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sábado, 17 de maio de 2014

O Nosso Compromisso com Jesus Cristo


"Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura".  (Mc 16, 15-20)


Objetivos:

  • Entender que a fé é um dom que nos foi dado por Deus, mas que precisa ser cultivado por nós.
  • Falar das atitudes dos primeiros cristãos diante das dificuldades internas; ver como a Igreja aprendeu a lidar com as fraquezas e divergências desde o começo.
  • Explicar o que é perseverança e  refletir sobre as atitudes que devemos ter diante dos erros e problemas que com certeza surgirão, visto que somos humanos.
  • Compreender que o discípulo precisa ter um compromisso verdadeiro com Jesus.

Ambiente:

  • Crucifixo, Bíblia, vela, flores


1. Acolhida e Oração Inicial
  • Acolher a turma com alegria e disposição. Fazer momentos de animação, cantando músicas apropriadas.
  • Preparar a turma para rezar. Fazer o Sinal da Cruz.
  • Erguer as mãos e rezar a oração ao Espírito Santo.
  • Cantar a música número 7 do livro "Somos Igreja" ou outra que tenha a ver com o tema.
  • Convidar cada um a declarar seu amor por Jesus, sem medo, sem vergonha, como fizeram os seguidores de Jesus, dando a vida por ele.
  • Colocar a mão no ombro do companheiro e invocar a presença do Espírito Santo, repetindo junto com o catequista: "Derrama, Senhor, teu Espírito Santo em nossos corações. Ajuda-nos a te amar cada vez mais, a nos entregar à tua causa, a nos dedicar à construção de seu reino, a nos empenhar no serviço da Igreja. Que teu Espírito traga novo ardor, nova força, nova coragem a cada um de nós. Assim renovados, queremos ocupar nosso lugar na Igreja de Jesus, unindo-nos sempre mais a essa grande família que segue os passos do nosso Salvador. Amém!".
  • Cantar de novo a música anterior, se oportuno.

Motivação

Todas as pessoas gostam de festa. Ela proporciona alegria e expectativa. Há pessoas que se preparam com  muita animação para festas, celebrações e comemorações.

Quando celebramos datas, acontecimentos e, em especial, quando vamos receber os sacramentos, que é a manifestação da predileção e do amor de Deus, é importante preparar bem o coração. A festa marca a vida da pessoa quando esta se prepara bem e prepara bem a festa.

O Batismo que recebemos é um grande dom do amor de Deus, que nos fez mergulhar  na vida de Jesus. A preparação que agora vivemos é para recebermos pela primeira vez a Eucaristia. 

A Eucaristia, como já falamos, é ação de graças.  Ação de graças por tudo o que Deus fez de bom, de belo e de justo na criação e na humanidade.  A Eucaristia é ação de graças ao Pai, a maneira pela qual a Igreja exprime  o seu reconhecimento a Deus por todos os benefícios d'Ele recebidos, por tudo o que Ele realizou por meio da criação, da redenção e da santificação. 

A Eucaristia significa, portanto, ação de graças. Faz crescer a união com  o Deus Trino e a comunhão fraterna. A comunhão fraterna  está intimamente ligada à comunhão eucarística. O amor fraterno se manifesta no bem-querer, na compreensão pelas falhas e fraquezas dos outros. Significa amar a todos indistintamente. 

Com o sacrifício de Jesus realiza-se a nova e a eterna aliança de Deus com a humanidade. Jesus Cristo se fez alimento que não se acaba; é a própria vida de Jesus que se oferece como o Pão da Vida como força para a nossa missão. 

O pão e o vinho são símbolos da vida que representam todos os alimentos necessários para continuarmos vivendo. Jesus disse: "Eu sou o pão vivo que desceu do céu. Quem come deste pão viverá para sempre" (Jo 6,51).  "E o pão que eu vou dar é minha própria carne, para que o mundo tenha vida" (Jo 6,35). Os sinais do pão e do vinho simbolizam a vida inteira de Jesus doada e entregue pela salvação do mundo.

