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sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

João Batista veio preparar a vinda de Jesus



Objetivo:

  • Conhecer a história de João Batista, primo de Jesus, filho de Isabel e Zacarias;
  • Reconhecer João Batista, como o escolhido de Deus para preparar o caminhar de Jesus e torná-lo conhecido e amado pelo povo.


Ambiente:
  • Bíblia
  • Vela 
  • Flores
  • Imagem de São João Batista



1. Acolhida

  • Acolher a turma com muita simpatia. Cantar música animada, à escolha.
  • Convidar as crianças para fazer silêncio e rezar.
  • De mãos dadas, repetir: Ó Deus de amor, mais uma vez nos reunimos e queremos pedir que o Senhor nos ajude a viver unidos. Assim, juntos, queremos estar também bem pertinho do Senhor, para que a nossa vida seja abençoada pela sua presença. Venha ficar conosco, ó Deus de amor. Amém!


2. Motivação

Conforme vimos no encontro anterior, durante muito tempo, Deus foi preparando o seu povo para receber Jesus, o Salvador. Deus foi preparando o seu povo para a vinda do Messias. Chamou algumas pessoas, que se tornaram suas amigas, para que falassem em seu nome.  Deus fez Aliança com os patriarcas: a Abraão prometeu uma descendência maior que as estrelas do céu! Através de Moisés, libertou o povo do cativeiro do Egito e deu a sua Lei!

 Dentre esses amigos, alguns foram Profetas que falavam em nome de Deus e anunciavam a vinda do Salvador. Depois dos patriarcas, Deus enviou os profetas para anunciarem sua palavra ao povo. Vejamos alguns exemplos de profecias: 
  • Profeta Isaías: "Uma Virgem conceberá e dará à luz um filho e o chamará com o nome de Emanuel, que quer dizer Deus Conosco." (Is 7,14). "Um menino nos nasceu ...  E Ele se chama: Conselheiro Admirável, Deus Forte, Príncipe da Paz." (Is 9,5).
  • Profeta Malaquias: "Mas sobre vós, que temeis o Meu Nome, se levantará o Sol da Justiça que traz a salvação em seus raios." (Ml 3,20).

Esses amigos de Deus, além de anunciar a vinda do Salvador, incentivavam as pessoas a mudarem os corações, reencontrando o caminho do amor de Deus.

  • Profeta Jeremias: "Escutai minha voz: serei vosso Deus e vós sereis o meu povo; segui sempre o caminho que vos indicar, a fim de que sejais felizes." (Jr 7,23).

Deus cumpriu a promessa de enviar seu Filho ao mundo para nos salvar. Após uma longa preparação de seu povo, Deus escolhe uma virgem chamada Maria e envia o Anjo Gabriel para anunciar que ela seria a Mãe do Salvador, conforme já vimos em encontro anterior.


Perguntar às crianças:
  • Quando vamos receber uma pessoa muito importante e muito querida em nossa cidade, o que devemos fazer? (Deixar que falem).

Dizer aos catequizandos que, antes de Jesus começar a sua missão, alguém preparou o povo para receber o Salvador. Esta pessoa foi João Batista, primo de Jesus e filho de Isabel e Zacarias. Lembrá-los das palavras do Anjo Gabriel, quando falou do filho que Isabel esperava e da atitude de Maria ao saber que sua prima também esperava um filho.

Hoje nós vamos saber mais sobre João Batista.

Para as famílias do povo da Bíblia, os filhos eram uma bênção. Quando não tinham filhos, sentiam-se desprezadas pela sociedade e esquecidas por Deus. Zacarias, sacerdote do templo há muitos anos, e sua esposa Isabel, prima da mãe de Jesus, viviam na condição das famílias sem filhos. Quando ficaram idosos perderam a esperança de terem seu herdeiro, seu filho. Mas, para Deus nada é impossível. Vejam só: Isabel engravidou!

Vamos conhecer a história do nascimento do filho de Zacarias e Isabel?



