Objetivos:
- Identificar a Igreja como família e corpo de Deus, onde cada um é membro vivo e atuante;
- Perceber a ação, os impulsos do Espírito Santo na Igreja de Jesus;
- Sentir-se responsável em anunciar a boa-nova junto à comunidade;
- Manifestar a alegria de se sentir membro da Igreja, Família de Deus;
- Apresentar o Ano Litúrgico e sua estrutura como celebração da obra da salvação realizada por Cristo e em Cristo;
- Suscitar no catequizando o desejo de participar plena, cônscia e ativamente da liturgia.
Ambiente:
- Bíblia, vela e flores (como estamos na véspera do domingo de Ramos, levei folhas de palmeira).
Recursos:
- Levar as letras para formar a frase A IGREJA SOMOS NÓS. Essas letras serão colocadas uma a uma num painel para formar essa frase. A turma não deverá saber qual é a frase. Só depois da colagem. Levar material para colagem e o papel no qual as letras serão fixadas. Numerar as letras.
- Desenhar tijolos em cartolina e recortar: um para cada criança. Cada tijolo deve ter o nome de uma criança e devem ser preparados de modo a formar uma igreja, quando forem ajuntados. Podemos levar outros "tijolinhos" com o nome do pároco, do bispo - também o nome de alguns apóstolos, para montar a igreja. Faça um tijolo maior para formar a base e escreva nele o nome de Jesus Cristo, o alicerce da Igreja.
- Fazer também um desenho de uma torre de igreja, que deverá estar separada do corpo da mesma.
- Prepare um símbolo do Espírito Santo (pode ser a chama dos sete dons ou a pomba irradiando luz).
1. Acolhida e Oração Inicial
- Receber a turma, dando atenção a todos. Fazer momento de animação, cantando músicas apropriadas.
- Convidar para montar na frente, melhor se for num painel, a frase formada pelas letras que cada um recebeu. As letras terão sido distribuídas entre as pessoas da turma. São quinze letras. Cada uma terá atrás um número. As pessoas não deverão saber que frase será formada. Com a ajuda do catequista, os catequizandos vão colando as letras, na ordem numérica, até surgir a seguinte frase: A IGREJA SOMOS NÓS.
- Enquanto se colam as letras, cantar a música nº 9 do CD do Livro do Padre Orione ou outra à escolha.
- Terminada a colagem, ler a frase com a turma e comentar: "A Igreja somos nós. Cada um de nós foi escolhido por Jesus para ser apóstolo em sua Igreja. Apóstolo quer dizer missionário, pessoa escolhida para uma tarefa especial, no caso, a tarefa de viver e anunciar a boa-nova de Jesus".
- Criar clima de concentração para rezar. Fazer o Sinal da Cruz.
- Motivar: "Vamos iniciar nosso encontro em nome de Deus, lembrando que hoje vamos nos aprofundar mais sobre nossa Igreja. Nesse encontro vamos conhecer melhor a Igreja, e conhecendo melhor, vamos participar mais intensamente de sua vida. Que Deus se faça presente e nos anime nessa tarefa de conhecer a Igreja. Ele nos chama a ser Igreja".
- "Nessa jornada da fé, não estamos sozinhos. Está conosco o Senhor, que zela por nós, que cuida de nós. Ele está presente junto de nós. Ele não descuida de seus filhos e vive conosco nossas alegrias e vitórias, nossas tristezas e angústias. No seu amor, não dorme nem cochila aquele que nos guarda. Que nossa vida esteja toda nas mãos dele, que nos chama a ser seus discípulos e cuida de todos nós com amor".
- Vamos rezar juntos: "Jesus, receba minha vida, que hoje coloco em suas mãos com toda confiança. E ajude-me, Senhor, a viver sempre na sua presença, a viver o meu Batismo, como membro da sua Igreja. Amém!"
- Cantar a música número 16 do CD do Livro do Padre Orione ou outra que fale sobre o tema.
