TRÍDUO PASCAL
Hoje, Sábado Santo, me reuni com a minha turminha para falarmos sobre a Semana Santa.
Iniciamos o nosso encontro rezando juntos, de mãos erguidas: “Venha nos dar, Jesus, força e coragem para sermos fieis. Seguindo os seus passos, queremos alcançar a mesma vitória que o Senhor conquistou. Que sua fidelidade seja um incentivo para todos nós. Amém.”
Em seguida, rezamos o Pai-Nosso.
Terminada a oração, passamos para o nosso tema de hoje.
No domingo passado a igreja celebrou o Domingo de Ramos, início da Semana Santa. Nesse dia, os cristãos católicos levam folhas de palmeira para a procissão e todos cantam “Hosana ao Filho de Davi”, lembrando a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém.
Jesus, com 30 anos, foi batizado por João Batista e depois foi para o deserto, onde foi tentado por um anjo mau. Certo dia, Jesus entrou na sinagoga e disse que era o Messias esperado. Começou a ensinar o povo, fez muitos milagres. Ensinou a amar, a perdoar, a repartir. Uma multidão o seguia. Convidou os apóstolos para segui-lo. Passou três anos ensinando a todos, até que chegou a hora de sua Paixão e Morte. Então ele foi para Jerusalém, onde tudo iria acontecer. Quando entrou na cidade, montado em um jumentinho, foi recebido como Rei, aclamado com cantos e com ramos e palmeiras. Muita gente o acompanhou com alegria e cantavam “Hosana ao Filho de Davi”. Os chefes e poderosos ficaram com medo de perder o poder e começaram a planejar um modo de prender Jesus. O povo recebe Jesus como um Rei poderoso, libertador, mas quando Ele é preso e condenado, este mesmo povo o abandona. Não sabiam que Jesus veio nos libertar do mal, do pecado e nos dar a vida eterna.
(Convidei a turma a rezarmos uma Ave-Maria).
Agora vamos passar para a Quinta-feira Santa, mas antes vamos relembrar o que é a Páscoa…
Vimos lá atrás, no Antigo Testamento, que na noite antes do povo sair do Egito, eles fizeram uma refeição para festejar o grande acontecimento: a libertação da escravidão. Cada família preparou um cabrito, pão, verduras amargas, e comeram. Essa passagem da escravidão para a libertação foi chamada de Páscoa.
Daí em diante, todos os anos o Povo de Deus comemora esse acontecimento com uma refeição igual a que eles fizeram na saída do Egito.
Jesus também participou da Festa da Páscoa dos judeus. Jesus queria que as festas tivessem a alegria e a liberdade dos filhos de Deus.
Jesus, um dia antes de sua morte na Cruz, pede aos apóstolos para preparar uma sala para celebrar com eles a Páscoa. Jesus sabia que ia morrer e quis celebrar sua última refeição com seus amigos. Esta Ceia foi uma celebração muito bonita e significou muito. Nessa noite, Jesus oferece a Deus seu corpo e sangue. Jesus abençoa o pão e o vinho e o entrega a seus amigos, dizendo: “Tomai e comei, isto é o meu Corpo; Tomai e bebei, isto é o meu Sangue. E sempre que fizerem isto, fazei-o em minha memória.”
Este foi o jeito que Jesus encontrou para ficar sempre junto de nós. Nessa noite aconteceu a primeira missa, hoje o sacerdote faz o mesmo gesto de Jesus. Nesta Ceia, Jesus lava os pés dos seus amigos. Com esse gesto, Jesus nos ensina que devemos ser sempre humildes e estar sempre prontos para servir. Ele nos deixou um mandamento novo: “Amai-vos uns aos outro s como eu vos amei”.
Lembrei que foi também na Quinta-Feira Santa que, juntamente com a Eucaristia, foi instituído o Sacramento da Ordem, o sacerdócio.
(Rezamos um Pai-Nosso e passamos para a Sexta-feira Santa).
Depois de ser preso, Jesus foi julgado e condenado à morte na cruz.
Naquele tempo, havia esse terrível costume. Alguns crimes eram punidos com a morte na cruz. Jesus foi considerado criminoso e foi condenado à morte. Jesus é traído por um de seus amigos, é entregue aos soldados que o levam para ser julgado. Jesus é condenado, humilhado, torturado, sofre as piores dores e por fim é pregado numa cruz e, mesmo antes de morrer, perdoou a todos. Tudo isso por amor a cada um de nós. Jesus aceitou morrer na cruz para que tenhamos vida eterna.
