá-lo. A partir daí José ganhou a confiança do Faraó. José passou a ser o administrador do palácio.

No próximo encontro vamos ver como a família de José acabou indo morar no Egito...

No momento das atividades, brincamos de "feira de trocas". Levei uma caixinha cheia de papéis (o dobro do número de catequizandos). Em cada papel havia a figura de um objeto, de valor fácil de imaginar. Cada criança ganhava um papel dobrado e dizia se queria trocar o objeto que tinha por outro que estava na caixa. Se quisesse, seria trocado. No final, o vencedor foi aquele que tinha a figura do objeto de maior valor. Ficamos em dúvida se o avião era mais valioso que uma casa luxuosa. Mas no final, todos acharam que o avião era mais caro.

Aprendemos com a dinâmica que a gente precisa ser esperto. Senão, acaba trocando coisas de valor por coisas que não valem quase nada. Em nossa brincadeira, fizemos trocas sem saber direito o valor das coisas pelas quais estávamos trocando os nossos bens. Mas era só uma brincadeira. Na vida, ninguém faz trocas assim. É preciso conhecer antes as coisas pelas quais estamos trocando algo, para saber se vale a pena e para não levar prejuízo. Devemos buscar primeiro as coisas mais importantes, depois a gente busca as outras coisas. Mas há coisas tão importantes que nunca podem ser esquecidas: nossa família, a amizade com Deus, nossa escola, nossos amigos. Quem se esquece desses valores por outras coisas, passageiras, não compreendeu ainda o valor de cada coisa.

Encerramos o nosso encontro agradecendo a Deus por nos ensinar que devemos perdoar sempre, para que o nosso coração esteja sempre cheio de paz. 

Obrigada, Senhor, por tudo o que aprendemos nesse encontro!


Fontes: 

  • Bíblia Sagrada
  • Livro Somos Povo de Deus, do Padre Orione Silva





ALGUNS MOMENTOS DO NOSSO ENCONTRO













































































































Paz e bem!


quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Abraão, o Pai na Fé


Abraão e seus parentes viviam com dificuldades, principalmente porque não tinham terra com fartura para criar suas ovelhas. Muitos deles, mesmo não estando satisfeitos, acabavam aceitando as coisas como eram. Mas Abraão era um homem sonhador. Ele não se conformava e vivia pensando em buscar uma vida melhor. Abraão tinha muita fé e sabia que Deus quer o melhor para nós, então decidiu partir em busca daquilo que sonhava. Deus aprovou a fé e a coragem de Abraão e abençoou o seu sonho, prometendo que o acompanharia e ajudaria para que tudo desse certo.
Deus gostou da atitude de Abraão, porque ele não se acomodou... Tinha um sonho, queria uma vida melhor e foi à luta. Com a história de Abraão, aprendemos que nunca devemos nos acomodar, que devemos sempre ir atrás dos nossos sonhos, que não podemos deixar que ninguém nos desanime com palavras pessimistas. Portanto, sempre confiando na ajuda de Deus, precisamos acreditar e ir em busca do que é melhor para nós.
Lição de hoje: Nunca desistir de sonhar, ir em busca do melhor, tendo no coração a certeza de que Deus sempre abençoa os nossos sonhos!


ROTEIRO DO NOSSO ENCONTRO



Objetivos:

  • Conhecer a fidelidade de Deus que escolhe, chama e sustenta os que acreditam na Palavra de Deus;
  • Suscitar o desejo de imitar a fé, a obediência e a confiança de Abrão diante da vontade de Deus.


Ambiente: 
  • Forre a mesa com toalha branca; em seu centro, coloque um crucifixo e uma flor. De um lado, coloque uma Bíblia; de outro, uma vela e apenas o Novo Testamento. Faça dois círculos com material chamativo, como, por exemplo, papel crepom. Coloque um na Bíblia e o outro na vela e no Novo Testamento.
  • Enquanto prepara o ambiente, cantar a música nº 21 do CD do Livro Somos Povo de Deus, do Pe. Orione Silva, ou outra à escolha.


