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domingo, 14 de fevereiro de 2016

Jesus e as Mulheres de Seu Tempo


Objetivos:

  • Enfatizar a valorização da mulher promovida por Jesus na cultura judaica.
  • Ressaltar a importância da cooperação de mulheres no ministério de Jesus.
  •  Refletir sobre o serviço feminino realizado na Igreja atual.

Ambiente:
  • Crucifixo, Bíblia, flores e vela. 

Recursos:

  • ½ folha de papel ofício e caneta para cada catequizando.
  • Objetos descartáveis: copos, pratos, garfos, colheres, luvas, máscara etc.


1. Acolhida e Oração Inicial
  • Preparar com zelo o ambiente. Receber a turma com carinho.
  • Cantar músicas animadas à escolha.
  • Acalmar a turma para colocar a mão no coração e invocar  a presença de Jesus, dizendo todos juntos: “Venha, Jesus, ficar em nosso coração. Venha ser  nossa rocha e nossa força. Nós o recebemos em nossa vida, como um amigo que vem os visitar. Nós precisamos do Senhor e o acolhemos com carinho. Amém!”
  • Cantar música suave. 


2. Relembrando o encontro anterior
  • Após ser batizado e apresentado ao povo, Jesus começou a sua missão.  Lemos no Evangelho de São Lucas, como foi a primeira pregação que Jesus fez para o povo.
  • Jesus chama seus discípulos para ir com ele levar a saúde aos doentes e a paz nas famílias
  • Vimos o cuidado de Jesus com os doentes. Há muitos textos  do evangelho que falam de Jesus e os doentes, pois esta era uma de suas ações mais importantes.

  • Desde o início de sua missão, Jesus se mostrou muito sensível à doença. Depois que ele saiu da Sinagoga,  que era a casa de oração de seu povo, ele foi para a casa de Simão Pedro e soube que a sogra dele estava com febre. Por causa da febre ela não podia se levantar, não podia acolher bem as pessoas, não podia cuidar da casa. Além disso, com febre a pessoa fica desanimada e abatida. Para os antigos  a febre não era explicada  e era uma coisa  que não vinha de Deus. Jesus sabendo da situação desta senhora, vai onde ela está, pega na mão dela e a ajuda a se levantar. Ela logo que é curada se coloca a serviço e acolhe as visitas com alegria. A partir daí outras pessoas sabem que Jesus curou e se colocaram na frente da casa pedindo que ele as tocasse para que ficassem curadas.
  • Como é o cuidado dos doentes hoje? Já visitaram algum doente? E quando ficamos doentes, gostamos de receber uma visita?

(Em seguida, perguntar às crianças se elas visitaram algum doente como combinamos).

Jesus acreditava em todos os enfermos, especialmente naqueles que ele libertava dos problemas da mente, que na época eram chamados “endemoniados”.

Vimos mais uma passagem bíblica, em que Jesus cura um menino com epilepsia. Vamos relembrar:

Jesus está descendo do Monte Tabor com Pedro, Tiago e João. Encontra os outros discípulos rodeados por uma grande multidão e trazendo um problema novo: um menino epilético que os discípulos não conseguem curar.

Este feito torna-se para Jesus uma oportunidade de ensinar aos discípulos e à multidão a importância da fé e da oração. O menino é curado e Jesus o toma pela mão para que fique de pé.

A cura deste menino é um sinal do poder de Jesus e da força da oração sobre o mal. Também nós hoje, somos rodeados por muitos males. Costumamos apresentá-los a Deus por meio da oração? Concordamos que tudo é possível para quem crê? Como são tratadas as pessoas doentes mentais em nossa comunidade? Conhecemos alguém assim? Como as acolhemos?


3. Desenvolvendo o tema

Propor a dinâmica:

Procedimento:
  • Fale: Na cultura judaica, as mulheres eram discriminadas, viviam à margem da sociedade... A participação na vida pública era limitada, não tinham voz... Não mostravam o rosto, pois tinha que ser coberto... Não podiam estudar nem ensinar... Uma conversa com uma mulher em público era um ato vergonhoso. 
  • Apresente os objetos descartáveis e fale: As mulheres no tempo de Jesus eram consideradas objetos... como os objetos, elas podiam ser usadas e descartadas! Estes objetos são descartáveis... Imaginem como se sentiam as mulheres dentro de uma cultura que as desvalorizavam! (Neste momento, coloque os objetos no saco de lixo).
  • Fale: Mas, com Jesus, as mulheres passaram a ser valorizadas. Jesus rompeu com os padrões impostos às mulheres, quando ele conversou, ensinou, curou, libertou e elas cooperaram com seu ministério.
  • Introduzir o tema do encontro a partir da dinâmica.
  • Conversar sobre a realidade das mulheres hoje. Convidar a partilhar como é a situação das mães... se trabalham, se estão sempre em casa, como elas cuidam da casa e dos filhos.
  • Convidar os catequizandos a descobrir algumas mulheres que aparecem nos evangelhos. As seguintes perguntas podem ajudar:

a) Como é nome da mãe de Jesus? (Lucas 1,27)
b) Como era o nome da mãe de João Batista? (Lucas 1,37)
c) Qual é nome da mulher que encontrou primeiro Jesus ressuscitado? (João 20,1)
d) Como era o nome das duas amigas que receberam Jesus em sua casa? (Lucas 10,38-39)
e) Como se chamava a cidade onde Jesus ordenou a um jovem filho  de uma viúva a se levantar do caixão? (Lucas 7,11)
f) Jesus curou no sábado uma mulher encurvada. Há quantos anos ela estava assim? (Lucas13,11)
g) Diga o nome das três mulheres que seguiam Jesus e seus discípulos junto com muitas outras mulheres. (Lucas 8,2-3)