- A seguir, entregue a cada catequizando uma bola (dessas de aniversário, conhecidas por alguns como bexigas). Todas elas, ao mesmo tempo, jogam as bolas para cima. As crianças deverão manter a bola no alto sem deixá-las cair. Durante a brincadeira, a catequista vai tirando algumas crianças e, as que ficam no jogo, terão que assumir as bolas daquelas que foram tiradas.
http://catequesedeeucaristia.blogspot.com.br/
A dinâmica tem o objetivo de mostrar aos catequizandos que todos nós fazemos falta à Igreja.
2. Desenvolvendo o tema
- E o que é a Igreja?
A Igreja somos todos nós que temos a mesma fé. Não confundir Igreja com a casa que é o local onde a gente se reúne. Ali é igreja (com i minúsculo), templo.
A Igreja - Povo de Deus - não é uma casa, um templo, uma construção ou um prédio, nem somente seus principais líderes. Ela é a família de Deus que nasceu no Povo de Israel, ao qual Deus falou de modo muito especial, e que hoje somos todos nós. Esse novo povo é conduzido pelo Espírito Santo. Inspira-se nas virtudes e nos princípios e condições propostos por Deus.
O Apóstolo São Paulo apresenta a Igreja como uma família, a família de Deus. Seus membros estão edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos que anunciam a Palavra de Deus. Levam o Evangelho a todas as nações e criam comunidades formando a Igreja. Cristo Jesus é a pedra angular, a base que dá resistência a todo o edifício, que está em crescimento, isto é, em construção. Todos os batizados são chamados a serem pedras vivas deste edifício espiritual, uma habitação de Deus mediante o Espírito Santo.
A Igreja é um organismo vivo, animado pelo Espírito Santo, que comunica a todo o Corpo a vida e a salvação que vem de Deus por meio de Cristo. Ela está crescendo como um santuário sagrado, onde vivem os filhos de Deus, que semanalmente se reúnem para celebrar as maravilhas que Deus operou por nós em Jesus Cristo.
A Igreja somos todos nós, filhos de Deus. A Igreja é a comunidade dos seguidores de Jesus. Deve ser uma comunidade viva, com a finalidade de continuar a missão que Jesus nos deixou. Para que isto aconteça, é necessário que vivamos o amor de Jesus Cristo, a que nos coloquemos a serviço da comunidade.
Todos os cristãos batizados formam a Igreja. Nela, todos somos iguais em dignidade. Porém, cada pessoa realiza uma função diferente.
Em uma casa cada um tem o seu papel. O pai trabalha; a mãe cozinha, cuida da casa (muito embora, nos tempos de hoje, muitas mães, além do trabalho de casa, ainda trabalham fora); os filhos estudam e assim por diante. Hoje vemos a necessidade do pai também participar dos afazeres do lar, assim como, os filhos também podem ajudar em pequenas tarefas domésticas.
Na grande família de Deus também é assim; todo o mundo tem de trabalhar. Daí temos o Papa, os bispos, os padres, os religiosos, os catequistas e demais leigos. Cada um usa o dom que Deus lhe deu. Um dá catequese, outro canta, outro ajuda na Missa, participa do grupo de jovens, de círculos bíblicos etc (aproveitar para relembrar os dons do Espírito Santo). E mesmo as crianças podem fazer muitas coisas na Igreja.
- Como surgiu a Igreja?
Já vimos que Jesus viveu toda a sua vida fazendo o bem, realizando a vontade seu Pai. Mesmo assim, a inveja dos poderosos fez com que Jesus sofresse e fosse morto.
