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sábado, 3 de maio de 2014

Jesus vem ao nosso encontro na Eucaristia






Objetivos:

  • Descobrir a presença de Jesus, em cada missa, na sua Igreja, no pão da Palavra e no Pão da Eucaristia;
  • Compreender que Jesus quis deixar, na sua Igreja, um sacramento especial da sua presença: a Eucaristia;
  • Identificar as condições para receber a Eucaristia;
  • Perceber que a Eucaristia é alimento e fonte para a vida cristã.

Ambiente:

  • Destacar a Bíblia de forma sugestiva: com trigo, uvas ...




  • Mesa com uma bandeja com pão e alguns copos (podem ser pequenos cálices de plástico), com suco de uva.




Recurso:

  • Preparar kits, contendo uma caixinha pequena de suco e um pãozinho, para serem distribuídos para as crianças no final do encontro.








1. Acolhida

  • Acolher a turma com a simpatia e bom humor.
  • Cantar músicas de acolhida. Motivar a turma a se cumprimentar e desejar boas-vindas.
  • Sossegar a turma para rezar. Fazer o Sinal da Cruz.
  • Cantar bem bonito e tranquilamente a música número 8
  • Motivar: "Vamos nos colocar na presença de Deus com muita confiança e amor. Ele nos ama e cuida de nós.  Ele quer nos ajudar a ter força paz em todos os momentos da nossa vida. Por isso, ele está sempre junto de nós nos amparando e nos mergulhando ainda mais nos seus mistérios, na sua vida nova. Cada um, com muita confiança, pode fechar os olhos, colocar a mão em seu coração e dizer para Jesus que quer ser sempre seu amigo e viver sempre  na amizade com ele".
  • Fazer pequena pausa para oração silenciosa. Depois, o catequista reza, e a turma repete: "Senhor, nós somos teus amigos, teus discípulos e apóstolos. Nós queremos sempre te seguir e te conhecer cada vez mais. Ajuda-nos, Senhor, a seguir em frente na caminhada da fé sem jamais desanimar. Nós contamos com tua força e teu amor. Amém!".
  • Se quiser, cantar de novo a música anterior, Ou a música 5, para lembrar que a vida é sempre um dom de Deus celebrado em cada sacramento.






Relembrando:

Vimos no encontro anterior os sete os Sacramentos: BATISMO, CONFIRMAÇÃO OU CRISMA, EUCARISTIA, PENITÊNCIA ou RECONCILIAÇÃO,  UNÇÃO DOS ENFERMOS, ORDEM e MATRIMÔNIO.






Os Sacramentos são sete sinais especiais da graça de Deus chegar até nós. Em cada um deles, podemos perceber a ação de Deus através dos gestos e das palavras do sacerdote que se utiliza também de elementos bem conhecidos por nós, como a água, o vinho, o óleo.

Os sacramentos acompanham toda a nossa vida cristã, dando à fé do cristão origem e crescimento, cura e missão.

Jesus quis deixar os Sacramentos em sua Igreja, pois sabia que precisaríamos deles para vivermos melhor nossa fé, visto que comunicam a graça de Deus em cada etapa de nossa vida.


Os Sacramentos são agrupados por sua finalidade:

  • Sacramentos de Iniciação Cristã
  • Sacramentos de Cura
  • Sacramentos de Serviço e Comunhão

Os Sacramentos de Iniciação são:  Batismo, Crisma e Eucaristia. Por eles, são lançados os fundamentos de toda a vida cristã.

O BATISMO é o primeiro Sacramento que recebemos, é o Sacramento que nos dá a vida nova e nos torna participantes da Vida de Deus: a Vida da Graça, que foi perdida por causa do pecado original.

O Batismo, a Crisma e a Eucaristia são Sacramentos intimamente ligados entre si. Constituem, na verdade, três etapas de um único caminho de fé e vida, através do qual a Igreja introduz os fiéis no mistério pascal de Cristo, tornando-os novas criaturas, filhos de Deus, membros vivos de seu povo santo. Por isso, são chamados de Sacramentos de Iniciação Cristã.

O BATISMO é o primeiro Sacramento que recebemos, é o Sacramento que nos dá a vida nova e nos torna participantes da Vida de Deus: a Vida da Graça, que foi perdida por causa do pecado original.

Precisamos crescer e nos tornar adultos, participantes da vida da sociedade, mas para nos ajudar a nos tornarmos adultos em Cristo, temos o sacramento da CONFIRMAÇÃO.

Para termos forças e uma boa saúde, precisamos de alimento. Para alimentar nossa vida espiritual, Jesus nos deixou o sacramento da EUCARISTIA.

Se ficarmos doentes, precisamos de remédio; para a doença da alma, que é o pecado, temos o sacramento da PENITÊNCIA ou RECONCILIAÇÃO.

Se vamos viajar, precisamos de passaporte; para os que se encontram enfermos ou se aproximam da morte, Jesus deixou o sacramento da UNÇÃO DOS ENFERMOS, que os ajuda e conforta no sofrimento e na dor. Porém, é bom lembrar que a Unção dos Enfermos não é só viático (passaporte para a viagem), é também sacramento de cura, de conforto, mesmo se a doença não é fatal.

Quando é a nossa hora de servir à comunidade, encontramos dois sacramentos: o da ORDEM, para os rapazes que são chamados a ser sacerdotes e o do MATRIMÔNIO, para os que são chamados a se casar e constituir família com as bênçãos de Deus.

Todos os sacramentos nos ajudam a viver melhor como filhos e filhas de Deus e irmãos uns dos outros. Precisamos não só receber os sacramentos, mas vivê-los bem durante toda a nossa vida cristã.

Os Sacramentos são sinais de vida nova. Como todas as sementes precisam de água para nascer, crescer, dar flores e frutos, cada um de nós precisa dos Sacramentos, para ter uma vida de amor e crescer para Jesus e para os irmãos.

