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sábado, 30 de agosto de 2014

Inveja e fofocas não são cristãs e atentam contra a unidade da Igreja, diz o Papa.




PAPA FRANCISCO: "Fofoca gera sempre ciúmes e inveja."

Inveja e fofocas não são cristãs e atentam contra a unidade da Igreja, diz o Papa


Publicado em: 27 de agosto de 2014



Página Encontro com Cristo
O Portal da Plenitude
Padre Alberto Gambarini

Na sua catequese de hoje, o Papa Francisco alentou os cristãos a não caírem na inveja e na fofoca dentro da Igreja, pois isto atenta contra a unidade pela qual Cristo rezou e é “obra do diabo”.
  
O Santo Padre recordou que ao fazer “nossa profissão de fé recitando o ‘Credo’, nós afirmamos que a Igreja é ‘uma’ e ‘santa’. É una porque tem a sua origem em Deus Trindade, mistério de unidade e de comunhão plena. Depois, a Igreja é santa, enquanto fundada sobre Jesus Cristo, animada pelo seu Espírito Santo, repleta do seu amor e da sua salvação”.
  
“Ao mesmo tempo, porém, é santa e composta de pecadores, todos nós, pecadores, que fazemos experiência cada dia das nossas fragilidades e das nossas misérias. Então, esta fé que professamos nos impele à conversão, a ter a coragem de viver cotidianamente a unidade e a santidade, e se nós são somos unidos, se não somos santos, é porque não somos fiéis a Jesus”.

O Santo Padre assegurou que “Ele, Jesus, não nos deixa sozinhos, não abandona a sua Igreja! Ele caminha conosco, Ele nos entende. Entende as nossas fraquezas, os nossos pecados, perdoa-nos, sempre que nós nos deixamos perdoar. Ele está sempre conosco, ajudando-nos a nos tornarmos menos pecadores, mais santos, mais unidos”.
  
“O primeiro conforto vem do fato de que Jesus rezou tanto pela unidade dos discípulos. É a oração da Última Ceia, Jesus pediu tanto: “Pai, que sejam uma só coisa”. Rezou pela unidade, e o fez propriamente na iminência da Paixão, quando estava para oferecer toda a sua vida por nós. É aquilo que somos convidados continuamente a reler e meditar, em uma das páginas mais intensas e comoventes do Evangelho de João, o capítulo dezessete”.

“Como é belo saber que o Senhor, pouco antes de morrer, não se preocupou consigo mesmo, mas pensou em nós! E no seu diálogo sincero com o Pai, rezou justamente para que pudéssemos ser uma só coisa com Ele e entre nós”. Francisco assinalou que “a Igreja procurou desde o início realizar este propósito que está no coração de Jesus”.

“A experiência, porém, nos diz que são tantos os pecados contra a unidade. E não pensemos só nos cismas, pensemos em faltas muito comuns nas nossas comunidades, em pecados ‘paroquiais’, aqueles pecados nas paróquias”.
  
“Às vezes, de fato, as nossas paróquias, chamadas a serem lugares de partilha e de comunhão, são tristemente marcadas por inveja, ciúmes, antipatia…”.
  
“E as fofocas são acessíveis a todos. Como se fofoca nas paróquias! Isto não é bom. Por exemplo, quando alguém é eleito presidente daquela associação, fofoca-se contra ele. E se aquela outra é eleita presidente da catequese, as outras fofocam contra ela. Mas, esta não é a Igreja. Não se deve fazer isto, não devemos fazê-lo!”.

Francisco indicou que “isto é humano, sim, mas não é cristão! Isto acontece quando almejamos os primeiros lugares; quando colocamos no centro nós mesmos, com as nossas ambições pessoais e os nossos modos de ver as coisas, e julgamos os outros; quando olhamos aos defeitos dos irmãos, em vez de olhar para suas competências; quando damos mais peso àquilo que nos divide, em vez de olhar para o que nos une…”.

O Papa recordou que “uma vez, na outra diocese em que eu estava antes, ouvi um comentário interessante e belo. Falava-se de uma idosa que por toda a vida tinha trabalhado na paróquia e uma pessoa que a conhecia bem disse: ‘Esta mulher nunca falou mal dos outros, nunca fofocou, sempre estava com um sorriso’. Uma mulher assim pode ser canonizada amanhã!”.