Participar da Eucaristia á assumir as motivações mais profundas de Jesus, é entrar no coração da sua entrega a Deus Pai pela redenção da humanidade. A Ceia é a experiência mais íntima que temos com Jesus Cristo e, por Ele, com Deus Pai. 

No centro da  celebração aclamamos: "Anunciamos, Senhor, a vossa morte e proclamamos a vossa ressurreição. Vinde, Senhor Jesus!" Quem anuncia é quem celebra: todo o povo de Deus. O anúncio da morte e ressurreição de Jesus é o sentido verdadeiro e único do Mistério da fé. Participar da missa é fazer esse anúncio com a própria vida e com a celebração. Essa aclamação, feita de pé, nos recorda que com Cristo "experimentamos muitas mortes", mas escapamos de todas pela ressurreição de Jesus. Estar de pé é sinal da ressurreição. A aclamação nos situa dentro do mistério do próprio Jesus vencedor.

Assim, a Eucaristia celebra a morte e ressurreição de Jesus. Celebrar a ressurreição de Jesus é celebrar a vida. Jesus veio para trazer a vida nova da graça conquistada por sua morte e garantida por sua ressurreição. Essa nossa vida em Jesus Cristo é alimentada pela Eucaristia.





2. Desenvolvendo o tema

Perguntar:
  • Por que a Eucaristia é importante para a minha vida?
  • Eu quero, do fundo do coração, ser discípulo de Jesus?
  • Por que vou fazer a Primeira Comunhão?
A Primeira Eucaristia é uma festa que marca a vida de todos nós. Há pessoas que pensam que ela é ponto final na vida cristã. Porém, ela é ponto de partida para vivermos uma vida de mais amor a Deus e aos irmãos.

Alguns logo se esquecem de que a vida cristã é para ser vivida todo dia. Só procuram a Deus nas horas difíceis quando querem conseguir alguma coisa. Outros pensam que basta usar uma medalhinha, fazer novena ou rezar o terço. Há quem só frequente a Igreja em certas ocasiões, como em procissões ou comemorações.
  • Como podemos viver e dar força à nossa vida de amizade com Deus e de seguimento a Jesus?
Depois da Primeira Eucaristia, podemos continuar cuidando e alimentando nossa vida cristã pela:
  • oração diária, isto é, conversa cheia de amor com Deus;
  • atitude de respeito e carinho na minha família;
  • vida de comunidade na prática da união e do perdão;
  • escuta e estudo da Palavra de Deus e dos ensinamentos da Igreja;
  • participação frequente aos Sacramentos da Penitência e Eucaristia;
  • prática da caridade, fazendo o bem aos mais empobrecidos.


A fé cristã é nossa resposta livre e pessoal à Palavra de Deus. É a adesão da vontade de Deus e da inteligência do homem ao plano de Deus.  

A fé é um dom que nos é dado por Deus!

A carta  aos Hebreus, no capítulo 11, define a fé como a certeza a respeito das coisas que nós não vemos. A fé é um dom de Deus e que nós precisamos pedir a Ele. Mas a fé também depende do homem, o homem precisa alimentar a sua fé. Podemos comparar a fé como uma semente plantada na terra, que precisa ser cultivada com muito cuidado. Se não cultivamos a nossa “planta da fé” com muito cuidado e dedicação, ela morre. E assim, muitos perderam a fé porque não a cuidaram.

Ter fé significa acolher o apelo de Deus nas coisas, nos acontecimentos e nas pessoas. A fé cristã no desejo de cumprir a Vontade de Deus, não é apenas individual, mas comunitária. A fé do cristão cresce, enquanto o cristão caminha com a comunidade. 

  • Podemos entender as coisas de Deus somente com a cabeça?


Não se pode entender as coisas de Deus somente com a cabeça, é preciso abrir o coração ao Espírito Santo. Foi o que afirmou o Papa Francisco, na Missa desta terça-feira, 13, na Casa Santa Marta. O Pontífice também destacou que a fé é um dom do Senhor, mas que não pode ser recebido se a pessoa vive “separada” do povo de Deus, da Igreja.