1. Acolhida e Oração Inicial
  • Receber a turma com entusiasmo. Cantar músicas animadas. Que tal a 5 ou 6 do CD do livro Somos Povos de Deus, do Padre Orione Silva.
  • Silenciar para conversar com Deus.
  •  Fazer o sinal-da-cruz. Repetir, de mãos erguidas: Senhor Deus, mais uma vez estamos aqui para aprender coisas boas para as nossas vidas. Tudo o que o Senhor nos ensina tem muito valor e ficará bem guardado em nossos corações. Venha nos iluminar, Senhor, e nos ensinar a amar as coisas de valor. Amém!


2. Motivação
  • Convidar a turma a se sentar.  Pedir que as crianças localizem na Bíblia o Salmo 1 - Os dois caminhos. Pedir que leiam, cada versículo na seguinte ordem: as meninas juntas começam com o primeiro versículo, a seguir os meninos,  e assim sucessivamente até o último versículo, que será lido por todos juntos.
  • Em seguida, com os catequizandos, reflita um pouco sobre a mensagem:
      - Quem são os injustos no mundo de hoje?
      - Quem são os justos?
      - O que acontece com os ímpios?
      - E com os justos?
      - Qual o caminho que queremos seguir?


3. Desenvolvendo o Tema

Já sabemos muitas coisas sobre Jesus - o Filho de Deus, que veio ao mundo para nos salvar... Mas, sabemos que muito antes de Jesus nascer, já existia um povo que tinha sede de Deus e sonhava com uma vida melhor. Nós vamos conhecer mais um pouco da história desse povo, que viveu antes de Cristo. Essa história começa com Abraão.

Acenda a vela e convide os catequizandos a observar a mesa. Em seguida, explique as alianças que Deus fez com a humanidade.

Muitas vezes e de muitos modos, Deus revelou seu amor às pessoas, nas maravilhas da natureza, cuidando de toda a humanidade e falando ao seu povo eleito, os judeus.

Durante muito tempo as pessoas foram transmitindo umas às outras como Deus se manifestava. Faziam isso de forma oral, isto é, através de conversas nas famílias e nos grupos. Depois de alguns séculos, homens guiados pelo Espírito Santo, começaram a escrever a Palavra de Deus, deixando registrada, de outra forma, a revelação que Deus fazia aos homens e a experiência que eles faziam d'Ele. No início, escreviam em folhas de uma planta chamada papiro, ou em rolos de pele de carneiro. Com o passar do tempo, esses rolos foram reunidos e formaram a Sagrada Escritura ou Bíblia Sagrada, coleção de livros que contém a Palavra de Deus, isto é, a carta de amor e sabedoria que Deus dirige aos homens de todas as épocas.


Já vimos que na Bíblia temos duas coleções de Livros Sagrados:

  • Antigo Testamento ou Antiga Aliança, feita antes do nascimento de Jesus. São quarenta e seis livros que contam como Deus preparou os homens para receberem seu Filho Jesus, nosso Salvador.
  • Novo Testamento ou Nova Aliança, feita com os homens através de Jesus. São vinte e sete livros que nos falam da vida e da boa-nova de Jesus Cristo, de sua morte e ressurreição e de como viveram os primeiros cristãos. Jesus  é o centro da Bíblia.

A Bíblia nos apresenta como o plano de Deus se desenvolveu através da História, que, por isso, se chamou História da Salvação.

A seguir, falar para os catequizandos:
  • Nosso Deus não é um Deus que fica tranquilo, trancado no céu, bem sossegado, sem ligar para a nossa vida e nossos problemas.
  • Deus nos criou para vivermos felizes e unidos a Ele. Nosso Deus vive entre nós.
  • Nem sempre o homem caminha com Deus; às vezes prefere agir sozinho.
  • A  Bíblia conta a história do encontro e dos desencontros do homem com Deus.
  • A Bíblia é o livro que conta a nossa história.
  • Deus escolheu pessoas para realizar os seus planos. Tudo isso foi uma longa caminhada, que durou muito tempo.
  • Deus queria viver a própria vida do homem, sentir o que ele sente, chorar, rir, brincar, comer, trabalhar... como homem e junto os homens.
A seguir, mostrar aos catequizandos uma aliança de casamento.