Antes, porém, de sua morte, ele celebrou a Páscoa com seus discípulos, para agradecer a Deus o que fez para o povo de Israel, quando conseguiu sair do Egito, onde era escravo. (Lc 22, 7-20). Nessa reunião, Jesus celebra a primeira missa e os apóstolos fazem a primeira comunhão. Nesse dia é, portanto, instituída a Eucaristia com as seguintes palavras de Jesus: "Tomai e comei todos vós, isto é meu corpo que é dado por vós. Tomai e bebei todos vós, este é o cálice do meu sangue, o sangue da nova e eterna aliança, que é derramado por vós e por todos os homens para o perdão dos pecados. Fazei isto para celebrar a minha memória" (Lc 22,19).
Ele deu aos padres o poder de tornar presente, através dos tempos, este seu grande gesto de amor, para que todos os homens possam entender o seu grande amor por todos compreendendo que é preciso amar uns aos outros (Jo 15,9.12-14).
Na última ceia também, Jesus lavou os pés dos seus apóstolos, mostrando que mesmo sendo seu mestre, era capaz de servir, e da mesma forma, os apóstolos são chamados à humildade e ao serviço.
Jesus, celebrando a última ceia:
- institui a Eucaristia
- institui o sacerdócio
- celebra a primeira missa
Isto aconteceu na quinta-feira santa, antes da morte de Jesus, e até hoje nós celebramos este dia como fundamental na história da Igreja.
Jesus veio ensinar aos homens a verdade. Por isso teve de ser firme, mostrar o erro das pessoas e dizer coisas que não agradavam aos seus contemporâneos (pessoas que viviam no seu tempo). Então muitos achavam que Cristo estava atrapalhando o povo, colocando na cabeça daquela gente ideias que não estavam de acordo com o que eles pensavam.
Jesus não deixou de dizer a verdade pelo fato de ser ameaçado de morte. ele mesmo falou: "Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida pelos seus amigos" (Jo 15,13). E ele quis dar aos homens esta grande prova de amor. Aceitou a morte, porque a sua morte iria dar vida a toda a humanidade.
Quando Jesus foi enterrado, tudo parecia estar fracassado e o que Ele queria em breve seria esquecido. Mas tal coisa não aconteceu. Ele ressuscitou, venceu a morte, porque Deus sempre quer a vida dos homens. Não somente esta vida, mas a vida eterna que é a mais perfeita.
A Ressurreição de Jesus ocorreu no terceiro dia, no domingo de Páscoa. Por isso, a Páscoa é a maior festa do povo cristão, pois Jesus ressuscita. É a vitória da liberdade sobre a escravidão, do bem sobre o mal, da vida sobre a morte.
Depois da ressurreição, Jesus apareceu algumas vezes aos apóstolos. Na última vez, levou seus apóstolos com Maria até o Monte das Oliveiras e disse assim: "Todo o poder me foi dado no céu e na terra; ide pois, anunciai o evangelho a todos os povos, batizando-os, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, eu estarei sempre convosco, até o fim do mundo". (Mt 28,18-20). E Jesus, pelo seu poder de Deus, sobe aos céus de corpo e alma (o mistério da subida de Jesus ao céu chama-se ascensão).
Por isso, a Igreja continua até hoje, pois foi Jesus quem enviou os apóstolos e envia hoje o Papa, os Bispos, os padres e cada um de nós. Pois ele quer que todo homem o conheça e possa por ele ser salvo.
Partilha
- Qual a maior festa do povo cristão? Por que?
- O que é o mistério da ascensão de Jesus
- Pela ordem de Jesus só os apóstolos deveriam evangelizar ou também nós? Explique o que você pensa.
- O início da Igreja
Depois da Ascensão de Jesus, os apóstolos ficaram com medo de serem mortos pelos judeus e se trancaram num quarto chamado cenáculo, esperando a chegada do Espírito Santo que Jesus prometera enviar.
Estavam os apóstolos reunidos com Nossa Senhora e mais alguns cristãos, quando ouviram o barulho de um forte vento e viram o aparecimento de línguas de fogo sobre a cabeça deles. E todos ficaram cheios do Espírito Santo (At 2,1-4).