3. Leitura

    1º Momento: LC 1, 5-56 - Anúncio do nascimento de Jesus

    2º Momento: Lc 1, 57-64 - Nasce João Batista

    3º Momento: Lc 1, 67-80 - O cântico de Zacarias


Comentar:


Duas histórias se desenvolvem praticamente ao mesmo tempo: a história de João Batista e a história de Jesus. Vejam vocês: no sexto mês de gravidez de Isabel, Deus enviou  o Anjo Gabriel à cidade de Nazaré para levar um recado a uma jovem chamada  Maria, que iria se casar com um descendente de Davi, chamado José.  Quando Maria  deu  seu "sim " a Deus para ser a mãe de Jesus, ela  recebeu  a notícia de que sua prima  Isabel,  que  tinha idade avançada também estava esperando um filho.  Vocês  sabem o que Maria fez quando soube que sua prima também seria mãe?   Maria  se aprontou e foi com pressa para uma idade da Judéia, na região montanhosa. Entrou na casa de Zacarias  e  cumprimentou Isabel. Quando ouviu a saudação de Maria,  a  criança se mexeu dentro dela  e,   Isabel, cheia do Espírito Santo, falou bem alto: "Você é a mais abençoada de todas as mulheres!   E a criança   que você vai ter é também a mais abençoada!  Quem sou eu para que a  mãe do meu Senhor venha me visitar? Logo que ouvi você me cumprimentar,  a  criança  ficou alegre  e   se mexeu  dentro  de   mim!   Você é feliz por acreditar que vai acontecer o que o  Senhor disse!" Maria louvou o Senhor com o Magnificat.



Maria ficou por aproximadamente três meses com sua prima Isabel. Certamente, nesse período, elas sonharam juntas com seus filhos, vivendo a espera na amizade, com gestos concretos de ajuda, fraternidade e oração.





JESUS E O PRIMO JOÃO


Jesus e João  eram quase da mesma idade, mas cresceram longe um do outro. Eles pouco se encontravam. Quase não se conheciam. Quando José morreu, Jesus já era moço. Ficou morando com sua mãe, na casa de Nazaré.

João já era moço também. E morava num lugar deserto. Nesse lugar havia montanhas. O rio Jordão passava ali perto. João levava uma vida sem conforto. Ele se vestia de pele de camelos e se alimentava com gafanhotos e mel. João amava muito a Deus. Ele era um santo homem. Um dia Deus falou com João, lá no deserto: "João, você foi escolhido, para dar uma boa notícia. Mas vá falando pouco a pouco. Vá dizendo ao povo: o Messias já chegou. O Salvador dos homens já está no meio de nós. Jesus já veio à terra. Até agora quase ninguém sabe disso. Mas, daqui a pouco, Jesus vai ficar conhecido. Ele vai ensinar a todos o caminho do céu".

Estava chegando a hora de Jesus ficar conhecido. O primo João devia ir avisando o povo. Ele era precursor de Jesus. Precursor quer dizer: quem vai na frente anunciando. João começou seu trabalho com muito amor. Saiu de sua tenda, lá do alto. E procurou ficar sempre nas margens do rio Jordão. Por aí, passavam muitas pessoas. Eram viajantes que vinham de vários lugares. João batizava as pessoas no rio Jordão. Recomendava a todos que não cometessem pecados. E dizia: - A gente não deve pensar só em gozar a vida. Deve também fazer algum sacrifício, por amor a Deus.






QUEM É ESSE JOÃO BATISTA?


João era um homem santo. Esse homem santo batizava no rio Jordão. Por isso, seu apelido era Batista. Muitas pessoas perguntavam a João Batista: - O Senhor é o Salvador prometido por Deus?  E João respondia: - Não, não sou. O Salvador é Deus todo-poderoso. Eu tenho só um pouquinho de poder. Foi Deus quem me deu esse poder. Eu fui escolhido para dizer que Jesus já chegou! Sim. O Salvador já está entre nós. Mas, quase ninguém conhece ainda Jesus.


NOTÍCIAS IMPORTANTES

Certo dia, chegaram a Nazaré notícias importantes. Todos falavam do homem do Rio Jordão:
- Ele batiza no rio Jordão.
- Dizem que é um profeta!
- Ele manda só fazer o bem aos outros.
- Mas é enérgico, bravo!