Deixar que eles falem o que entendem sobre a aliança, o que ela significa (nós só relembramos o que é aliança, pois já aprendemos o seu significado no nosso encontro anterior, quando falamos sobre o Dilúvio).

Disse então que, assim como duas pessoas se casam, se comprometem a unir as suas vidas e caminhar juntas (o uso da aliança é sinal deste compromisso), Deus também fez uma Aliança com seu povo para caminhar com Ele. 

Vamos ver como aconteceu esta Aliança:

Após o pecado de Adão e Eva, Deus não abandonou a humanidade, mas prometeu um Salvador. Este Salvador nasceu de um povo especial, formado por Deus. A Bíblia nos conta que Deus fez uma aliança com um homem chamado Abraão. Este homem foi chamado por Deus a sair de sua terra para que seus filhos formassem um povo numeroso. Assim começa a história do povo de Israel: Abraão aceitou o convite, o chamado de Deus, e caminhou com a sua família até a Terra Prometida.

Nesta etapa nós vamos conhecer um pouco sobre a história desse povo. Como disse, essa história começa com Abraão. 

(Podemos ler ou contar a história com as nossas palavras).


4. História

Gn 12,1-5

Há muitos e muitos anos, numa terra distante daqui, vivia um homem sonhador que se chamava Abraão. Ele tinha uma esposa que se chamava Sara. Os dois estavam bem envelhecidos, mas não possuíam filhos.
Abraão e Sara viviam com seus parentes. Era um povo pobre, que ganhava a vida criando ovelhas. Eles viviam num país que até era bastante rico. Havia muitas pessoas bem de vida. Mas Abraão e seus parentes viviam com dificuldades, principalmente porque não tinham terra com fartura para criar suas ovelhas. E criar ovelhas gasta muita terra, para fazer pastagens.
Então, aquele povo não tinha lugar fixo. Vivia aqui e ali, à procura de terras melhores para abrigar o rebanho. Quando acabava a pastagem num lugar, eles levavam o rebanho para outro. E assim iam vivendo.
Muitos deles, mesmo não estando satisfeitos com aquela vida, acabavam aceitando as coisas do jeito que eram. E pensavam assim: "A vida está difícil, mas é assim mesmo. Pobre não tem vez, a gente tem de aceitar e se conformar."
Mas Abraão era um homem sonhador. Ele não se conformava e vivia pensando em buscar uma vida melhor. Abraão conversava com Sara e dizia que tinha uma grande vontade de melhorar de vida e encontrar uma terra melhor para criar o rebanho.
Naquele tempo, as pessoas não conheciam a Deus. Ninguém distinguia a voz de Deus e não sabia ver os sinais de sua presença no meio do mundo.  Sem conhecer Deus direito, as pessoas adoravam o sol, a lua, as estrelas - achando que essas coisas eram deuses e tinham poderes especiais.
Mas Abraão, mesmo vivendo no meio de um povo que adorava vários deuses, sentiu-se chamado por um deus diferente. Ele entendeu que havia um Deus único e poderoso, que queria se dar a conhecer ao povo. Abraão sentiu que esse Deus único ia guiá-lo em busca de uma vida melhor. E com a bênção de Deus, Abraão haveria de formar um grande povo - um povo que acreditasse no Deus verdadeiro e o amasse de verdade: o povo de Deus. Então, Abraão sentiu no seu coração que Deus o mandava buscar uma vida melhor, dizendo-lhe: "Sai da tua terra e vai para onde te mostrarei".
Abraão ficou sabendo que lá  pras bandas de Canaã havia uma terra muito fértil, perto de um grande rio, chamado Jordão: terra boa, com muita água, lugar ideal para quem vive de criar ovelhas. E Abrão começou a falar em se mudar para a terra de Canaã que, de ser tão boa, ficou conhecida como Terra Prometida.
As pessoas comentavam com Abraão: "Deixa disso. Mudar para longe é muito difícil. Você tem coragem de partir sozinho para um lugar tão distante?" Mas Abraão tinha fé e dizia: "Deus quer o melhor para nós. Se eu deixar este lugar e sair em busca de uma vida melhor, eu sei que Deus vai me abençoar. Vou encontrar essa Terra Prometida. Lá criarei meu rebanho e formarei um povo numeroso, com a bênção de Deus".
Deus, então, aprovou a fé e a coragem de Abraão e abençoou o seu sonho, prometendo que o acompanharia e ajudaria, para que tudo desse certo.
Abraão juntou suas coisas e partiu em viagem, juntamente com sua esposa e alguns parentes, inclusive um sobrinho, chamado Ló. Foram todos em busca de uma nova terra e uma vida melhor. E Deus foi guiando Abraão e sua comitiva naquela longa viagem.
Deus gostou da atitude Abraão, porque ele não se acomodou. Tinha um sonho, queria uma vida melhor e foi à luta. Abraão ficou conhecido como o pai da fé, porque foi o primeiro a acreditar no Deus único e ir atrás do seu sonho, confiando na ajuda de Deus.

