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sexta-feira, 31 de outubro de 2014

As Sete Verdades do Bambu



"Seja como o bambu ... que enverga mas não quebra." (Padre Léo)

Depois de uma grande tempestade, o menino que estava passando férias na casa do seu avô, o chamou para a varanda e falou: "Vovô, corre aqui! Explica-me como essa figueira, árvore frondosa e imensa, que precisava de quatro homens para balançar seu tronco se quebrou, caiu com o vento e com a chuva … e este bambu tão fraco continua de pé?"

"Filho, o bambu permanece em pé porque teve a humildade de se curvar na hora da tempestade. A figueira quis enfrentar o vento. O bambu nos ensina sete coisas. Se você tiver a grandeza e a humildade dele, vai experimentar o triunfo da paz em seu coração.

A primeira verdade que o bambu nos ensina, e a mais importante, é a humildade diante dos problemas, das dificuldades. Eu não me curvo diante do problema e da dificuldade, mas diante daquele, o único, o princípio da paz, aquele que me chama, que é o Senhor.

Segunda verdade: o bambu cria raízes profundas. É muito difícil arrancar um bambu, pois o que ele tem para cima ele tem para baixo também. Você precisa aprofundar a cada dia suas raízes em Deus na oração.

Terceira verdade: Você já viu um pé de bambu sozinho? Apenas quando é novo, mas antes de crescer ele permite que nasçam outros a seu lado (como no cooperativismo). Sabe que vai precisar deles. Eles estão sempre grudados uns nos outros, tanto que de longe parecem com uma árvore. Às vezes tentamos arrancar um bambu lá de dentro, cortamos e não conseguimos. Os animais mais frágeis vivem em bandos, para que desse modo se livrem dos predadores.

A quarta verdade que o bambu nos ensina é não criar galhos. Como tem a meta no alto e vive em moita, comunidade, o bambu não se permite criar galhos. Nós perdemos muito tempo na vida tentando proteger nossos galhos, coisas insignificantes que damos um valor inestimável. Para ganhar, é preciso perder tudo aquilo que nos impede de subirmos suavemente.

A quinta verdade é que o bambu é cheio de “nós” (e não de "eus"). Como ele é oco, sabe que se crescesse sem nós seria muito fraco. Os nós são os problemas e as dificuldades que superamos. Os nós são as pessoas que nos ajudam, aqueles que estão próximos e acabam sendo força nos momentos difíceis. Não devemos pedir a Deus que nos afaste dos problemas e dos sofrimentos. Eles são nossos melhores professores, se soubermos aprender com eles.

A sexta verdade é que o bambu é oco, vazio de si mesmo. Enquanto não nos esvaziarmos de tudo aquilo que nos preenche, que rouba nosso tempo, que tira nossa paz, não seremos felizes. Ser oco significa estar pronto para ser cheio do Espírito Santo.

Por fim, a sétima lição que o bambu nos dá é exatamente o título do livro: ele só cresce para o alto. Ele busca as coisas do Alto. Essa é a sua meta.

SEJA COMO O BAMBU... Ele enverga mais não quebra..."

(Padre Léo)

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Sobre Homossexualidade



(Procurando entender ...)

O texto a seguir é de autoria do Tiba, membro da Comunidade Canção Nova. Achei muito interessante o seu conteúdo, o que motivou-me a refletir sobre o assunto. 

"UM JOVEM COM TENDÊNCIA HOMOSSEXUAL ME DISSE ...

"Tive uma conversa com um jovem certa vez que me disse: “Eu tenho tendência homossexual”. Perguntei pra ele há quanto tempo, e ele me disse: “Desde que eu me entendo por gente.” E não era um jovem do “mundão”; ele participava da “carismática” e servia na paróquia. No meio do papo ele me disse uma coisa interessante: “Tenho tendência homossexual, tenho consciência disso, sinto atração por rapazes, porém eu fiz a escolha de não viver a homossexualidade; vivo a castidade e sou feliz, não sou frustrado, quero fazer a vontade de Deus na minha vida.” Foi uma conversa muito boa, ele me revelou as suas lutas, suas dificuldades e me pediu oração. Também pude partilhar com ele, que a luta que ele tinha, era semelhante a luta de muitos homens, que mesmo não tendo tendência homossexual, vivem lutando pra serem fiéis às suas esposas, lutando pra viver a castidade em seus respectivos estados de vida, porque também eram lutas dos afetos e da sexualidade. Quando ele foi embora, eu fiquei pensando: Esse jovem realmente se encontrou com Deus e encontrará com Ele na glória eterna, porque lá viveremos todos como os anjos do céu, como disse Jesus em Mc 12, 25. Esse rapaz almeja viver na terra a prefiguração do que todos iremos viver no céu. Te encontro lá meu jovem!"
O que percebo é que o tema é evitado pelas pessoas que estão próximas a mim, pois não ouço ninguém falar sobre isso em nenhum encontro nas igrejas. Parece que todos temem encarar uma realidade que não dá para ser escondida, que precisa ser esclarecida à luz da verdade. Existe, como se fosse um acordo, de ninguém tocar no assunto. Fico pensando no que dizer, se algum dia alguma criança me fizer uma pergunta relacionada ao tema em questão.

