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quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

A Ceia de Jesus






Objetivos:

  • Relatar a passagem da Última Ceia, onde Jesus instituiu dois sacramentos: o da Eucaristia e o da Ordem;
  • Explicar o grande gesto de amor de Jesus, deixando a si mesmo como alimento no Pão e Vinho transformados em seu Corpo, Sangue, Alma e Divindade;
  • Desenvolver nos catequizandos o desejo de participar sempre da missa e de receber Jesus na Eucaristia.


Ambiente:
  • Bíblia
  • Vela
  • Flores


Recursos:
  • Fazer dois cartazes: um com figuras da Ceia de Jesus e outro mostrando uma família numa refeição.
  • Pão e uvas.



1. Acolhida e Oração Inicial:

  • Acolher a todos com entusiasmo e carinho. Fazer momento de animação, cantando músicas apropriadas.
  • Criar clima de oração. Cantar música suave, se for o caso.
  • Convidar cada um a fazer uma prece espontânea, pedindo a Jesus a paz, a alegria, a bondade e outras coisas que a pessoa quer ter em seu coração. A resposta poderá ser: "Senhor Jesus, atenda a nossa prece." O catequista poderá incentivar, dando o exemplo: "Venha me dar a paz, Senhor Jesus", ou "Senhor Jesus, me ajude a ser bom" etc.
  • Encerrar repetindo a música anterior ou cantando outra apropriada.


2. Motivação:

  • Mostrar aos catequizandos os cartazes que preparou com as imagens abaixo:


Santa Ceia



Refeição em família


-  Conversar com os catequizandos:

  • Os catequizandos deverão conversar sobre uma refeição em família. O que as pessoas fazem? Conversam. Comem. Alegram-se. É bom estar juntos!
  • Como não deveria acontecer uma refeição em família: - Uma refeição em que faltasse o essencial para comer ... Quando as pessoas estão aborrecidas uma com as outras e aproveitam dessa hora para discutir, para brigar.
  • Deixar os catequizandos falar sobre os pontos positivos e negativos de uma família, na hora da refeição.


4. Colocação do Tema:

  • Perguntar aos catequizandos se lembram do encontro em que falamos sobre Moisés: o que ele fez quando os filhos de Abraão estavam sofrendo  como escravos no Egito.
  • Na noite antes do povo sair do Egito, fizeram uma refeição para festejar o grande acontecimento: a libertação da escravidão. Cada família preparou um cabrito, pão, verduras amargas e comeram.
  • Esta passagem da escravidão para a libertação foi chamada de PÁSCOA.
  • Daí em diante, todos os anos o povo de Deus comemora esse acontecimento com uma refeição igual a que eles fizeram na saída do Egito.
  • Jesus também participou da Festa da Páscoa dos judeus. Jesus queria que as festas tivessem a alegria e a liberdade de filhos de Deus.
  • Para mostrar que queria que todas as pessoas fossem libertas, Jesus as acolhia, principalmente as pessoas que sofriam, as mais marginalizadas e abandonadas, e demonstrava muito amor por todas.
  • Ao aproximar a Festa da Páscoa, Jesus foi a Jerusalém. Muita gente o acompanhou, com alegria. Mas havia gente, principalmente os fariseus, que não gostavam de Jesus, porque Ele falava a verdade, mostrando os erros e a falsidade das pessoas. Por isso, os fariseus procuravam uma ocasião para matar Jesus.
  • Jesus entrou em Jerusalém aplaudido pela multidão. Mas Jesus sabia que as autoridades queriam prendê-lo e matá-lo. Jesus não era bobo. Ele sabia que os novos ensinamentos de Deus tinham provocado a raiva de muita gente importante. Então, Jesus resolveu fazer uma última ceia com os seus discípulos, para se despedir deles e lhes dar os últimos conselhos, a fim de que, quando ele morresse, seus amigos continuassem sua missão.
        
         Vamos ver como isso aconteceu?


5. História:

   Jesus sabia que sua missão na terra estava chegando ao fim. Ele havia pregado a todos o amor de Deus. Havia feito muitos milagres. Mostrara que muitas coisas precisavam mudar, para que houvesse paz, amor e união no mundo. Ele queria que os discípulos continuassem a fazer o bem, como ele havia ensinado.
   Por isso, Jesus reuniu seus discípulos, pela última vez, e fizeram uma grande ceia: um jantar de despedida.
   Durante a ceia, Jesus levantou-se da mesa, pegou uma toalha e enrolou-a na cintura. Pegou também uma bacia e um jarro de água. E, abaixando-se, começou a lavar os pés dos discípulos e a enxugá-los com uma toalha.
  Naquele tempo, o povo tinha o costume de lavar os pés antes das refeições, porque havia muita poeira e o comum era andar descalço. Mas normalmente era um empregado da casa que vinha oferecer água para os convidados lavarem os seus pés.
  Por isso, os apóstolos se assustaram quando Jesus, dispensando o empregado, pegou ele mesmo a bacia e veio lavar os pés de cada um.
  O apóstolo Pedro, achando aquilo estranho, disse a Jesus: "Olhe, não fica bem para o Senhor lavar os nossos pés. O Senhor é tão importante e esse serviço é do empregado. Os meus pés, eu não quero que o Senhor lave".