Motivar: Nós estamos nos aproximando do dia da primeira Comunhão. Vocês vão receber o sacramento da Eucaristia pela primeira vez.  Isso é muito importante. E sempre que estamos às vésperas de um momento importante, precisamos parar um pouco para pensar, para rezar, para preparar nosso coração para este momento. Hoje, vamos entender melhor o sentido e a beleza da Eucaristia e refletir sobre a importância desse  sacramento em nossa vida.




2.  Desenvolvendo o tema


Jesus, quando viveu em Nazaré, chamou muitos discípulos. Ele nunca quis estar sozinho. Sempre estava rodeado de pessoas, cercado de gente. Eram os discípulos de Jesus. Ele irradiava uma paz diferente; ele transmitia uma confiança em Deus que todos admiravam; ele contagiava com uma alegria que vinha de Deus. As pessoas sabiam que para experimentar essa paz, essa confiança e essa alegria, precisavam seguir Jesus sempre de perto, sem jamais se afastar dele. Precisavam ser discípulo de Jesus.

Discípulo é aquele que segue o mestre. Mas não segue à toa. Ele encontra no seu mestre uma força transformadora, encontra em suas palavras um sentido novo para a vida. Por isso o segue. Por isso se compromete com o mestre. Então, entra na intimidade do mestre. Jesus era esse mestre em torno do qual muita gente se ajuntou. Muitos deixaram sua vida, sua rotina, seus afazeres para seguir Jesus e conhecê-lo mais de perto. Havia algo especial em Jesus que encantava, que atraía, e as pessoas iam curiosas atrás dele para descobrir que força era essa que havia em Jesus.

(Ler o texto número 1:  Jo 1,35-39).

"Certa vez, João Batista estava com dois de seus discípulos e, avistando Jesus que ia passando, disse-lhes: 'Eis o cordeiro de Deus'. Os dois discípulos ouviram João falar e seguiram Jesus. Então Jesus olhou para trás e, vendo que o seguiam, perguntou-lhes: 'O que vocês procuram?'. Eles disseram: 'Mestre, onde moras?'  Jesus respondeu: 'Venham comigo e vocês verão'. Eles foram, então, aonde Jesus morava e ficaram com ele aquele dia."

Esse texto mostra o interesse de dois discípulos de seguir Jesus. Vendo Jesus que eles estavam interessados em segui-lo, disse-lhes: "Venham comigo!" Jesus e aqueles dois discípulos passaram o dia juntos. E daquele dia em diante, nunca mais eles abandonaram Jesus. A amizade que surgiu entre eles foi tão grande que uniu suas vidas para sempre. Jesus já não vivia sem seus discípulos. Os discípulos já não queriam mais viver sem Jesus. Eles não ficaram mais olhando Jesus de longe, como um simpatizante que observa, mas não se compromete. Não. Eles foram atrás do mestre, tornaram-se íntimos dele, amigos do peito, seguidores fiéis de Jesus.

Nós também somos convidados a entrar na intimidade de Jesus. Ele nos chama. Ele nos diz: "Venham comigo". Se a gente aceitar esse chamado, então entraremos em comunhão com Jesus.





Mas o que é comunhão? Nós dizemos que vamos fazer a primeira Comunhão. Mas o que é isso? "Comunhão" significa união, no caso união com Jesus. Os discípulos entraram  em comunhão com Jesus porque passaram  a ser seus amigos do peito. Eles se tornaram inseparáveis. Nós vamos fazer a Comunhão,  isso significa que haverá uma união ainda maior, mais estreita e mais comprometedora entre nós e Jesus. Seremos seus discípulos; vamos "segui-lo" por seus caminhos. Vamos viver unidos ao mestre Jesus, numa amizade que não deve ser rompida por nada. É assim que vivem os discípulos de Jesus. Então, faremos não só a primeira Comunhão, mas viveremos em comunhão, o que é muito mais importante ainda.

Com isso, percebemos duas coisas muito importantes:
  • A Comunhão é para quem quer ser discípulo de Jesus.
  • A Comunhão não é uma festa para receber a hóstia pela primeira vez. É um compromisso de viver a vida em união com Jesus.

(Conversar um pouco com a turma sobre esses dois itens acima. Ver o que eles acham disso. Deixar que eles falem).

Foi para ficar sempre conosco que Jesus nos deixou o sacramento da Eucaristia, a Comunhão. "Sacramento" quer dizer "sinal": sinal de união do discípulo com o mestre, sinal do amor de Jesus por nós que não quer nos deixar sozinhos. "Eucaristia" quer dizer "ação de graças", ou seja, a alegria do discípulo que agradece a Deus por poder viver unido a Jesus (Frisar bem esses conceitos).

Os sinais são muito importantes. Eles tocam fundo o nosso coração. Uma rosa, por exemplo, pode ser só um flor lá no jardim. Mas, quando ofertada por alguém que ama, é sinal do amor entre as duas pessoas. Um abraço, por exemplo, pode ser só um formalidade. Mas, se acontece entre duas pessoas que se amam e que estavam distantes, ele é sinal de uma grande amizade. E assim vai: um presente pode ser sinal de gratidão, um gesto comum pode ser um sinal especial. Assim, a Eucaristia é sinal da união com Jesus, sinal de seu grande amor por nós e de sua presença nos fortalecendo.

Mas, quando foi que Jesus instituiu a Eucaristia?

(Ler o texto número 2: Mt 26,20.26-28)

"Ao anoitecer,  Jesus se pôs à mesa com os discípulos. Enquanto estavam comendo, Jesus tomou o pão e pronunciou a bênção, partiu-o e deu-o aos discípulos dizendo: 'Tomai  e comei, isto é o meu corpo'. Em seguida, pegou um cálice, deu graças e passou-o a eles dizendo: "Bebei dele todos, pois este é o meu sangue, o sangue da nova e eterna aliança, que é derramado por todos pela remissão dos pecados.'"