Sei que é complicado, reconheço que é preciso muito tato, muita prudência no trato desse assunto, pois qualquer comentário pode ser interpretado como preconceito e ser taxado como entendimento homofóbico. Mas a questão não pode ser evitada; nós, educadores e evangelizadores, precisamos saber como lidar com tal situação.
Autor do texto abaixo: Vanildo Paiva
Tema-de-atualidade-catequese

"A homossexualidade tem ocupado cada vez mais os debates na sociedade atual, especialmente nas áreas das ciências humanas, como no campo científico e médico, psicológico, ético e teológico, político e sociológico, familiar e pastoral, etc. Também no campo catequético trata-se de um aspecto que chama a atenção e demanda respostas às vezes bem práticas dos catequistas. Quantas vezes o catequista se pergunta ou é questionado com perguntas semelhantes a estas: “Fulano é gay. Ele pode ser catequista?”, ou “aquele(a) catequizando(a) tem jeito de ser homossexual. Ele (a) pode ser crismado(a)”?, ou ainda, “estou percebendo que meu catequizando parece estar ‘começando’ a ser gay; será que indicar um psicólogo ou mandá-lo ao padre vai ‘consertá-lo’?”

Tratar dessas questões não é muito simples, pois envolvem inúmeras e complexas reflexões. Isso não dispensa a Igreja e nossos catequistas de pensarem a questão da homossexualidade sem preconceitos e com a seriedade que o fenômeno merece. Na ausência de uma “teologia da cidadania homossexual” (TRASFERETTI; ZACHARIAS), o que se faz urgente, cabe-nos abrir caminhos para a compreensão e encarar a homossexualidade, situando-a num contexto maior de onde ela nunca deve ser retirada: da sexualidade como um todo. 

A Igreja ainda fala pouco sobre o assunto e os pronunciamentos do Magistério são reticentes, desconfiados das conclusões advindas da psicologia e de outras ciências, e marcados pelo rigor doutrinal, às vezes bastante duros. Se, por um lado, a realidade cobra cada vez mais atitudes pastorais de solicitude e acolhida plena àqueles(as) que são homossexuais, por outro lado a continuidade histórica do ensinamento da Igreja exige dela que seja prudente no que ensina (às vezes gerando morosidade e inflexibilidade). Chegar a uma harmonia entre o “esplendor da verdade” e o “esplendor do amor” é o grande desafio!"






Muito esclarecedor o texto abaixo, de autoria do Padre Anderson Marçal da Comunidade Canção Nova:



Todos somos heterossexuaisk



A Igreja, que é mãe e mestra, acolhe cada pessoa como Jesus as acolhe, aceitando o pecador, mas não o pecado.

A homossexualidade pode ser definida como uma atração sexual prevalente e estável por pessoas do próprio sexo. Sendo simplesmente uma atração (inclinação, tendência…), como outras tendências (musicais, esportivas, alimentares…), independente da identidade da pessoa, a homossexualidade não constitui o aspecto essencial e não é, portanto, a natureza, a condição ou o estado dessa pessoa.












Pode-se afirmar, a rigor de lógica, que não existem homossexuais, mas pessoas com orientações homossexuais. É fundamental distinguir entre a tendência homossexual e a pessoa que prova essa tendência. Pode-se considerar a homossexualidade um problema, desaprovar as uniões homossexuais e considerar imoral tais atos; mas nos confrontos dessas pessoas são necessários compreensão e respeito. Do mesmo modo, uma atitude crítica em relação à homossexualidade não significa “homofobia” nem desprezo com pessoas que possuem essa tendência.

