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quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Sacramento do Matrimônio




Objetivo:

  • Refletir sobre o Sacramento do Matrimônio, o sacramento que forma a família - Igreja doméstica.

Ambiente:
  • Imagem da Sagrada Família, Bíblia, vela, flores;
  • Figuras de casamento, famílias e, se possível, colocar junto fotos das crianças;
  • Uma toalha branca.
 1. Acolhida e Oração Inicial
  • Acolher a todos com alegria
  • Conversar informalmente, valorizando a presença de cada um.
  • Motivar a turma para a oração.
  • Cantar a música número 11 do CD do livro Somos Igreja, do Padre Orione Silva;
  • Espontaneamente, cada um poderá fazer uma prece entregando a Deus sua vida e dizendo a ele que o ama e quer viver em sua presença. O catequista faz uma breve prece para servir de modelo e motiva a turma a fazer o mesmo. Uma boa ideia é corrrer a roda, por exemplo, pela direita, de forma que cada um saiba que é sua vez de fazer a prece.
  • No final, repetir a música anterior ou cantar outra apropriada;


2. Fazer uma recordação dos encontros anteriores:

Os sacramentos são sete: Batismo, Eucaristia, Crisma, Ordem, Matrimônio, Reconciliação e Unção dos Enfermos.

Os sete Sacramentos são agrupados por sua finalidade:

- Sacramentos de Iniciação Cristã
- Sacramentos de Cura
- Sacramentos de Serviço e Comunhão

Os Sacramentos de Iniciação são:  Batismo, Crisma e Eucaristia. Por eles, são lançados os fundamentos de toda a vida cristã.

O Batismo, Eucaristia, Crisma são chamados Sacramentos da Iniciação Cristã, pois nos colocam no caminho de Jesus.

A Ordem e o Matrimônio são chamados Sacramentos do serviço à comunhão, pois marcam o compromisso das pessoas na vivência da sua vocação na família e na igreja.

Reconciliação e Unção dos Enfermos são chamados Sacramentos da cura, pois são a graça de Deus agindo em nossos momentos de pecado e fraqueza humana e nos momentos de doença.

No nosso último encontro, falamos sobre o Sacramento da Ordem. Vimos que, assim como a base da vocação comum de todos os seguidores de Jesus são o Batismo, a Confirmação e a Eucaristia, os sacramentos da Ordem e do Matrimônio se orientam na vocação específica e estão a serviço da salvação de outras pessoas.
Mediante estes sacramentos o cristão recebe uma consagração específica: os que recebem o sacramento da Ordem são consagrados por ser, em nome de Cristo, pela palavra e pela graça de Deus, os pastores da Igreja. Por sua vez, os esposos cristãos, para cumprir dignamente os deveres de seu estado, são fortalecidos e como que consagrados por um sacramento especial.