“Diante de tudo isso, devemos fazer seriamente um exame de consciência. Em uma comunidade cristã, a divisão é um dos pecados mais graves, porque a torna sinal não da obra de Deus, mas da obra do diabo, que é por definição aquele que separa, que arruína as relações, que insinua preconceitos…”.
  
O Santo Padre assinalou que “Deus, em vez disso, quer que cresçamos na capacidade de nos acolhermos, de nos perdoarmos e de nos querermos bem, para nos assemelharmos sempre mais a Ele que é comunhão e amor. Nisto está a santidade da Igreja: em reconhecer-se à imagem de Deus, repleta da sua misericórdia e da sua graça”.

“Queridos amigos, façamos ressoar no nosso coração estas palavras de Jesus: ‘Bem aventurados os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus’ (Mt 5, 9). Peçamos sinceramente perdão por todas as vezes em que fomos ocasião de divisão ou de incompreensão dentro das nossas comunidades, bem sabendo que não se chega à comunhão se não através de uma contínua conversão. O que é a conversão? É pedir ao Senhor a graça de não falar mal, de não criticar, de não fofocar, de querer bem a todos. É uma graça que o Senhor nos dá. Isto é converter o coração“.
  
“E peçamos que a base cotidiana das nossas relações possa se tornar uma reflexão sempre mais bela e alegre da relação entre Jesus e o Pai”, concluiu.


Fonte: ACI Digital




sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Papa Francisco: "Às vezes, em nossas vidas, os óculos para ver Jesus são as lágrimas."

 
Página Editora Cléofas

Segundo o site ACIDIGITAL (02 de abril de 2013), ao presidir uma Missa na Casa Santa Marta para os guardas e trabalhadores do Vaticano, cujo centro foi o Evangelho do dia, que narrava o encontro de Jesus com Maria Madalena, o Papa Francisco alentou os fiéis a pedirem a Deus a graça das lágrimas para serem capazes de ver o Cristo ressuscitado no período Pascal.
O Papa disse que Maria Madalena era aquela mulher “da qual Jesus disse que amou muito e por isso os seus muitos pecados lhe foram perdoados”. Entretanto esta mulher teve que “enfrentar a perda de todas suas esperanças” ao não ver Jesus Cristo e por isso chora.
“Às vezes, em nossas vidas – disse o Papa Francisco – os óculos para ver a Jesus são as lágrimas.” É com suas lágrimas, portanto, que Maria Madalena envia esta mensagem: “Eu vi o Senhor”.
“Todos nós, em nossa vida, sentimos a alegria, a tristeza, a dor”, mas, “nos momentos mais escuros, choramos? Tivemos essa bondade das lágrimas que preparam os olhos para olhar,  para ver o Senhor?”
Sobre Madalena que chora, disse logo o Papa, “podemos também nós pedir ao Senhor a graça das lágrimas. É uma bela graça … Chorar por tudo: pelo bem, por nossos pecados, pelas graças, pela alegria também”,  já que “o choro prepara-nos para ver Jesus”.
O Papa Francisco indicou que é o Senhor quem “nos dá a graça de poder dizer com nossa vida ‘Vi o Senhor’, não porque me apareceu, mas porque ‘o vi dentro do coração’. E este deve ser o testemunho da nossa vida: ‘Vivo assim porque vi o Senhor’”.



O que é o dom de lágrimas?

“A Palavra de Deus fala de um tipo de oração feita entre ‘lágrimas’ que é poderosíssima. Isso por se tratar de um dom do Espírito Santo. É uma oração eficaz que Deus atende prontamente. Por isso está escrito: “Roguemos ao Senhor com lágrimas que nos conceda a sua misericórdia como lhe aprouver, para que assim como se perturbou o nosso coração com o orgulho dos nossos inimigos, do mesmo modo encontraremos glória em nossa humilhação” (Jt 8, 17).