Comentar as atitudes de Jesus com as mulheres: acolhida, compaixão, atenção, escuta...

A realidade das mulheres do tempo de Jesus não era muito fácil. Elas eram discriminadas, precisavam ficar sempre em casa e só eram consideradas em função de seus maridos.

Jesus, com suas atitudes anuncia uma Boa Nova para todas as mulheres e nós podemos perceber isso em diversas cenas dos evangelhos.

Entre todas as mulheres, Maria é a primeira que revela a novidade da ação divina, pois é chamada “cheia de graça” no momento da Anunciação e parte logo após para ir servir a sua prima Isabel.

Depois, vamos encontrar Jesus em várias situações significativas envolvendo as mulheres: ele cura a sogra de Pedro tomando-a pela mão (Mc 1,31), percebe-se que é tocado por uma enferma e a chama de filha (Mc 5,30-34); cura a filha de um chefe da Sinagoga (Mc 5,41); vê a viúva que deposita sua única moeda no Templo (Mc 12,42-44), deixa que uma mulher lave seus pés com as lágrimas e enxugue com os cabelos (Lc 7,36-50); chama mulheres para o grupo de discípulos (Lc 8, 1-4) e vai se hospedar na casa de Marta e Maria suas amigas, dando a Maria a dignidade de discípula que se senta aos seus pés e escuta sua palavra (Lc 10,38-42).

O ponto mais alto da atitude de Jesus com as mulheres é sua aparição a elas quando ressuscita dos mortos. São elas as primeiras testemunhas de que ele venceu a morte e continua vivo e presente em nossa história (Mc 16, 1ss).

Entre os judeus do tempo de Jesus, as mulheres ficavam fora da vida pública. No culto do sábado, elas eram meras espectadoras. Como os gentios, as mulheres tinham um pátio exterior especialmente designado a elas no Templo, do qual não podiam sair. Em público, os homens não falavam com uma mulher, nem mesmo com a esposa. Não era permitido às mulheres estudar a Lei, nem sequer tocar as Escrituras, a fim de não as contaminar. Embora os rabinos não ensinassem as mulheres, Jesus agia assim com alegria. Em certa ocasião, Maria, irmã de Lázaro, assentou-se a Seus pés como aluna (Lc 10,38-42). Aos homens era permitido divorciar-se das mulheres pelas ofensas mais triviais, mas às mulheres não era permitido divorciar-se, nem mesmo pelas mais sérias ofensas. Jesus tinha palavras fortes sobre a prática do divórcio, que tratava as mulheres como se fossem objetos dos homens (Mt 19,3-8).

Mas Jesus veio ensinar esses tolos que a mulher tem seu devido valor.


Foi Jesus que mudou a mentalidade desses fariseus.



4. História: Lucas 10, 38-42

Na história de hoje, Jesus vai visitar a casa de uns amigos. Vamos ver como ele vai ser recebido.

Certa vez, estando em viagem, Jesus resolveu parar na casa de uns amigos, para fazer-lhes uma visita. Jesus era muito amigo de três irmãos: Lázaro, Marta e Maria. Então resolveu dar uma paradinha na casa deles para um dedo de prosa. Quando ele chamou à porta, Marta veio correndo atender. Ficou imensamente feliz ao ver que era Jesus e disse toda empolgada: “Oh, que prazer recebê-lo em nossa casa! É uma alegria muito grande! Vamos entrando. A casa é sua. Fique à vontade. Sente-se!” Parece que nesse dia Lázaro não estava em casa, só as duas irmãs.

Ao convite de Marta, Jesus entrou e foi logo sentando. Marta conversou mais meia dúzia de palavras e pediu licença: “O Senhor não vá reparar, se eu entrar para cuidar da obrigação. É que eu tenho muita coisa para fazer lá dentro na cozinha. Vou preparar uma comidinha gostosa pra gente e dar um jeito nesta casa, que está uma bagunça”. E foi entrando, deixando Jesus sozinho na sala.

Nisso, chegou Maria, irmã de Marta. Cumprimentou Jesus com simpatia e sentou-se junto dele, iniciando um conversa atenciosa. Maria estava ansiosa para conversar com Jesus. Ela ouvia suas palavras com interesse e atenção. Ela adorava ouvir Jesus. Ele  tinha muitas coisas interessantes para lhe dizer. E mais: um bom papo com um amigo é sempre uma coisa muito boa. Maria valorizava a amizade, ainda mais a amizade de Jesus. E ficaram lá os dois conversando como bons amigos.