Maria ouvia esses comentários bem quietinha. E pensava sozinha: - Está chegando a hora... João já está moço. E Jesus também. Penso que Jesus vai começar uma vida nova. E, para isso, precisa sair de casa.
- Mãe, eu preciso falar com a senhora...
- Falar o que, meu filho? Já sei. Já adivinhei tudo. Sei que meu filho precisa sair de casa. É Deus quem pede isso. Chegou a sua hora, meu Jesus! A hora de ensinar a todos os caminho do céu. Deixa a oficina de carpinteiro. Deus quer assim. Pode ir, meu filho.

Aos trinta anos, Jesus deixou a casa de Nazaré. Começou a viajar. Agora, Jesus queria ir ao encontro do primo. Ele sabia de tudo quanto João fazia, lá no deserto. Lá no deserto, João começou o seu trabalho. E, pouco a pouco, ia falando de Jesus. João batizava os viajantes no Rio Jordão. E dizia: - Vão se preparando. Depois de mim virá o Salvador. O Salvador vai chegar logo.


João Batista falava a verdade. Jesus até já estava no meio do povo. Tinha vindo com outros viajantes. Mas, esses viajantes não conheciam Jesus. Um dia, Jesus chegou ao rio Jordão. Chegou com outros viajantes. Ele aproximou-se de João Batista e disse: - Eu também quero ser batizado. João Batista olhou firme para aquele viajante.  Ele reconheceu-o no mesmo instante. Era Jesus, o Salvador. Então, João Batista, perplexo, falou:   - Como?! Eu vou batizar o Senhor? Não, isso não. Eu é que deve ser batizado pelo Senhor. Para mim isso é que está certo. Mas, Jesus insistiu: - Faça o que eu estou pedindo. Mesmo que você não entenda. João ficou calado. Obedeceu. 



E assim, Jesus foi batizado.



Jesus falou assim sobre João Batista: "Dentre os que nasceram de mulher, não surgiu ninguém maior do que João".  Por que João Batista é tão grande assim? O povo ficou admirado com a sua vida simples, com a palavra de verdade que falou sem medo, por ele ser cheio de Deus. Ele não tinha medo de reclamar contra Herodes por ter sido amasiado com a cunhada. E por isso o rei decidiu a sua morte. Ora, no aniversário de Herodes, a filha de Herodíades dançou perante a plateia e agradou a Herodes. Por isso, ele se obrigou com juramento a dar-lhe tudo o que pedisse. Incitada por sua mãe, ela lhe disse: "Dá-me aqui, num prato, a cabeça de João, o Batista".  O rei ficou triste; mas por causa do seu juramento e dos convidados, ordenou que se cumprisse o que prometera e mandou decapitar João na prisão (Mt 14,6-10).






Conclusão:


Encontramos João Batista adulto, pregando no deserto da Judéia: "Convertei-vos, o Reino dos Céus está perto!" A voz de João ecoava nas pedras duras do deserto e exigia a conversão do coração (mudança de vida). Para João, o Batismo era sinal de conversão a Deus e mudança de vida. João sempre falou diante de todos com coragem e sinceridade e a muitos aconselhava a viver em fraternidade e justiça (Lc 3,10-15). Aos fariseus, João dizia que eles não pensassem que estavam salvos só porque eram descendentes de Abraão: "Produzam fruto que dê testemunho da vossa conversão" (Mt 3,8). Segundo João, o homem bom é assim mesmo, ele produz bom fruto. Enquanto vivemos os festejos tradicionais, de fogueira, fogos, balões, danças, brincadeiras e comidas típicas, nós não devemos nos esquecer o essencial: a figura admirável do Batista.

Você sabe de quem João Batista falava? Era de Jesus que ele falava. João Batista preparou o caminho para Jesus fazer a sua pregação. Ele era um homem de coragem, não tinha medo de falar a verdade. Foi por isso que criticou a rainha, que fazia coisas erradas. Furiosa, a rainha ordenou que João fosse preso e tivesse a cabeça cortada. João morreu, mas denunciou as coisas que iam contra a Lei de Deus. Ele foi um dos maiores profetas.


5. Atividades

  • O catequista prepara um cartaz com o desenho de um caminho, com o título "Preparando os caminhos do Senhor". Nesse caminho, escrever várias palavras que significam dificuldades em nossa caminhada (desânimo, tristeza, desamor, etc). 
  • Deverá preparar também flores de papel colorido,  onde as crianças escreverão virtudes contrárias aos obstáculos que estão escritos no cartaz. 
  • Colar as flores no cartaz (pode ser às margens do caminho ou onde der mais sentido). 


