"Deus amou tanto o mundo, que entregou o seu Filho único". O Pai "deu" o Filho para nos salvar, e isso resultou na morte de Jesus, e morte na cruz.
Por que a cruz?
Papa Francisco, numa de suas homilias, nos questionou: “Por quê? Por que foi necessária a Cruz?” E explica que foi devido a “gravidade do mal que nos mantinha escravos”.O Papa disse que a Cruz de Jesus exprime duas coisas: toda a força negativa do mal e toda a suave onipotência da misericórdia de Deus.
“A Cruz parece decretar o fracasso de Jesus, mas, na realidade, marca a sua vitória. No Calvário, aqueles que o injuriavam, diziam: ‘Se és Filho de Deus, desce da cruz’. Mas a verdade era o oposto: justamente porque era o Filho de Deus, Jesus estava ali, na cruz, fiel até o final ao desígnio do amor do Pai. E exatamente por isso Deus ‘exaltou’ Jesus, dando-lhe uma realeza universal”, afirmou.
O profeta Isaías mostra-nos que Jesus Cristo foi para a cruz “como um cordeiro que se conduz ao matadouro (Ele não abriu a boca)” (Is 53,7).
Mas o Senhor quis deixar-nos as suas últimas palavras, já pregado na Cruz.
As últimas palavras de uma pessoa são sempre interessantes, especialmente quando se trata de alguém que marcou o seu tempo por tudo o que disse. Agostinho, que viveu no século IV, declarou: "A cruz onde Cristo foi crucificado e morto, foi a cadeira do Mestre na sua aula final". O próprio Jesus, ao ensinar a parábola da figueira, afirmou: "passará o céu e a terra, porém as minhas palavras não passarão" (Mt 24, 35).
Como será que estava o coração de Jesus durante suas últimas horas? Em quem e no que Ele pensou naqueles momentos?
As últimas palavras de uma pessoa, antes da morte, são aquelas que expressam as suas maiores preocupações e recomendações. A Igreja sempre guardou essas “Palavras” com profundo amor, respeito e devoção, procurando tirar delas todo o seu riquíssimo significado.
Foram sete as últimas palavras de Jesus. As primeiras proferidas durante as três primeiras horas de sua crucificação; as outras quatro, Ele as pronunciou numa rápida sucessão, nos momentos finais de sua agonia.
Como será que estava o coração de Jesus durante suas últimas horas? Em quem e no que Ele pensou naqueles momentos?
As últimas palavras de uma pessoa, antes da morte, são aquelas que expressam as suas maiores preocupações e recomendações. A Igreja sempre guardou essas “Palavras” com profundo amor, respeito e devoção, procurando tirar delas todo o seu riquíssimo significado.
Foram sete as últimas palavras de Jesus. As primeiras proferidas durante as três primeiras horas de sua crucificação; as outras quatro, Ele as pronunciou numa rápida sucessão, nos momentos finais de sua agonia.
1 – “Pai, perdoai-lhes porque eles não sabem o que fazem” (Lc 23,34)
Com essas palavras Jesus selava todo o seu ensinamento sobre a necessidade de “perdoar até os inimigos” (Mt 5,44). Na Cruz o Senhor confirmava para todos nós que é possível, sim, viver “a maior exigência da fé cristã”: o perdão incondicional a todos. Na Cruz Ele selava o que tinha ensinado:
“Não resistais ao mau. Se alguém te feriu a face direita, oferece-lhe também a outra… Amai os vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam, orai pelos que vos maltratam e perseguem. Deste modo sereis filhos do vosso Pai do céu, pois ele faz nascer o sol tanto sobre os maus como sobre os bons” (Mt 5,44-48). “Se não perdoardes aos homens, tampouco vosso Pai vos perdoará” (Mt 6,14).
Certa vez Pedro perguntou-Lhe: “Senhor, quantas vezes devo perdoar meu irmão, quando ele pecar contra mim? Até sete vezes?” “Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete” (Mt 18, 21-22).
2 – “Hoje mesmo estarás comigo no Paraíso” (Lc 23,43)
Com essas palavras de perdão e amor ao “bom” ladrão, Jesus nos mostra de maneira inequívoca o oceano ilimitado de sua misericórdia. Bastou Dimas confiar no Coração Misericordioso do Senhor, para ter-lhe abertas, de imediato, as portas do Céu.
Não é à toa que a Igreja ensina que o pior pecado é o da desesperança, o de não confiar no perdão de Deus, por achar que o próprio pecado possa ser maior do que a infinita misericórdia do Senhor. Uma grande tentação sempre será, para todos nós, não confiar na misericórdia de Deus. Santa Teresinha do Menino Jesus dizia: “como a misericórdia e a bondade do coração de Jesus são pouco conhecidas”! “Jesus, eu confio em Vós”.