Jesus sabia que havia chegado sua hora de morrer. Não porque ele adivinhasse as coisas, mas porque ele via que suas palavras e obras estavam incomodando muita gente poderosa que queria matá-lo. Então, antes que eles botassem as mãos em Jesus, ele fez um jantar especial com seus amigos. E foi nesse jantar que tudo aconteceu. Jesus tomou o pão e o vinho e disse que eles seriam sinais da sua vida doada por amor a nós. A partir daquele momento, o pão e o vinho passaram a ser algo mais que um simples alimento e uma simples bebida para quem se reúne para lembrar a fé em Jesus. Esses pequenos e corriqueiros símbolos ganharam novo significado: tornaram-se para nós o corpo e o sangue de Jesus, sinais de sua presença no meio  de nós. Então, Jesus, mesmo morrendo, continuou entre nós. Pois o corpo e o sangue significam a vida da pessoa toda.

E foi assim que aconteceu. Depois que Jesus morreu, ressuscitou e voltou para junto de Deus, os discípulos não podiam mais ver Jesus, mas podiam continuar unidos a Jesus pelos diversos sinais que ele deixou. Eles se reuniam para rezar e celebravam a Eucaristia. E isso era força para eles. Os discípulos enfrentavam provações, dificuldades e até perseguições, mas não desanimavam. Sabiam que Jesus estava com eles, presente em suas vidas, em seus corações, e ainda mais no sinal da Eucaristia.

  • Perguntar ao grupo se já se sentiram decepcionados algum dia e deixar que falem espontaneamente.
  • Que fizeram para superar a frustração?

Mostrar que entre os discípulos de Jesus também houve aqueles que não confiaram plenamente na promessa de ressurreição de Jesus, como os discípulos de Emaús.


Nós já vimos em outra ocasião, que logo após sua ressurreição, Jesus apareceu a dois discípulos que se dirigiam a uma aldeia chamada Emaús, mas estes não o reconheceram. Vocês sabem em que momento isto aconteceu? Vamos relembrar?

Ler: Lc 24,13-35




  • Apresentar as etapas do encontro  e do diálogo entre Jesus e os discípulos de Emaús. Destacar o pedido de fé que Jesus faz aos discípulos para que eles possam reconhecê-lo presente na mesa de refeição.
  • Adequar esta reflexão à nossa participação na missa dominical. Precisamos da fé, para reconhecer Jesus sob as espécies de pão e de vinho.




"Aconteceu ... Então se lhes abriram os olhos e o reconheceram ..." Lc 24,30-31).

Que lindo deve ter sido o momento em que os discípulos de Emaús reconheceram Jesus!

Os discípulos de Emaús reconheceram Cristo na fração do pão, mas, antes o coração deles já havia ardido quando lhes explicava as Escrituras, então tiveram a comprovação da nova presença do Senhor no testemunho da comunidade e na aparição a Simão.

Hoje, Jesus ressuscitado também caminha conosco e, de um modo especial, está presente na Eucaristia com Seu Corpo, Sangue, Alma e Divindade.
Em cada missa, através da Ceia Eucarística, e pelo sacrifício da cruz, Jesus se torna presente.

A Eucaristia é, antes de tudo,  a presença do Ressuscitado no meio da comunidade. A presença de Cristo no pão e no vinho não é a única. É certamente a mais densa e privilegiada, porque nela o Cristo se faz nosso alimento para nos comunicar a própria vida.

A celebração da missa é muito rica em gestos e sinais que nos ajudam a perceber a presença de Cristo.

A missa é um banquete sagrado, onde Jesus se faz presente na Mesa da Palavra e na Mesa da Eucaristia.

A celebração da Santa Missa começa com os Ritos Iniciais que nos preparam para a Liturgia da Palavra: Procissão de entrada, Saudação inicial, Ato Penitencial, Glória e a Oração da coleta.

Pela Liturgia da Palavra somos alimentados com a Palavra de Deus. Nela, Deus nos faz uma proposta de vida e nos chama a dar uma resposta de fé e amor, acreditando e fazendo o que Ele nos propõe, pela Leitura do Antigo Testamento, das Epístolas, do Evangelho e do Apocalipse.

Na Liturgia Eucarística apresentamos nossa vida e nossas ofertas a Deus, no momento do Ofertório. O Pão e o Vinho, oferecidos sobre o altar, se tornarão Corpo e Sangue de Jesus no momento da Consagração. A seguir, na Comunhão, Jesus se dá a nós como alimento na vida eterna.

A missa é o banquete pascal de Jesus. Devemos participar sempre da missa, principalmente aos domingos, quando celebramos dua ressurreição.


Então, vamos recapitular:
  • A Eucaristia ou Comunhão foi instituída por Jesus pouco antes de sua morte.
  • Ele instituiu a Eucaristia para nos deixar um sinal de sua presença.
  • Desde o início da Igreja, os cristãos se reúnem para celebrar a Eucaristia e manter acesa a amizade com Jesus.


Essa celebração é o que hoje chamamos de missa e da qual devemos sempre participar, ainda mais depois de fazermos nossa Primeira Comunhão.

(Conversar um pouco sobre esses pontos. Ver as dificuldades para participar da missa, o que acham da missa, suas dificuldades nesse sentido).

Celebrando a primeira Comunhão, nós estaremos também fazendo um propósito de viver mais intensamente  como discípulos de Jesus. Vamos nos juntar ao imenso grupo de pessoas que se esforçam para viver em união com Jesus e buscam na Eucaristia a força para esse seguimento.