5. Oração Final e Encerramento

  • Iniciar a celebração conversando sobre os obstáculos que encontramos em nossa caminhada de fé e o que devemos fazer para superá-los.
  • Através de uma oração espontânea, o catequizando (ou o grupo) de catequizandos apresentará a virtude escrita por ele que será colocada no quadro, pedindo a Deus a força necessária para vivê-la.
  • Cada participante do grupo lê uma frase abaixo. No final de cada frase, todos juntos dizem: João Batista, nos ensina a buscar a verdade.
        - Neste Brasil de tantas injustiças ...

         João Batista, nos ensina a buscar a verdade. 

         - Diante dos mentirosos e daqueles que tenham nos iludir... 

         João Batista, nos ensina a buscar a verdade. 

          - No meio das pessoas que estão longe de Deus...

         João Batista, nos ensina a buscar a verdade.

          -  Na nossa catequese e nas lições que aprendemos...

         João Batista, nos ensina a buscar a verdade. 








Fontes:

  • Bíblia Sagrada
  • Livro do Catequista - Fé - Vida - Comunidade (Ed. Paulus)
  • O Evangelho de Jesus narrado para as crianças (Paulinas)
  • Livro Conhecendo Jesus ( Pe. Orione Silva e Solange Maria do Carmo)
  • Livro Anuncio uma grande alegria (Arquidiocese do Rio de Janeiro)

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

A Ceia de Jesus






Objetivos:

  • Relatar a passagem da Última Ceia, onde Jesus instituiu dois sacramentos: o da Eucaristia e o da Ordem;
  • Explicar o grande gesto de amor de Jesus, deixando a si mesmo como alimento no Pão e Vinho transformados em seu Corpo, Sangue, Alma e Divindade;
  • Desenvolver nos catequizandos o desejo de participar sempre da missa e de receber Jesus na Eucaristia.


Ambiente:
  • Bíblia
  • Vela
  • Flores


Recursos:
  • Fazer dois cartazes: um com figuras da Ceia de Jesus e outro mostrando uma família numa refeição.
  • Pão e uvas.



1. Acolhida e Oração Inicial:

  • Acolher a todos com entusiasmo e carinho. Fazer momento de animação, cantando músicas apropriadas.
  • Criar clima de oração. Cantar música suave, se for o caso.
  • Convidar cada um a fazer uma prece espontânea, pedindo a Jesus a paz, a alegria, a bondade e outras coisas que a pessoa quer ter em seu coração. A resposta poderá ser: "Senhor Jesus, atenda a nossa prece." O catequista poderá incentivar, dando o exemplo: "Venha me dar a paz, Senhor Jesus", ou "Senhor Jesus, me ajude a ser bom" etc.
  • Encerrar repetindo a música anterior ou cantando outra apropriada.


2. Motivação:

  • Mostrar aos catequizandos os cartazes que preparou com as imagens abaixo:


Santa Ceia



Refeição em família


-  Conversar com os catequizandos:

  • Os catequizandos deverão conversar sobre uma refeição em família. O que as pessoas fazem? Conversam. Comem. Alegram-se. É bom estar juntos!
  • Como não deveria acontecer uma refeição em família: - Uma refeição em que faltasse o essencial para comer ... Quando as pessoas estão aborrecidas uma com as outras e aproveitam dessa hora para discutir, para brigar.
  • Deixar os catequizandos falar sobre os pontos positivos e negativos de uma família, na hora da refeição.