Partilha:
  • Como se chamava o homem sonhador de nossa história? E sua esposa? E seu sobrinho?
  • Como era a vida de Abraão junto de seus parentes? Eram pobres ou ricos? Em que eles trabalhavam? Qual era a maior dificuldade deles?
  • O  que muitas pessoas daquele povo pensava pensavam diante das dificuldades?
  • Qual era a grande vontade, o grande sonho de Abraão?
  • Para onde Abraão resolveu se mudar?
  •   O que as pessoas acharam da ideia dele?
  • Abraão desanimou por isso? O que ele fez?
  • O sonho de Abraão de buscar uma vida melhor agradava a Deus?
  • O que a gente aprende com essa história?
  • Como Abraão dividiu as terras conquistadas com o seu sobrinho Ló? Ele ficou com o melhor para si?
  • Como Abraão agiu, quando um rei injusto atacou Ló e outros trabalhadores daquelas terras?
  • Por que o povo gostava de Abraão?
  • Qual era o sonho que Abraão ainda queria realizar?
  • Que nome Abraão e Sara deram ao seu filho?
  • O que significa o nome Isaac?
  • Quais as grandes conquistas de Abraão?
  • Será que valeu a pena ele ter saído de sua terra e lutado por uma vida melhor?

Gn 13; 14;1-16; 21,1-8

Abraão tinha saído em viagem, com sua esposa e alguns parentes, à procura de um lugar melhor para viver. A viagem era difícil e cansativa. Como não havia carros, eles andavam a pé mesmo. À noite, armavam uma barraca e descansavam. No dia seguinte, prosseguiam o caminho.
Depois de muitos dias, chegaram à região de Canaã. A terra era mesmo muito boa e fértil. Parecia um lugar bom de se viver e trabalhar. A primeira coisa que Abraão fez ao chegar foi agradecer a Deus. Ele construiu um altar e rezou, juntamente com sua família. Depois, era preciso encontrar um lugar para se fixar e criar o rebanho.
Naquela terra já moravam alguns povos. E era muito comum eles brigarem entre si por causa de terra. Cada um queria ficar com o melhor pedaço de chão. Abraão possuía muitas ovelhas. Ló também tinha um rebanho numeroso. Os dois não podiam, então, ficar morando no mesmo lugar. Cada um precisava escolher o seu terreno.
Abraão, vendo como era feio aquele costume dos pastores a agricultores de se desentenderem por causa de terra, disse ao seu sobrinho Ló: "Eu queria que não houvesse discórdia entre você e eu, pois somos parentes. Aqui há muita terra. Você pode escolher a sua, depois eu escolho a minha. Se você for para a direita, eu vou para a esquerda. Se você for para a esquerda, eu vou para a direita."
Ló ergueu a vista e, examinando cuidadosamente, gostou da terra que ficava às margens do rio Jordão. Era uma terra plena e com fartura de água.  Então, ele reuniu seu rebanho e foi ocupar aquela planície de terra boa.
Abraão, então, foi na outra direção, mais para o lado das montanhas de Canaã. E fixou-se ali com seu rebanho. A terra não era boa. Mas abraão estava feliz por poder repartir a terra sem brigas. Ele não quis o melhor para si, mas deixou seu sobrinho escolher.
Deus gostou muito daquele jeito de Abraão, pois ele soube repartir a terra com os outros, sem ficar querendo tudo de bom só para si. Deus abençoou Abraão e prometeu ajudá-lo a construir um grande povo.
O tempo ia passando. Ló viu crescer o seu rebanho às margens do rio Jordão. Abraão ia cuidando de sua vida nas montanhas de Canaã, do outro lado. Deus o abençoava, de modo que seus negócios prosperavam. Abraão agia em tudo com muita bondade de coração e muita fé em Deus.