Muita gente de fé tem encontrado na Eucaristia a força para o seguimento. O discípulo de Jesus tem um longo caminho pela frente, tem uma missão muito bonita e importante. Como nós somos fracos e muitas vezes desanimamos da jornada, precisamos da força de Jesus. A Comunhão é o alimento que nos fortalece. Quem participa da Eucaristia sai da celebração mais animado, mais fortalecido para enfrentar as dificuldades da vida, porque ela nos une a Jesus.
Jesus disse no Evangelho de João que sua presença, no corpo e no sangue, alimentaria nossa vida, nos daria a força da qual precisamos.

(Ler o texto seguinte: Jo 6,35.39.51.56)

Jesus disse: "Eu sou o pão da vida. Aquele que vem a mim não terá mais fome e aquele que crê em mim jamais terá sede. A vontade do Pai é que não se perca nenhum daqueles que me seguem. Eu sou o pão vivo descido do céu. Quem come deste pão viverá eternamente. E o pão que eu darei é a minha própria carne para a salvação do mundo. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele'."




Jesus sabia que nós precisamos de algo forte para nos alimentar na fé. Ele próprio resolveu ser nosso alimento. Sua presença nos alimenta, sua força nos contagia, sua amizade nos revigora. Através da Comunhão, ou seja, da união profunda com Jesus, ele permanece em nós e nós permanecemos nele.

É por isso que é tão importante o sacramento da Eucaristia. A Eucaristia é a presença de Jesus nos alimentando e animando na caminhada. Um discípulo de Jesus não se contenta em fazer a Primeira Comunhão. Ele quer mais: ele quer viver em comunhão profunda com Jesus. Por isso, ele participa sempre da Eucaristia, para fortalecer esses laços de amizade com seu mestre.

Vamos agora conversar sobre a celebração da missa. A gente comunga dentro de uma grande celebração, que chamamos Missa ou Eucaristia. A Missa é dividida em várias partes. Vamos entender melhor?


  • Primeira parte da Missa: RITOS INICIAIS


- Canto inicial
- Sinal da Cruz
- Saudação
- Ato penitencial
- Glória
- Oremos

A missa começa com um canto. A gente, nessa hora, fica em pé. Enquanto todos cantam, entra o padre ou bispo que presidirá a celebração, acompanhado dos ministros e demais pessoas que vão se envolver no desenrolar dos ritos.

O padre começa a missa, fazendo o Sinal da Cruz: "Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo". A gente responde: "Amém". O Sinal da Cruz é para lembrar que a gente se reúne em nome de Deus. Esse Deus é nosso Pai criador, é Jesus, o filho de Deus, nosso Salvador, e é o Espírito Santo que nos santifica. É Deus quem nos convida para a celebração da Eucaristia, e é por causa dele que estamos ali.

Depois o padre faz uma saudação com palavras tiradas da Bíblia. São palavras mais ou menos assim: "A graça de nosso Senhor Jesus Cristo, o amor do Pai e a força do Espírito Santo estejam com vocês". A gente responde: "Bendito seja Deus, que nos reuniu no amor de Cristo". Vejam que bonita a resposta: a gente está louvando a Deus, porque ele nos reuniu no amor e Cristo. É muito bom viver unido com os irmãos no amor de Jesus.

Depois o padre convida o povo para um momento penitencial. A gente reconhece que Deus é bom e nos acolhe, para nos ajudar a superar nossas fraquezas. Vamos à missa em busca da força de Deus. Precisamos dessa força, porque somos fracos. Deus sabe disso e quer nos ajudar. O momento penitencial é para a gente invocar a misericórdia e a ajuda de Deus. Nessa hora, pode-se cantar uma música ou fazer orações. Uma oração muito comum nessa hora é aquela em que o padre reza com o povo: "Senhor, tende".

Terminado o canto ou a oração, o padre diz: "Deus todo-poderoso tenha compaixão de nós, perdoe os nossos pecados e nos conduza à vida eterna". A gente diz: "Amém". Vejam que a gente está lembrando a vida eterna, porque Jesus disse que a gente devia celebrar a ceia eucarística até o dia em que vamos cear com ele no céu. A Eucaristia nos sustenta  enquanto estamos neste mundo, caminhando com fé e esperança para a glória eterna.

Depois desse momento, a gente reza ou canta o glória, que é um hino de louvor a Deus. Se possível, é bom também a gente saber de cor o Hino do Glória, que é uma oração muito antiga de nossa Igreja.

Glória a Deus nas alturas! E paz na terra aos homens por ele amados. Senhor Deus, rei dos céus, Deu Pai todo-poderoso. Nós vos louvamos. Nós vos bendizemos. Nós vos adoramos. Nós vos glorificamos. Nós vos damos graças, por vossa imensa glória. Senhor Jesus Cristo, filho unigênito, Senhor Deus, Cordeiro de Deus, Filho de Deus Pai. Vós que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós. Vós que tirais o pecado do mundo, acolhei a nossa súplica. Vós que estais a direita do Pai, tende piedade de nós. Só vós sois o santo. Só vós o Senhor. Só vós o Altíssimo, Jesus Cristo. Com o Espírito Santo, na glória de Deus Pai. Amém.

Depois o padre diz "oremos" e faz uma oração que se chama coleta. Ele recolhe todas as nossas preces e reza a Deus em nosso nome: daí o nome coleta. A gente acompanha em silêncio e responde "amém" no final. Assim terminam os ritos iniciais.



  • Segunda parte da missa: RITO DA PALAVRA



Rito da Palavra:

- Primeira Leitura
- Salmo
- Segunda Leitura
- Aclamação
- Evangelho
- Homilia
- Profissão de Fé
- Preces

O Rito da Palavra é a segunda parte da missa. Ele começa com o povo escutando a Palavra de Deus. São feitas duas ou três leituras da Bíblia, sendo que a última é sempre uma leitura do Evangelho. É a leitura principal da missa. Depois da Primeira Leitura, costuma ser rezado um salmo. O povo fica assentado durante essas leituras, mas se levanta para ouvir o Evangelho, o que simboliza a prontidão necessária para cumpri-lo.