4. Colocação do Tema:

  • Perguntar aos catequizandos se lembram do encontro em que falamos sobre Moisés: o que ele fez quando os filhos de Abraão estavam sofrendo  como escravos no Egito.
  • Na noite antes do povo sair do Egito, fizeram uma refeição para festejar o grande acontecimento: a libertação da escravidão. Cada família preparou um cabrito, pão, verduras amargas e comeram.
  • Esta passagem da escravidão para a libertação foi chamada de PÁSCOA.
  • Daí em diante, todos os anos o povo de Deus comemora esse acontecimento com uma refeição igual a que eles fizeram na saída do Egito.
  • Jesus também participou da Festa da Páscoa dos judeus. Jesus queria que as festas tivessem a alegria e a liberdade de filhos de Deus.
  • Para mostrar que queria que todas as pessoas fossem libertas, Jesus as acolhia, principalmente as pessoas que sofriam, as mais marginalizadas e abandonadas, e demonstrava muito amor por todas.
  • Ao aproximar a Festa da Páscoa, Jesus foi a Jerusalém. Muita gente o acompanhou, com alegria. Mas havia gente, principalmente os fariseus, que não gostavam de Jesus, porque Ele falava a verdade, mostrando os erros e a falsidade das pessoas. Por isso, os fariseus procuravam uma ocasião para matar Jesus.
  • Jesus entrou em Jerusalém aplaudido pela multidão. Mas Jesus sabia que as autoridades queriam prendê-lo e matá-lo. Jesus não era bobo. Ele sabia que os novos ensinamentos de Deus tinham provocado a raiva de muita gente importante. Então, Jesus resolveu fazer uma última ceia com os seus discípulos, para se despedir deles e lhes dar os últimos conselhos, a fim de que, quando ele morresse, seus amigos continuassem sua missão.
        
         Vamos ver como isso aconteceu?


5. História:

   Jesus sabia que sua missão na terra estava chegando ao fim. Ele havia pregado a todos o amor de Deus. Havia feito muitos milagres. Mostrara que muitas coisas precisavam mudar, para que houvesse paz, amor e união no mundo. Ele queria que os discípulos continuassem a fazer o bem, como ele havia ensinado.
   Por isso, Jesus reuniu seus discípulos, pela última vez, e fizeram uma grande ceia: um jantar de despedida.
   Durante a ceia, Jesus levantou-se da mesa, pegou uma toalha e enrolou-a na cintura. Pegou também uma bacia e um jarro de água. E, abaixando-se, começou a lavar os pés dos discípulos e a enxugá-los com uma toalha.
  Naquele tempo, o povo tinha o costume de lavar os pés antes das refeições, porque havia muita poeira e o comum era andar descalço. Mas normalmente era um empregado da casa que vinha oferecer água para os convidados lavarem os seus pés.
  Por isso, os apóstolos se assustaram quando Jesus, dispensando o empregado, pegou ele mesmo a bacia e veio lavar os pés de cada um.
  O apóstolo Pedro, achando aquilo estranho, disse a Jesus: "Olhe, não fica bem para o Senhor lavar os nossos pés. O Senhor é tão importante e esse serviço é do empregado. Os meus pés, eu não quero que o Senhor lave".


  Mas Jesus disse a Pedro: "Você pode até não compreender isso agora. Mais eu espero que mais tarde você entenda. Se eu não lavar os seus pés, você não pode ser mais meu discípulo".  Então, Pedro deixou Jesus lavar seus pés.



  Quando terminou de lavar os pés de todos, Jesus guardou a bacia e a toalha, sentou-se à mesa e explicou aos apóstolos: "Quero que vocês entendam o que eu acabei de fazer. Vocês me chamam de Mestre e Senhor e dizem que eu sou importante. E é verdade. Portanto, se eu, que sou importante, lavei os pés de vocês, vocês também devem lavar os pés uns dos outros.  Estou dando o exemplo para que vocês façam o mesmo. Se vocês fizerem isso, vocês serão felizes".
   Em seguida, estando todos à mesa, Jesus tomou o pão, abençoou e repartiu com os seus discípulos, dizendo: "Isto é o meu corpo, que será entregue por vós!" Depois, no fim da ceia, Jesus tomou o cálice com vinho, abençoou e repartiu com os discípulos, dizendo: "Este é o cálice do meu sangue, o sangue da nova e eterna aliança, que será derramado por vós e por todos, para o perdão dos pecados". E acrescentou:  "Eu quero que vocês façam isso em memória de mim".




  Os discípulos cearam com Jesus. Comeram do pão abençoado e beberam do vinho. E entenderam que Jesus queria que eles continuassem a se reunir sempre, mesmo depois que Jesus não estivesse mais na terra, para guardar a memória de tudo quanto Jesus havia feito e ensinado.
  Foi assim que surgiu o sacramento da Eucaristia, que celebramos na missa. O padre repete as palavras de Cristo na última ceia e reparte com o povo o pão consagrado - que é o próprio Jesus. Enquanto fazemos isso, Jesus está vivo e presente em nossa memória e em nosso coração.
   Os discípulos ficaram emocionados com tudo o que aconteceu naquela última ceia, que recordamos até hoje em toda missa que se celebra.