A homossexualidade não é determinada pelo comportamento sexual. Existem, de fato, pessoas com tendências homossexuais absolutamente castas ou que possuem relações heterossexuais, assim como existem pessoas com uma orientação heterossexual, mas que, por diferentes motivos, experimentam comportamentos homossexuais, sem que estes modifiquem sua orientação sexual.
A homossexualidade não diz respeito apenas e exclusivamente à orientação sexual. Sua raiz se coloca como a identidade de gênero, ou seja, a consciência do papel que os indivíduos do próprio sexo desenvolvem na sociedade. O fundamento da homossexualidade – como evidenciou Alfred Abner (1870-1937) e foi confirmado mais recentemente por Irving Bieber (1908-1991) – é que os homens que provam tendências homossexuais não se percebem à altura dos outros homens, capazes de poder satisfazer as exigências que a sociedade faz aos representantes do próprio gênero, dotados daquelas características viris que, na realidade, cada homem deve fastidiosamente construir. Esses admiram, invejam e, portanto, sentem-se atraídos por outros homens que veem mais desejosos de si.
Isso implica que as pessoas com tendências homossexuais são, na realidade, heterossexuais com problemas de identidade de gênero. Não existem, portanto, “homossexuais latentes”, porque não existe uma natureza homossexual que possa não se manifestar, nem existe uma tendência homossexual se ela não é advertida; e mais ainda, pode-se afirmar que as pessoas com tendências homossexuais são, na realidade, “heterossexuais latentes”.
Outra distinção importante é aquela entre as pessoas com tendências homossexuais e os gays: enquanto a palavra “homossexualidade” indica simplesmente uma atração ou tendência, a palavra “gay” indica uma identidade sócio-política. Nem todas as pessoas com tendências homossexuais se reconhecem na identidade gay; a maior parte deles não é orgulhoso dessa inclinação e, por isso, sofrem muito, nem mesmo consideram a homossexualidade positiva para si e para a sociedade. Uma das questões mais debatidas sobre o argumento homossexual é se a homossexualidade é algo natural. A questão nasce de um equívoco de fundo: não é de fato natural tudo que existe, nem mesmo tudo que fazem os animais. O termo “natural” indica aquilo que deveríamos ser, aquilo que seremos se o nosso desenvolvimento não encontrasse obstáculos. Em uma palavra, é o nosso projeto vital.
Da mesma forma que a obesidade existe, mas não é natural, também a homossexualidade não é natural, porque todas as pessoas são heterossexuais, a não ser que algo intervenha, elimine a sua identidade de gênero e faça surgir um sentido de inferioridade, de diversidade e dificuldade em relação às outras pessoas.
Os ativistas gays fortemente sustentam a hipótese de que a homossexualidade tenha uma causa biológica. No imaginário comum, de fato, tudo aquilo que é biológico é facilmente identificado como alguma coisa de inelutável, e que, portanto, deve ser aceito. Todavia, estudos científicos excluem a possibilidade de uma causa biológica da homossexualidade: independente de títulos jornalísticos tanto de grande circulação como não tanto, não existe um “gene gay”, um “cérebro gay” ou um “hormônio gay”; no máximo – mas sem nenhuma certeza científica – pode-se fazer hipótese de uma predisposição biológica que é bem diferente de uma causa biológica. Mas, com certeza, há influências ambientais (familiar, social, experiência de vida etc.) que determinam um sentido de inferioridade em relação às pessoas do mesmo sexo, e, portanto, o desenvolvimento da homossexualidade.
A título de conclusão: é possível que uma pessoa com tendências homossexuais mude sua orientação sexual? Sim. Há testemunhos de experiências clínicas (Nicolosi, van den Aardweg, Bieber, Spitzer…) como também de associações de pessoas que mudaram sua orientação sexual. Existe também uma vastíssima bibliografia, seja em português ou em outras línguas, principalmente em inglês e francês, muito importantes, como a carta que Joseph Ratzinger escreveu: CARTA AOS BISPOS DA IGREJA CATÓLICA SOBRE O ATENDIMENTO PASTORAL 
DAS PESSOAS HOMOSSEXUAIS.
Antes de darmos um juízo final sobre tal comportamento ou tendência, saibamos que por trás de cada um existe uma história, e que a Igreja, que é mãe e mestra, acolhe cada pessoa como Jesus as acolheu, aceitando o pecador, mas não o pecado. Ajudemos a cada um desses nossos irmãos e irmãs com nossa oração e caridade.