Após as leituras, o leitor diz: "Palavra do Senhor!", e o povo responde: "Graças a Deus!". Após o Evangelho, o leitor diz: "Palavra da Salvação!", e o povo diz: "Glória a vós, Senhor!"

Depois,  o povo se senta, e o padre faz a homilia ou pregação, para ajudar o povo a compreender o sentido das leituras e a mensagem de Jesus para aquele dia. Afinal, é preciso viver a Palavra de Deus! Então, é hora de prestar muita atenção.

Depois disso, o povo se levanta e faz a profissão de fé e as preces. A profissão de fé é para dizer que a gente crê na Palavra de Deus que acabou de ouvir e se compromete com ela. É costume rezar uma profissão de fé que faz um resumo dos pontos mais importantes da nossa fé. É bom até saber de cor:

Creio em Deus Pai, todo-poderoso, criador do céu e da terra, e em Jesus Cristo, seu único filho, nosso Senhor, que foi concebido  pelo poder do Espírito Santo, nasceu da Virgem Maria, padeceu sob Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado, desceu à mansão dos mortos; ressuscitou ao terceiro dia; subiu aos céus, está sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso, donde há de vir a julgar os vivos e os mortos. Creio no Espírito Santo, na Santa Igreja Católica, na comunhão dos santos, na remissão dos pecados, na ressurreição da carne e na vida eterna. Amém.


As preces são para a gente pedir a Deus a força para pôr em prática o que ele nos ensinou.

Quando o padre anuncia o Evangelho, é costume a gente fazer três cruzes: uma na testa, outra na boca e outra no peito. Esse gesto é para pedir a Deus que purifique nossa mente, nossos lábios e nosso coração para escutarmos a Palavra que vai ser anunciada no Evangelho. A gente pode fazer as cruzes em silêncio ou dizer: "Purificai, Senhor, a minha mente, os meus lábios e o meu coração, para que eu possa amar, acolher e anunciar vossa Palavra."



  • Terceira parte da missa: RITO SACRAMENTAL


    - Rito sacramental

    - Ofertório
    - Oração Eucarística
  • Prefácio
  • Santo
  • Consagração
  • Intercessões
  • Conclusão

     - Rito da Comunhão
  • Pai-Nosso
  • Oração pela paz
  • Cordeiro de Deus
  • Comunhão
  • Momento de silêncio
  • Oremos

O Rito Sacramental começa com o ofertório. É o momento de ofertar a Deus a nossa vida. Nessa hora, pode-se ficar sentado. Ou fazer a procissão do ofertório, se for esse o costume. Durante o canto, o padre prepara o altar e oferta a Deus o pão e o vinho que serão, depois, consagrados e se tornarão corpo e sangue de Cristo, na comunhão. O padre encerra o ofertório, lavando as mãos, em um gesto simbólico que lembra a pureza de coração. Enquanto lava as mãos, o padre diz assim: "Lavai-me, Senhor, das minhas faltas e purificai-me dos meus pecados". Ele se lembra de que ele também é pecador.
Então, o padre diz: "Orai, irmãos, para que o nosso sacrifício seja aceito por Deus Pai todo-poderoso!". O padre está nos convidando a rezar para que Deus aceite com bondade a nossa oração. O sacrifício é o sacrifício de Jesus, que se entregou na cruz por amor a nós. O sacrifício é a Eucaristia toda, que torna presente a entrega de Jesus na cruz. A gente se levanta e diz: "Recebe, ó Senhor, por tuas mãos, este sacrifício, para glória do teu nome, para o nosso bem e de toda a santa Igreja!" O povo diz isso para o presidente da celebração, no caso, o padre: "Que o Senhor receba, pelas mãos do padre, a oração que todo o povo apresenta na celebração da Eucaristia".

Aí começa a Oração Eucarística. Primeiro vem o Prefácio, que é a abertura da Oração Eucarística. O padre diz: "O Senhor esteja convosco". O povo responde: "Ele está no meio de nós". O padre: "Corações ao alto". O povo: "O nosso coração está em Deus" O padre: "Demos graças ao Senhor nosso Deus". O povo: "É nosso dever e salvação".

São palavras bonitas que fazem a abertura do Prefácio, lembrando que Jesus está no meio de nós, que nós estamos com o coração no alto, ou seja, em Deus, e que nos sentimos felizes em dar graças, em agradecer ao Senhor nosso Deus. Depois o padre reza o Prefácio e nos convida a cantar ou rezar o Santo.
Trata-se de uma oração antiga para lembrar a santidade e a bondade de Deus. É bom saber de cor:

Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus do universo. O céu e a terra proclamam a vossa glória. Hosana nas alturas. Bendito o que vem em nome do Senhor. Hosana nas alturas.

"Hosana" é um pedido de ajuda. Significa: "Salvai-nos, Senhor". Foi isso que o povo pediu a Jesus, quando  ele entrou em Jerusalém e o povo o recebeu e festejou com ramos. A gente recorda isso em toda missa. Essa oração lembra que Deus é santo e que ele nos socorre. Jesus é aquele que veio em nome do Senhor, para socorrer o seu povo.

Depois do Santo, vem a Consagração. A gente se ajoelha nessa hora, em sinal de adoração. Nesse momento, o padre invoca o Espírito Santo para que o pão e o vinho se tornem corpo e sangue de Cristo. O padre diz então as palavras de Jesus que estão relatadas nos Evangelhos quando narram a última ceia: "Tomai e comei ... Tomai e bebei ..." Quando o padre ergue a hóstia consagrada, a gente acompanha e reza em silêncio. Se o padre ergue é para que todos olhem. Não é hora de abaixar a cabeça. A mesma coisa se  faz quando o padre ergue o cálice. Ergue para que seja visto. Então, a gente olha e reza em silêncio.

