Objetivos:
- Refletir sobre o Sacramento da Unção, também conhecido como Unção dos Enfermos.
- Entender o sentido da Unção dos Enfermos.
Ambiente:
- Crucifixo, Bíblia, vela, flores, óleo.
- Mesa forrada com toalha branca.
1. Acolhida e Oração Inicial
- Acolher a todos com animação.
- Iniciar o encontro, cantando músicas animadas.
- Sossegar a turma para rezar.
- Convidar para rezar o Sl 103/102. Distribuir o salmo.
- Rezar em dois coros:
A –
“Bendize, ó minh’alma, ao Senhor
E tudo o que existe em mim bendiga o seu
santo nome.
B – Bendize,
ó minh’alma, ao Senhor
E jamais se esqueças de todos os seus
benefícios.
A – É ele
quem perdoa as tuas faltas
E sara as tuas enfermidades.
B – É ele
quem salva tua vida da morte
E te coroa de bondade e misericórdia.
A – É ele
quem cumula de benefícios a tua vida
E renova a tua juventude como a da águia.
B – Como o
céu está distante da terra,
Assim sua misericórdia é grande para com
os que nele
confiam.
A – Quanto o
Oriente está distante do Ocidente,
Tanto ele afasta de nós nossos
pecados.
B – Como um
pai tem piedade de seus filhos,
Assim o Senhor tem compaixão dos que nele
confiam.
A – Porque
ele sabe como é a nossa natureza
E não se esquece de que somos fracos.
B – Os dias
do homem são semelhantes a uma planta,
Ele
floresce como a flor dos campos.
A – Apenas
sopra o vento, já não existe
E nem se conhece mais o seu lugar.
B – É
eterna, porém, a misericórdia do Senhor
E sua justiça é grande para com todos.”
A – Glória
ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo.
B – Como era
no princípio, agora e sempre. Amém!
- Depois de rezar o Salmo, dar uma pequena pausa para silenciar e meditar o texto. Cada um poderá reler o Salmo, em silêncio, para melhor interiorizar sua mensagem.
- Depois, cada um poderá fazer seu louvor com a ajuda do Salmo. Poderá dizer, por exemplo:
- Obrigado, meu Deus, porque o Senhor perdoa as nossas faltas.
- Obrigado, meu Deus, porque o Senhor sara as nossas enfermidades.
- Obrigado, meu Deus, porque o Senhor tem nos mostrado sua bondade e misericórdia.
- Obrigado, meu Deus, porque o Senhor não se esquece de que somos fracos e por isso nos compreende e ajuda.
- Todos poderão dizer: Obrigado, Senhor.
- Talvez fosse bom correr a roda, a começar pelo catequista. Mas é bom lembrar que ninguém deve ser obrigado a rezar caso não queira fazê-lo.
Recordação
da vida:
- Recordar a semana com as crianças. Perguntar sobre gestos concretos de perdão que realizaram e sobre as dúvidas sobre o sacramento da Penitência.
Relembrando os encontros anteriores:
Os
sacramentos são sete: Batismo, Eucaristia, Crisma, Ordem, Matrimônio,
Reconciliação e Unção dos Enfermos.
Os
sete Sacramentos são agrupados por sua finalidade:
- Sacramentos de Iniciação Cristã
- Sacramentos de Cura
- Sacramentos de Serviço e Comunhão
Os
Sacramentos de Iniciação são: Batismo, Crisma e Eucaristia. Por eles, são
lançados os fundamentos de toda a vida cristã.
O
Batismo, Eucaristia, Crisma são chamados Sacramentos da Iniciação Cristã, pois
nos colocam no caminho de Jesus.
A
Ordem e o Matrimônio são chamados Sacramentos do serviço à comunhão, pois
marcam o compromisso das pessoas na vivência da sua vocação na família e na
igreja.
Reconciliação
e Unção dos Enfermos são chamados Sacramentos da cura, pois são a graça de Deus
agindo em nossos momentos de pecado e fraqueza humana e nos momentos de doença.
Vimos
no nosso encontro de sábado passado, o Sacramento da Reconciliação, também
chamado confissão ou penitência. Este sacramento é um convite de Jesus a pedir
perdão por nossos pecados e a nos reconciliar com Ele e com as pessoas.
Mediante
o Sacramento da Reconciliação, nós nos aproximamos do Ministro de Cristo – o
padre – em atitude de humildade para confessar o amor e a bondade de Deus sobre nós e nossas pequenas ou
grandes infidelidades a este amor e bondade.
3. Anúncio do tema
Os
sacramentos da Confissão e da Unção são chamados sacramentos de cura, porque
renovam a presença de Deus nos momentos em que passamos pelas fraquezas, seja
do pecado, seja da doença ou da velhice. Esses momentos são também de grande
importância em nossa vida. Não porque sejam bons momentos, mas porque fazem
parte da vida e a gente precisa aprender a lidar com eles, contando com a força
de Deus.