E, para estarmos preparados para responder e esclarecer perguntas que porventura surgirem, por parte de nossos catequizandos, peçamos ao Espírito Santo que nos ilumine, que nos dê discernimento, para que saibamos responder e esclarecer as dúvidas dos pequeninos com a sabedoria que vem de Deus. Que possamos ter os nossos olhos, ouvidos e coração atentos à voz do Senhor! 

Abaixo, sábios ensinamentos da nossa Igreja, nas palavras do saudoso Cardeal Dom Eugênio Sales:


Dom Eugênio: A Igreja e o homossexualismo

Diante de manifestações favoráveis ao homossexualismo, parece-me oportuna uma abordagem do assunto, tranquila e serena, dirigida aos católicos à luz dos ensinamentos da Igreja nessa matéria. Esse tema, por vezes, provoca reações apaixonadas. Prevalece, no entanto, o dever de proclamar a verdade!

Ao tratar do sexto mandamento da lei de Deus, o “Catecismo da Igreja Católica” (nº 2357) assim se expressa: “A homossexualidade designa relações entre homens e mulheres que sentem atração sexual, e exclusiva ou predominante, por pessoas do mesmo sexo. A homossexualidade se reveste de formas muito variáveis ao longo dos séculos e das culturas. A sua gênese psíquica continua amplamente inexplicada”. O Catecismo não pretende propor uma explicação sobre as causas que dão origem ao homossexualismo, pois isto não é função do Magistério da Igreja, mas da Ciência, cujas conclusões estão longe de ser definitivas. Ao mesmo tempo não teme afirmar que os atos daí decorrentes são intrinsecamente desordenados. Com isso não tenciona ferir ninguém, mas simplesmente cumprir a missão de ser fiel às Sagradas Escrituras e à Tradição. A Revelação divina apresenta uma inequívoca condenação à atividade homossexual. Essa atitude relatada nos Livros Sagrados não pode ser entendida como mera acomodação a um contexto social ultrapassado. 

O livro do Gênesis (19,1-29) descreve a destruição de Sodoma e Gomorra. A prática ali vigente, contra a moral, era muito difundida e tomou o nome da cidade: sodomia. Era abominável aos israelitas e punida com a morte (Levítico 18,22; 20,13). O texto sagrado não admite dúvidas: “O homem que se deita com outro homem como se fosse uma mulher ambos cometeram uma abominação, deverão morrer”. Esse mal era difundido entre outros povos (Levítico 20,23 e Juízes 19,22 ss). No Novo Testamento, São Paulo escreveu na Epístola aos Romanos (1,24-27): “Por isso Deus os entregou a paixões aviltantes: suas mulheres mudaram as relações naturais por relações contra a natureza; igualmente os homens, deixando a relação natural com a mulher, arderam em desejo uns com os outros, praticando torpezas homens com homens e recebendo em si mesmos a paga de sua aberração”. 

Há diversas outras citações bíblicas na mesma orientação doutrinária. Apoiado na Sagrada Escritura e na Tradição, o Magistério eclesiástico sempre declarou que “os atos de homossexualidade são intrinsecamente desordenados” (“Persona humana”, 8). Alguns documentos emanados da Congregação para a Doutrina da Fé têm tratado amplamente do assunto. Sob o titulo “Persona Humana”, publicado em 1975, surgiram diretrizes precisas. Posteriormente, a 1º de outubro de 1986, veio a lume a “Carta aos Bispos da Igreja Católica sobre o atendimento pastoral das pessoas homossexuais”. O ensinamento do Magistério está sinteticamente exposto no “Catecismo da Igreja Católica” (n. 2358 e ss). Aborda diversos aspectos do problema. Assim “são contrários à lei natural. Fecham o ato sexual ao dom da vida. Não procedem de uma complementaridade afetiva e sexual verdadeira. Em caso algum podem ser aprovados” (“Catecismo”, nº 2357).