Enquanto isso, lá dentro, Marta cuidava da obrigação. Lavava roupas, limpava o chão, mexia nas panelas, numa correria sem fim. Marta era mulher aflita e não parava um minuto, ainda mais agora que estava com uma visita tão importante. A vida de Marta era uma correria contra o relógio. Não tinha tempo para nada. Então, percebendo que sua irmã, Maria, havia ficado na sala agradando Jesus, Marta se sentiu incomodada. Enxugou as mãos no avental, passou-as no rosto  e foi até a sala, pisando duro. Pensou: “Assim não dá! Eu aqui toda atarefada e Maria lá batendo papo com Jesus. E ele? Será que não desconfia que minha irmã tem tarefas a cumprir?” Sem perceber a grosseria que estava fazendo, disse a Jesus: “O Senhor não se importa que minha irmã me deixe sozinha a trabalhar, enquanto vocês ficam aí conversando? Peça a ela, Jesus, que venha me ajudar cá na cozinha. Estou cheia de coisas pra fazer!”

Jesus conteve o seu desapontamento e disse: “Marta, Marta! Você se preocupa com tantas coisas! Por isso não tem sossego. Fico feliz que Maria tenha tirado um pouco do seu tempo para me ouvir e conversar comigo. Ela escolheu a melhor parte e eu não vou pedir a ela que mude de idéia agora”.

Diante da resposta de Jesus, Marta ficou desconcertada e percebeu que um amigo vale mais que mil tarefas realizadas. Melhor ter tempo para os amigos. Então, fez como Maria. Parou com aquela correria e foi curtir a visita do amigo. Depois, todo mundo foi junto para a cozinha e logo tudo ficou pronto. Nunca mais Marta foi a mesma depois daquele encontro com Jesus.


Partilha:

- O que você achou da atitude de Marta?
- E da atitude de Maria?
- Qual das duas foi mais atenciosa com Jesus?
- Qual das duas foi mais inteligente?
- Por que Maria preferiu ficar agradando Jesus?
- Por que Marta fez pouco caso de Jesus?
- O que você faz quando recebe a visita de um amigo?
- E se esse amigo fosse Jesus? Se Jesus fosse visitar sua casa, você iria agir como Marta ou como Maria? Por quê?

  • O que a Palavra fala para nós?
Jesus está a caminho de Jerusalém. Para na casa de suas amigas Marta e Maria. Elas o  acolhem com carinho e atenção. Marta fazendo de tudo para servir bem a Jesus: preparando a comida com cuidado, limpando a casa, servindo e procurando deixar tudo bem arrumado. Maria, por outro lado,  quando chegou Jesus, não fez mais nada. Ficou sentada aos pés dele escutando o que ele estava ensinando. Marta fica com ciúmes e pede a Jesus a Jesus para corrigir Marta. Então Jesus dá a lição às duas e a nós: Não se pode ficar preocupado com muitas coisas e nos descuidar do mais importante. Ele então indica o que é mais importante e é a “melhor parte”: escutar sua palavra e seguir seus ensinamentos.


5. Atividades
  • Agora, entregue a metade da folha de papel ofício para cada catequizando.
  • Solicite para que façam o desenho de uma de suas mãos, contornando-a com a caneta.
  • Fale que a mão representa “trabalho, serviço, ação, atividade”.
  • Peça para que elas escrevam dentro da mão: Aquilo que as mulheres realizaram no ministério de Jesus. Depois, peçam para que os alunos escrevam o que as mulheres estão realizando na obra do Senhor, na atualidade.
  • Depois, faça uma comparação entre 03 situações, isto é, as atividades femininas realizadas antes de Jesus, com Jesus e depois de Jesus.
  • Para concluir, fale: Na atualidade, ainda as mulheres são discriminadas e desvalorizadas, muitas vezes no seu próprio lar, na igreja, no trabalho, na rua etc. Mas, lembremo-nos de que mesmo diante dos entraves que as mulheres da época de Jesus sofriam, elas participaram do ministério de Jesus, pois encontravam nele aceitação, o respeito, o amor, a valorização.

5. Encerramento e Oração Final
  •     Na história que ouvimos, de Marta e Maria, olhando para a atitude de Jesus que mostra como ele agia em relação às mulheres, vamos agradecer a Ele por nossa mãe, nossas irmãs, nossa professora e por todas as mulheres que conhecemos, pedindo a ele que nos ensine a ter respeito e atenção para com todas elas. 
  •     Com a mão no coração, vamos rezar: “Ó Jesus,  receba nossos corações! Queremos acolher o Senhor em nossa vida. Não queremos fazer pouco caso do Senhor, como Marta. Queremos acolhê-lo com alegria e atenção, como fez Maria. Sua presença é muito importante para nós. Seja bem vindo, Jesus. Fique conosco em nossos corações. Amém!”


Fontes:
  • Livro "O Caminho" (Diocese de Duque de Caxias)
  • Livro "Seguindo Jesus", do Padre Orione Silva 

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