A partir daí os apóstolos perderam o medo e começaram a pregar o Evangelho a todos os povos. Então se diz que a vinda do Espírito Santo marcou o início da Igreja, porque a partir dela os apóstolos perderam o medo e começaram a pregar o Evangelho a todos os povos.
Assim sendo, muitos puderam conhecer a palavra de Jesus e todos que a conheceram e aceitaram começaram a viver um novo tipo de vida. E o conjunto dessas pessoas, lideradas pelos apóstolos, formaram a Igreja - Comunidade dos Filhos de Deus que até hoje continua divulgando a palavra de Deus e levando os homens à salvação.
Partilha:
- O que foi o Pentecostes?
- Por que dizemos que o Pentecostes marca o início da Igreja?
- O que é a Igreja?
- Como viviam os primeiros cristãos?
Vamos abrir o Bíblia no livro dos Atos dos Apóstolos, capítulo 2, versículos 46-47.
Ler ou pedir a um dos catequizandos que faça a leitura.
Vimos como foram formadas as primeiras comunidades cristãs - um exemplo de Igreja: "Unidos de coração, frequentavam todos os dias o templo. Partiam o pão nas casas e tomavam a comida com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus e cativando a simpatia de todo o povo" (At 2,46-47).
Assim eram os primeiros cristãos, homens e mulheres de fé, que viviam na unidade, no amor e faziam o bem às pessoas. E a Igreja foi crescendo, se desenvolvendo e chegou até hoje.
A nossa Igreja é a católica, apostólica e romana.
Vamos aprender o que isso significa.
A nossa Igreja é católica porque é aberta e dirigida a todos os povos, de todos os tempos, de todas as raças, de todas as culturas.
Apostólica porque se baseia na pregação e no testemunho dos primeiros doze apóstolos.
Romana, porque se preocupa muito com a unidade da fé e, para garantir essa unidade, mantém comunhão com o bispo de Roma, que chamamos carinhosamente de Papa.
Nossa Igreja é comunhão ministerial:
Ela é comunhão porque é formada por muitos membros unidos na mesma missão; e é ministerial porque cada membro é chamado a desempenhar uma função ou assumir um ministério. Vamos entender isso melhor consultando a Bíblia.
Texto: 1 Cor 12,12-27
Partilha
- Paulo faz, nesse texto, uma comparação entre a Igreja e um corpo. Costumamos chamar a Igreja de corpo de Cristo. E dizemos que Cristo é a cabeça e nós somos os membros. Que conclusão podemos tirar desse texto de Paulo.
- De acordo com o texto, é correto dizer que todos os membros da Igreja são iguais? E, em geral, mesmo fora do âmbito da Igreja, será que as pessoas são realmente iguais? Como entender isso?
- Paulo não estaria discriminando pessoas, ao dizer que os membros da Igreja são diferentes, uns mais fracos, outros mais honrosos?
- O fato de os membros serem diferentes significa que uns são mais importantes que os outros ou valem mais que os outros?
- Por que Paulo afirma que não deve haver divisão no corpo, mas, pelo contrário, os membros devem ser solícitos uns com os outros?
- Como podemos cultivar união ou comunhão se somos tão diferentes?
Aprofundamento:
- A comparação de Paulo é muito oportuna para entender a Igreja e até a sociedade em geral. Somos como um corpo, formado de muitos membros. Os membros de um corpo são diferentes, e é fácil entender a razão. É que cada membro tem uma função. O olho tem a função de enxergar, o pé tem a função de sustentar o corpo e caminhar, e por aí vai. O fato de os membros serem diferentes não significa que esteja havendo uma discriminação preconceituosa entre eles. Cada um é importante na função que exerce. Cada um tem toda a dignidade.
- Isso ajuda a compreender a Igreja. Dizemos que ela é uma comunhão, ou seja, uma união de muitos membros, diferentes entre si , mas cada qual dotado de toda a dignidade e encarregado de alguma função.