Devemos distinguir entre tendência e atos homossexuais. A simples inclinação não leva necessariamente à ação, pois não se pode ignorar a liberdade humana. Esta confere à pessoa a capacidade de resistir. Jamais faltará a graça de Deus a quem a busca. Assim, um homem violento, reconhecendo suas más inclinações, usa dos meios para conservar o autocontrole. Quantos sentem uma tentação para o roubo, a desonestidade, mesmo o homicídio e conseguem superar esse momento de crise! Para alcançar tal resultado, o cristão não conta apenas com suas forças porque é assistido pela ajuda divina. Possuir a tendência ao homossexualismo não significa algo ofensivo a Deus e aos homens. O pecado está no ato livremente praticado. A ofensa ao Senhor está em ceder a esse impulso, pois não falta auxílio do Altíssimo a quem o procura, para observar a ordem moral por Ele estabelecida. 

A “Carta aos Bispos da Igreja Católica sobre o atendimento pastoral das pessoas homossexuais”, aprovada e publicada por ordem do Santo Padre João Paulo II, nos ensina que Deus ama o homossexual e a Igreja o vê como pessoa, para além das distinções relativas à sexualidade. A prática de atos homossexuais não é motivo de orgulho, pois eles ofendem ao Senhor. Diz o “Catecismo da Igreja Católica” (nº 2359): “As pessoas homossexuais são chamadas à castidade. Pelas virtudes de autodomínio, educadoras da liberdade interior, às vezes pelo apoio de uma amizade desinteressada, pela oração e pela graça sacramental, podem e devem se aproximar, gradual e resolutamente, da perfeição cristã”.

Preciosas as diretrizes contidas nesta “Carta aos Bispos da Igreja Católica sobre o atendimento pastoral das pessoas homossexuais” (nº 10): “É de se deplorar firmemente que as pessoas homossexuais tenham sido e sejam ainda hoje objeto de expressões malévolas e de ações violentas. Semelhantes comportamentos merecem a condenação dos pastores da Igreja, onde quer que aconteçam (...). Todavia, a necessária reação diante das injustiças cometidas contra as pessoas homossexuais não pode levar, de forma alguma, à afirmação de que a condição homossexual não seja desordenada”.

Toda a campanha em favor do homossexualismo, bem estruturada e muito difundida, não ajuda a resolver os males resultantes. Pelo contrário, agrava-os. Os sofrimentos decorrentes de atitudes anti-cristãs, infelizmente ainda existentes, em alguns ambientes, por vezes tornam-se mais acentuados. Propor solução não correta pode criar outros problemas. Por exemplo: elevar a união de homossexuais ao nível do matrimônio, a adoção de crianças ... Nós, cristãos, devemos combater a discriminação promovendo a dignidade da pessoa humana, amada por Deus.

Este é o ensinamento da Igreja, em nome de Cristo, transmitido a seus fiéis e às pessoas de boa vontade.

D. Eugênio de Araújo Sales
Arcebispo da Arquidiocese do Rio de Janeiro
Fonte: Arquidiocese do Rio de Janeiro



Paz e bem!



quarta-feira, 15 de outubro de 2014

O homem que Deus escolhe





Deus abençoe o nosso querido Padre Marcelo, homem de Deus, instrumento do Senhor! 

Padre Marcelo faz parte da minha história. Embora tenha sido toda a minha infância e parte da minha adolescência na Igreja, teve um momento da minha vida em que fiz como a ovelha desobediente que se afastou do rebanho. Com todos os valores distorcidos, queria desmentir tudo aquilo que havia aprendido na minha família. Sofri horrores com uma vida vazia, sem sentido, buscando razão para viver.

Lembro como se fosse hoje. Num programa de televisão, vi aquele jovem bonito, enorme, com cara de anjo, ajoelhado, orando com todo fervor, falando coisas que acalmavam o coração, que nos davam a certeza de que tínhamos um Deus que amava a cada um de nós com amor infinito, que nos aceitava com nossas misérias e que estava sempre de braços abertos para nos acolher. Imaginem vocês, que nessa ocasião eu já nem sabia mais ajoelhar para rezar!

E esse jovem bonito dançava e cantava com alegria canções que falavam de Jesus.  Uma alegria que só conhece aqueles que têm Deus no coração. As crianças, os jovens, os adultos, todos se encantavam com essa maneira nova de pregar o Evangelho!

E aí voltei para a minha Igreja ... a ovelha perdida volta para o seu Pastor! E nunca mais quis sair do redil! rs

Não posso negar, foi através do Padre Marcelo que teve início esse meu processo de conversão. Foi ele o instrumento que Deus usou para me resgatar. E muitas outras almas esse querido sacerdote trouxe de volta para Deus. A sua fé contagia a todos!