Hoje vamos falar
sobre o segundo sacramento da cura: o da Unção, também conhecido como Unção dos
Enfermos. Este sacramento nos convida a refletir sobre a doença e o sofrimento
em nossa vida. Quando ficamos doentes sentimos muito nossa fraqueza e nossos
limites, mas temos encontrar o que é essencial: a presença de Deus em nossa
vida.
No
Evangelho que vamos conhecer hoje, encontraremos Jesus que toca e unge com amor
um homem cego de nascença. A partir da atitude de Jesus e do cego, vemos os
efeitos da graça de Deus na vida de uma pessoa e compreendemos que nem sempre a
doença é para a morte, ou é castigo, pode ser também para a glória de Deus.
4. Leitura da passagem bíblica: João
9, 1-41
Jesus
estava caminhando com seus discípulos quando viu sentado à beira do caminho um cego
de nascença. Eles então perguntam a Jesus se este homem é cego por culpa dele mesmo ou de seus pais. Jesus
responde que nem uma coisa nem outra, mas ele é cego para que nele se
manifestassem as obras de Deus.
Após
dizer isso, Jesus cuspiu no chão, fez um pouco de lama com sua saliva e colocou
nos olhos do cego e lhe mandou ir se lavar. O cego foi, lavou-se e voltou
enxergando.
As
pessoas então reconheceram que ele era cego e agora estava enxergando e
começaram a entrar em crise até que denunciaram o cego para os chefes, que
depois de um longo debate acabaram expulsando-o da comunidade.
Quando
ele estava muito triste, abandonado, mas enxergando, Jesus se aproximou dele e
perguntou se ele acreditava no Filho do Homem que era ele mesmo. Ele disse que
não o conhecia, e Jesus então falou: “Sou eu que falo contigo”. Diante desta
revelação de Jesus, ele se ajoelhou e disse: “Eu acredito, Senhor”.
Compreendendo
o texto:
A
cura do cego é um exemplo do que
acontece aos doentes quando são ungidos com fé no Sacramento da Unção dos
Enfermos. Mesmo quando não são curados, renovam sua fé e na fé encontram a
força para enfrentar os sofrimentos e as dificuldades.
Jesus
se comove com os sofrimentos das pessoas e por eles dá a sua própria vida. Por
sua paixão e morte na Cruz, Ele deu um
novo sentido ao sofrimento, que de agora em diante pode nos aproximar dele e
nos unir à sua paixão redentora (CIC 1505).
Se
Jesus esteve tão perto das pessoas doentes e sofredoras, o que ele espera de
nós é que também possamos estar perto de quem sofre. É por isso que a Igreja
crê e confessa que existe entre os sacramentos um destinado a confortar aqueles
que estão provados pela dor.
Que a Palavra de Jesus neste evangelho e a nova atitude de fé deste homem que era cego de nascença nos ajude a ver os enfermos com os olhos de Jesus e a servi-los com amor.
Que a Palavra de Jesus neste evangelho e a nova atitude de fé deste homem que era cego de nascença nos ajude a ver os enfermos com os olhos de Jesus e a servi-los com amor.
Os
sacramentos são de grande importância. Mas é bom lembrar que visitar os doentes
e idosos e apoiá-los é tarefa de toda pessoa de fé. Então, até as crianças
podem visitar os doentes da comunidade e lhes agraciarem com sua amável
companhia.
A
Bíblia diz que onde houver um enfermo, a comunidade de fé precisa estar presente, o apoiando.
Vamos ouvir o texto.
Texto:
Tg 5,13-13-15
Ajudar a turma a localizar o texto na
Bíblia.
Partilha:
- O que Tiago recomenda para quem está sofrendo?
- E para quem está alegre?
- E se alguém estiver doente, o que fazer segundo Tiago?
Do livro Somos Igreja, do Padre Orione Silva:
Esse
texto nos mostra que, desde o começo da Igreja, havia o costume de visitar os
doentes e rezar por eles. Quem atravessa uma enfermidade precisa de um carinho
todo especial. A Igreja expressa esse carinho aos doentes especialmente por
meio do sacramento da Unção dos Enfermos.
Por
isso, a Carta de Tiago recomenda que sejam chamados os anciãos, os ministros ou
líderes da Igreja, para que, na solidariedade da comunidade eclesial, a pessoa
debilitada pela doença se sinta fortalecida e amada. Tiago recomenda ainda que
os ministros façam a unção do doente com o óleo.
Além
da doença, a velhice também coloca a pessoa em situação de fragilidade. A
pessoa idosa adoece mais facilmente. Sua saúde não é tão resistente. O idoso
costuma ter a sensação de estar mais próximo de concluir sua vida. Por isso,
precisa de muito apoio e muita fé. Então, a Unção dos Enfermos é também para os
idosos.