  Mas Jesus disse a Pedro: "Você pode até não compreender isso agora. Mais eu espero que mais tarde você entenda. Se eu não lavar os seus pés, você não pode ser mais meu discípulo".  Então, Pedro deixou Jesus lavar seus pés.



  Quando terminou de lavar os pés de todos, Jesus guardou a bacia e a toalha, sentou-se à mesa e explicou aos apóstolos: "Quero que vocês entendam o que eu acabei de fazer. Vocês me chamam de Mestre e Senhor e dizem que eu sou importante. E é verdade. Portanto, se eu, que sou importante, lavei os pés de vocês, vocês também devem lavar os pés uns dos outros.  Estou dando o exemplo para que vocês façam o mesmo. Se vocês fizerem isso, vocês serão felizes".
   Em seguida, estando todos à mesa, Jesus tomou o pão, abençoou e repartiu com os seus discípulos, dizendo: "Isto é o meu corpo, que será entregue por vós!" Depois, no fim da ceia, Jesus tomou o cálice com vinho, abençoou e repartiu com os discípulos, dizendo: "Este é o cálice do meu sangue, o sangue da nova e eterna aliança, que será derramado por vós e por todos, para o perdão dos pecados". E acrescentou:  "Eu quero que vocês façam isso em memória de mim".




  Os discípulos cearam com Jesus. Comeram do pão abençoado e beberam do vinho. E entenderam que Jesus queria que eles continuassem a se reunir sempre, mesmo depois que Jesus não estivesse mais na terra, para guardar a memória de tudo quanto Jesus havia feito e ensinado.
  Foi assim que surgiu o sacramento da Eucaristia, que celebramos na missa. O padre repete as palavras de Cristo na última ceia e reparte com o povo o pão consagrado - que é o próprio Jesus. Enquanto fazemos isso, Jesus está vivo e presente em nossa memória e em nosso coração.
   Os discípulos ficaram emocionados com tudo o que aconteceu naquela última ceia, que recordamos até hoje em toda missa que se celebra.


Partilha:

  • O que Jesus fez para se despedir dos seus discípulos?
  • Por que Jesus, e não um empregado, lavou os pés dos discípulos naquela ceia? O que ele queria ensinar com isso aos discípulos?
  • O que Jesus fez no fim da ceia, com o pão e o vinho?
  • Qual sacramento nasceu desse gesto de Cristo?

Conclusão:

  Na última ceia de Cristo com seus discípulos, duas coisas muito importantes aconteceram. Primeiro, Jesus lavou os pés de seus amigos, mostrando que veio para servir a todos e pedindo que eles também vivessem para servir. Era o novo mandamento de Cristo: amai-vos uns aos outros, como eu vos amei! Depois, Jesus abençoou pão e vinho e repartiu com eles. Estava instituindo um sacramento, ou seja, um sinal sagrado, que chamamos hoje de Eucaristia ou comunhão. Em todas as missas, o padre repete as palavras de Cristo na última ceia. Dessa forma, guardamos na memória tudo o que Jesus fez. Memória serve para lembrar, para atualizar, para recordar. Ao celebrar a Santa Eucaristia, atualizamos o gesto de Jesus e perpetuamos sua presença junto de nós. Isso nos incentiva a continuar nossa missão e nos amar uns aos outros, como ele mesmo nos amou.


6. Leitura:

    Lc 19, 28.37-44

  • Jesus, um dia antes de sua morte na cruz, pede aos apóstolos para preparar uma sala para celebrar com eles a Páscoa.

    LC 22, 14-20
  • Jesus celebra, nessa refeição, a Nova Páscoa, e deixa para todos nós um Novo Mandamento: "Amai-vos uns aos outros como eu vos tenho amado".
  • Jesus quis ficar sempre conosco. Por isso, nesta refeição de Páscoa, Ele se torna Alimento - a Eucaristia - que nos dá forças para caminharmos sempre unidos.
  • Os apóstolos, nesta Ceia com Jesus, comeram também o alimento. Estavam unidos. Jesus quer que a vida das pessoas seja uma vida de união, de comunhão.
  • Devemos repartir o amor e a amizade com as pessoas. E repartir tudo aquilo que temos e o que sabemos. Só assim, a nossa vida se torna uma vida de comunhão. Não devemos agir egoisticamente, mas devemos repartir tudo aquilo que temos com o outro que tem menos.

7. Oração Final e Encerramento:

  • Preparar, simbolicamente, uma mesa para um "banquete". A mesa é o "Reino", o "banquete" é a alegria de estar com Deus, "as velas"  são a luz da Palavra, os "participantes" são os amigos, os convidados ... Levar pão e uvas.
  • Ficar um instante em silêncio e pedir aos catequizandos que façam uma oração, agradecendo a Jesus o amor que ele nos dá, o alimento que nos oferece. Pedir para que sejamos sempre amigos, repartindo o que temos de bom.






Fontes:
  • Bíblia Sagrada
  • Livro Conhecendo Jesus - Pe. Orione Silva e Solange Maria do Carmo
  • Livro Que Alegria, encontrei Jesus! - Arquidiocese do Rio de Janeiro



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