Padre Marcelo é muito amado, é um servo de Deus muito especial, muito querido, e agora chegou a hora de demonstrarmos todo o nosso amor por ele, retribuindo tudo de bom que ele nos trouxe com as nossas orações, para que ele saia logo desse momento difícil, que temos certeza que é passageiro. O mundo precisa muito desse mensageiro de Deus, desse sacerdote do Senhor! 

Quando ouço o Padre Marcelo nos contando sobre o que está passando, lembro do poema abaixo, que gosto muito, que nos mostra como Deus faz com os seus escolhidos, para "que eles se tornem um vaso segundo o Seu propósito soberano" (Jr 18,4).






O homem que Deus escolhe

Quando Deus quer disciplinar um homem,
e quebrantar um homem, e habilitar um homem;
Quando Deus quer moldar um homem
para que use o que tem de melhor;
Quando Ele deseja de todo o coração
tornar o homem grandioso e ousado
de tal modo que o mundo fique admirado -
Veja o que Ele faz,
veja como o faz!
Como Ele aperfeiçoa sem compaixão
a quem Ele escolhe, como se fosse o maior!
Como Ele o martela, como o machuca,
e com poderosos golpes o cutuca,
dobrando-o,
modelando-o,
num vaso de barro que somente Deus entende.
O seu aflito coração chora
e levantando as mãos, implora!
Deus dobra, não quebra jamais
quando retira algo do homem.
Muito Ele usa a quem tem amor.
O Senhor tem um alvo que não se compreende,
mas tudo o que faz leva o homem
a experimentar o seu grande esplendor!
Deus sabe o que faz!
(Anônimo)

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

O Significado das Doze Estrelas da Coroa de Nossa Senhora



No dia 27 de novembro, comemoramos a Festa da nossa Padroeira, Nossa Senhora das Graças. É uma linda festa! Nesse dia, como de costume, encerramos a Novena com a procissão e a celebração da Santa Missa, com momento de ação de graças em que coroamos a imagem de Nossa Senhora.

Já iniciamos os ensaios com as crianças e confesso que fico um pouco tensa nesse período, chego a sentir um pouco de medo de não dar conta do compromisso assumido. Mas estou aprendendo que com Maria à frente não temos com que nos preocupar, com a sua intercessão e "fazendo tudo o Ele nos disser", nada dá errado, pelo contrário, sai tudo melhor do que planejamos.

Para cada Coroação me vem uma inspiração, que com certeza é obra do Espírito Santo. É impressionante, surge uma ideia que sugere um tema e depois tudo vai se encaminhando naquela direção, colaborando para que fique tudo muito lindo. No ano passado, sem que o padre soubesse com precisão o que estávamos preparando, até as cores da decoração do altar combinaram com as roupas das meninas da coreografia, com as flores das tiaras e das cestinhas que os anjos levavam com as pétalas. O tema falava de Maria aos pés da cruz; e até uma enorme cruz foi colocada à frente do altar, onde as adolescentes fizeram a coreografia com a música Maria, Mãe da Vida.

Nesse ano, acho que Maria vai ganhar uma coroa nova, e por isso fiquei pensando no significado das doze estrelas da Coroa de Nossa Senhora. Encontrei um texto muito interessante do Professor Felipe Aquino que nos explica o que elas significam. 

"Nós temos uma mãe na terra e uma Mãe na eternidade. No Tratado da Verdadeira Devoção a Virgem Maria de São Luís Grignion de Montfort, no final, ele diz que nós precisamos nos consagrar a Santíssima Virgem de maneira absoluta, de modo que tudo seja feito por Maria, em Maria e com Maria para tudo ser feito para Jesus, em Jesus e com Jesus. O fim não é Maria; o fim é Jesus. Ela não é um obstáculo, ao contrário, ela nos empurra para Cristo, no centro da oração da Ave-maria está Jesus. 

O Papa diz que a Ave-Maria gira em torno da palavra de Jesus, todo o rosário não é mariano, é Cristocêntrico. São Luís Grignion de Montfort propõe que rezemos todos os dias a consagração à Virgem Maria. 

Maria é a imagem da Igreja: pura, santa e imaculada. São Luís explica que colocaram doze estrelas na cabeça da Santíssima Virgem porque este representa um número completo, pois não falta nada nela por ser cheia de graça. Quando você tem um copo cheio de água, não falta mais água ali, ou seja, Maria tem a plenitude da graça que Deus deu a ela.