O
sacramento da Unção é isto: força de Deus na fragilidade humana, pois, quando
estamos fracos, com Deus somos fortes. Então, o padre visita o doente ou idoso,
conversa com ele, reza por ele e o unge com o óleo, que significa força de
Deus. Juntamente com o sacramento da Unção, o padre costuma atender a Confissão
do doente, se esse consegue e quer fazê-lo. Isso lhe traz alívio e serenidade
espiritual, dando-lhe força para enfrentar a dor.
Mas
a Unção não é para despachar a pessoa, apressando sua morte. É só para apoiar a pessoa num
momento difícil. Antigamente, só se ungia quem estivesse mesmo agonizando. Por
isso, esse sacramento era conhecido como Extrema Unção, ou seja, a unção da
última hora da pessoa neste mundo. Era comum dizer que, quando o padre ia
visitar o doente, já se podia encomendar o caixão.
Hoje
é diferente. A Unção perdeu esse caráter extremo. E pode ser dada em muitos
casos: em qualquer enfermidade mais grave, mesmo não sendo caso de morte; em
pessoas idosas, mesmo sem estar doentes; em alguém que vai se submeter a uma
cirurgia mais perigosa; e, é claro, em casos mais graves que, de fato,
antecedem a morte.
5. Atividades
- Dividir a turma em pequenos grupos. Sortear as frases abaixo com os grupos. E cada grupo comenta a frase, fazendo-se um debate sobre os temas suscitados.
1. 1. O cristão precisa encarar a morte de forma nova:
sem medo e com esperança.
2. 2. A doença não é um castigo de Deus, mas é uma
consequência da nossa fragilidade.
3. 3. A Unção dos Enfermos não é propriamente para curar
o doente, mas para confortá-lo.
4. 4. O conforto espiritual pode, em muitos casos, ajudar
o doente a se recuperar.
5. 5. A pessoa, ao chegar à velhice, precisa de muito
apoio e consideração por parte de seu familiares.
6. 6. A Unção dos Enfermos não é para apressar a morte,
mas para comunicar a força da presença de Deus.
6. Oração Final e Encerramento
- Convidar a turma para rezar por todas as pessoas doentes e fragilizadas.
- O catequista pode fazer as preces e a turma repetir o refrão ou pode escrevê-las em tiras de papel e distribuir para a turma.
- As preces podem ser as que se seguem ou outras, conforme a criatividade do catequista:
1. “Nós te pedimos, ó Deus, que socorras todos os
sofredores e angustiados.”
2. “Nós te pedimos, ó Deus, que fortaleças todos os
doentes.”
3. “Nós te pedimos, ó Deus, que consoles e protejas os
idosos e desamparados.”
4. “Nós te pedimos, ó Deus, que nos ensines a acolher
e amar o irmão sofredor.”
5. “Nós te pedimos, ó Deus, que nos ajudes a ser uma
presença amiga para nossos parentes que se encontram enfermos.”
6. “Nós te pedimos, ó Deus, que nos ajudes a ser
firmes na hora da doença e da morte.”
7. “Nós te pedimos, ó Deus, que aumentes a nossa fé e
esperança na vida eterna.”
8. “Nós te pedimos, ó Deus, que no ajudes a confiar
sempre mais na tua misericórdia.”
- O refrão poderá ser: “Senhor, escuta a nossa prece.”
- Encerrar cantando a música número 5, lembrando o valor da vida que é sempre dom de Deus, em todos os momentos.
- Motivar para o próximo encontro. Pedir que tragam fotos do casamento de seus pais, se tiverem.
O tempo oportuno para receber a Unção dos Enfermos é o momento
em que a pessoa está doente e precisa da força de Deus para enfrentar esta
doença.
Este sacramento pode ser dado mais de
uma vez de acordo com a necessidade do enfermo. É celebrado de preferência na
comunidade da família ou também no hospital ou na igreja para um só enfermo ou
para um grupo de enfermos.
Os elementos principais desta
celebração é a imposição das mãos por parte do padre, a invocação própria deste sacramento e a
unção com o óleo dos enfermos na fronte e nas mãos do doente acompanhada pela
oração.
Os efeitos deste sacramento são
sobretudo a paz e a coragem para vencer as dificuldades próprias da doença, frutos da graça do Espírito Santo que nasce da fé e confiança
em Deus e fortalece diante da tentação, do desânimo e da angústia diante da
morte. Mediante este sacramento o enfermo recebe também o perdão dos pecados
caso ele não tenha mais condições de celebrar o sacramento da Penitência.
Fontes:
Fontes:
- Bíblia Sagrada
- Catecismo da Igreja Católica
- Livro "O Caminho", da Diocese de Duque de Caxias
- Livro "Somos Igreja", do Padre Orione Silva
ALGUNS MOMENTOS DO NOSSO ENCONTRO
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