Partilha:

  • O que Jesus fez para se despedir dos seus discípulos?
  • Por que Jesus, e não um empregado, lavou os pés dos discípulos naquela ceia? O que ele queria ensinar com isso aos discípulos?
  • O que Jesus fez no fim da ceia, com o pão e o vinho?
  • Qual sacramento nasceu desse gesto de Cristo?

Conclusão:

  Na última ceia de Cristo com seus discípulos, duas coisas muito importantes aconteceram. Primeiro, Jesus lavou os pés de seus amigos, mostrando que veio para servir a todos e pedindo que eles também vivessem para servir. Era o novo mandamento de Cristo: amai-vos uns aos outros, como eu vos amei! Depois, Jesus abençoou pão e vinho e repartiu com eles. Estava instituindo um sacramento, ou seja, um sinal sagrado, que chamamos hoje de Eucaristia ou comunhão. Em todas as missas, o padre repete as palavras de Cristo na última ceia. Dessa forma, guardamos na memória tudo o que Jesus fez. Memória serve para lembrar, para atualizar, para recordar. Ao celebrar a Santa Eucaristia, atualizamos o gesto de Jesus e perpetuamos sua presença junto de nós. Isso nos incentiva a continuar nossa missão e nos amar uns aos outros, como ele mesmo nos amou.


6. Leitura:

    Lc 19, 28.37-44

  • Jesus, um dia antes de sua morte na cruz, pede aos apóstolos para preparar uma sala para celebrar com eles a Páscoa.

    LC 22, 14-20
  • Jesus celebra, nessa refeição, a Nova Páscoa, e deixa para todos nós um Novo Mandamento: "Amai-vos uns aos outros como eu vos tenho amado".
  • Jesus quis ficar sempre conosco. Por isso, nesta refeição de Páscoa, Ele se torna Alimento - a Eucaristia - que nos dá forças para caminharmos sempre unidos.
  • Os apóstolos, nesta Ceia com Jesus, comeram também o alimento. Estavam unidos. Jesus quer que a vida das pessoas seja uma vida de união, de comunhão.
  • Devemos repartir o amor e a amizade com as pessoas. E repartir tudo aquilo que temos e o que sabemos. Só assim, a nossa vida se torna uma vida de comunhão. Não devemos agir egoisticamente, mas devemos repartir tudo aquilo que temos com o outro que tem menos.

7. Oração Final e Encerramento:

  • Preparar, simbolicamente, uma mesa para um "banquete". A mesa é o "Reino", o "banquete" é a alegria de estar com Deus, "as velas"  são a luz da Palavra, os "participantes" são os amigos, os convidados ... Levar pão e uvas.
  • Ficar um instante em silêncio e pedir aos catequizandos que façam uma oração, agradecendo a Jesus o amor que ele nos dá, o alimento que nos oferece. Pedir para que sejamos sempre amigos, repartindo o que temos de bom.






Fontes:
  • Bíblia Sagrada
  • Livro Conhecendo Jesus - Pe. Orione Silva e Solange Maria do Carmo
  • Livro Que Alegria, encontrei Jesus! - Arquidiocese do Rio de Janeiro



terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Aparição de Nossa Senhora a Santa Catarina Labouré




Vamos ouvir agora a história de uma menina que desejava muito ver Nossa Senhora:

Catarina  Labouré nasceu na França. Seu pai, Pedro Labouré, e sua mãe, Luísa Madalena Gontard, eram fervorosos cristãos, moravam no campo, tinham amor ao trabalho e à simplicidade de vida. Deus concedeu-lhes uma numerosa família: sete rapazes e três moças.

Sua mãe tinha quarenta e seis anos quando morreu. A menina, então, com nove anos, subiu em uma cadeira e, chorando, abraçou a imagem da Santíssima Virgem, dizendo: "Agora, tu serás minha mamãe!" - e alimentava um desejo ardente de ver Nossa Senhora. Era esse o pedido constante em suas orações, e ela confiava que se realizaria.

