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domingo, 5 de fevereiro de 2017

Está chegando o dia da nossa Primeira Comunhão!




Está se aproximando o dia da Primeira Comunhão da minha turminha. As crianças estão ansiosas para receber o sacramento da Eucaristia. Esse dia é muito importante para todos nós! E sempre que estamos às vésperas de um momento importante, precisamos parar um pouco para pensar, para rezar, para preparar o nosso coração para esse momento. E nesse início de ano vamos ter encontros diferentes, juntos vamos fazer as últimas preparações para o dia da nossa primeira comunhão. E hoje teve início à essa nova etapa da nossa caminhada... Passamos este momento juntos, bem unidos uns com os outros e bem unidos a Jesus, aquele a quem nós queremos seguir. Iniciamos o nosso encontro rezando, colocando toda a nossa vida nas mãos de Jesus e pedindo a Ele que fique sempre conosco.

Em seguida, com a mão no ombro do coleguinha, eles rezaram uns pelos outros, pedindo ao Senhor que abençoe a todos nós e de modo especial, ao amiguinho que estava ao seu lado, e que ele siga sempre os passos de Jesus, acolha sua palavra e viva sempre na amizade com Ele; e que o Senhor fortaleça sua fé, ilumine sua vida e dê a ele muita paz.

No final, deram o abraço da paz.

O encontro de hoje teve como objetivo principal entender melhor o sentido e a beleza da Eucaristia e refletir sobre a importância desse sacramento em nossa vida.

Na nossa conversa, percebemos duas coisas muito importantes: 1) A Comunhão é para quem quer ser discípulo de Jesus; 2) A Comunhão não é uma festa para receber a hóstia pela primeira vez. É um compromisso de viver a vida em união com Jesus.

Foi para ficar sempre conosco que Jesus nos deixou o Sacramento da Eucaristia, a Comunhão. "Sacramento" quer dizer "sinal": sinal de união do discípulo com o Mestre, sinal do amor de Jesus por nós que não quer nos deixar sozinhos. "Eucaristia" quer dizer "ação de graças", ou seja, a alegria do discípulo que agradece a Deus por poder viver unido a Jesus.

Antes de orientar as crianças "como comungar", contei para elas uma histórinha que uma catequista partilhou conosco na página Catequistas em Formação. Fiz algumas alterações para adaptar a história à nossa realidade.

"A família do seu Marcos era muito participativa na comunidade onde vivia. Ele e sua esposa Carol participavam de muitas atividades na igreja. Marcos, logicamente sempre que podia, por causa dos horários de trabalho, mas não deixava de ir à missa. Quando não dava pra ir na parte da manhã, eles iam à tarde ou à noite, mas não faltavam nunca a missa aos domingos.

Com o passar dos anos, Carol engravidou e nem por isso deixou de participar: ia sempre rezar o terço com os irmãos de comunidade, ajudava nas Celebrações, comparecia às festas na igreja... Até que não deu mais e ela foi para o hospital, pois o seu filhinho iria nascer. E nasceu um garoto forte e quase carequinha. Ele tinha um montinho de cabelo bem no meio da cabeça, mas era uma graça. O garoto recebeu o nome de Felipe... Bom, pelo menos é o que está escrito na certidão de nascimento dele, mas todos o chamam de Lipe, Lipinho.

E a vida continuou. Vocês acham que depois que o Lipe nasceu os pais deles pararam de fazer o que faziam, que era ir às novenas, à missa, participar das atividades? Que nada! Agora aonde iam, tinham que levar um carrinho de bebê e uma mala com fraldas, toalhinhas, lenços umedecidos...

Como toda criança, Lipe cresceu e começou a falar as palavrinhas que todos os pais esperam ouvir: MAMÁ e PAPÁ, só que vou contar uma coisa: Eu acho que essas palavras não significam mamãe e papai e sim mamadeira e papá de comida. Mas deixa os pais pensarem que os bebês estão chamando-os... rs Vamos voltar para a história.

Marcos e Carol iam em todos os lugares com o Lipe e um dos lugares que Lipe mais gostava era da Igreja. Quanto ele começou a engatinhar, se arrastava pelo chão da igreja e não queria mais saber de ficar no colo. Quando aprendeu a andar, vixe!!!! Aí foi um Deus nos acuda mesmo! Ele não parava quieto. Se seus pais dessem bobeira por um segundo, ele corria até o altar para ficar perto do padre. E lá ia Carol ou Marcos buscá-lo e tentar fazê-lo entender que tinha que ficar sentadinho e prestar atenção no que o padre estava fazendo. Porém o garoto era pequeno e logicamente tudo o que os pais falavam entrava por uma orelha e saía pela outra. E era assim toda missa.