Mas, um dia, houve uma grande revolta nas terras em que Ló trabalhava com sua família. Os proprietários das terras - que eram muitos - ficaram revoltados com um rei forte e poderoso que morava ali por perto e vivia explorando o povo. Esse rei fazia os proprietários de terra pagarem altas quantias de dinheiro para continuarem morando na região. Isso era um abuso. Aquele rei estava desrespeitando os direitos do povo, só porque era mais forte e mais rico.
Então, os donos da terra se uniram e foram reclamar com o rei. Mas o rei achou aquilo um desaforo e resolveu fazer uma guerra contra os donos da terra.
Aquele rei explorador reuniu seus soldados. Os soldados pegaram armas e foram atacar os donos da terra. E houve uma guerra feia. Como os soldados eram mais fortes e estavam, eles prenderam os donos da terra e os levam como prisioneiros para o palácio do rei. Até Ló foi preso.
Alguém, então, foi correndo contar a Abraão o que estava acontecendo. Ao saber da história, Abraão ficou chateado e pensou: "Que desaforo esse rei invadir nossa terra com essa violência e prender nossa gente! Isso não pode ficar desse jeito!".
Abraão era um homem justo. Por isso, não concordava de modo algum com as atitudes daquele rei injusto e explorador. Resolveu, então, fazer alguma coisa. Reuniu seus empregados e toda a gente que trabalhava com ele, e foram juntos atrás daquele rei. Eles se organizaram e partiram para a luta. E, quando encontraram o rei, houve briga mesmo. Mas conseguiram libertar os prisioneiros e trazê-los de volta para suas terras. E aquele rei explorador nunca mais mexeu com os donas da terra.
Abraão voltou feliz para suas terras. E todo o povo ficou satisfeito de ver que Abraão era um homem justo.
Abraão já tinha conquistado muitas coisas, depois de sair de sua terra. Tinha conquistado uma terra melhor, uma vida melhor. Seu rebanho tinha crescido. As pessoas o respeitavam como um homem de bem e de paz, um homem de fé em Deus. Só faltava uma coisa. Ele e Sara não tinham filhos. Que coisa! Estavam juntos havia tanto tempo! Já nem eram tão novos. Mas  o grande sonho deles era ter filhos, ao menos um, se possível fosse. Sara vivia pensando nisso.  Queria ser mãe. Abraão também pensava nisso e pedia a Deus que os ajudasse. Para que a alegria fosse completa, era preciso ter um filho.
Um dia, Abraão recebeu uma visita muito importante. Três homens passavam pela estrada, em pleno calor do dia. Abraão os convidou para chegar e serviu a eles um bom lanche. Eles comeram e descansaram. Depois perguntaram por Sara, esposa de Abraão.  Ela estava dentro de casa, arrumando as coisas. Os homens disseram a Abraão: "Você nos acolheu muito bem. Deus há de retribuir. Daqui a um ano, passaremos aqui e sua esposa já terá um filho". Sara ouviu lá de dentro e deu risada. Ela já havia quase perdido a esperança de ter filhos. Mas Abraão confiava em Deus e acreditou naquela promessa.
Não demorou muito e Sara ficou esperando um filho. Foi uma alegria geral. Quando a criança nasceu, Abraão deu-lhe o nome de Isaac, que significa "motivo de alegria". Quando o menino tinha oito dias de vida, Abraão o consagrou a Deus. Era um garoto muito saudável e querido. E todo o povo festejou o nascimento daquele menino tão esperado por Sara e Abraão. 
Aquela criança completou a alegria de Abraão e Sara. Sara era uma mãe muito cuidadosa. E Abraão era um pai excelente. Ele tratava seu filho com todo o carinho. Com isso, Abraão conquistou todas as coisas com que havia sonhado; terra boa, povo unido, fé no coração e um filho. Era tudo o que ele desejava. Por isso, ele ficou muito feliz e agradeceu a Deus.