Deus tem o poder de transformar em vitória a humilhação que vivemos no momento presente. O choro nos esvazia na presença do Senhor e, quando um coração está vazio de si mesmo, Deus o encherá. É a humildade que atrai o Senhor ao nosso encontro.

No dom de lágrimas, Deus cura o coração ferido pelo pecado, purifica-o e fortalece-o contra todo mal e toda tentação. Trata-se de um favor, um dom que Deus concede de graça, um benefício que ele dá e que tem o poder de tornar a pessoa liberta. Esse dom tem a força de devolver a felicidade aos que se perderam de Deus e mergulharam nas trevas da tristeza. É uma graça especial e firme de intercessão que age em nós para salvar as pessoas ... 

Deus, pela humildade das lágrimas, salva da morte e do desespero. Ele desperta esse carisma no coração de uma pessoa quando quer torná-la melhor, mais santa. São muitos os bens que o Espírito Santo realiza na vida daqueles a quem deu esse dom. Mas a graça só acontece se a pessoa acolher com reconhecimento.

(p.20-22. O Dom das Lágrimas. Márcio Mendes. Editora Canção Nova. 33ª. Ed. 2007).



“São Pedro Damião havia experimentado a força do chorar no Espírito e isso lhe permitia afirmar: “Ademais, as lágrimas dissolvem todo contágio de impureza na prostituta, e contribuem para que as mãos imundas mereçam tocar não apenas os pés mas a cabeça do Senhor. Dizia ainda que as lágrimas contribuem para que aquele que foi infiel e pecou não pereça depois da queda.”
(p.26. O Dom das Lágrimas. Márcio Mendes. Editora Canção Nova. 33ª. Ed. 2007).


“Foi o que aconteceu  com Pedro. Depois de ter se entregado à tristeza e negado por três vezes o Filho de Deus, Pedro fica amargurado e entra em sofrimento. O olhar de infinita misericórdia de Jesus provoca lágrimas de arrependimento e cura seu coração. Jesus não o acusa, apenas recebe-o de volta como amigo.
(p.30. O Dom das Lágrimas. Márcio Mendes. Editora Canção Nova. 33ª. Ed. 2007).




“Quero citar cinco coisas que ajudam a viver essa experiência:

a) Rezar para obter este dom; 
b) Deixar-ser moldar por Deus; 
c) Desapegar-se da própria imagem e romper com preconceitos – Se uma pessoa se prende à preocupação pelo que os outros vão pensar dela, se fica envergonhada pelo fato de ser vista chorando, se ela está de tal maneira presa à própria fama e aspecto físico ... então corre o risco de não se abrir aos dons de Deus;
d) Buscar a Glória de Deus;
e) Confiar no doador." 
(p.40-41. O Dom das Lágrimas. Márcio Mendes. Editora Canção Nova. 33ª. Ed. 2007).


Palavras da Bíblia:

“Tobit, então, suspirando em meio de suas lágrimas, pôs-se a orar” (Tobias 3,1)

“Então Raguel disse: Não tenho mais dúvidas de que Deus admitiu em sua presença minhas lágrimas.” (Tobias 7,13)

“Quando tu oravas com lágrimas e enterravas os mortos, quando deixavas a tua refeição e ias ocultar os mortos em tua casa durante o dia, para sepultá-los quando viesse a noite, eu apresentava as tuas orações ao Senhor.” (Tobias 12,12)

“Mas o Senhor é paciente; façamos, pois, penitência por isso e peçamos-lhe perdão com lágrimas nos olhos.” (Judite 8,14)

“Roguemos ao Senhor com lágrimas que nos conceda a sua misericórdia como lhe aprouver, para que, assim como se perturbou o nosso coração com o orgulho de nossos inimigos, do mesmo modo encontremos glória em nossa humilhação.” (Judite 8,17)

“e, estando a seus pés, por detrás dele, começou a chorar. Pouco depois suas lágrimas banhavam os pés do Senhor e ela os enxugava com os cabelos, beijava-os e os ungia com o perfume.” (São Lucas 7,38)

“Servi ao Senhor com toda a humildade, com lágrimas e no meio das provações que me sobrevieram pelas ciladas dos judeus.” (Atos dos Apóstolos 20,19)