Na Sexta-feira Santa revivemos o sofrimento e a morte de Jesus. É um dia de oração e silêncio. Nós cristãos, fazemos procissão com Cristo Morto, a Via Sacra (Caminho Sagrado), nos confessamos, fazemos silêncio e jejum. É um dia especial. O sofrimento de Jesus é lembrado pelo povo como sofrimento de todos. São as cruzes que os oprimidos, os pobres, os abandonados e os marginalizados carregam.
Neste dia não se celebra nenhuma missa, mas é distribuída a Eucaristia, que significa a certeza da presença de Cristo vivo e solidário em nosso sofrimento.
(Ler o texto que diz respeito à crucificação de Jesus e relatar com cuidado tudo o que aconteceu, sendo Jesus pregado na cruz e condenado pelas mesmas pessoas que o acolheram na sua entrada em Jerusalém).
Leitura: Lucas 23,33-46)
Partilha:
💟 A que tipo de morte Jesus foi condenado?
💟Jesus foi crucificado sozinho? Ou havia maus alguém crucificado junto com ele? Quem eram?
💟 O que fizeram com as vestes de Jesus?
💟 O que estava escrito na cruz acima da cabeça de Jesus?
💟 Que Jesus falou ao Pai na hora de morrer?
(A seguir, pegar a cruz e deixar a imaginação deles falar mais alto. Peça para passar de mão em mão, para que eles possam observar de perto o “sofrimento de amor” de Jesus por nós.
Podemos colocar uma música que tenha a ver com o tema. Sugestão: Sangue e Água da Banda Iaweh).
No final, rezamos a oração do Santo Anjo.
Jesus está morto. Seu corpo é retirado da cruz e colocado na sepultura, onde fica por três dias. Jesus morre na sexta-feira e ressuscita no domingo.
Então perguntei às crianças: E no sábado, o que aconteceu? Por que ninguém foi até o túmulo de Jesus? (Deixei que falassem).
Jesus havia sido sepultado na tarde de uma sexta-feira. Tudo foi feito na maior pressa, pois no sábado não se podia fazer nada. A lei proibia fazer qualquer coisa. Então nem deu tempo de embalsamar o corpo como era o costume daquela época.
Sábado foi um dia vazio, de silêncio… Imaginem como os discípulos estavam se sentindo! Jesus era a esperança e agora ele não estava mais com eles! Sentiam-se confusos e desiludidos… Tudo aquilo pelo que havia esperado se fora. Quando Jesus reapareceu ao terceiro dia, toda a esperança voltou rapidamente! (Lembramos como se sentiam os discípulos de Emaús, ao voltar pra casa, depois da morte de Jesus).
E hoje, nós cristãos, como vivemos o Sábado Santo?
“Vive-se hoje a sensação de grande vazio, que não é tanto o vazio da ausência, mas o vazio da espera; uma espera que logo será premiada com a presença do Senhor Ressuscitado, embora ainda velado, pois só o veremos quando nos encontrarmos face a face com ele.”
“Durante o Sábado Santo a Igreja permanece junto ao sepulcro do Senhor, meditando sua paixão e sua morte, sua descida à mansão dos mortos e esperando na oração e no jejum sua ressurreição.”
Na noite deste sábado, nossa Igreja celebra a Vigília Pascal, onde se comemora a vitória da vida sobre a morte. Jesus ressuscitou! É a noite da libertação, da vida nova!
(Reze a oração do Creio).
Leitura: Lucas 24, 1-12
“No domingo, de madrugada, as mulheres foram ao túmulo. Não encontraram o Corpo de Jesus e ficaram assustadas. Um jovem com roupas brilhantes disse: Por que vocês estão procurando entre os mortos aquele que está vivo? Ele não está aqui: Ressuscitou.”
Depois da partilha, mostrando a cruz com um paninho branco, disse-lhes:
Cristo ressuscitou! Olhem para a cruz! A ressurreição é a maior prova de que Cristo é realmente Deus. Cristo é o nosso Senhor! Jesus está vivo e em nosso meio! O importante da Páscoa é isso! Os ovos ficam em segundo plano. Podemos comer chocolate… é uma delícia, né? Mas sempre lembrando que a PÁSCOA É JESUS!
Rezamos juntos: Nós te louvamos, Senhor nosso Deus, pela vitória de Jesus, que é para nós também garantia de vitória. Nós te agradecemos porque a vida de Jesus não terminou no fracasso do túmulo, mas renasceu na glória da ressurreição. Nós te agradecemos, Senhor Deus, por saber que nossa vida não termina no fracasso, mas desabrocha numa vitória completa e total. Obrigada, Senhor! Amém!"
No final do encontro, fiz com eles um momento de reflexão e vigília. Convidei-os a ajoelhar-se e deixei-os à vontade no silêncio de seus coraçõezinhos.
Lembrancinhas...
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