O sacramento da Ordem é para aqueles que exercem na Igreja um ministério especial, sendo diácono, padre ou bispo. Esse sacramento nos faz pensar no chamado que Deus dirige às pessoas para que se coloquem ao seu serviço, no trabalho humilde prestado aos irmãos.
O pedido de Jesus para que sejamos servidores vale para todos os cristãos. Todos os batizados são chamados a se colocar a serviço dos irmãos. Mas vale ainda mais para aqueles que se dedicam com especial empenho ao culto sagrado, pelo sacramento da Ordem. Porque receber o sacramento da Ordem não é conquistar privilégios, mas ser ungido por Deus para ter forças para servir mais e melhor à comunidade eclesial, na pessoa de cada irmão.
Jesus chamou 12 apóstolos e hoje continua chamando as pessoas para segui-lo. Mas há diversos modos de seguir Jesus e de consagrar a ele a nossa vida.
Leigos, religiosos e ministros ordenados são pessoas que aceitaram o convite de Cristo para segui-lo, como os primeiros apóstolos. Pelo Batismo, todo cristão passa a ter uma missão importante na Igreja. Essa missão é confirmada no sacramento da Crisma. Mas cada missão é assumida de uma forma e cada uma tem sua especificidade. O leigo não atua na comunidade como o padre, nem como um religioso. Cada um com sua missão, com sua tarefa específica, com seu serviço. Mas todos estão a serviço do povo de Deus.
É bom lembrar que a Igreja afirma que todos os batizados são sacerdotes, ou seja, têm a missão de santificar a vida. É costume chamar os padres de sacerdotes. Mas a missão sacerdotal, em sentido amplo, é confiada a todos os batizados. Mesmo quem não é ordenado, assume o compromisso de santificar a vida, pelo fato de ser batizado. É o sacerdócio comum dos fieis. Quem foi ordenado tem um compromisso ainda maior com a sua santificação e a santificação de toda a Igreja. Mas todos os fieis batizados têm um missão sacerdotal, ou seja, uma tarefa de santificar o mundo, sendo luz.
Nesse encontro conhecemos melhor o sacramento da Ordem. Fomos convidados a nos comprometermos com Jesus, pois ele chama cada um a ser seu discípulo. Todos podem e devem ser discípulos de Jesus. Não só os padres, os bispos, os diáconos ou as freiras e outros consagrados foram chamados por Jesus para segui-lo. Jesus chama cada um, e devemos estar abertos para acolher seu apelo. E para ser discípulo não é necessário tornar-se um padre. E necessário somente amar a sua Palavra e acreditar na sua proposta. 

3.  Anúncio do tema
Expor as figuras e fotos no centro a sala e perguntar aos catequizandos:

- O que mais nos chama a atenção nas fotos que estamos vendo? Por quê? (Deixar que falem).
Continuando a reflexão sobre os sacramentos da Comunhão, hoje vamos conversar sobre o Sacramento do Matrimônio, o Sacramento que forma a família – Igreja doméstica.
Como vivem as famílias hoje? Como um rapaz e uma moça chegam a formar uma família? 
Vivemos num tempo em que as famílias se formam das maneiras mais originais possíveis: às vezes depois de uma aventura entre adolescentes, outras vezes após crises com violência, outras ainda com irmãos de pais diferentes.
E a família de vocês como nasceu? Seus pais já falaram alguma coisa sobre como se conheceram? E sobre como vocês foram acolhidos nesta família?
(Dar tempo para conversa).
Hoje vamos conhecer melhor esse sacramento muito especial: o Matrimônio. Pelo Matrimônio, Deus se faz presente em nossa família, trazendo paz e união ao nosso lar. Mas o Matrimônio, para garantir a presença de Deus, precisa ser vivido  na fé.
A decisão de se casar e formar uma família é um momento de grande importância na vida da pessoa de fé. Ela está dando um passo decisivo para construir aquele que será o grande tesouro de sua vida, pois a família é um tesouro de sua vida, pois a família é um tesouro e valor incalculável. Por isso, a Igreja convida seus fieis não a se unir de qualquer jeito, mas a celebrar o casamento como um verdadeiro sacramento, um mistério de amor.
Vamos ouvir agora um texto em que Jesus estava num casamento, junto com Maria, sua mãe.

4. Leitura da passagem bíblica: João 2, 1-11

Jesus foi num casamento em Caná da Galileia com Maria, sua mãe e seus discípulos. A festa ia bem, até que Maria percebe um certa confusão na direção da cozinha. É que o vinho acabou, e sem vinho, não tem festa na terra de Jesus.
Maria, sabendo que seu filho pode pode fazer alguma coisa para que volte a alegria, diz pra ele: “Eles não têm mais vinho!”
Talvez Jesus não entenda logo o que ela quer dizer, pois responde: “Mulher, o que tenho eu contigo? Minha hora ainda não chegou!”
Maria, por sua vez não desiste e vai até os servos pedindo-lhes: “Façam tudo o que ele disser!”
Diante da insistência de sua mãe, Jesus ordena aos servos que coloquem água na taça de purificação. Quando todas as taças estavam cheias, Jesus manda tirar uma taça e levar ao mestre sala que provava o vinho.
Então se vê o milagre: já não é mais água, mas vinho da melhor qualidade. Este foi o primeiro milagre de Jesus, narrado pelo Evangelista João. A partir deste milagre os discípulos creram nele e começaram a seguir seus passos.