Então, o padre diz ou canta: "Eis o mistério da fé". A gente se levanta e responde, rezando ou cantando, uma oração que lembra o sentido da Eucaristia: Anunciamos, Senhor, a vossa morte e proclamamos a vossa ressurreição. Vinde, Senhor Jesus.

O sentido é simples: celebrando a Eucaristia, fazemos presente a morte e a ressurreição de Jesus e ficamos esperando sua vinda, ou seja, o dia em que vamos cear com ele na eternidade. Há outras respostas, que podem ser cantadas ou rezadas, sempre com o mesmo sentido: lembrar que ao celebrar a Eucaristia a gente faz memória de Jesus que deu a vida por nós, ressuscitou e por isso está vivo junto de nós e no aguarda, para participarmos, um dia, com ele da vida eterna.

A seguir, o padre faz diversas orações, pedindo a Deus pela Igreja, pelo povo, pelos mortos etc. É o que chamamos de Intercessão.

No final, o padre ergue o cálice e a hóstia consagrada e diz: "Por Cristo, com Cristo, em Cristo, a vós Deus Pai todo-poderoso, na unidade do Espírito Santo, toda honra e toda glória, agora e para sempre". O povo diz ou canta o "Amém". É a conclusão da Oração Eucarística.

Começa, agora, o Rito da Comunhão. São orações que preparam nosso coração para receber Jesus na Eucaristia.

O Pai-Nosso, oração que Jesus nos ensinou, lembra que todos somos irmãos, filhos do mesmo Pai e, por isso, devemos estar em comunhão também com as pessoas com quem convivemos. A Eucaristia é comunhão com Jesus e com as pessoas. Depois do Pai-Nosso, quando rezado na missa, não se diz o "amém", porque o padre dá sequência à oração, dizendo: "Livrai-nos, ó Pai, de todos os males ...".  E o povo responde: "Vosso é o reino, o poder e a glória para sempre ". Quando se reza o Pai-Nosso fora da missa, diz-se o "amém".

Depois o padre reza a oração da paz: "Senhor Jesus Cristo, dissestes aos vossos apóstolos: 'eu vos deixo a paz, eu vos dou a minha paz'. Não olheis os nossos pecados, mas a fé que anima vossa Igreja. Dai-lhe, segundo vosso desejo, a paz e a unidade. Vós que sois Deus com o Pai e o Espírito Santo". Todos respondem:  "Amém".

Depois, pode-se fazer uma saudação (abraço da paz) que é facultativa. Quando feita, serve para mostrar que queremos a paz não somente para nós, mas para os outros também.

Depois se reza o "Cordeiro de Deus" - ou se canta, lembrando que Jesus é o cordeiro que se parte e se reparte entre nós. Ele se doa e tira o pecado do mundo.

O padre ergue a hóstia e convida todos, em nome de Jesus, para a Comunhão: "Felizes os convidados para a ceia do Senhor. Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo".

E a gente responde: "Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha morada, mas dizei uma palavra e serei salvo". Essa frase é muito importante. Somos convidados por Jesus para participar da ceia da Eucaristia. Diante desse convite, a gente reconhece, com humildade, que nem é digno de participar da ceia com Jesus. Mas ele nos torna dignos. Por maior que seja a nossa fraqueza, para Deus basta uma simples palavra, ou um simples gesto e somos salvos e santificados para participar da Eucaristia.

Depois disso, a gente vai comungar. O padre ou ministro ergue a hóstia e diz: "O corpo de Cristo". A gente diz: "Amém". E recebe a hóstia, na mão ou na boca, e comunga ainda diante do padre ou do ministro. Não é correto sair carregando a hóstia pela igreja afora.

A gente volta para o lugar e continua cantando o canto da Comunhão. Depois do canto, haverá um breve momento de oração em silêncio, para que cada um converse com Deus, renove sua fé, agradeça a Jesus pela presença que fortalece nossa vida.

O padre dirá "Oremos", convidando o povo a rezar. O povo fica em pé. O padre faz uma breve oração, que o povo acompanha em silêncio, dizendo "amém" ao final. Termina aqui o Rito Sacramental.



  • Quarta parte da missa: RITOS FINAIS


- Avisos
- Homenagens
- Bênção final

Os Ritos Finais são o encerramento da Missa. É hora de dar os avisos de interesse da comunidade. É hora de fazer também as homenagens devidas: cantar parabéns para os aniversariantes, por exemplo.

Depois o padre dá a bênção final e sai. Enquanto isso, canta-se. O certo é o povo esperar o padre sair do altar para só então ir embora, sem muita correria.


Esclarecendo questões:


Talvez a turma tenha dúvidas sobre estes assuntos. Eis alguns pontos que costumam gerar dúvidas:

  • É importante falar das questões mais práticas: procissão para receber a comunhão, posição das mãos, silêncio ... É o momento de falar do respeito e da seriedade deste momento e de qualquer celebração da missa, orientando para que se comportem dignamente dentro da Igreja.
  • A Comunhão pode ser recebida na boca ou na mão. O mais comum atualmente é receber na mão. Coloque a mão esquerda por cima da mão direita. O padre colocará a hóstia na sua mão esquerda. Com a mão direita, você pega a hóstia e a coloca na boca, ainda diante do padre ou do ministro. Não saia carregando a hóstia pela igreja a fora. Nem pegue a hóstia diretamente da mão do padre. Estenda a sua mão, e o padre colocará nela a hóstia. Isso evita que a hóstia caia no chão. Se a Comunhão for dada em duas espécies (o corpo e o sangue de Cristo), o padre vai pegar a hóstia e molhar no cálice. Nesse caso, o costume é receber a Comunhão na boca, porque não tem como pegar a hóstia molhada. Diga "amém" e abra a boca. O padre ou  ministro colocará a hóstia diretamente em sua boca.
  • "E se a hóstia grudar no céu da boca?" Não tem problema. Isso pode acontecer. Aja com naturalidade e retire a hóstia com a língua. Melhor do que enfiar o dedo na boca.
  • "E se a hóstia cair no chão?" Se isso acontecer, o padre pegará a hóstia e lhe dará outra. Se a hóstia cair, não é porque a pessoa tenha pecados. É porque, na hora de comungar, às vezes, a mão do padre tremeu ou você não estendeu a mão direito. É comum acontecer, por causa da pressa de comungar. Mas não é sinal de pecado.
  • "E se o padre me der duas hóstias coladas uma na outra?" Comungue as duas, não tem problema. Acontece que as hóstias podem colar uma na outra e não tem como separar. Então, comungue as duas, sem problema.
  • "Posso mastigar a hóstia?" Em geral, a hóstia se derrete facilmente na boca. Mas se a boca estiver seca, ela pode agarrar. Você pode mastigar e engolir, como faz com os alimentos. Mas faça isso discretamente. Não fique mascando, como se fosse chiclete. (Aliás, por falar nisso, nunca se deve participar da celebração mascando chiclete. É uma falta de educação imensa. Ao entrar na igreja, jogue a bala ou chiclete fora).
  • "O que faço depois da comunhão?" Volte para o seu lugar e continue antando. Depois do canto, haverá um momento de oração para agradecer a Deus. Não se deve comungar e ir para a Capela do Santíssimo, até porque, nesse momento, o Santíssimo não está na capela. Também não parece bom comungar e ficar ajoelhado rezando, quando todos estão cantando. O certo é comungar, voltar para o lugar e continuar cantando. Pode ficar assentado mesmo. Depois se faz o momento de oração em silêncio.
  • "O que faço se esquecer algum pecado na Confissão?" É comum esquecer pequenos pecados. Para evitar isso, você pode fazer uma lista por escrito. Mas na Confissão Deus perdoa também os pecados que foram esquecidos. Em geral, quando a gente esquece, é porque o pecado não tinha tanta importância assim. Se tiver esquecido um pecado e achar que é importante, pode voltar e dizer ao padre o que esqueceu. O que não pode é deixar de contar alguma coisa, quando está lembrando, por causa de medo, vergonha ou outra razão. Omitir um pecado, sem esquecimento, é um erro grave. Não precisa ter vergonha. Conte tudo, abra o seu coração, como se estivesse diante do próprio Jesus que acolhe e aconselha a todos.
  • "Toda vez que for comungar eu preciso me confessar antes?" Não. A gente comunga toda vez que participar da celebração da Eucaristia. E só precisa se confessar quando tiver um pecado mais grave. Depois da primeira Comunhão, deve-se comungar sempre. Se tiver cometido apenas pequenos pecados, pode comungar também. Se cometer um pecado mais grave, então procure a Confissão de novo para pedir perdão e renovar o propósito  de vencer as fraquezas.
  • Ao procurar a Confissão novamente, o padre vai perguntar quanto tempo tem que você não se confessa. Tente se lembrar disso antes, O padre quer saber disso para avaliar se você está pecando muito em pouco tempo ou se, tendo passado muito tempo sem se confessar, você tem apenas pecados leves. Isso ajuda a entender como anda a sua vida espiritual, se você precisa para superar algum pecado que venha se repetindo muito. Ao falar do tempo, seja claro: diga quantos meses ou anos você se confessou pela última vez. Procure evitar a expressões vagas, como: "Tem um tempão que não me confesso!" O padre não saberá o que é um tempão ou um tempinho.
  • "Preciso me confessar todo ano?" A Igreja aconselha a fazer a Confissão dos pecados ao menos uma vez por ano. Mas isso se você tiver pecados mais graves. É bom confessar uma vez por ano, ao menos. Mas se você conseguir passar o ano todo sem pecado, ou até mais, não está obrigado a se confessar de novo. Pode continuar comungando.
  • "Se eu estiver com pecado grave, posso comungar?" Não. Nesse caso, procure antes a Confissão, para depois comungar. Pode falar com o padre que você deseja se confessar. Ele vai encontrar um momento para atender você.
  • "A Catequese acaba depois da primeira Comunhão?" Não! Vamos guardar com muito carinho que a Comunhão não é o fim da catequese. Ao contrário, ao comungarmos, assumimos um compromisso com Jesus, Passamos a ter a obrigação de comungar sempre. Todo domingo ou em toda celebração. A Igreja diz que a gente deve participar da missa todo domingo, ou ao menos uma vez na semana. Para quem mora longe, às vezes só é possível participar da missa uma vez por mês. Na falta da missa, se houver celebração na comunidade, deve-se participar e comungar também. Também a catequese continua. Não acaba depois da primeira Comunhão. A gente continua porque tem muita coisa ainda para aprender.

Finalizando:


Comungar o pão e o vinho tem a finalidade de nos tornar unidos em Cristo. "Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim, e eu nele" (Jo 6,56), assim como os ramos estão unidos à videira. Uma vez que fomos alimentados por Cristo com o Pão Eucarístico, sejamos transformados por ele num só corpo.

Quando nos reunimos em assembléia para para celebrar a Eucaristia, o sacerdote pede ao Espírito Santo para transformar o pão e o vinho no corpo e no sangue de Cristo e, logo em seguida, pede, novamente, para ele transformar o povo que celebra (assembléia litúrgica) no Corpo de Cristo.

Assim, rezamos na Oração Eucarística II: Concedei que alimentando-nos com o corpo e o sangue do vosso Filho, sejamos repletos do Espírito Santo e nos tornemos em Cristo um só corpo e um só espírito. E respondemos; Fazei de nós um só corpo e um só espírito.