Aos doze anos, era ela quem cuidava da casa. Mesmo suas ocupações diárias, por mais numerosas que fossem, não a impediam de achar tempo para fazer seus exercícios de piedade, oração, meditação e leituras piedosas. Fazia frequentes visitas à igreja para entreter-se com o Deus de seu coração e para pedir a Maria que lhe conservasse pura a vida e virginal a alma.

Catarina não se contenta só em rezar. Visita os doentes, socorre os pobres. Sente o chamado de Deus, mas não sabe como, nem onde. 

Aos dezoito anos, não sabe ainda ler nem escrever. Um dia, ao visitar a Casa das Filhas da Caridade, Catarina compreende o seu chamado.

Seu pai a princípio, não consentiu. Catarina passou por muitos sofrimentos, mas finalmente ele se submete  ao chamado da filha, que, a 21 de abril de 1830, entra  no noviciado das Filhas da Caridade.

Foi Santa Catarina Labouré, humilde freira da Congregação das Filhas da Caridade, que no dia 27 de novembro de 1830, na Rua De Lubac, no centro de Paris, na Capela da Medalha Milagrosa, teve uma visão da Virgem Santíssima.

Nossa Senhora apareceu-lhe mostrando nos dedos anéis incrustados de pedras preciosas, "lançando raios para todos os lados, cada qual mais belo que o outro".  Eram copiosas graças que ela trazia a seus filhos na Terra, simbolizadas dessa forma.





E assim relata a própria Santa Catarina sobre a aparição e a medalha que hoje conhecemos como "Medalha Milagrosa":

Tratava-se de uma "Senhora de mediana estatura, o seu rosto tão belo e formoso. Estava de pé, com um vestido de seda, cor de branco-aurora. Cobria-lhe a cabeça um véu azul, que descia até os pés. As mãos estenderam-se para a terra, enchendo-se de anéis cobertos de pedras preciosas. A Santíssima Virgem disse: 'Eis o símbolo das graças que derramo sobre todas as pessoas que me as pedem'. Formou-se então, em volta de Nossa Senhora, um quadro oval, em que se liam em letras de ouro estas palavras: 'Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós'. Nisto voltou-se o quadro  e eu vi no reverso a letra mencimada por uma cruz, com um traço na base. Por baixo, os Sagrados Corações de Jesus e Maria. O de Jesus cercado por uma coroa de espinhos e a arder em chamas, e o de Maria também em chamas e atravessado por uma espada, cercado de doze estrelas. Ao mesmo tempo ouvi distintamente a voz da Senhora a dizer-me: "Manda, manda cunhar uma medalha por este modelo. As pessoas que a trouxerem por devoção hão de receber grandes graças".


Em 1832, uma violenta epidemia de cólera assolou a cidade de Paris. Foram, então, cunhados os primeiros exemplares da medalha, logo distribuídos aos doentes. À vista das graças extraordinárias e numerosas obtidas por meio dessa medalha, o povo passou a chamá-la de "Medalha Milagrosa". Em pouco tempo, essa devoção difundiu-se pelo mundo inteiro e foi enriquecida com a composição de uma novena (ver Novena a Nossa Senhora das Graças).

    






sábado, 25 de janeiro de 2014

Novena a Nossa Senhora das Graças


A novena, preferencialmente, deve começar no dia 18 de novembro para terminar um dia antes da festa de Nossa Senhora das Graças (27/11), e o tríduo (7º,  8º  e  9º dia) deve começar no dia 24 de novembro pelo mesmo motivo. Mas aquele que quiser rezar a novena ou o tríduo em qualquer época do ano, pode fazê-lo à vontade.


"Eu mesma estarei convosco:
não vos perco de vista
e vos concederei abundantes graças."

 




Modo de rezar a Novena:


1º - Ato de Contrição
2º - Meditação do dia
3º - Súplica à Nossa Senhora - Para todos os dias depois da meditação.
4º - Três Ave-Marias, depois a jaculatória:
"Ó Maria  concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a
Vós."
5º - Oração final


   Ato de Contrição: Meu Bom Jesus que por mim morrestes na cruz, tende piedade de mim, perdoai os meus pecados e dai-me a graça de nunca mais pecar.


   Ver Meditação do dia.



