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sábado, 17 de agosto de 2019

É preciso saber viver!


    Fonte:
    Livro "Ser livre e ser feliz"
    Catequese Permanente
    Adolescentes e Jovens
    Autores: Padre Orione Silva e
                 Solange Maria do Carmo 
   1. Acolhida e Oração Inicial 
  • Receber a turma com alegria e atenção, dando a todos as boas-vindas. Cantar a música número 6 (CD do Livro do Padre Orione).
  • Levar para o encontro fichinhas (1) e carinhas (2) para os catequizandos, conforme abaixo:

                                           (Modelo)
 ESCREVA ABAIXO O SEU NOME E A DATA DO SEU NASCIMENTO. DEPOIS ESCOLHA UM ROSTO COM O QUAL VOCÊ MAIS SE IDENTIFICA. TERMINADA A ESCOLHA  E A ESCRITA , UM POR UM, CADA CATEQUIZANDO MOSTRA AOS DEMAIS PARTICIPANTES DA TURMA O SEU CARTÃO, E SE APRESENTA DE FORMA BREVE, POR EXEMPLO: "EU SOU O JOÃO, UM CARA MUITO ALEGRE, MEU ANIVERSÁRIO É NO DIA 25 DE ABRIL".

    NOME: _________________________________________

    DATA DO NASCIMENTO: ____/____/______





(1)

 (2)
  • Distribuir as fichas e as carinhas para a escolha. Depois cada um se apresenta para a turma.
  • Terminada a apresentação, todos podem se cumprimentar, dando-se as boas-vindas.
  • Recolher as fichinhas preenchidas e os emojis.
  • Depois, sossegar a turma e fazer o Sinal da Cruz.
  • Cantar a música número 8. Todos em roda, fechar os olhos e silenciar para a oração.
  • Motivar: Hoje é o nosso primeiro encontro da catequese, nessa nova etapa. Viemos aqui para nos conhecer uns aos outros e também conhecer a nós mesmos. Nesse processo de descobertas e buscas, Deus está conosco nos iluminando, nos dando forças. Vamos, pois, entregar a ele a nossa vida e pedir que nos ajude a abrir o nosso coração para acolher aquilo que somos, aquilo que temos, nossas alegrias e tristezas, nossos dons e nossos defeitos. Só assim seremos mais felizes e vamos conviver em paz com todos. Em silêncio, cada um pode fechar seus olhos e conversar com Jesus na certeza de que ele ouve nossa prece.
  • Depois de breve momento de silêncio, o catequista convida a turma a repetir com ele a seguinte prece: “Ó Jesus, nós estamos aqui para buscar forças para ser melhores, para buscar sua palavra que nos faz viver. Sabemos que o Senhor nos ama, nos quer bem e cuida de nós. Então, ajude-nos nessa caminhada e nos dê perseverança para frequentarmos os encontros com muita alegria e animação. Amém!”


2. O que a Bíblia diz

Motivação

Nesta etapa da catequese, vamos fazer experiências importantes. Vamos experimentar a presença amiga de Deus, mesmo nas estranhezas da vida. A vida é bela, mas tem muita coisa estranha; é cheia de dramas, de mistérios. Tem muitas alegrias e realizações, mas tem muita dor e sofrimento, além de perdas e fracassos; tem sucessos e esperanças, mas tem derrotas e desistências. Precisamos aprender a lidar com tudo isso, na certeza de que Jesus, nosso amigo, está conosco. Para começar nossos encontros, conheçamos um pouco a história de Elias. Elias não estava sabendo lidar com as contradições  e os dramas da vida. O relato que vamos ouvir fala do cansaço que Elias sentiu na hora da dificuldade. Enquanto o profeta só teve vitórias, tudo bem; enfrentou a vida sem medo. Mas, quando a vida lhe apresentou desafios e cruzes, ele desanimou e quis morrer. Hoje vamos falar sobre a importância de saber viver cada momento que a vida nos oferece, tanto os momentos bons quanto os momentos sombrios; é preciso enfrentar tudo sem desanimar. Vamos cantar a música número 2, preparando o coração para ouvir a Palavra de Deus.

Texto: 1Rs 19, 1-8
(Ajudar a turma a localizar o texto na Bíblia).

Partilha:
·        Do que você mais gostou nessa história?
·        O que Elias havia feito com os profetas de Baal?
·        Quem prometeu vingança e perseguiu Elias?
·        Como Elias se sentiu diante das ameaças recebidas?
·        O que Elias pediu a Deus?
·        Como Deus ajudou Elias a enfrentar as dificuldades de sua vida?