São Luís propõe que nós rezemos 12 Ave-Marias contemplando os mistérios, fazendo a coroa de glória a Nossa Senhora, que são as doze estrelas. A primeira é o mistério da maternidade divina. Deus desde toda a eternidade a predestinou para ser a Mãe do Salvador, mas Ele não a obrigou, Ele enviou o anjo para perguntar a Ela e o anjo a saudou: “Ave cheia de graça, o Senhor é contigo”. Deus olhando para ela diz: você é cheia de graça; ela foi a única criatura que achou graça diante do Senhor. Ela foi a única que o demônio não tocou, até os muçulmanos acreditam nessa verdade. Ela foi a única digna de conceber o Filho de Deus encarnado.

Quem é que pode anular essa graça de Deus? Se Deus a saúda, quem de nós poderá deixar de fazê-lo? Só quem for desobediente a Deus. Essa é primeira estrelinha, ela foi escolhida para ser Mãe de Deus. A segunda é a Imaculada Conceição, pois foi concebida sem o pecado original, o demônio não pode tocar nela, Maria era cheia de graça, nela não havia nada, a não ser graça. A Santíssima Virgem não poderia ter o pecado original, isso seria uma desonra a Deus. “Imaculada” que dizer “sem mácula”, “sem pecado”. 

A terceira estrela é Maria sempre Virgem: antes, durante e depois do parto, não há explicação da ciência, mas se a luz consegue atravessar o véu sem rasgá-lo, muito mais o Pai do Céu pode realizar o milagre de Maria. “Para Aquele que é extraordinário todos os fatos são excepcionais” (Santo Agostinho). 

A quarta estrela é Maria, Filha predileta do Pai: o Pai escolheu entre todas as mulheres a Maria, ela foi escolhida pela sua humildade, como diz no “Magnificat”; o que lançou a humanidade na morte foi a soberba de Adão e Eva. Santo Irineu dizia: “Eva com seu pecado introduziu a morte no mundo, Maria com sua obediência introduziu a vida”.

A quinta estrelinha é Esposa do Espírito Santo: ela concebeu por obra do Espírito Santo, ela é a Esposa mística do Espírito Santo, Maria tem um relacionamento perfeito com a Santíssima Trindade, do Pai ela é filha, do Filho ela é Mãe e do Espírito ela é esposa. 

O que essa Mulher não consegue tirar de Deus? Só o que ela não quiser, o que não convém. 

A sexta estrela: Maria é a mais humilde a quem Jesus se submeteu, o nome “Maria” vem de “mar”, o mar é esplendoroso, pois aceitou ficar abaixo alguns centímetros de todos os rios, Maria também é assim: por isso, Deus a escolheu olhando para a humildade de Sua serva.


A sétima é que recebeu o poder de esmagar a cabeça do inimigo de Deus; ela aparece em toda a Bíblia, de Gênesis até Apocalipse. Alguns teólogos dizem que Deus fez com que ela permanecesse virgem porque Eva também o era [virgem] quando pecou.

Nunca deixe de usar uma medalhinha de Nossa Senhora, pois ela o protege, nem deixe de ter a imagem de Nossa Senhora em sua casa. Certa vez, eu fui salvo da morte porque tinha um adesivo com a imagem dela no vidro do carro: aconteceu um acidente e tiveram que cortar as portas para eu poder sair do carro; este teve perda total, mas eu saí dele sem um arranhão. E quando eu olhei no para-brisa, vi que o adesivo de Nossa Senhora, olhando para mim, estava intacto. O seguro me deu outro carro novinho, pois foi perda total, mas comigo não aconteceu nada. 

A oitava estrela é a “Medianeira de todas as graças”. Os santos doutores da Igreja dizem que todas as graças passam pelas mãos de Maria, mesmo as que você pede aos santos, é ela quem as distribui. Como meu pai, que comprava um saco de bala e minha mãe as distribuía. Deus Pai é que dá a graça, mas é Nossa Senhora que a distribui. Qual foi a maior graça do mundo? Jesus! E essa graça veio por meio de Maria; se a grande Graça veio por meio dela, então todas as outras também virão! 

“Tudo por Jesus, nada sem Maria!” a Canção Nova é essa gigante porque ela é mariana, nada se faz aqui sem a Santíssima Virgem Maria; em todos os departamentos encontramos uma imagem dela.