- Não parece bom dizer que as pessoas são iguais. Na verdade, cada um é único. Ninguém é igual a ninguém. O melhor é dizer que, apesar das diferenças, somos dotados da mesma dignidade de filhos de Deus. Isso é bom para aprendermos a respeitar as diferenças, conviver com os que são diferentes de nós, pensam diferente de nós, agem diferente de nós. A ideia de que as pessoas precisam ser iguais geram a intolerância. A intolerância nasce da dificuldade de respeitar as diferenças. A aceitação das diferenças gera a comunhão. Somo diferentes, temos dons, capacidades, características diferentes; mas em Cristo somos um. Essa é a grande mensagem de Paulo.
- Sendo diferentes, mas fazendo parte do mesmo corpo, temos funções distintas. Na Igreja chamamos essas funções de ministérios. Por isso, dizemos que nossa Igreja é ministerial. Cada membro tem sua função e deve exercer o seu papel para o bem de todo o corpo, sem que ninguém se julgue mais importante que o outro. Do mesmo modo que o corpo precisa de todos as pessoas, cada uma fazendo o que lhe é próprio, o que consegue por seus dons e suas capacidades. Cada um dando o melhor de si para o bem de todos. Isso é comunhão ministerial. É união de esforços para um Igreja mais saudável, assim como os membros todos colaboram para que o corpo esteja saudável.
- Daí, concluímos como é importante na Igreja a vivência fraterna entre irmãos que se unem em torno de uma causa comum e que se unem a Jesus ressuscitado para viver a mesma fé, comum a todos nós. Nossa Igreja deseja ser unida, vivendo em comunhão. E deseja que cada um assuma o seu ministério, sem ilusão de que um ministério ou vocação é mais importante que outro.
- Sobre isso, vale a pena conferir outro texto de Paulo, dessa vez escrevendo aos romanos: "Como, num só corpo, temos muitos membros, cada qual com uma função diferente, assim nós, embora muitos, somos em Cristo um só corpo e, cada um de nós, membros uns dos outros. Temos dons diferentes, segundo a graça que no foi dada. É o dom da profecia? Profetizemos em proporção com a fé recebida. É o dom do serviço? Prestemos esse serviço. É o dom de ensinar? Dediquemo-nos ao ensino. É o dom exortar? Exortemos" (Rm 12,4-8a). Pois bem! O apóstolo de Paulo sabia das coisas. Uma Igreja ministerial, que vive em comunhão, onde cada um se põe a serviço do outro, vale mais que uma Igreja cheia de gente importante, onde cada um quer ser servido.
O Tempo Litúrgico na Igreja
A Igreja tem como uma de suas tarefas mais importantes celebrar a Sagrada Liturgia. A Liturgia é a ação por excelência da Igreja, da qual derivam e ordenam todas as outras ações. Por ela os homens revivem o mistério pascal de Cristo.
Jesus, depois de morrer na cruz e ressuscitar, antes de ir para o céu deu uma missão aos seus apóstolos: "testemunhar que o Messias devia sofrer e ressuscitar dos mortos ao terceiro dia e que, em seu nome, fosse proclamada a conversão para a remissão dos pecados a todas as nações" (Lc 24,46s).
Depois destes acontecimentos os apóstolos, com grande alegria, frequentavam o Templo, louvando a Deus. O livro dos Atos dos Apóstolos 2,42-47 descreve as primeiras comunidades dos cristãos: "Eles se mostravam assíduos aos ensinamentos dos apóstolos, à comunhão fraterna, à fração do pão e às orações".
Celebrar Deus, com hinos e cânticos, louvando e agradecendo seus dons gratuitos é costume antigo em muitos povos. Jesus celebrou as festas as festas de seu povo. Jesus participava das celebrações e peregrinações no Templo: aos doze anos, quando ficou com os doutores e perdeu-se de sua mãe (Lc 2,41-52). Quando tomou o rolo de Isaías e lei na Sinagoga (Lc 4,16-24). Jesus celebrou a Páscoa com seus discípulos (Lc 22,1).