Aprofundamento:

- Elias era um homem valente, um profeta bem-sucedido, um grande líder amado por seu povo. Sua vida era iluminada e gloriosa. Tinha êxito em tudo o que fazia. Quem o conhecia jamais podia imaginar que a vida de Elias pudesse ter outra coisa  a não ser glória, felicidade, alegria e realização.
- Mas um dia, Elias entrou em atrito com a rainha Jezabel, por causa dos profetas de Baal. A rainha Jezabel era estrangeira e não possuía a mesma fé de Elias e sua gente. Ela cultuava o deus Baal. Baal era o nome de um ídolo, um deus  dos povos politeístas lá da região de Canaã, onde Elias e seu povo moravam. A rainha Jezabel incentivava o culto a Baal e havia muitíssimos profetas e sacerdotes a serviço da religião baalista , seguida pela rainha.
- Elias era profeta do Deus verdadeiro. Ele e seu povo eram monoteístas, ou seja, seguiam e serviam ao Deus único. Para ele, era a maior tolice pensar que havia muitos deuses. “Baal é fruto da imaginação do povo e da cabeça da rainha”, pensava Elias. Então, Elias desafiou os profetas de Baal a mostrarem que o deus deles era real e não pura imaginação. Para dizer que o Deus deles era ídolo e não Deus e não Deus verdadeiro, o autor sagrado criou uma história curiosa. Contou que houve uma disputa entre Elias e os profetas de Baal. Cada qual – tanto Elias quanto os profetas de Baal – deveriam fazer um altar, colocar nele uma oferta e pedir a seu Deus que mandasse fogo do céu para queimar a oferenda. Os profetas  de Baal rezaram dia e noite e nada . Gritaram até ficar roucos e nada! Mas foi só Elias orar que Deus mandou fogo do céu e os profetas de Baal ficaram desmoralizados diante do povo. Ora, esse é um modo de o autor  do Livro dos Reis dizer que todos os outros  deuses nos quais o povo acreditava eram apenas ídolos, invenção humana. Verdadeiro mesmo só o Deus do povo israelita, o Deus de Elias.
Para completar o drama, o autor conta que Elias, com sua valentia acabou fazendo verdadeira guerra e matando os profetas da rainha. Certamente, não é bem assim. Não houve matança nenhuma. Este é o modo que o autor do livro escolheu para dizer que os profetas de Baal tiveram sua carreira interrompida por causa da ação profética de Elias, sem possibilidade de ter mais seguidores. Mas a reação veio logo: a rainha não gostou nada de ver seus funcionários desacreditados. Então, prometeu vingança e jurou matar Elias.
- A vida de Elias caiu, então, num poço de sombras. Ele sentiu medo e entrou em crise. Para não enfrentar a rainha Jezabel, fugiu para bem longe. Vagou pelo deserto, na mais completa solidão, perdeu as forças e a valentia, rendeu-se ao cansaço, sentou-se debaixo e uma árvore e ficou lá desejando a morte. Parece que preferia morrer ali mesmo a ter de enfrentar os obstáculos que haviam surgido em sua vida. Elias chegou a pedir a Deus a morte. Sem saber o que fazer e morto de cansaço da peleja da vida, Elias adormeceu debaixo da árvore. O que vem a seguir é como um sonho.
- Elias é confortado por um anjo, que lhe dá pão e água. Na Bíblia, quase sempre, quando se fala em anjo, o autor sagrado não está falado de seres alados de cabelos cacheados, como os anjos barrocos de nossa iconografia cristã. O anjo, na Bíblia, é o mensageiro de Deus. Como o povo entendia que não se pode ver Deus e continuar vivo, dizia então que o anjo do Senhor, e não o próprio Deus vinha em socorro dos seus. Mas o anjo simbolizava Deus com sua presença amiga e consoladora. Deus conforta e ampara Elias, restaurando suas forças para que ele possa continuar a caminhada de sua vida.
- Vejamos, então: Como pode a vida de Elias oscilar tanto, ter momentos tão contraditórios? Primeiro, encontramos o Elias glorioso: valente guerreiro, cheio de coragem e de força, enfrentando todos os profetas e sacerdotes de Baal. Logo depois encontramos o Elias doloroso: desanimado com a vida, frustrado e querendo morrer, com medo da rainha Jezabel e desejando a morte. É que Elias estava enfrentando os mistérios dolorosos da vida. Nossa vida, toda cheia de glória, tem também seus momentos desconcertantes.
- Mas o momento de desânimo não destruiu Elias. Deus veio em seu socorro e renovou suas forças. O texto mostra isso, narrando uma espécie de sonho no qual um anjo de Deus oferece a Elias pão e água. Por duas vezes, o anjo acorda Elias, em sonho, e oferece comida e bebida para devolver-lhe suas energias . Assim socorrido em suas misérias, Elias consegue levantar-se e prosseguir em sua caminhada. Estava superado seu momento de sombras . Elias entendeu a lição: “a vida tem seus dramas, e é preciso enfrentá-los com a força de Deus”.