“Nos dias de sua vida mortal, dirigiu preces e súplicas, entre clamores e lágrimas, àquele que o podia salvar da morte, e foi atendido pela sua piedade.” (Hebreus 5,7)

“Quando me vêm ao pensamento as tuas lágrimas, sinto grande desejo de te ver para me encher de alegria.” (II Timóteo 1,4)



Meu Filho



Ele é o nó no meu cabelo,
o esmalte descascado na minha unha,
as olheiras no meu rosto.
Ele é o brinquedo na gaveta de roupas,
o amassado nas páginas do meu livro,
o rasgado no meu caderno de anotações.
Ele é o melado no controle remoto,
o canal de televisão,
o filme no DVD.
Ele é o farelo no sofá,
as tesouras no alto.
Ele é o backup no computador,
o mouse escondido,
as cadeiras longe da janela.
Ele é a marca de mão nos móveis,
o embaçado nos vidros,
o desfiado nos tecidos.
Ele é o ventilador desligado,
a porta do banheiro fechada,
a gaveta da cômoda aberta.
Ele é o coque na minha cabeça,
o amarrotado nas roupas,
as frutas fora da fruteira,
os panos de prato amarrando os armários.
Ele é o meu shampoo cheio de água,
a espuma no chão do banheiro,
o brinquedo dentro da privada.
Ele é o interruptor nas tomadas.
Ele é o peixe no aquário,
a árvore de natal,
os "pisca-pisca" de todas as casas.
Ele é o círculo, o susto...
A primeira visão da lua no começo da noite...
O valor do trabalho, a vontade de aprender,
a minha força,
a minha fraqueza,
a minha riqueza.
Ele é o aperto no meu peito diante de uma escada,
a ausência de sono diante de uma febre.
Ele é o meu impulso, o meu reflexo, a minha velocidade.
O cheirinho no meu travesseiro, 
o barulho,
a metade, 
o azul.
Ele é o vazio triste no silêncio de dormir,
o meu sono leve durante a noite.
Ele é o meu ouvido aguçado enquanto durmo,
a minha pressa de levantar da cama,
a minha espera de bom dia.
Ele é o arrepio quando me chama,
a paz quando me abraça,
a emoção quando me olha.
Ele é meu cuidado, a minha fé,
o meu interesse pela vida,
a minha admiração pelas crianças,
o meu respeito pelas pessoas,
o meu amor por Deus.
É o meu ontem,
o meu hoje,
o meu amanhã.
Ele é a vontade,
a inspiração,
a poesia.
A lição, o dever.
Ele é a presença, a surpresa
a esperança.
A minha dedicação.
A minha oração.
A minha gratidão.
O meu amor mais puro e bonito.
A minha vida!

                                                           (Autor desconhecido)




Oração da Noite





Meu Pai, agora que as vozes silenciaram e os clamores se apagaram, aqui ao pé da cama, minha alma se eleva a Ti para dizer: Creio em Ti, espero em Ti, e amo-Te com todas as minhas forças, glória a Ti, Senhor!

Deposito nas tuas mãos a fadiga e a luta, as alegrias e desencantos deste dia que ficou para trás. Se os nervos me traíram, se os impulsos egoístas me dominaram, se dei lugar ao rancor ou à tristeza, perdão, Senhor! Tem piedade de mim!

Se fui infiel, se pronunciei palavras em vão, se me deixei levar pela impaciência, se fui um espinho para alguém, perdão Senhor! 

Nesta noite não quero entregar-me ao sono sem sentir na minha alma a segurança da tua misericórdia, a tua doce misericórdia inteiramente gratuita.

Senhor! Eu Te agradeço, meu Pai, porque foste a sombra fresca que me cobriu durante todo este dia. Eu Te agradeço porque, invisível, carinhoso e envolvente, cuidaste de mim como uma mãe, em todas essas horas. 

Senhor, ao redor de mim tudo já é silêncio e calma; envia o anjo da paz a esta casa. Relaxa meus nervos, sossega o meu espírito, solta as minhas tensões, inunda meu ser de silêncio e de serenidade. 