A partir das leituras do dia, Francisco elencou dois grupos de pessoas: aquelas que são dóceis ao Espírito Santo e aquelas que se pautam pelo orgulho, pelas próprias ideias, e, assim, fecham o coração ao Espírito. Como exemplo dos que são dóceis, ele citou os perseguidos após a morte de Estêvão, pessoas que levaram consigo a semente do Evangelho.

“Este povo não disse ‘vamos primeiro aos judeus, depois aos gregos, aos pagãos, a todos’. Não! Deixou-se levar pelo Espírito Santo! Foi dócil a Ele. Uma coisa vem após a outra e eles terminam abrindo as portas a todos. Este é o primeiro grupo de pessoas, aquelas que são dóceis ao Espírito Santo”.

Já os doutores da lei são exemplos do povo fechado, pois acreditavam que a religião era feita só de leis, consideravam somente o intelecto. “Estes não abrem o coração ao Espírito Santo! Acreditam que também as coisas de Deus podem ser entendidas somente com a cabeça, com as próprias ideias. São orgulhosos. Acreditam saber tudo”.

Francisco recordou as palavras de Jesus para esse grupo de pessoas: “Vocês não acreditam, porque não fazem parte das minhas ovelhas!” Ele explicou que essas pessoas tinham se separado do povo de Deus e, por isso, não podiam acreditar n’Ele. “A fé é um dom de Deus! Mas a fé vem se você está com seu povo”.

Diante desses dois grupos, Francisco convidou os fiéis a pedirem a graça da docilidade ao Espírito. “Peçamos a graça da docilidade, e que o Espírito Santo nos ajude a nos defendermos desse outro espírito da suficiência, do orgulho, do fechamento de coração ao Espírito Santo”.

Não é possível entender as coisas de Deus somente pela nossa cabeça, é preciso abrir-se ao Espírito Santo, saber ouvir a voz de Deus, como fez Maria; é preciso ser dócil como Nossa Senhora, que ouviu e rendeu-se à vontade de Deus em sua vida. 

A fé é um dom de Deus, mas para recebê-la precisamos estar com o Seu povo. A fé do cristão cresce, enquanto o cristão caminha com a comunidade.

Perguntar: 
  • Vocês acham que é fácil viver em comunidade? 
Desde que a Igreja começou a existir, sempre houve muita coragem e dedicação por parte dos cristãos. Mas também houve fraquezas e divergências. E não podia ser diferente. Onde está o ser humano, aí estão as fraquezas que o acompanham. Vamos ver como a Igreja aprendeu a lidar com as fraquezas desde  seu começo.

Texto: At 6, 1-6

Ajudar a turma a localizar o texto na Bíblia.

Partilha:
  • O número de cristãos crescia e começaram a surgir queixas e reclamações. Quem estava reclamando?
  • Por que os fiéis de língua grega reclamavam dos fiéis de língua hebraica?
  • O que estava acontecendo com as viúvas, parentes dos gregos?
  • O que fizeram os apóstolos para resolver a questão?
  • Que decisão tomaram? Qual foi a solução encontrada?

Aprofundamento

Começou a haver reclamação e desentendimentos na Igreja, na comunidade de Jerusalém.  Acontecia o seguinte: as comunidades tinham o bom costume de recolher donativos, principalmente alimentos, para socorrer as pessoas mais necessitadas. Naquele tempo, as viúvas viviam muito desamparadas e eram elas que mais recebiam ajuda dos cristãos. Só que, na hora de distribuir os alimentos arrecadados, parece que não havia muita organização. Desse modo, algumas viúvas recebiam mais e outras ficavam esquecidas.

Havia principalmente uma rixa entre os gregos - ou fiéis de língua grega - e os hebreus - ou fiéis de língua hebraica.  Os gregos eram judeus que moraram fora do país e depois voltaram falando grego. Os hebreus eram judeus que nunca moraram fora. Os gregos começaram a pensar que suas viúvas estavam sendo esquecidas na hora de distribuir os alimentos, talvez até de propósito. Surgiu a discussão.