Conclusão:

Deus se apresenta a Abraão como o Todo Poderoso. Abraão sabe por experiência que precisa de Deus. Deus pede que Abraão ande sempre ande sempre na Sua presença e que seja íntegro.

Abraão se prostra diante de Deus. Prostrar-se é sinal de humildade. A pessoa que tem consciência de seu nada se prostra diante de seu Criador, do Deus Todo-Poderoso. Abraão nada tem para dar a Deus, mas Deus faz uma aliança, um pacto com Abraão. Promete-lhe dar uma descendência mais numerosa que as areias da praia ou que as estrelas do céu. Como sinal desta aliança, deste contrato, Deus muda o nome de Abrão para Abraão e de Sarai, sua mulher, para Sara (Gn 17).

Deus dá a Abraão um sinal desta Aliança, Deus manda que no oitavo dia do nascimento de um filho homem ele seja “circuncidado”. A circuncisão passa a ser um sinal, feito na carne, da aliança, de Deus com o seu povo. Jesus também foi circuncidado no oitavo dia de seu nascimento (Gn 17,9-14; Lc 2,21).

A Aliança se estende para Isaac, que vai nascer e ser abençoado. Abraão ri da promessa por ser velho: ele tem 99 anos e Sara tem 90 (Gn 17,15-17). Isso significa que eles, humanamente falando, não tem mais possibilidade de ter filhos. Mas Deus é o Todo-Poderoso, Abraão acredita. Deus é fiel e cumprirá a promessa. Quando Deus escolhe uma pessoa e faz uma aliança com ela, a vida dessa pessoa se modifica assim que ela aceita e é fiel à aliança feita.

Muito tempo depois Deus pôs Abraão à prova e pediu que sacrificasse seu filho Isaac. Abraão foi obediente e enviou um anjo que lhe disse para não matá-lo. Deus disse que por causa  de sua obediência, Abraão seria abençoado e ele lhe daria uma descendência tão numerosa quanto às estrelas do céu e quanto à areia que está na praia. E assim nasceu o povo de Deus.

Com a história de Abraão podemos aprender que:

  • Abraão foi obediente a Deus saindo de sua terra para um lugar desconhecido. Obedecer a Deus é escutar o que Ele nos pede, e isto é um ato de fé.
  • Abraão amava a Deus e o respeitava, por isso não teve medo de lhe dar tudo o que tinha até mesmo o filho que lhe daria uma descendência. Não devemos ter medo de deixar algo da nossa vida para seguir a Deus.
  • Deus quer a vida e não a morte, por isso não permitiu o sacrifício de Isaac.
  • Por causa de seu sim a Deus, Abraão tornou-se nosso “pai na fé”.


 5. Atividades
  • Convidar a turma para montar um painel retratando a viagem de Abraão.
  • Fixar um cartaz com a estrada.
  • Distribuir  com as crianças as figuras que serão coloridas e depois coladas no painel: Abraão, Sara, Ló e mais algumas pessoas, ovelhas e outros animais... 
  • Terminando de colorir, colar tudo no painel.