O Batismo se realiza na Eucaristia. Se formamos o Corpo de Cristo pelo Batismo, a Eucaristia nos alimenta e fortalece com o sacrifício de Cristo, para que vivamos sempre em comunhão, unidos em uma só fé, um só Senhor. Para tanto, precisamos permanecer unidos nele, como galhos à árvore ou os ramos ao tronco da videira.

A videira possui um tronco largo e, a cada ano, produz ramos compridos em que brotam muitos cachos de uva. Cristo é o tronco, nós somos os ramos. Desse modo, formamos sua Igreja. A seiva que vem do tronco e alimenta os ramos é o Espírito de Cristo, que nos fortalece para produzir os frutos. Portanto, para isso, precisamos estar estreitamente unidos a Cristo. Isso ocorre pela Eucaristia. Quais frutos Cristo espera de nós?

Conversa em grupo:
  • Que cuidados precisamos ter para receber bem e devotamente Jesus na Eucaristia?
  • Que frutos a Sagrada Comunhão produz em nossas vidas?

Assim como o alimento fortalece nosso corpo, previne doenças e nos ajuda a crescer e viver melhor, a Eucaristia fortalece nossa vida espiritual, as graças de Deus que recebemos no Batismo.

Também, quando vamos a uma festa, procuramos nos preparar bem. Do mesmo modo, precisamos estar preparados e prontos para receber Jesus na Sagrada Comunhão, procurando ...

  • ... acreditar na presença de Jesus na Eucaristia;
  • ... estar em estado e graça, isto é, sem pecado mortal;
  • ... guardar uma hora de jejum antes de comungar.  Água e remédios não quebram o jejum.

Através da Santa Comunhão recebemos todas as graças e bênçãos do céu, antecipando a vida eterna que teremos junto a Deus.

A Eucaristia é o sacramento que fortalece a nossa fé e nos faz crescer espiritualmente, especialmente na união com Deus, com os irmãos e irmãs.

A Sagrada Comunhão produz muitos frutos na nossa vida, quando a recebemos bem preparados:

- aumenta a nossa união com Cristo;
- apaga os pecados veniais;
- preserva dos pecados mortais;
- realiza a união, na Igreja, com todos os filhos e filhas de Deus;
- compromete a nossa vida com os irmãos mais necessitados.


3. Atividades

  • Entregar a cada catequizando, uma folha com desenhos de alguns objetos litúrgicos, para que liguem as figuras ao seu nome e significado.

         
Exemplo:
            
                                 
           
                              Cálice : Recebe o vinho com um pouquinho 
                              de  água,   sinal  de união entre  Deus e  o
                               homem.
          



                                             
             

               Patena e Hóstia: A patena sustenta a
               hóstia grande, feita de trigo sem
               fermento.                                                                                                                                              

                                               


  


                         Âmbula: Vaso em que se guardam
                         as partículas (hóstias menores)
                         consagradas.  As  âmbulas  são
                         colocadas no Sacrário.

             
                           
                                                  

                                             

                      


                   Galhetas: Recipientes que contêm
                   o   vinho  e  a  água  que  serão
                   transformados  no  Corpo   e no
                   Sangue de Jesus.



                                                                 

                                   


                                    Missal:  Livro grande que contém
                                    orações, utilizadas na celebração
                                    da missa.








  • Explique-lhes que o símbolo da presença de Jesus na igreja é o sacrário e que fica sempre acesa uma luz vermelha para indicar a presença constante de Jesus eucarístico nesse  lugar. Diga-lhes também que o nosso coração é como se fosse o sacrário, e o nosso amor por Jesus como uma chama sempre acesa. Convide-os a dialogar com Jesus em seu coração.


4. Oração Final e Encerramento

  • Reúna os catequizando em círculo, em volta da mesa. Passe o pão e as uvas (ou suco), pedindo que comam e bebam. Enquanto isso, pode-se cantar uma música em que a letra esteja em sintonia com o tema.










  • A seguir, iniciar a oração.

   Catequista:

    Deus, nosso pai, queremos te agradecer pelo grande presente que Jesus
    nos deixou: a Eucaristia.

   Todos:

    Na Santa Missa participamos do banquete pascal de Jesus!

   Catequista:

    Peçamos a Jesus que participemos com fé, amor e alegria da missa.
    (Pausa)

   Criança:

    Na Liturgia da Palavra somos alimentados pela Palavra de Deus.

   Todos:

   Queremos ouvir com amor a Tua Palavra, Senhor!

   Criança:

   Na Liturgia Eucarística oferecemos a Deus Pai nossas vidas  e   nossas
   ofertas. O pão e o vinho, no momento da Consagração, se tornarão o
   Corpo e o Sangue de Jesus.

   Todos:

    Querido Jesus,  queremos  nos  preparar  bem  para  o dia da Primeira
    Comunhão, grande encontro que teremos contigo na Eucaristia.

   Criança:

    Quem  recebe  o  Corpo  e  Sangue  de  Jesus,  com  fé,  sente  sua vida  
    transformada, vive em união com Deus e os irmãos.

   Todos:

    Querido Jesus, queremos ser sinais da Tua presença no mundo!

  • Conclui-se com o Pai-Nosso e a bênção final.
  • Entregar a cada catequizando o kit com o suco e o pão para levar para casa.
  • Canto à escolha do grupo.









Fontes:

  • Bíblia Sagrada
  • Catecismo da Igreja Católica
  • Livro Somos Igreja, do Pe. Orione Silva e Solange Maria do Carmo
  • Livro Que alegria, encontrei Jesus! Arquidiocese do Rio de Janeiro
  • Livro Iniciação à Eucaristia (Nucap)
  • Livro Crescer em Comunhão (Editora Vozes)


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