Estamos, então, diante de dois problemas: 1º) Quem distribui os alimentos faz seu serviço de qualquer jeito, privilegia uns e prejudica os outros. É uma fraqueza preocupante na Igreja. Cristãos fazendo coisas malfeitas e prejudicando pessoas inocentes. 2º) Grupos de cristãos brigando entre si por causa da divergência de ideias, até por causa do erro de outros. A Igreja de Jesus já nasce enfrentando dificuldades internas.

Os apóstolos, então, vão ajudar a resolver os problemas. Eles propõem duas coisas: 1º) Eles - os apóstolos - estão muito ocupados com a pregação da Palavra e a divulgação da fé. Portanto, não parece oportuno deixar de pregar a Palavra para distribuir donativos, apesar de ser muito importante repartir alimentos. Deve haver outra solução. 2º) Se o problema é que as pessoas estão distribuindo mal os alimentos, então é o caso de escolher, na comunidade, pessoas sérias e responsáveis que se encarreguem honestamente da distribuição de alimentos às viúvas, sem prejudicar nenhuma delas.

A solução agradou a todos e escolheram sete homens honestos e de total confiança, que foram chamados de diáconos. A palavra "diácono" significa "aquele que serve". São eles: Estêvão, Felipe, Prócoro, Nicanor, Timão, Pármenas e Nicolau. Todos esses nomes são de origem grega, o que indica que os sete diáconos escolhidos eram representantes dos gregos que reclamaram da distribuição dos alimentos. Isso significa que quem reclama está fazendo  uso de seu direito. Todo mundo deve mesmo reclamar e apontar os erros da Igreja, mas também deve estar disposto  a procurar uma solução e assumir sua tarefa. Não adianta reclamar e depois tirar o corpo fora. Esses sete homens assumiram a distribuição dos alimentos entre as viúvas, organizaram tudo sem prejudicar ninguém e não houve mais reclamação. Resolvido o problema.

Podemos concluir duas coisas 1ª) Entre os cristãos, também há fraquezas  e divergências. Ninguém é perfeito só por ser cristão. Por isso, a Igreja sempre há de conviver com fraquezas e dificuldades internas. 2ª) As fraquezas se resolvem organizando melhor a vida da Igreja, buscando soluções inteligentes, dialogando e entrando em acordo.

Não é possível evitar toda fraqueza, nem se deve fazer de conta que fraquezas não existem na Igreja. Ao contrário, é preciso reconhecer as fraquezas e buscar soluções, sem se acomodar. A Igreja nasce e cresce, mas não está livre de fraquezas, já que é formada de pessoas e pessoas são mesmo frágeis.


3. Atividades (do livro Somos Igreja, da Padre Orione Silva)

Sugestão:
  • Convidar a turma para analisar alguns casos concretos que acontecem entre os cristãos nos tempos de hoje. Dividir a turma em quatro grupos. Cada grupo receberá uma folha com um caso concreto de fraqueza e proporá uma solução pacífica para o caso, levando em consideração que é preciso tratar com caridade cristã todas as pessoas envolvidas, sem deixar que a fraqueza prejudique a a vida da Igreja. Frisar bem isto: nunca se pode faltar com a caridade, mesmo que a pessoa esteja dominada pela fraqueza. É preciso haver soluções inteligentes, criativas, mas caridosas. Sugerimos dois casos a seguir e propomos que dois grupos discutam  o primeiro, e os outros dois discutam o segundo.

1º Caso:

Carlos é um menino muito participativo em sua comunidade. Ele está com onze anos, frequenta a catequese e ajuda na Igreja como coroinha.
Sua família o incentiva muito na fé, pois sabe que é importante cultivar a fé desde cedo. Carlos conhece os ensinamentos de Jesus, pois, além de ver o testemunho de seus pais, faz experiências muito importantes na catequese.
Mas, outro dia, na escola, Carlos acabou se desentendendo com um colega, que  o insultava, porque seu time havia perdido o jogo.  E foi tanto insulto que Carlos ficou fora de si. Chamou o colega para a briga e houve pancadaria. No meio da confusão, uma pedra foi  jogada e quebrou o vidro da janela da escola. E foi Carlos quem jogou, querendo atingir o colega que o insultava. 
As pessoas ficaram admiradas com Carlos e diziam: "Nossa, o que está acontecendo com esse menino? É um garoto tão bom! A gente sempre o vê na Igreja, ajudando no altar! De repente, ele avança no colega, começa uma briga feia, joga pedra, quebra vidraça na escola ... cruz credo!
Alguns acharam até que Carlos não devia mais ser coroinha, depois disso tudo.