5. Oração Final e Encerramento
  • Refletir e cantar uma música que fale do Povo de Deus.
  • Fazer uma celebração da Aliança. Apresentar um símbolo da Aliança, como: anel, papel com algum escrito ("palavra de honra, eu prometo, de verdade ...").
  • Colocar  esses símbolos em cima de uma Bíblia aberta, prometendo fidelidade a Deus.
  • Motivar: Deus prometeu a Abraão uma grande descendência. Ele foi o pai de um Povo - O povo de Israel. Depois de muitos séculos, deste povo nasceu Jesus de Nazaré. Isto nos revela que muitos séculos antes Deus já estava preparando os caminhos para vir morar em nosso meio! Vamos fazer as nossas preces agradecendo e pedindo a Deus para nos ajudar a nos manter fiéis a ele.

C - Senhor, Abraão ouviu a sua voz.

T Ajude-nos a ouvir o que o Senhor deseja para a nossa vida!

C - Senhor, Abraão recebeu uma promessa e acreditou.

T - Ajude-nos a acreditar nas suas promessas!

C - Abraão foi o pai de uma grande nação na qual nasceu Jesus

T Obrigado, Senhor, porque fazemos parte deste povo, pois somos irmãos e amigos de Jesus!

C - Senhor, muitas pessoas deixam a sua terra e vão  para lugares distantes.

T - Ajude essas pessoas em seu caminho e também aqueles que não têm onde morar!

C - As famílias precisam ser como a família de Abraão.

T Ajude nossos familiares a serem amigos e amigas de Jesus!

C - As caminhadas e as procissões têm o sentido de fazer-nos experimentar que somos povo da aliança a caminho da casa do Pai, por isso ele nos protege e está conosco sempre. Lembremo-nos de que, na celebração eucarística, acontecem três procissões: entrada dos ministros, apresentação dos dons do pão e do vinho e comunhão.

T - O Senhor nosso Deus é o único Senhor,
portanto amarás o Senhor teu Deus
com todo o teu coração e com toda a tua alma.
Senhor, abençoa nosso desejo de caminhar contigo.
Ajuda-nos a te procurar sempre.
Que o teu olhar esteja sempre voltado para nossa família,
assim como nós estaremos voltados para vós. Amém!

  • De mãos dadas, rezar a oração que Jesus nos ensinou.

Fontes:
  • Bíblia Sagrada
  • Livro O Caminho - Diocese Duque de Caxias
  • Livro do Catequista - Fé - Vida - Comunidade (Paulus)
  • Livro Somos Filhos de Deus - Pe. Orione Silva e Solange Maria do Carmo (com trechos transcritos da obra).
  • Livro Iniciação à Eucaristia (Nucap)
  • Livro Que alegria encontrei Jesus! (Arquidiocese do Rio de Janeiro)




Música que cantamos juntos: 


O POVO DE DEUS
Padre Zezinho


O povo de Deus / no deserto andava,
Mas à sua frente / Alguém caminhava.
O povo de Deus / era rico de nada,
Só tinha a esperança / e o pó da estrada.

Também sou teu povo, Senhor
E estou nessa estrada
Somente a Tua graça / me basta e mais nada.

O povo de Deus / também vacilava;
Às vezes custava / a crer no amor.
O povo de Deus / chorando, rezava
Pedia perdão / e recomeçava.

Também sou teu povo, Senhor,
E estou nessa estrada
Perdoa se às vezes / não creio em mais nada.

O povo de Deus / também teve fome
E Tu lhe mandaste / o pão lá do céu.
O povo de Deus / cantado deu graças;
Louvou Teu amor / Teu amor que não passa.

Também sou teu povo Senhor,

E estou nessa estrada.
Tu és alimento / na longa jornada.

O povo de Deus / ao longe avistou

A terra querida / que o amor preparou.
O povo de Deus / corria e cantava
E nos seus louvores / Teu poder proclamava.

Também sou teu povo, Senhor
E estou nessa estrada,
Cada dia mais perto / da terra esperada. (3x)





ATIVIDADES


(frente)

(verso)



FOTOS DE ALGUNS MOMENTOS DO NOSSO ENCONTRO


(foto 1)


(foto 2)


(foto 3)



(foto 4)



(foto 5)



(foto 6)


(foto 7)



(foto 8)



(foto 9)



(foto 10)



(foto 11)



(foto 12)



(foto 13)



(foto 14)