3. Atividades

Sugestão 1

- Convidar a turma para fazer um cartaz, mostrando as contradições da vida. Por exemplo, no mesmo dia, o jornal traz notícias boas e noticias ruins.
- Dividir a turma em grupos de 4 ou 5 catequizandos e distribuir o material de trabalho. O catequista deverá ter levado jornais e revistas, além de cartolinas, pincéis, colas, tesoura etc.
- Enquanto a turma trabalha, o catequista passa pelos grupos vistoriando, apoiando, ajudando.
- Terminada a montagem do cartaz, refazer a roda com todos. Cada grupo apresentará seu cartaz, mostrando as colagens e partilhando suas experiências.


Sugestão 2

- Convidar a turma para ver o vídeo da música “Deus, estou aqui”, número 16, no final do livro. O vídeo pode ser acessado no site www.fiquefirme.com.br>, no menu principal, na sessão de vídeos e entrevistas (http://fique-firme.com.br/multimedia-archive/deus-estou-aqui/).
- Depois de ver o vídeo, a turma poderá cantar a canção. O catequista poderá entregar à turma a letra da música em um bonito cartão, que servirá de lembrança da catequese.























Deus, estou aqui

        1. Deus, estou aqui, venho cansado
            para entregar-te a minha vida.
            Ah! São tantas pedras pelo caminho, sei
            que não posso andar sozinho.

            R. Por isso, vem, Senhor, consolar o
                 teu povo que aqui está. Só  em ti
                 pode haver paz e força pra viver.

        2. Deus, estou aqui, venho cansado
            para entregar-te a minha vida.
            Ah! É tanto espinho pela estrada, nem
            sempre é fácil a caminhada.

        3. Deus, estou aqui, venho cansado
            para entregar-te a minha vida.
           Ah! São tantas cruzes pelo caminho, sei
           que não posso andar sozinho.


- Em seguida, debater sobre as cruzes, pedras e espinhos da caminhada. Cada um poderá partilhar sobre as surpresas desagradáveis da vida, suas pelejas e sofrimentos, seus dramas.
- Ao final, cantar novamente a canção número 16, “Deus estou aqui”.


Conclusão

A vida é mesmo cheia de dramas. Tem momentos gloriosos e momentos dolorosos. Tem alegrias e tristezas. Tem animação e desânimo. Certamente, vocês conhecem pessoas que se destacaram em algo importante, tiveram momentos de glória e depois passaram por crises. Grandes esportistas perderam a capacidade de praticar esportes e tiveram que encontrar um novo rumo para a vida. É preciso saber conviver com tudo o que a vida oferece. Vamos nos deixar abater  quando o momento é de dificuldade ou vamos ficar sempre firmes? Vamos choramingar e desejar a morte ou vamos nos encher de coragem e recomeçar? Elias desejou a morte, mas, depois, apoiado pela ajuda de Deus, teve coragem de recomeçar. A decisão é nossa. Se nós temos fé, se sabemos que Deus está conosco como esteve com Elias, então vamos nos encher  de sua força – simbolizada no pão e na água que o anjo ofereceu em sonho a Elias – e vamos recomeçar sempre. Se Deus está conosco, não nos faltará força.


4. Oração Final e Encerramento

- Sossegar a turma, fazer bastante silêncio e convidá-la para rezar.
- Cantar a música número 3
- Motivar: “Deus nos ama, está sempre conosco e nos ajuda a viver bem a nossa vida. Se ela está conosco, não devemos temer; sua força nos sustenta e nos anima na caminhada. Vamos agradecer a ele por sua presença e amizade”.
- Convidar a turma para repetir uma prece com o catequista: “Obrigado, Senhor, pelo dom da minha vida, da vida de meus amigos e também de minha família. Obrigado porque, apesar dos atropelos da vida, dos dramas que ela tem, minha vida é um dom e deve ser cuidada  e bem vivida.  Obrigado porque,na jornada da vida, nunca estamos sós, nunca estamos abandonados. Sabemos que a sua presença nos anima e nos fortalece para bem viver. Amém!”
- Repetir a música anterior.
- Motivar para o próximo encontro e encerrar cantando à vontade. Que tal a número 14?




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