Vela por mim, Pai querido, enquanto eu me entrego confiante ao sono, como uma criança que dorme feliz em teus braços. 

Em teu Nome, Senhor, descansarei tranquilo.

Amém!

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Poema da Gratidão


"Quando eu deixei de olhar tão ansiosamente para o que me faltava e passei a olhar com gentileza para o que eu tinha, descobri que, de verdade, há muito mais a agradecer do que a pedir."
Obrigada, Senhor!
Senhor Jesus, muito obrigado…


Pelo ar que nos dás, pelo pão que nos deste, pela roupa que nos veste, pela alegria que possuímos, por tudo de que nos nutrimos… Muito obrigado pela beleza da paisagem, pelas aves que voam no céu de anil, pelas Tuas dádivas mil.
Muito obrigado, Senhor, pelos olhos que temos…

Olhos que veem o céu, que veem a terra e o mar, que contemplam toda beleza… Olhos que se iluminam de amor ante o majestoso festival de cor da generosa natureza! E os que perderam a visão? Deixa-me rogar por eles ao Teu nobre coração! Eu sei que depois desta vida, além da morte, voltarão a ver com alegria incontida…

Muito obrigado pelos ouvidos meus, pelos ouvidos que me foram dados por Deus. Obrigado, Senhor, porque posso escutar o Teu nome sublime e, assim, posso amar… Obrigado pelos ouvidos que registram a sinfonia da vida no trabalho, na dor, na lida… O gemido e o canto do vento nos galhos do olmeiro, as lágrimas doloridas do mundo inteiro e a voz longínqua do cancioneiro… E os que perderam a faculdade de escutar? Deixa-me por eles rogar. Sei que em Teu Reino voltarão a sonhar…

Obrigado, Senhor, pela minha voz, mas também pela voz que ama, pela voz que canta, pela voz que ajuda, pela voz que socorre, pela voz que ensina, pela voz que ilumina e pela voz que fala de amor, obrigado, Senhor! Recordo-me, sofrendo, daqueles que perderam o dom de falar e o Teu nome não podem pronunciar. Os que vivem atormentados na afasia e não podem cantar nem de noite, nem de dia. Eu suplico por eles sabendo, porém, que mais tarde, no Teu reino voltarão a falar…

Obrigado, Senhor, por estas mãos que são minhas alavancas da ação, do progresso, da redenção… Agradeço pelas mãos que acenam adeuses, pelas mãos que fazem ternura, e que socorrem na amargura. Pelas mãos que acarinham, pelas mãos que elaboram as leis pelas mãos que cicatrizam feridas retificando as carnes sofridas balsamizando as dores de muitas vidas! Pelas mãos que trabalham o solo, que amparam o sofrimento e estancam lágrimas, pelas mãos que ajudam os que sofrem, os que padecem… Pelas mãos que trabalham nestes traços, como estrelas sublimes fulgindo em meus braços!

E pelos pés que me levam a marchar, ereto, firme a caminhar. Pés de renúncia que seguem humildes e nobres sem reclamar… E os que estão amputados, os aleijados, os feridos, os deformados, eu rogo por eles e posso afirmar que no Teu Reino, após a lida dolorosa da vida, hão de poder bailar e em transportes sublimes outros braços afagar… Sei que a Ti tudo é possível Mesmo que ao mundo parece impossível…

Obrigado, Senhor, pelo meu lar, o recanto de paz ou escola de amor, a mansão da glória…Obrigado, Senhor, pelo amor que eu tenho e pelo lar que é meu… Mas, se eu sequer nem um lar tiver ou teto amigo para me aconchegar nem outro abrigo para me confortar… Se eu não possuir nada, senão as estradas e as estrelas do céu, como leito de repouso e o suave lençol, e ao meu lado ninguém existir, vivendo e chorando sozinho ao léu sem alguém para me consolar… Direi, cantarei, ainda:
“Obrigado, Senhor porque Te amo e sei que me amas, porque me deste a vida jovial, alegre, por Teu amor favorecida… Obrigado, Senhor, porque nasci… Obrigado porque creio em Ti e porque me socorres com amor, hoje e sempre, obrigado, Senhor…”






segunda-feira, 25 de agosto de 2014

O que é a Preguiça Espiritual?