O tempo foi passando e os pais de Lipe continuavam ensinando o filho como se comportar durante a Missa. Agora ele até ficava sentado, batia palmas e prestava atenção no altar, no padre, nos coroinhas, nos músicos e só ia até o altar, quando acompanhava os pais na "fila" para receber a Eucaristia. Lipe olhava admirado os pais recebendo aquele “negócio branco” que a mãe falava que era o Corpo de Cristo.

E isso encantava Lipe... Agora ele queria sempre se sentar nos bancos da frente para ninguém atrapalhar a visão dele do altar, tanto é que ninguém sentava no banco do Lipe. Ali ele via o padre perfeitamente... Amava as músicas do ofertório! Quando o padre fazia a consagração, ele ajoelhava e ficava admirado.

Mas Lipe ficou doente. Os pais o levaram ao médico. Fez inúmeros exames, Raio X e nada de encontrar o que esse garoto tinha. Um dia, a mãe sem saber mais o que fazer, nem que remédio dar, perguntou para Lipe se ele queria alguma coisa. Para sua surpresa, ele disse que sim, ele queria “comer aquela coisa branca” que todos comiam na missa. E agora? Bom, Carol foi falar com o padre e este disse para levá-lo na Missa e no final, ir à sacristia que lá lhe daria uma hóstia não consagrada.

E foi o que fizeram. Levaram Lipe na missa e ele meio sonolento, febril, ficou aguardando o momento de “comer aquele negócio branco”.

No fim da missa, após todos saírem, a família de Lipe se dirigiu à sacristia e o padre estava esperando para dar a hóstia para Lipe. Quando Lipe chegou, fez até a inclinação do tronco que os pais faziam, o padre pegou a hóstia e levou até a boca do garoto. Só que ele não abriu a boca, ou melhor, abriu para falar: “- Não é essa que eu quero!” O padre disse que era igual aos que os pais recebiam, mas o garoto bateu o pé e disse que não. O padre foi lá e pegou outra, mas o garoto insistia que não era igual. Pronto! Agora o negócio complicou. O padre resolveu perguntar para Lipe por que ele acreditava que não era igual e Lipe respondeu sem pensar um segundo: “- Aquela que meus pais comem, BRILHA!”

Bom, a história não conta como o padre se saiu dessa, mas penso que ele explicou para o Lipe que ele antes terá que participar da Catequese para depois fazer a Primeira Comunhão. Rsrs

Depois passei a falar da minha história para eles: "Quando eu era criança, eu já morava onde moro. É um pouco distante daqui e naquela época só tinha ônibus que fazia ponto final na Praça da Mantiquira (na metade do caminho). Andávamos mais ou menos meia hora pra chegar ao ponto do ônibus, e muitas vezes nem tínhamos dinheiro pra pagar a passagem, então a gente fazia a viagem toda a pé mesmo, mas não perdíamos a missa aos domingos.

Fui batizada ainda bebê na cidade onde nasci (sou de Muqui, Espírito Santo). Mudamos para o Rio quando eu tinha cinco anos de idade, fiz aqui a minha primeira comunhão, aos nove anos, e fui crismada no mesmo ano, também aqui na Matriz. Depois passei a participar, além das missas aos domingos, de um encontro com a Madre Sacramento, uma religiosa que coordenava a catequese aqui na nossa Paróquia.

Lembro que desde pequena, minha mãe sempre nos trazia à igreja, eu e meus irmãos (ela nos beliscava quando fazíamos bagunça na hora da missa! rsrs). Meu pai não era freqüentador assíduo, ele dizia que não era de igreja, mas não nos proibia de vir e sei que era um homem de fé, pois muitas vezes o peguei rezando. 

Desde criança, eu já gostava de vir à igreja, mas pra falar a verdade, eu não entendia muito bem o que acontecia na missa, e às vezes preferia ficar lá fora brincando. Confesso que só fui aprender mesmo o que é a Santa Missa depois que me tornei catequista. Sei que ainda tenho muito a aprender, e confesso que algumas coisas não ainda consigo entender mas, como a catequista Suzana Lossurdo, do Grupo Catequista em Formação, "de uma coisa eu tenho certeza: “aquela coisa branca” que sempre está brilhando, é essa que eu quero!"

