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terça-feira, 9 de julho de 2013

Meu Sonho

Olha eu aí, com parte da minha turminha! Foi na Pré-Catequese! A nossa salinha era toda colorida, cheia de cartazes! As crianças eram bem pequeninas; muitas eu vi com "janelinhas" (trocando os dentinhos da frente). rs 

 Eu sonhava em ser catequista, mas achava que não estava preparada. Comecei a participar dos encontros de catequistas e dos cursos de formação ministrados aqui em nossa Paróquia. Lia tudo o que se referia ao assunto. Passava nas livrarias católicas e ficava um bom tempo folheando os livros para escolher aqueles que achava mais interessantes. Fazia uma seleção de tudo e ia anotando em um caderno, separando por temas. Já tinha bastante material, mas continuava com medo de assumir o compromisso. 

A Coordenadora sempre me convidava, mas eu sempre achava que ainda não havia chegado a hora. Foi então que ela sugeriu que eu ficasse junto com outra catequista, auxiliando. Fiquei um tempo com essa colega e depois com outra,  como se estivesse fazendo um estágio. Na verdade, o que eu queria era adiar o momento de iniciar, porque estava com medo.

Um dia, uma das colegas catequistas me pediu que ficasse com a sua turminha no sábado, porque ela não ia poder comparecer, em razão de um compromisso em seu trabalho. Ela não aceitou minhas desculpas esfarrapadas e insistiu dizendo que eu daria conta do recado. Isso aconteceu na sexta-feira, então fiquei até tarde preparando o encontro que aconteceria no dia seguinte, cujo tema seria O Bom Pastor.

Pesquisei, estudei, fiz cartaz, desenhei e recortei ovelhinhas. Convidei um amigo, que é seminarista, para tocar violão. 

Lembro que chegamos mais cedo e ficamos esperando as crianças. Foram chegando, uma a uma. Eu tremia e suava muito. Eles se sentavam e ficavam me olhando e eu sem saber como começar. Então, resolvi me soltar e ser eu mesma. 


Contei a história de uma ovelhinha que se chamava Lila, que era desobediente e que tinha muito medo de chuva. Que Lila, um dia, resolveu se afastar do seu pastor e que acabou se perdendo. Caiu um temporal e Lila ficou tremendo de frio e de medo. Que o bom pastor foi atrás de Lila e a resgatou.

Ao final,  fiz perguntas sobre a história e eles responderam direitinho.

Desenvolvi o tema, explicando-lhes a parábola do Bom Pastor. Não sei em que momento, mas lembro que perguntei às crianças se queriam ser ovelhinhas de Jesus, ao que elas responderam sim, com muita alegria.

A seguir, entreguei a cada catequizando uma ovelhinha de cartolina, cola e algodão, para que eles a enfeitassem. Sugeri que cada um desse um nome à sua ovelhinha e contasse para os colegas o nome escolhido. Quando terminaram, pedi que colocassem suas ovelhinhas em uma caixa que eu havia preparado antes. Depois pedi que cada um retirasse uma ovelhinha da caixa e guardasse com ele,  para rezar durante a semana  pelo coleguinha, dono da ovelhinha (se tirasse a sua, recolocava na caixa e tirava outra).
Ao final do encontro, cantamos, dançamos, rezamos. Foi muito bom!


Algum tempo depois, uma dessas crianças, que era da turma da minha colega, ao me encontrar, disse que lembrava do nosso encontro em que falamos do bom pastor e da ovelhinha perdida e que tinha sido muito legal! Fiquei muito feliz e entendi que era uma resposta às minhas dúvidas. Compreendi que o primeiro passo havia sido dado e que não dava mais pra voltar. Agora era seguir em frente!  



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