Hoje, na Igreja, nós celebramos Deus com Jesus, no Espírito Santo. As celebrações com salmos, hinos, orações, leituras da Palavra de Deus e catequese fazem parte da liturgia.
A Igreja tem como uma de suas tarefas mais importantes celebrar a Sagrada Liturgia. A Liturgia é a ação por excelência da Igreja, da qual derivam e ordenam todas as outras ações. Por ela os homens revivem o mistério pascal de Cristo.
Liturgia é a forma de expressar a nossa fé em Deus, na comunidade. A vida de Cristo é cheia de fatos importantes. No dia 25 de dezembro, Ele nasceu; no dia 1º de janeiro recebeu o nome de Jesus; no dia 6 de janeiro os reis magos o visitaram; e assim por diante.
Depois vieram os sofrimentos de sua Paixão e Morte pelos quais nos salvou; depois a Ressurreição, a Ascensão, o Pentecostes. Cada ano a Igreja celebra a passagem desses fatos. Quanto mais importante é o fato, mais solene é a festa.
As festas mais importantes são Natal e Páscoa. Essas duas são preparadas por muitos dias. No tempo do Advento (4 semanas) nos preparamos para o Natal e na Quaresma (40 dias) nos preparamos para a Páscoa.
Além dessas festas de Cristo, há também festas de Nossa Senhora e dos Santos.
Todas as festas do ano, juntas, se chamam Ano Litúrgico.
Pelas cores das estolas sabemos se a festa é de alegria (branco) ou de penitência (roxo). Vermelho é quando a festa é do Espírito Santo (fogo) ou de Mártir (Sangue). Nos domingos comuns a estola é verde.
A Liturgia é muito rica. Mas se torna cada vez mais rica, à medida que os cristãos a enriquecem com a presença e participação.
- Como se chama o conjunto de todas as festas do ano?
- Como se chama o tempo de preparação para o Natal e para a Páscoa?
- Quais as cores das estolas, quando são usadas?
Perguntar aos catequizandos: Que acontecimento importante a Igreja celebra amanhã?
Amanhã começa a Semana Santa. A nossa Igreja celebra o Domingo de Ramos.
A Semana Santa começa no domingo chamado de Ramos porque celebra a entrada de Jesus em Jerusalém montado em um jumentinho – o símbolo da humildade – e aclamado pelo povo simples que o aplaudia como “Aquele que vem em nome do Senhor”.
Domingo de Ramos é uma festa móvel cristã celebrada no domingo antes da Páscoa. A festa comemora a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, um evento da vida de Jesus mencionado nos quatro evangelhos canônicos (Marcos 11:1, Mateus 21:1-11, Lucas 19:28-44 e João 12:12-19).
Em muitas denominações cristãs, o Domingo de Ramos é conhecido pela distribuição de folhas de palmeiras para os fiéis reunidos na igreja. Em lugares onde é difícil consegui-las por causa do clima, ramos de diversas árvores são utilizados.
Vamos ler o trecho de Mateus 21,7-11.
Durante o tempo da quaresma, um período de 40 dias, nós rezamos bastante, fazemos penitência e algum tipo de jejum. Uma semana antes de Jesus morrer, ele entrou na cidade de Jerusalém, o lugar em que iria acontecer a Páscoa, e as pessoas mostraram a alegria de ver Jesus, balançando os ramos assim como as pessoas fazem hoje em procissão.
Jesus entrou em Jerusalém montado num jumento. Gesto de humildade, atitude de serviço, e não de poder. Durante três anos, ele percorreu a Judéia e a Galiléia anunciando o projeto do Pai. Muitos fatos e situações contribuíram para várias discussões com escribas e fariseus que foram preparando o desenlace final. Mas ele enfrentou com amor todo o sofrimento de sua Paixão. Ele sabe que veio para servir e não para ser servido. É a eterna misericórdia.