A nona estrela é “Maria aos pés da cruz”. Jesus, com lábios cheios de sangue, disse a última coisa: “Filho, eis a tua mãe. Mãe, eis aí o teu filho”, João naquele momento representa todos os filhos da Igreja. Nosso Senhor Jesus Cristo já tinha dado tudo: Seu sofrimento, Seu Sangue e a única coisa que tinha Lhe sobrado ali na cruz era Sua Mãe, que Ele deu a João, representando nós todos. João a levou para sua casa; eu não sei se você a recebeu como sua Mãe. Se não, receba-a hoje, leve-a para sua casa, Maria, Mãe da Igreja, Maria, Mãe de cada um de nós.

A décima estrela é “Maria, assunta ao céu”. Aquele corpo, que gerou o Filho de Deus, não poderia ser destruído. Papa Pio XII proclamou que ela foi assunta de corpo e alma. Os santos não estão no céu com o corpo, somente quando Jesus voltar, na parusia, é que eles se unirão ao seu corpo e irão para o céu. Assim, a glorificação acontecerá somente no último dia, mas a Virgem Santíssima já é glorificada no céu com o corpo e alma.

A décima primeira estrela é: “Maria, coroada no céu como Rainha”. Maria foi coroada como Rainha pela Santíssima Trindade, ela é a Rainha dos santos, dos anjos, do céu, da terra, dos doutores. Isso não é fantasia, é verdade de fé, isso significa que abaixo de Deus, abaixo da Santíssima Trindade, o maior poder é dado a ela por Deus, não pela natureza, mas pelo próprio Deus.

A última estrela é que “Maria é aquela que recebeu de Deus todas as graças, honras e méritos”, que não são apenas 12, são todas as outras. O Todo-Poderoso não precisa de nada nem de ninguém, mas Ele quis precisar de Maria, assim como Ele quer precisar de nós querendo que sejamos evangelizadores; Ele não precisava, mas Ele quis precisar de nós.

Terminando a pregação, eu quero enfatizar as Bodas de Caná: Jesus, os apóstolos e Maria foram a esse casamento; o vinho, que era costume naquela época ser servido nessas ocasiões, faltou. Ninguém iria morrer se essa bebida acabasse, não ia acontecer nenhum outro mal a não ser a tristeza, mas mesmo assim ela intercedeu para o Filho, e embora não fosse a hora d’Ele, Ele a atendeu porque a Mãe pediu. Peça você também para que Jesus possa manifestar a Sua glória na sua vida."


Autor: Prof. Felipe Aquino

Fonte: Site Canção Nova






sábado, 11 de outubro de 2014

Criança, Semelhança de Jesus


Amanhã, 12 de outubro, comemoramos a festa da Padroeira do nosso país, Nossa Senhora Aparecida, e também, de uma maneira especial, o dia das nossas crianças. 

Como amanhã será celebrada a missa em outra Paróquia, onde todas as demais de nossa Diocese participarão, inclusive a nossa, antecipamos a comemoração do Dia das Crianças para hoje.

Foi uma manhã maravilhosa! Tivemos a celebração da Santa Missa, presidida pelo nosso pároco, Padre Vanildo, com os pequeninos da catequese de todas as nossas comunidades, com os catequistas e familiares dos catequizandos. Momentos de oração,  descontração e muita alegria.  No final, distribuição de brindes e, após, lanche na cantina com a criançada: cachorro quente, sucos e refrigerantes. 

É muito bom estar com os pequeninos! Criança é alegria, pureza e esperança. Como disse o poeta, "grande é a poesia, a bondade e as danças... Mas o melhor do mundo são as crianças".  Devemos amar, cuidar e querer bem nossas crianças.  Elas são nossa maior riqueza, nosso maior tesouro, é o maior presente que nós temos em nossas casas.





CRIANÇA, SEMELHANÇA DE JESUS

Autor: Walter Pereira Pimentel


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CRIANÇA, SEMELHANÇA DE JESUS

Já fui sonho, projeto, feto ...
Hoje sou como o raiar de um novo dia
O brotar de uma semente
O desabrochar de uma flor.

Sou como uma doce melodia
Com autor e partitura
Só preciso que me "toquem" com ternura
Para que eu possa ser gente.

Do bem, quero ser sempre contexto
Não nasci para ser avesso
Sou portador de sol
Trago luz
Alegria e esperança
Afinal sou criança
Imagem e semelhança de Jesus!