Reflexão - Jo 3, 22-30
O ministério de João Batista foi bem definido pelo Senhor: “preparar o caminho”. Por isso, quando falou da sua alegria, ao saber do começo da obra de Jesus, afirmou: “É necessário que Ele cresça e que eu diminua” (João 3,30).
Abaixo, um texto do Professor Felipe Aquino:
São João Batista, melhor do que ninguém, expressou com sua vida e palavras como deve ser um mensageiro do Senhor. Todo aquele que luta pelo reino de Deus na terra, deve dizer, como João “Importa que ele cresça e que eu diminua” (Jo 3,30), como complemento ao versículo anterior: “Nisso consiste a minha alegria, que agora se completa” (Jo 3,29c). João Batista se referia, é claro, a Jesus, Ele era o que o profeta anunciara “a voz que clama do deserto” (cf. Is 40,3), o precursor de Jesus, “a fim de preparar o Seu caminho” (cf. Mc 1,2).
João Batista é um exemplo exato de como deve ser quem quer servir ao Senhor: fazer tudo por Ele e para Ele, unicamente por amor a Jesus, fugindo diligentemente de tudo quanto possa alimentar a menor secreta vaidade. Também no trabalho da Igreja corremos o risco de ficar “inchados” com alguns aplausos e elogios. A verdadeira humildade exige que reconheçamos que, se fazemos algo de bom, é simplesmente por obra e graça da bondade de Deus, e que por nós mesmos de nada somos capazes.
“Sem mim nada podeis fazer” (Jo 15,5c). “Toda dádiva boa e todo dom perfeito vem de cima: desce do Pai das luzes” (Tg 1,17a). Por isso, não há razão alguma para que nos sintamos vaidosos de alguma boa ação. Tudo é dom de Deus!
As pessoas mais úteis para Deus são aquelas que buscam unicamente a Sua glória, com reta intenção, buscando, como João Batista, “desaparecer”, para que a glória de Deus não seja ofuscada pela nossa vaidade inconveniente e mesquinha.
Muitas de nossas boas ações não têm mérito perante Deus porque elas visam mais à nossa própria glória do que à de Deus. É importante lembrarmo-nos sempre daquela palavra de Jesus no sermão da montanha: “Guardai-vos de fazer vossas boas obras diante dos homens, para serdes vistos por eles. Do contrário, não tereis recompensa junto de Vosso Pai que está no céu” (Mt 6,1).
Portanto, “que Ele cresça e eu desapareça”.
"A missão de Jesus não significa uma oposição ou uma concorrência com a missão de João Batista, antes a sua continuidade e o seu complemento. Assim é que devemos compreender a Igreja de hoje como uma Igreja Ministerial, na qual os diferentes ministérios não significam uma oposição entre si ou uma concorrência entre eles, relevando uma hierarquia entre os diferentes ministérios da Igreja, mas sim uma continuidade da missão do próprio Cristo e como realidades que se complementam na única e permanente missão da Igreja que é a evangelização, e isso só é possível quando buscamos criar uma verdadeira comunhão dentro da Igreja, como havia entre Jesus e João Batista". (CNBB) - Por Nilva Mazzer (Catequistas em Formação).
Nenhum comentário:
Postar um comentário