3. Nosso compromisso
Hoje, nós somos chamados à mesma santidade, à mesma unidade e ao mesmo amor que fez com que os primeiros cristão perseverassem. Portanto, o futuro da Igreja depende de nós, à medida que fizermos a nossa parte, participando da Igreja, trabalhando e assumindo o nosso papel de cristãos, a Igreja será melhor.
Os sucessores dos apóstolos são os bispos, padres, mas nós somos chamados, junto com eles a "prosseguir decididamente" rumo à realização da vontade do Pai (Fl 3,16).
Para isso, temos os movimentos: Catequese, Legião de Maria, Comunidade Eclesial de Base, Círculos Bíblicos, Pastoral da Juventude, do Batismo, ... para que de uma forma ou de outra trabalhemos.
Deus não quer cristão de enterro ou de missa de formatura ou casamento, mas quer cristão comprometido e engajado na Igreja.
A Igreja Católica é a única fundada por Jesus. Ele mesmo disse ao seu apóstolo Pedro: "Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja" (Mt 16,18). O Papa é sucessor de São Pedro, os Bispos sucessores dos apóstolos, e os padres, participam desse serviço de levar os homens ao amor.
Juntos: papa, bispos, padres e povo são o sinal visível da presença de Cristo na Terra. Por isso, temos de amar a nossa Igreja, valorizá-la, pois, ela é verdadeira e segue os ensinamentos de seu Mestre, Jesus.
Se somos católicos, não podemos participar da igreja protestante ou da adventista ou ainda do espiritismo. Temos de ser uma coisa ou outra.
Não cabe a nós julgar as outras religiões ou seitas, temos de respeitá-las, mas nem por isso precisamos ser as duas ou mais coisas ao mesmo tempo. Jesus quer que sejamos firmes: "Ou quente ou frio, morno eu vomitarei" (Ap 3,16).
Não podemos andar em duas barcas. Vou à missa domingo, ao culto quarta e ao terreiro sexta. Isto é errado.
É dever do católico participar da sua Igreja. ajudá-la nas suas falhas e fazer tudo para que a mesma cresça e se desenvolva cada vez mais.
Partilha
- Como eram os primeiros cristãos?
- Por quem é formada a Igreja?
- Qual o nosso papel de cristãos?
- Quem fundou a Igreja católica?
- Se sou católico, posso participar de outras religiões?
- Você assume a Igreja ou acha que é dever do padre?
Concluir:
A Igreja tem uma longa história: mais de dois mil anos de vida. Está presente nos recantos mais distantes do mundo, por meio de pessoas que acreditam em Jesus e se tornam portadoras de sua mensagem de vida nova. Tudo isso não surgiu de um minuto para outro. Foi construído lenta e pacientemente. A pedra mais importante dessa construção - a pedra angular - foi e é Jesus. Depois dele, muitas outras pessoas - bilhões! - já deram um pouco de si nessa construção da Igreja. E a Igreja ainda está em construção. Hoje, somos nós que a construímos. Nós somos pedras vivas na construção da Igreja de Jesus, porque essa Igreja não se constrói com concreto e madeira, mas com pessoas dispostas a ser povo santo de Deus.
Esta Igreja vive a sua missão onde quer que se encontrem os cristãos:
a) Na família: que é chamada "Igreja doméstica". A família cristã é a Igreja de Jesus na forma de um lar. O cristão procura dar testemunho de sua fé mesmo dentro de casa.
b) Na paróquia: a família de Deus se reúne para, em cada missa, celebrar a Eucaristia que nos alimenta e ajuda a viver em missão. É na comunidade paroquial que os cristãos se organizam e se preparam espiritualmente para colocar em prática os ensinamentos de Jesus, através das variadas pastorais que existem na comunidade. Desde o início do cristianismo, os cristãos se reuniam em comunidade. Vamos Ler no livro dos Atos dos Apóstolos como os primeiros cristãos viviam; Ler At 2,42-47.
c) Na sociedade: os cristãos aprenderam com Jesus a manifestar sua fé na sociedade em que vivem. E a anunciar o Evangelho em todos os lugares e situações. Desde o dia de Pentecostes até hoje, o Espírito Santo continua chamando os cristãos de todas as nações e de todas as raças e a todos distribui os seus dons para que, juntos, sejam fiéis testemunhas de Jesus no mundo.
