...

...
...

segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Sacramento da Unção dos Enfermos


Objetivos:

  • Refletir sobre o Sacramento da Unção, também conhecido como Unção dos Enfermos.
  • Entender o sentido da Unção dos Enfermos.

Ambiente:

  • Crucifixo, Bíblia, vela, flores, óleo.
  • Mesa forrada com toalha branca.

1. Acolhida e Oração Inicial

  • Acolher a todos com animação.
  • Iniciar o encontro, cantando músicas animadas.
  • Sossegar a turma para rezar.
  • Convidar para rezar o Sl 103/102. Distribuir o salmo.
  • Rezar em dois coros:
A – “Bendize, ó minh’alma, ao Senhor
      E tudo o que existe em mim bendiga o seu santo nome.

B – Bendize, ó minh’alma, ao Senhor
      E jamais se esqueças de todos os seus benefícios.

A – É ele quem perdoa as tuas faltas
      E sara as tuas enfermidades.

B – É ele quem salva tua vida da morte
      E te coroa de bondade e misericórdia.

A – É ele quem cumula de benefícios a tua vida
      E renova a tua juventude como a da águia.

B – Como o céu está distante da terra,
      Assim sua misericórdia é grande para com os que nele
      confiam.

A – Quanto o Oriente está distante do Ocidente,
       Tanto ele afasta de nós nossos pecados.

B – Como um pai tem piedade de seus filhos,
      Assim o Senhor tem compaixão dos que nele confiam.

A – Porque ele sabe como é a nossa natureza
      E não se esquece de que somos fracos.

B – Os dias do homem são semelhantes a uma planta,
      Ele floresce como a flor dos campos.

A – Apenas sopra o vento, já não existe
      E nem se conhece mais o seu lugar.

B – É eterna, porém, a misericórdia do Senhor
      E sua justiça é grande para com todos.”

A – Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo.

B – Como era no princípio, agora e sempre. Amém!


  • Depois de rezar o Salmo, dar uma pequena pausa para silenciar e meditar o texto. Cada um poderá reler o Salmo, em silêncio, para melhor interiorizar sua mensagem.
  • Depois, cada um poderá fazer seu louvor com a ajuda do Salmo. Poderá dizer, por exemplo:
- Obrigado, meu  Deus, porque o Senhor  perdoa as nossas  faltas.

- Obrigado, meu Deus, porque o Senhor sara as  nossas enfermidades.

- Obrigado, meu Deus, porque o Senhor tem nos mostrado sua  bondade e misericórdia.

- Obrigado, meu Deus, porque o Senhor não se esquece de que somos fracos e por isso nos compreende e ajuda.
  • Todos poderão dizer: Obrigado, Senhor.
  • Talvez fosse bom correr a roda, a começar pelo catequista. Mas é bom lembrar que ninguém deve ser obrigado a rezar caso não queira fazê-lo.

Recordação da vida:

  • Recordar a semana com as crianças. Perguntar sobre gestos concretos de perdão que realizaram e sobre as dúvidas sobre o sacramento da Penitência.

Relembrando os encontros anteriores:

Os sacramentos são sete: Batismo, Eucaristia, Crisma, Ordem, Matrimônio, Reconciliação e Unção dos Enfermos.

Os sete Sacramentos são agrupados por sua finalidade:
  • Sacramentos de Iniciação Cristã
  • Sacramentos de Cura
  • Sacramentos de Serviço e Comunhão

Os Sacramentos de Iniciação são:  Batismo, Crisma e Eucaristia. Por eles, são lançados os fundamentos de toda a vida cristã.

O Batismo, Eucaristia, Crisma são chamados Sacramentos da Iniciação Cristã, pois nos colocam no caminho de Jesus.

A Ordem e o Matrimônio são chamados Sacramentos do serviço à comunhão, pois marcam o compromisso das pessoas na vivência da sua vocação na família e na igreja.

Reconciliação e Unção dos Enfermos são chamados Sacramentos da cura, pois são a graça de Deus agindo em nossos momentos de pecado e fraqueza humana e nos momentos de doença.

Vimos no nosso encontro de sábado passado, o Sacramento da Reconciliação, também chamado confissão ou penitência. Este sacramento é um convite de Jesus a pedir perdão por nossos pecados e a nos reconciliar com Ele e com as pessoas.

Mediante o Sacramento da Reconciliação, nós nos aproximamos do Ministro de Cristo – o padre – em atitude de humildade para confessar o amor e a bondade  de Deus sobre nós e nossas pequenas ou grandes infidelidades a este amor e bondade.