E agora, como vamos resolver isso?

2º caso:

Maria é uma menina dedicada e cheia de qualidades. Ela está com doze anos e já ajuda no coral da Igreja. Pega o microfone e canta sem medo, porque tem uma bela voz e muita vontade de ajudar.
Nas missas, Maria se destaca. Está sempre animando as celebrações com seu canto bonito e afinado.
Se tem casamento na Igreja, ela é convidada para cantar. E faz isso com muito gosto e dedicação.
O problema é que, em casa, as coisas não andam bem. Maria tem uma irmã mais nova. Os pais saem para trabalhar e deixam a caçula, com cinco anos apenas, por conta de Maria. Outro dia, a irmã caçula fez a maior birra. Maria, sem saber o que fazer, acabou dando uns tapas na irmã mais nova e xingou a irmã. A mãe de Maria chegou, viu a confusão e, também nervosa, deu uns tapas em Maria. O pai de Maria foi chegando do trabalho, viu a confusão e deu uns tapas na esposa, que tinha dado uns tapas em Maria, que tinha dado uns tapas na irmã caçula.
A vizinhança ouviu o barulho e correu para acurdir. Alguém ligou para o Conselho Tutelar.
Uns diziam: "Nossa, essa menina já está  bem grandinha, com doze anos, para fazer um escândalo desses. Vejam, ela agrediu a irmã caçula! Depois dá  uma de santa cantando na Igreja. Isso não pode ser! Pra que serve cantar na Igreja, se depois fica brigando em casa? Vejam que ela causou uma confusão para a família inteira, envolvendo até os pais, que chegam em casa cansados do serviço. Agora eles terão que se acertar com as autoridades. O Conselho Tutelar vai fazer uma ocorrência. Que vergonha!".


E agora, como resolver essa questão?
  • Depois do trabalho em grupo, fazer um debate. Um dos grupos que refletir sobre o 1º caso apresenta o caso e as soluções. O outro grupo complementa e debate. A turma participa. O catequista orienta. Outro grupo apresenta o 2º caso e as soluções. Faz-se a mesma coisa. O catequista fica  de olho para que a turma perceba a importância de buscar soluções caridosas e criativas. O catequista tratará com cuidado especial soluções que não levarem em conta esses dois princípios. Para ajudar o catequista, vamos comentar cada caso:

1º caso:

 O fato de Carlos ter perdido a cabeça não significa que ele não possa ser mais coroinha. Para resolver isso direito, seria bom conversar com Carlos. Ele precisa aprender a perder no jogo, sem perder a cabeça, Será preciso também conversar com o colega. O fato de ter ganho o jogo não lhe dá o direito de insultar os colegas que perderam. Todos precisam aprender a se controlar na hora da raiva, saber ganhar e saber perder. Faz parte da vida. E ainda tem o vidro da escola para consertar. Não podemos sair por aí quebrando tudo só porque estamos com raiva. Que tal convencer Carlos e o colega a consertar o vidro da janela, envolvendo nisso até os pais, já que na verdade os dois meninos estão errados no caso? E os dois podem consertar os erros e ainda aprender com isso. Carlos pode até convidar o colega para ser coroinha também. Daí pode brotar uma grande amizade.