  Depois da meditação: Ó Imaculada Virgem / Mãe de Deus e nossa Mãe, / ao contemplar-vos de braços abertos derramando graças sobre os que vo-las pede / cheio de confiança na Vossa poderosa intercessão / inúmeras vezes manifestada / pela Medalha Milagrosa, / embora reconhecendo a nossa indignidade / por causa de nossas numerosas culpas / acercamo-nos de vossos pés / para vos expor durante esta novena / as nossas mais prementes necessidades ... (aqui pede-se a graça desejada). Concedei, pois, ó Virgem da Medalha Milagrosa / este favor que confiantes vos solicitamos / para maior glória de Deus, / engrandecimento de Vosso Nome / e bem  de nossas almas. / E para melhor servirmos ao Vosso Divino Filho, / inspirai-nos um profundo ódio ao pecado e dai-nos coragem de nos afirmar sempre / verdadeiros cristãos. Amém.


   Rezar 3 Ave-Marias, e depois a jaculatória: Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós.


   Oração Final: Santíssima Virgem, / eu creio e confesso / vossa Santa e Imaculada Conceição / pura e sem mancha. / Ó puríssima Virgem Maria, por vossa Conceição Imaculada / e gloriosa prerrogativa de Mãe de Deus, / alcançai-me de Vosso amado Filho / a humildade, a caridade, a obediência,  a castidade, / a santa pureza de coração, de corpo e espírito, a perseverança na prática do bem, uma santa vida e uma boa morte. Amém.



  Meditações para cada dia:


  1º dia - 1ª Aparição: Contemplemos a Virgem Imaculada, em sua primeira aparição a Santa Catarina Labouré. A piedosa noviça guiada por seu anjo da guarda é apresentada à Imaculada Senhora. Consideremos sua inefável alegria. Seremos também felizes, como Santa Catarina, se trabalharmos com ardor na nossa santificação.



 2º dia - Lágrimas de Maria: Contemplemos Maria, chorando sobre as calamidades que viriam sobre o mundo, pensando que o Coração de seu Filho seria ultrajado, a cruz escarnecida e seus filhos prediletos perseguidos. Confiemos na Virgem compassiva e também participaremos no fruto de suas lágrimas.



 3º dia - Proteção de Maria: Contemplemos nossa Imaculada Mãe, dizendo em suas aparições a Santa Catarina: "Eu mesma estarei convosco: não vos perco de vista e vos concederei abundantes graças". Sede para mim, Virgem Imaculada, o escudo e a defesa em todas as necessidades.



  4º dia - 2ª Aparição: Estando Catarina Labouré em oração, a 27 de novembro de 1830, apareceu-lhe a Virgem, formosíssima, esmagando a cabeça da serpente infernal; nesta aparição vemos o seu desejo imenso de nos proteger sempre contra o inimigo de nossa salvação. Invoquemos a Imaculada Mãe com confiança e amor.




 5º dia - As mãos de Maria: Contemplemos hoje, Maria desprendendo de suas mãos raios luminosos. "Estes raios - disse ela - são a figura das graças que derramo sobre todos aqueles que me pedem e aos que trazem com fé a minha medalha". Não desperdicemos tantas graças! - Peçamos com fervor, humildade e perseverança, e Maria Imaculada nos alcançará.



  6º dia - 3ª Aparição: Contemplemos Maria, aparecendo a Santa Catarina, radiante de luz, cheia de bondade, rodeada de estrelas, e mandando cunhar uma medalha, prometendo a todos que a trouxerem com devoção e amor, muitas graças. Guardemos fervorosamente a Santa Medalha e, como escudo, ela nos protegerá dos inimigos.




  7º dia - Súplica: Ó Virgem Milagrosa, Rainha Excelsa, Imaculada Senhora, sede meu refúgio nesta terra, meu consolo nas tristezas e aflições, minha fortaleza e advogada na hora da morte.



  8º dia - Súplica: Ó Virgem Imaculada da Medalha Milagrosa, fazei que esses raios luminosos que irradiam nas vossas mãos virginais iluminem minha inteligência para melhor conhecer o bem, e abrasem o meu coração com vivos sentimentos e fé, esperança e amor.



  9º dia - Súplica: Ó Mãe Imaculada, fazei que a cruz de Vossa Medalha brilhe sempre diante das Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo, em Paris, a Santíssima Virgem se manifestou à humilde noviça Catarina Labouré.