3.  Anúncio do tema
Os sacramentos da Confissão e da Unção são chamados sacramentos de cura, porque renovam a presença de Deus nos momentos em que passamos pelas fraquezas, seja do pecado, seja da doença ou da velhice. Esses momentos são também de grande importância em nossa vida. Não porque sejam bons momentos, mas porque fazem parte da vida e a gente precisa aprender a lidar com eles, contando com a força de Deus.
Hoje vamos falar sobre o segundo sacramento da cura: o da Unção, também conhecido como Unção dos Enfermos. Este sacramento nos convida a refletir sobre a doença e o sofrimento em nossa vida. Quando ficamos doentes sentimos muito nossa fraqueza e nossos limites, mas temos encontrar o que é essencial: a presença de Deus em nossa vida.
No Evangelho que vamos conhecer hoje, encontraremos Jesus que toca e unge com amor um homem cego de nascença. A partir da atitude de Jesus e do cego, vemos os efeitos da graça de Deus na vida de uma pessoa e compreendemos que nem sempre a doença é para a morte, ou é castigo, pode ser também para a glória de Deus.

4. Leitura da passagem bíblica: João 9, 1-41

Jesus estava caminhando com seus discípulos quando viu sentado à beira do caminho um cego de nascença. Eles então perguntam a Jesus se este homem é cego  por culpa dele mesmo ou de seus pais. Jesus responde que nem uma coisa nem outra, mas ele é cego para que nele se manifestassem as obras de Deus.
Após dizer isso, Jesus cuspiu no chão, fez um pouco de lama com sua saliva e colocou nos olhos do cego e lhe mandou ir se lavar. O cego foi, lavou-se e voltou enxergando.
As pessoas então reconheceram que ele era cego e agora estava enxergando e começaram a entrar em crise até que denunciaram o cego para os chefes, que depois de um longo debate acabaram expulsando-o da comunidade.
Quando ele estava muito triste, abandonado, mas enxergando, Jesus se aproximou dele e perguntou se ele acreditava no Filho do Homem que era ele mesmo. Ele disse que não o conhecia, e Jesus então falou: “Sou eu que falo contigo”. Diante desta revelação de Jesus, ele se ajoelhou e disse: “Eu acredito, Senhor”.


Compreendendo o texto:

A cura do cego  é um exemplo do que acontece aos doentes quando são ungidos com fé no Sacramento da Unção dos Enfermos. Mesmo quando não são curados, renovam sua fé e na fé encontram a força para enfrentar os sofrimentos e as dificuldades.
Jesus se comove com os sofrimentos das pessoas e por eles dá a sua própria vida. Por sua paixão  e morte na Cruz, Ele deu um novo sentido ao sofrimento, que de agora em diante pode nos aproximar dele e nos unir à sua paixão redentora (CIC 1505).
Se Jesus esteve tão perto das pessoas doentes e sofredoras, o que ele espera de nós é que também possamos estar perto de quem sofre. É por isso que a Igreja crê e confessa que existe entre os sacramentos um destinado a confortar aqueles que estão provados pela dor.
Que a Palavra de Jesus neste evangelho e a nova atitude de fé deste homem que era cego de nascença nos ajude a ver  os enfermos com os olhos de Jesus e a servi-los com amor.

Os sacramentos são de grande importância. Mas é bom lembrar que visitar os doentes e idosos e apoiá-los é tarefa de toda pessoa de fé. Então, até as crianças podem visitar os doentes da comunidade e lhes agraciarem com sua amável companhia.

A Bíblia diz que onde houver um enfermo, a comunidade  de fé precisa estar presente, o apoiando. Vamos ouvir o texto.

Texto: Tg 5,13-13-15

Ajudar a turma a localizar o texto na Bíblia.

Partilha:

  • O que Tiago recomenda para quem está sofrendo?
  • E para quem está alegre?
  • E se alguém estiver doente, o que fazer segundo Tiago?


Do livro Somos Igreja, do Padre Orione Silva:

Esse texto nos mostra que, desde o começo da Igreja, havia o costume de visitar os doentes e rezar por eles. Quem atravessa uma enfermidade precisa de um carinho todo especial. A Igreja expressa esse carinho aos doentes especialmente por meio do sacramento da Unção dos Enfermos.
A enfermidade é um momento  em que o nosso corpo  entra em crise, mostrando toda a sua fragilidade e seu caráter passageiro. Toda a pessoa se sente envolvida por essa fraqueza que parece reduzi-la a nada.
Por isso, a Carta de Tiago recomenda que sejam chamados os anciãos, os ministros ou líderes da Igreja, para que, na solidariedade da comunidade eclesial, a pessoa debilitada pela doença se sinta fortalecida e amada. Tiago recomenda ainda que os ministros façam a unção do doente com o óleo.
Além da doença, a velhice também coloca a pessoa em situação de fragilidade. A pessoa idosa adoece mais facilmente. Sua saúde não é tão resistente. O idoso costuma ter a sensação de estar mais próximo de concluir sua vida. Por isso, precisa de muito apoio e muita fé. Então, a Unção dos Enfermos é também para os idosos.
O sacramento da Unção é isto: força de Deus na fragilidade humana, pois, quando estamos fracos, com Deus somos fortes. Então, o padre visita o doente ou idoso, conversa com ele, reza por ele e o unge com o óleo, que significa força de Deus. Juntamente com o sacramento da Unção, o padre costuma atender a Confissão do doente, se esse consegue e quer fazê-lo. Isso lhe traz alívio e serenidade espiritual, dando-lhe força para enfrentar a dor.
Mas a Unção não é para despachar a pessoa, apressando  sua morte. É só para apoiar a pessoa num momento difícil. Antigamente, só se ungia quem estivesse mesmo agonizando. Por isso, esse sacramento era conhecido como Extrema Unção, ou seja, a unção da última hora da pessoa neste mundo. Era comum dizer que, quando o padre ia visitar o doente, já se podia encomendar o caixão.
Hoje é diferente. A Unção perdeu esse caráter extremo. E pode ser dada em muitos casos: em qualquer enfermidade mais grave, mesmo não sendo caso de morte; em pessoas idosas, mesmo sem estar doentes; em alguém que vai se submeter a uma cirurgia mais perigosa; e, é claro, em casos mais graves que, de fato, antecedem a morte.
O sacramento da Unção ainda é pouco valorizado, porque as pessoas têm medo e constrangimento de lidar com questões como doença e morte. O desejo da Igreja é que as pessoas aprendam a valorizar esses momentos como ocasiões e verdadeiro encontro com a força de Deus que nos socorre nas horas de fraqueza. Esse é o sentido da Unção dos Enfermos.



5. Atividades

  • Dividir a turma em pequenos grupos. Sortear as frases abaixo com os  grupos. E cada grupo comenta a frase, fazendo-se um debate sobre os temas suscitados.

1.  1.  O cristão precisa encarar a morte de forma nova: sem medo e com esperança.

2.  2.  A doença não é um castigo de Deus, mas é uma consequência da nossa fragilidade.

3.  3. A Unção dos Enfermos não é propriamente para curar o doente, mas para confortá-lo.

4.  4. O conforto espiritual pode, em muitos casos, ajudar o doente a se recuperar.

5.  5. A pessoa, ao chegar à velhice, precisa de muito apoio e consideração por parte de seu familiares.

6.  6. A Unção dos Enfermos não é para apressar a morte, mas para comunicar a força da presença de Deus.




6. Oração Final e Encerramento

  • Convidar a turma para rezar por todas as pessoas doentes e fragilizadas.
  • O catequista pode fazer as preces e a turma repetir o refrão ou pode escrevê-las em tiras de papel e distribuir para a turma.
  • As preces podem ser as que se seguem ou outras, conforme a criatividade do catequista:

1.  “Nós te pedimos, ó Deus, que socorras todos os sofredores e angustiados.”

2.  “Nós te pedimos, ó Deus, que fortaleças todos os doentes.”

3.  “Nós te pedimos, ó Deus, que consoles e protejas os idosos e desamparados.”

4.  “Nós te pedimos, ó Deus, que nos ensines a acolher e amar o irmão sofredor.”

5.  “Nós te pedimos, ó Deus, que nos ajudes a ser uma presença amiga para nossos parentes que se encontram enfermos.”

6.  “Nós te pedimos, ó Deus, que nos ajudes a ser firmes na hora da doença e da morte.”

7.  “Nós te pedimos, ó Deus, que aumentes a nossa fé e esperança na vida eterna.”

8.  “Nós te pedimos, ó Deus, que no ajudes a confiar sempre mais na tua misericórdia.”


  • O refrão poderá ser: “Senhor, escuta a nossa prece.”
  • Encerrar cantando a música número 5, lembrando o valor da vida que é sempre dom de Deus, em todos os momentos.
  • Motivar para o próximo encontro. Pedir que tragam fotos do casamento de seus pais, se tiverem.
Para o catequista:

O tempo oportuno  para receber a Unção dos Enfermos é o momento em que a pessoa está doente e precisa da força de Deus para enfrentar esta doença.

Este sacramento pode ser dado mais de uma vez de acordo com a necessidade do enfermo. É celebrado de preferência na comunidade da família ou também no hospital ou na igreja para um só enfermo ou para um grupo de enfermos.

Os elementos principais desta celebração é a imposição das mãos por parte do padre,  a invocação própria deste sacramento e a unção com o óleo dos enfermos na fronte e nas mãos do doente acompanhada pela oração.

Os efeitos deste sacramento são sobretudo a paz e a coragem para vencer as dificuldades  próprias da doença, frutos da graça  do Espírito Santo que nasce da fé e confiança em Deus e fortalece diante da tentação, do desânimo e da angústia diante da morte. Mediante este sacramento o enfermo recebe também o perdão dos pecados caso ele não tenha mais condições de celebrar o sacramento da Penitência.


Fontes:
  • Bíblia Sagrada
  • Catecismo da Igreja Católica
  • Livro "O Caminho", da Diocese de Duque de Caxias
  • Livro "Somos Igreja", do Padre Orione Silva
ALGUNS MOMENTOS DO NOSSO ENCONTRO