Compreendendo o texto:

Esta Palavra de Deus pode ser lida como uma luz para todos os padres/ministros ordenados de nossa Igreja. O que aprendemos dela?

a) Jesus realiza seu primeiro milagre numa festa de casamento para nos ensinar o valor da união entre um homem e uma mulher.
b) Isso também nos lembra que na Bíblia, alguns profetas comparam a relação entre Deus  e seu povo como a relação entre homem e a mulher no matrimônio.
c) A presença da Mãe de Jesus nesta festa de matrimônio nos convida a pensar que ela como mãe de Jesus e da Igreja deve estar sempre presente nas famílias iluminando e orientando para a verdadeira alegria o amor dos casais.
d) A água que foi transformada em vinho é um símbolo que na nova comunidade cristã, no lugar da purificação deve vigorar a alegria da Boa Nova pois Jesus, nosso esposo agora está presente no Pão e no Vinho consagrados.


Conclusão:

"Pelo sacramento do Matrimônio, os noivos se consagram um ao outro e se prometem fidelidade e cuidado. Eles se unem e passam a ser uma só carne, ou seja, a vida deles se funde no compromisso de um amar o outro sem limites, até o fim. Isso não é nada fácil. Nessa jornada da fidelidade e o cuidado, eles não estão sozinhos. Jesus está com eles, animando-os e ajudando-os a vencer as dificuldades. Essa unidade do casal e o amor de um pelo outro são entendidos pela Igreja como um sacramento.
“Não é bom que o homem esteja só... Por isso, um homem deixa seu pai e sua mãe, se une à mulher e eles se tornam uma só carne”. (Gn 2,18-24).

A Igreja entende que o Matrimônio é indissolúvel, ou seja, não seja desfeito. O casal deve se esforçar para formar uma família unida, superando tudo o que possa causar separações. Ao celebrar o Matrimônio , os noivos prometem se amar e se respeitar, cuidando um do outro por toda a vida.

Porém, a Igreja entende também que, por causa das fraquezas humanas, quando não superadas devidamente, a convivência conjugal pode ser impraticável e a até mesmo prejudicial a uma das partes, marido ou mulher, ou até mesmo aos filhos. Por isso, em alguns casos, a Igreja reconhece que a separação é uma saída que, mesmo não desejada, pode aliviar situações extremas, como a violência conjugal ou outros casos graves. Podem surgir no casamento situações tão complexas que o casal não consegue se manter unido. A Igreja incentiva todos os casais a se esforçarem o máximo para superar as fraquezas que colocam em risco a unidade da família. Mas admite, em casos graves, que cesse o convívio sob o mesmo teto.

É possível também que alguns casamentos sejam declarados nulos pela Igreja. A Igreja considera válidos os casamentos realizados com plena consciência, liberdade e sinceridade dos noivos. Mas se alguém se casa sem entender direito quais são as obrigações essenciais do Matrimônio, ou se alguém se casa forçado por alguém ou por alguma circunstância, ou se entra para o casamento sem a devida vontade, esse casamento pode depois ser declarado nulo. O Código de Direito Canônico estabelece em que casos um casamento é nulo. Quando um casamento não dá certo, a Igreja aconselha as partes interessadas a entrar com um processo solicitando o  estudo do caso, para ver se tal casamento é nulo conforme o direito. Se a Igreja declara um casamento nulo, as partes podem celebrar outro Matrimônio. A não ser que fique claro que determinada pessoa é incapaz de assumir o verdadeiro Matrimônio cristão. A Igreja não anula casamentos. Ele apenas estuda  cada caso e declara que determinado casamento nunca existiu porque desde o começo havia alguma situação grave, incompatível com o Matrimônio cristão."

(Do livro Somos Igreja, do Padre Orione Silva)


O Código de Direito Canónico (em latim Codex Iuris Canonici; CIC) é o conjunto ordenado das normas jurídicas do direito canônico que regulam a organização da Igreja Católica Romana (de rito latino), a hierarquia do seu governo, os direitos e obrigações dos fiéis e o conjunto de sacramentos e sanções que se estabelecem pela contravenção das mesmas normas. Na prática é a constituição da Igreja Católica.