Depois da história, voltei ao início de nossa conversa.

Agora vejamos: Como comungar?

A maneira como nos acercamos da Eucaristia e a recebemos - lembremos que não estamos a receber "uma coisa", um pedacinho de pão -  é clara demonstração de nossa fé.

Comungar o pão e o vinho tem a finalidade de nos tornar unidos em Cristo. "Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim, e eu nele" (Jo 6,56) , assim como os ramos estão unidos à videira. Uma vez que fomos alimentados por Cristo com o Pão Eucarístico, sejamos transformados por ele num só corpo.

Perguntei:
  • Que cuidados precisamos ter para receber bem e devotamente Jesus na Eucaristia?
  • Que frutos a Sagrada Comunhão produz em nossas vidas?
Nossa presença na missa deve ser total: corpo, coração, alma. Aquele que bem recebe a comunhão certamente se empenhará em acolher o Espírito de Cristo que nos congrega na Igreja, Corpo de Cristo.

Também, quando vamos a uma festa, procuramos nos preparar bem. Do mesmo modo, precisamos estar preparados e prontos para receber Jesus na Sagrada Comunhão, procurando:
  • Acreditar na presença de Jesus na Eucaristia;
  • Estar em estado de graça, isto é, sem pecado mortal;
  • Guardar uma hora de jejum antes de comungar (água e remédio não quebram o jejum). 
Assim como o alimento fortalece nosso corpo, previne doenças e nos ajuda a crescer e viver melhor, a Eucaristia fortalece nossa vida espiritual, as graças de Deus que recebemos no Batismo. Através da Santa Comunhão recebemos todas as graças e bênçãos do céu, antecipando a vida eterna que teremos junto a Deus.


A Sagrada Comunhão produz muitos frutos na nossa vida, quando a recebemos bem preparados:
  • Aumenta a nossa união com Cristo;
  • Apaga os pecados veniais;
  • Preserva dos pecados mortais;
  • Realiza a união, na Igreja, com todos os filhos e filhas de Deus;
  • Compromete a nossa vida com os irmãos mais necessitados.
Por fim, falei sobre o que é necessário para uma boa confissão e deixei que as crianças perguntassem sobre o que lhes causavam dúvidas. Ouvidas as perguntas, esclareci algumas questões, por exemplo, procissão para receber a comunhão, posição das mãos, silêncio; "Se a comunhão pode ser recebida na boca ou na mão"; "Se a hóstia grudar no céu da boca?"; "Se a hóstia cair no chão?"; "Se o padre me der duas hóstias?"; "Posso mastigar a hóstia?"; "O que faço depois da comunhão?"; "O que faço se esquecer algum pecado na Confisão?"; "Toda vez que for comungar eu preciso me confessar antes?"; "Preciso me confessar todo ano?"; "Se eu estiver com pecado grave, posso comungar?"; "A Catequese acaba depois da Primeira Comunhão?"



Encerramos agradecendo a Jesus pelo nosso encontro e rezamos a oração que Ele nos ensinou.


Ah, também jogamos o Bingo Bíblico! E teve chocolate, que eles amam! rs

Fontes consultadas: 
  • Bíblia Sagrada
  • Catecismo da Igreja Católica
  • Livro "Somos Igreja", do Padre Orione Silva
  • Liturgia em Foco - Por Dom Paulo Francisco Machado

"Depois de comungardes, procurai entreter-vos com Jesus o mais que puderes. Segundo a observação do bem-aventurado João d’Ávila, é necessário ter em grande conta o tempo que segue a comunhão, porque é um tempo favorável para adquirir tesouros e graças."


“O tempo que segue a comunhão, dizia também Santa Maria Madalena de Pazzi, é o mais precioso que temos nessa vida; é o momento mais oportuno para tratar com Deus, e nos inflamar no seu santo amor. Então não temos necessidade de mestres nem de livros; porque o próprio Jesus Cristo nos ensina como devemos amá-LO”.
EXTRAÍDO DO LIVRO: “As mais belas orações de Santo Afonso de Ligório
http://www.aascj.org.br/home/2011/01/como-proceder-depois-de-comungar/

ALGUNS MOMENTOS DO NOSSO ENCONTRO










































































































COMO FOI O PRIMEIRO DIA DE CATEQUESE DO ANO, TROUXE MIMOS DE BOAS VINDAS PARA OS MEUS CATEQUIZANDOS...










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