2º caso:

Maria está com problemas na família. Não são problemas tão graves, mas tudo  o que envolve família é delicado. Irmãos precisam combinar bem. Pelo menos fazer um esforço para isso. Há um agravante nessa situação, com relação aos pais.  Maria não tem maturidade ainda para cuidar sozinha de uma irmã tão nova. Irmãos mais novos  costumam ser difíceis mesmo. Por que será que os pais de Maria a deixam sozinha com uma irmã dessa idade? Isso precisa ser levado em conta. Os vizinhos em vez de criticar, precisam ajudar essa família a encontrar uma solução. Os pais precisam trabalhar, mas sem deixar de cuidar dos filhos. Além disso, se os filhos brigaram, não adianta os pais brigarem também. Essa violência toda só complica as coisas. Maria precisa fazer as pazes com a irmã e continuar cantando na Igreja. E os pais dela precisam de ajuda para encontrar um modo de não deixar uma criança cuidando de outra. Afinal, ela perdeu o controle diante de uma situação para a qual ela não tem obrigação de ter controle. Os pais estão errados ao agir com violência. Por isso, o Conselho Tutelar entra em cena. Ele é o Órgão que deve mesmo ser chamado quando há violência contra crianças ou adolescentes. Se fosse apenas uma briguinha de criança, nem precisaria do Conselho Tutelar. Mas a coisa piorou porque tanto o pai quanto a mãe de Maria agiram com violência. Isso precisa ser olhado com atenção. Eles são adultos e precisam saber que a violência só complica as coisas.

  • Ampliar o debate, perguntando se a turma deseja comentar outras fraquezas que podem ocorrer na vida da Igreja ou que tenham ocorrido mesmo. Debater o assunto e buscar soluções.

Observação importante:

  • Às vezes a turma tem na memória tristes acontecimentos envolvendo a Igreja. É hora de botar isso para fora, conversar, superar. Com o auxílio do catequista, isso é possível. Fique claro que pessoa, por mais cristã que seja, às vezes erra e erra feio. Os jovens erram, os adultos também, os padres erram e até os bispos e o papa erram. Ninguém está livre disso! A fraqueza faz parte do ser humano.

Conclusão:
  • O fato de pertencer a determinada Igreja não significa que nunca mais vai ter fraquezas ou incorrer em algum erro. O fato de alguém ser católico e participar assiduamente da Igreja não significa que já seja perfeito e esteja livre de qualquer possibilidade de erro. A Igreja é formada por pessoas e pessoas cometem erros. O que fazer? Não adianta condenar as pessoas, nem julgar, nem criticar. O que se deve fazer é ajudar a encontrar soluções para as fraquezas e erros. Errar é humano. Enfrentar os erros e buscar soluções inteligentes e caridosas é mais humano ainda e ajuda no nosso crescimento. Não devemos esconder os erros e fazer de conta que eles não existem. Devemos enfrentá-los, procurando sempre soluções justas e caridosas.
  • Há fraquezas na Igreja, pois as pessoas não são perfeitas. Mas não só de fraqueza vive  a Igreja. Há muitas coisas boas entre os cristãos, muita força, muita coragem, muita luta, muitas qualidades e muita fé.
  • Muita coisa bonita vem sendo realizada dentro da Igreja, por pessoas de fé e enorme generosidade. A Igreja nasceu para ser um espaço em que se cultivam esses valores: a solidariedade, o amor ao próximo, o seguimento de Jesus, a união e tantas outras coisas. Há na Igreja, como em qualquer lugar, muitas fraquezas. Mas há - e com um peso muito maior - muita força, coragem e dedicação da parte de pessoas que acreditam na força do bem e dão a vida nessa causa. Quando vemos tantas pessoas de todas as classes unidas em torno da missão de evangelizar e fazer o bem, não podemos deixar de reconhecer a importância de tudo quanto é feito em nome da fé plantada pela Igreja. A Igreja nasceu para tornar sempre presente o sonho de Jesus. À medida que esse sonho se vai concretizando em todos os cantos do mundo, a gente vai compreendendo a importância da Igreja.

Nosso compromisso:

(Novamente em círculo, convidar para um segundo momento, também muito importante: uma breve reflexão sobre sobre a vida dos seguidores de Jesus).
  • Nós somos discípulos de Jesus. Mas como vivem os discípulos de Jesus? Ser discípulo de Jesus é viver de qualquer modo ou os amigos de Jesus têm um modo próprio de vida, um estilo de vida de acordo com os ensinamentos do mestre? Vamos ver na Bíblia um bonito relato sobre a vida dos seguidores de Jesus. Esse texto vai nos a perceber as características dos discípulos de Jesus. 