5. Atividades

- Resolver o caça-palavras da folha e escrever no primeiro  quadro as palavras encontradas (traição, machismo, descrença, violências, alcoolismo, ciúme, imaturidade, intolerância, desemprego, rancor). 
- Debater como cada uma dessas situações pode prejudicar um família.
- Escrever no segundo quadro e depois debater sobre as coisas necessárias para a família ser feliz.

(Do livro Somos Igreja, do padre Orione Silva).
(Frente)


- Resolver as atividades do verso da folha:
(Autor: http://www.catequesenanet.com.br/2011/05/sacramento-matrimonio.html)

6. Oração Final e Encerramento

- Convidar a turma para fazer preces pela família.
- Cada um poderá olhar para o quadro que preparou na atividade e rezar a Deus para que ele coloque na família aquelas coisas boas que a fazem cada vez mais feliz ou, então, pedir que Deus ajude sua família a se libertar daquelas coisas que contribuem para a seu destruição. Assim:

- “Abençoe nossa família, Senhor, para que viva sempre em união.”
-  “Abençoe nossa família, Senhor, para que saiba cultivar a fé.”
- “Ajude nossa família, Senhor, a vencer a violência,”
- “Ajude nossa família, Senhor, a superar o machismo.”

  • Após cada prece, todos poderão repetir um refrão. Por exemplo: “Abençoe nossas famílias, Senhor. Cantar uma música sobre a família (cantamos a música do Padre Zezinho).
  • Motivar para o próximo encontro.


Fontes:
  • Bíblia Sagrada
  • Catecismo da Igreja Católica
  • Livro Somos Igreja, do padre Orione Silva
  • Livro O Caminho, da Diocese de Duque de Caxias


Oração Pela Família

Padre Zezinho
 
Que nenhuma família comece em qualquer de repente
Que nenhuma família termine por falta de amor
Que o casal seja um para o outro de corpo e de mente
E que nada no mundo separe um casal sonhador!

Que nenhuma família se abrigue debaixo da ponte
Que ninguém interfira no lar e na vida dos dois
Que ninguém os obrigue a viver sem nenhum horizonte
Que eles vivam do ontem, do hoje em função de um depois.

Que a família comece e termine sabendo onde vai
E que o homem carregue nos ombros a graça de um pai
Que a mulher seja um céu de ternura, aconchego e calor
E que os filhos conheçam a força que brota do amor!

Abençoa, Senhor, as famílias! Amém!
Abençoa, Senhor, a minha também!

Abençoa, Senhor, as famílias! Amém!
Abençoa, Senhor, a minha também!

Que marido e mulher tenham força de amar sem medida
Que ninguém vá dormir sem pedir ou sem dar seu perdão
Que as crianças aprendam no colo, o sentido da vida
Que a família celebre a partilha do abraço e do pão!

Que marido e mulher não se traiam, nem traiam seus filhos
Que o ciúme não mate a certeza do amor entre os dois
Que no seu firmamento a estrela que tem maior brilho
Seja a firme esperança de um céu aqui mesmo e depois.

Que a família comece e termine sabendo onde vai
E que o homem carregue nos ombros a graça de um pai
Que a mulher seja um céu de ternura, aconchego e calor
E que os filhos conheçam a força que brota do amor!

Abençoa, Senhor, as famílias! Amém!
Abençoa, Senhor, a minha também!

Abençoa, Senhor, as famílias! Amém!
Abençoa, Senhor, a minha também!

ALGUNS MOMENTOS DO NOSSO ENCONTRO;























































2 comentários:

  1. Perfeito e bem elaborado.
    Muita pesquisa para nos ajudar nos encontros sobre o tema.
    Que Deus os abençoe
    Arnaldo e Cidinha

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    Respostas
    1. Olá Cidinha!
      Obrigada pela visita!Que bom que você gostou!
      Volte sempre! Bjsss

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