3 – “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonastes?” (Mt 27,46)
Estas palavras, que também estão no Salmo 21, mostram todo o aniquilamento do Senhor. É aquilo que São Paulo exprimiu muito bem aos filipenses: “aniquilou-se a si mesmo, assumindo a condição de escravo” (Fil 2,8). Jesus sofreu todo o aniquilamento possível de se imaginar: moral, psicológico, afetivo, físico, espiritual, enfim, como disse o profeta: “foi castigado por nossos crimes e esmagado por nossas iniquidades…” (Is 53,5). Depois de tudo isto “ninguém tem mais o direito de duvidar do amor de Deus”. Será uma grande blasfêmia alguém dizer que Deus não lhe ama, depois que Jesus sofreu tanto para assumir em si o pecado de todos os homens e de cada homem. Paulo disse aos Gálatas: “Ele morreu por mim” (Gal 5,22).
4 – “Mulher, eis aí o teu filho”…“Filho, eis aí tua Mãe” (Jo19,26)
Tendo entregado-se todo pela nossa salvação, já prestes a morrer, Jesus ainda nos quis deixar o que Ele tinha de mais precioso nesta vida, a sua querida Mãe. E como Jesus confiava nela! A tal ponto de querê-la para nossa Mãe também. Todos aqueles que se esquecem de Maria, ou, pior ainda, a rejeitam, esquecem e rejeitam também a Jesus, pois negam receber de Suas mãos, na hora suprema da Morte, o seu maior Presente para nós.
5 – “Tenho sede!” (Jo 19,28)
Dizem os Padres da Igreja que esta “sede” do Senhor mais do que sede de água, é sede de almas a serem salvas, com o seu próprio Sacrifício que se consumava naquela hora. E esta “sede” de Jesus continua hoje, mais forte do que nunca. Muitos ainda, pelos quais ele derramou o seu sangue preciosíssimo, continuam vivendo uma vida de pecado, afastados do amor de Deus e da Igreja. Quantos e quantos batizados, talvez a maioria, nem sequer vai à Missa aos domingos, não sabe o que é uma Confissão há anos, não comunga, não reza, enfim, vive como se Deus não existisse…
6 – “Tudo está consumado” (Jo 19,30)
Nos diz São João: “sabendo Jesus que tudo estava consumado…”, isto é, Jesus tinha plena consciência que tinha cumprido “toda” a sua missão salvífica, conforme o desígnio santo de Deus. Enquanto tudo não estava cumprido, Ele não “entregou” o seu espírito ao Pai. Assim, fica bem claro que a nossa salvação depende agora de nós, porque a parte de Deus já foi perfeitamente cumprida até às últimas conseqüências.
7 – “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito” (Lc 23,46)
Confiando plenamente no Pai, que Ele fizera também nosso Pai ao assumir a nossa humanidade, Jesus volta para Aquele que tanto amava. É o seu destino, o coração do Pai; e é o nosso destino também. Ao voltar para o Pai, Jesus indica o nosso fim; o seio do Pai, o Céu.
“Vós sois cidadãos do Céu” (Fil 3,20), grita o Apóstolo; por isso, como diz a Liturgia, é preciso “caminhar entre as coisas que passam, abraçando somente as que não passam”.
Fonte: Blog Canção Nova - Prof. Felipe Aquino
O número sete tem todo um significado especial, tanto na literatura bíblica como na universal. Cícero já dizia: "Em tudo quanto existe o número sete prevalece." Por exemplo: sete são os dias da semana, sete são as maravilhas do mundo antigo, sete são as cores do arco-íris, sete são as notas musicais, sete são as colinas de Roma e sete foram as palavras de Cristo na cruz. Na Bíblia encontramos mais de oitocentas referências ao número sete, por exemplo: sete Igrejas do Apocalipse, sete selos, sete trombetas, etc.
O número sete indica plenitude, perfeição. E nas sete Palavras de Jesus encontramos uma mensagem perfeita, plena. Mensagem de um salvador, que na hora da morte tinha um coração cheio de amor, amor que transbordou em palavras de esperança. Suas feridas não foram tratadas para que as nossas fossem. Suas aflições foram imensas para que as nossas fossem levadas embora.
Ao morrer, da forma como morreu, Jesus nos aproximou mais dEle, e cada vez que chegamos perto da cruz, O amamos ainda mais.
Gl 6, 12.14 – “Quanto a mim, não pretendo, jamais, gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo.”
Fonte: Blog Canção Nova - Prof. Felipe Aquino
O número sete indica plenitude, perfeição. E nas sete Palavras de Jesus encontramos uma mensagem perfeita, plena. Mensagem de um salvador, que na hora da morte tinha um coração cheio de amor, amor que transbordou em palavras de esperança. Suas feridas não foram tratadas para que as nossas fossem. Suas aflições foram imensas para que as nossas fossem levadas embora.
Ao morrer, da forma como morreu, Jesus nos aproximou mais dEle, e cada vez que chegamos perto da cruz, O amamos ainda mais.
Gl 6, 12.14 – “Quanto a mim, não pretendo, jamais, gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo.”
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