Os dons do Espírito Santo são sete:
- Sabedoria - contemplar as verdades da fé;
- Inteligência - luz que nos dá a certeza sobre o valor da Palavra de Deus;
- Conselho - discernimento para tomar decisões;
- Fortaleza - robustece a nossa vontade de praticar o bem;
- Ciência - faz-nos ver que as afirmações da fé são dignas de crédito, mesmo diante dos argumentos contrários;
- Piedade - é a espera filial, confiante e amorosa em Deus;
- Temor a Deus - respeito que devemos a Deus, é o fundamento dos outros dons. É amar o Eterno Amor.
Os frutos do Espírito Santo são 12: caridade, alegria, paz, paciência, longanimidade (desprendimento, generosidade, magnanimidade e nobreza), bondade, benignidade, mansidão, fidelidade, modéstia, continência, castidade (cf. Gl 5,22-23).
O cristão verdadeiro procura servir a Cristo através do testemunho de comunhão, através de serviço, através do diálogo amigo e sincero com pessoas de outras culturas e através do serviço prestado à sociedade.Vocês também querem ser missionários de Jesus?
4. Atividades
- Chamar cada catequizando pelo nome. O catequizando responderá: "Aqui estou, Senhor. Envia-me!"
- A seguir, colocará o seu "tijolinho" na Igreja que está desenhada na cartolina, de tal modo que a parede da Igreja seja formada com o nome de todos.
- Após a "convocação" de cada um, o catequista falará que Jesus nos chama a fazer parte de sua família, a Igreja. E é o Espírito Santo que conduz a Igreja a viver a missão de Jesus.
- Convidar a turma para rezar uns pelos outros, invocando o Espírito Santo para os companheiros. Explicar que a força do Espírito Santo nos sustenta e nos anima para perseverarmos unidos, formando a Igreja de Jesus. Sem essa força, a gente se dispersa e a Igreja desmorona.
- Rezar primeiro pelo colega da direita, depois pelo da esquerda. Colocar a mão sobre os ombros do colega e repetir breve oração com o catequista: "Abençoa e fortalece, Jesus, esse meu amigo, para que ele seja uma pedra viva da sua Igreja. Amém!"
- Cantar de novo a música anterior ou outra equivalente. Pode ser a nº 16.
- Dar um abraço nos companheiros, desejando-lhes a paz e a força de Deus.
- Oremos: "Deus nosso Pai, acompanhai-nos em toda a nossa vida, assistindo-nos sempre com a força do Espírito Santo, para que, assim animados, nos tornemos pedras vivas na construção da Igreja de Jesus. Isso vos pedimos em nome de Jesus, que vive convosco e caminha conosco, na unidade do Espírito Santo. Amém!"
- Motivar para o próximo encontro.
Fontes:
- Bíblia Sagrada
- Catecismo da Igreja Católica
- Livro Caminhando com Jesus, de Gabriel Benedito e Isaac Chalita (Editora Santuário)
- Livro Somos Igreja, do Pe. Orione Silva e Solange Maria do Carmo
- Livro A Caminho da Eucaristia, de Maria de Lourdes Mezzarina Pincinato (Ed. Vozes)
Que lindo esse ensinamento, aprendi muito sou catequista e vou fazer para as crianças sobre a Igreja Sempre Unida. Me ajudou em tudo ler esse ensinamento.
ResponderExcluirOlá Saiarone! Obrigada! Que bom que pude lhe ajudar! Fiquei muito feliz com a sua visita! Volte sempre! Abraço fraterno!
Excluir