A preguiça é considerada uma doença espiritual. Como toda doença, para que possa ser curada, é necessário saber o que a motivou, ou seja, a sua causa. O Catecismo da Igreja Católica ensina que ela é também uma tentação e provém de uma outra doença, a presunção; segundo ele, os “Padres espirituais entendem esta palavra [preguiça ou acídia] como uma forma de depressão devida ao relaxamento da ascese, à diminuição da vigilância, à negligência do coração”. Em outras palavras, “quanto mais alto se sobe, tanto maior é a queda. O desânimo doloroso é o inverso da presunção. Quem é humilde não se surpreende com sua miséria. Passa a ter mais confiança e a perseverar na constância”. (CIC 2733)
O Catecismo está ensinando que o cristão pode viver dois extremos negativos em sua vida de oração: a presunção, cuja filha é a preguiça, e o desânimo. O primeiro faz com que a pessoa julgue ter alcançado o grau máximo de comunhão com Deus, ou seja, presunçosamente já se considere santa. O segundo está relacionado à aridez espiritual e ocorre quando ‘… o coração está desanimado, sem gosto com relação aos pensamentos, às lembranças, aos sentimentos, mesmo espirituais’ (CIC 2731) e a pessoa acaba prostrada, sem forças, desanimada.
A presunção é a mãe da preguiça espiritual. Jesus sempre insistiu na necessidade de o cristão estar acordado, vigilante, esperando pela volta do seu Senhor. A presunção relaxa ou mesmo acaba com a vigilância. Quem nela se acomoda corre o sério risco de se perder.
A fé exige um esforço porque existe uma tendência no homem de sair da realidade e entrar nas falsas promessas de felicidade contidas em cada tentação, em cada pecado. Por isso, é uma luta a vida do homem sobre a terra (Cf. Jó 7,1).
A preguiça espiritual deve ser combatida com a ascese, a vigilância e o cuidado do coração que se exerce sobretudo na oração, no ouvir a Deus, deixá-Lo falar, mesmo quando o ouvir não seja agradável.
Padre Paulo Ricardo

Trecho extraído do livro: “A Resposta Católica, um pequeno manual para grandes questões”- Ed.Cléofas e Ed. Ecclesiae-p.174-175

domingo, 24 de agosto de 2014

Os milagres de Jesus realmente aconteceram?