(Ler At 2,42-47: primeiro alguém proclama o texto em voz alta, depois cada um pode ler de novo em silêncio).

  • A primeira característica dos seguidores de Jesus que o texto dos Atos dos Apóstolos nos mostra é a perseverança. De nada adianta receber Jesus pela primeira vez, se não for para perseverar na amizade com ele. Essa é uma qualidade muito importante que os seguidores de Jesus precisam ter. O texto fala principalmente da perseverança no ensinamentos de Jesus. Isso significa que o discípulo nunca aprendeu tudo do mestre. Ele é um eterno aprendiz. Ele deve continuar sempre procurando se aprofundar nas coisas do mestre. A caminhada de seguidores de Jesus não é como um curso, quando a gente recebe um diploma e já é doutor naquilo que estudou. No seguimento de Jesus, somos sempre discípulos e não mestres, somos aprendizes, somos pessoas sempre abertas a aprender mais e mais, pois a vida é cheia de desafios que cessam de apresentar a nós. Por isso é tão importante perseverar na catequese depois da Primeira Comunhão. Não estamos formados. Não terminamos um curso. Começamos uma caminhada de discipulado com Jesus, e é preciso perseverar nesse caminho, sem desanimar.
  • Outra característica dos apóstolos era a comunhão deles com a comunidade de fé. Eles participavam das reuniões em que se celebrava a fração do pão, que é a Eucaristia. Quem faz a Primeira Comunhão precisa continuar em comunhão, por isso precisa participar da missa sempre, pelo menos uma vez por semana. Não adianta comungar uma vez e depois desaparecer. A frequência na comunidade é muito importante.
  • Os discípulos tinham outra característica importante: eram pessoas de oração. Estavam sempre unidos rezando com seus irmãos de fé ou rezando em suas casas, no silêncio de seu quarto ou com suas famílias. A oração é uma forma de melhorar nosso diálogo com Deus e estreitar mais nossa amizade com ele. É muito importante  rezar sempre para manter a comunhão com Jesus.
  • Os discípulos eram também pessoas generosas, fraternas, que partilhavam suas vidas e seus bens. Para seguir Jesus, é preciso saber partilhar a vida como ele mesmo fez. Quem se fecha em seu egoísmo e só pensa em si não consegue seguir Jesus. Sente-se um estranho no grupo, porque a fraternidade é a marca dos seguidores de Jesus. Partilhar nossos bens e nossos dons não é uma obrigação; é uma graça que nos foi dada. Ver os amigos e irmãos vivendo felizes sem passar necessidades é uma alegria incomparável. É por isso que o texto termina  dizendo que eles viviam felizes, louvando a Deus pela sua amizade. E cada dia mais gente queria viver assim: sendo discípulo de Jesus.


4. Oração Final e Encerramento
  • Convidar a turma para rezar, pedindo a Deus que fortaleça e confirme na fé todas as pessoas comprometidas com o bem, dentro e fora da Igreja, para que continuem a realizar seus trabalhos com amor e dedicação.
  • Fazer motivação: "Como já dissemos, é muito importante nos prepararmos para a primeira Comunhão, pois ela marca nossa caminhada de compromisso com Jesus. Nossa vida inteira deve estar entregue nas mãos de Deus com muita confiança, pois neste caminho da vida não estamos sós: Jesus está conosco nos iluminando e animando nossa vida".
  • Cantar a música número 3 do CD do livro "Somos Igreja" ou outra à escolha.
  • Convidar para rezar, entregando a vida a Deus com muita confiança. Fazer preces espontâneas. A resposta poderá ser: "Recebe, Senhor, toda a minha vida".
  • Cantar novamente a música anterior.


Fontes:
  • Bíblia Sagrada
  • Catecismo da Igreja Católica
  • Livro Somos Igreja, do Pe. Orione Silva e Solange Maria do Carmo
  • Livro Nossa Vida com Jesus - Diocese de Joinville - SC (Ed. Paulus) 
  • Livro do Catequista Fé - Vida - Comunidade (Ed. Paulus)


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