Padre Paulo Ricardo

Atualmente, alguns teólogos têm repercutido a ideia de que os milagres de Jesus não aconteceram realmente. Para esses modernos, os milagres descritos nos Novo Testamento teriam sido apenas realidade simbólicas. Para entender de onde surgiu tal pensamento e de como ele adentrou à Igreja Católica é necessário fazer uma retrospectiva.
Um teólogo protestante chamado Rudolf Bultmann, nascido na primeira metade do século XX, bastante influente no período pós-segunda guerra mundial e fortemente influenciado pela filosofia existencialista de Martin Heidegger deu a largada. O pressuposto da filosofia existencialista é o empirismo, ou seja, só é real o que pode ser comprovado por meio de uma experiência sensível. Fora disso, trata-se de metafísica ou de mito.
Nesse viés, ao ler os Evangelhos, Bultmann deduziu que eles estavam permeados pela mentalidade da época, ou seja, mentalidade mitológica que cria em milagres, em seres invisíveis. Deste modo, os primeiros cristãos interpretaram o Jesus histórico a partir da sua visão de mundo (que acreditava em demônios, milagres, contos de fada). Bultmann afirmou, nesse sentido que “é impossível usar a luz elétrica e o rádio ou, quando doente, recorrer ao auxílio da medicina ou das descobertas científicas e, ao mesmo tempo, acreditar no mundo de espíritos e milagres apresentados pelo Novo Testamento”.”
Por isso, assim como os primeiros cristãos interpretaram Jesus histórico a partir de sua hermenêutica, Bultmann diz que essa mesma atitude deve ser tomada hoje, ou seja, para Bultmann, Jesus deve ser interpretado à luz da visão existencialista.
Após a morte de Bultmann, a visão existencialista de Jesus por ele proposta, deu lugar à hermêutica marxista, principalmente nos países da América Latina e pontualmente em alguns países da Europa. Também na linha marxista os milagres de Jesus não podem ser tomados como verdadeiros, pois esperando por eles, o povo de Deus deixaria de lutar, ou seja, se fixaria apenas no transcendente.
Jesus não é uma ficção, uma realidade que cada um interpreta da forma que bem quiser. Não. Jesus é Deus que se fez homem e este é o centro do Evangelho. Deus Todo-Poderoso se fez homem de maneira extraordinária. Veio no ventre de uma Virgem, sem interferência humana. O milagre dos milagres. Não acreditar em milagre faz de qualquer um não-cristão. Não é uma pequena heresia, mas sim a apostasia. Bultman não pode ser considerado cristão, pois ele não crê verdadeiramente no milagre da Encarnação de Jesus, portanto, é um apóstata da fé.
Deus veio em Jesus Cristo de maneira extraordinária e misteriosa. Assim não é possível dizer que Ele não intervém na história. O padre espanhol Torres Queiruga costuma dizer que Deus quando criou o mundo, criou também as suas leis e, portanto, seria uma incoerência Ele as ter criado para depois quebrá-las. Deste modo, não haveria milagres, pois Deus não pode quebrar as leis que criou. Mas, se Deus não pode fazer algo que está fora das suas leis, não pode também ter-se encarnado e nem mesmo ressuscitado, e assim, “vã é a nossa fé” (I Cor 15,2).
Não é de se estranhar, portanto, que em seu livro “Repensar a ressurreição”, o Padre Torres Queiruga afirme que não perderia a fé caso encontrasse o cadáver de Jesus. Para ele, a ressurreição é uma quimera, uma fantasia, um símbolo, mas não uma realidade ocorrida neste mundo. O túmulo vazio de fato aconteceu, e os discípulos creram. Deus não está sujeito às leis que criou. Ele está acima e fora de qualquer lei da natureza. Deus é onipotente e soberano.
Sobre os milagres de Jesus no Novo Testamento, deve-se considerar que fundamentalmente eles contém algo de histórico e pode ser que, para transmitir o fato junto com o significado, os evangelistas tenham feito adaptações na narrativa deles, para que não fossem somente a descrição crua de um acontecimento, mas um sinal que levasse as pessoas à fé. Então, é possível que, ao narrarem os milagres do Novo Testamento, os evangelistas tenham feito pequenas adaptações para tornar claro aos leitores que aquelas intervenções divinas que, realmente aconteceram historicamente possuíam significados que iam além dos pequenos gestos, por extraordinários que fossem.
Os milagres de Jesus realmente ocorreram e são sinais que apontam para verdade de Deus, a qual transcende àqueles momentos históricos e atinge todas as gerações de todos os séculos, seja qual for a mentalidade da época. Trata-se de uma mensagem sempre válida que deve ser acolhida com fé.

https://padrepauloricardo.org/episodios/os-milagres-de-jesus-realmente-aconteceram?


As Lições de Madre Teresa de Calcutá



Qual  é  ...


O dia mais belo? Hoje
A coisa mais fácil? Equivocar-se
O obstáculo maior? O medo
O erro maior ainda? Abandonar-se
A raiz de todos os males? O egoísmo
A distração mais bela? O trabalho
A pior derrota? O desalento
Os melhores professores? As crianças
A primeira necessidade? Comunicar-se
O que mais faz feliz? Ser útil aos demais
O mistério maior? A morte
O pior defeito? O mau humor
A coisa mais perigosa? A mentira
O sentimento pior? O rancor
O presente mais belo? O perdão
O mais imprescindível? O lar
A estrada mais rápida? O caminho correto
A sensação mais grata? A paz interior
O resguardo mais eficaz? O sorriso
O melhor remédio? O otimismo
A maior satisfação? O dever cumprido
A força mais potente do mundo? A fé
As pessoas mais necessárias? Os pais
A coisa mais bela de todas? O amor.



Não devemos permitir que alguém saia da nossa presença sem se sentir melhor e mais feliz.
Madre Teresa de Calcuta