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segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Como Viver Bem o Ano da Misericórdia


O jubileu do Ano da Misericórdia é um convite a olhar para o próximo sem julgar e condenar, com amor e perdão sem medida
O Papa Francisco convocou a Igreja do mundo todo para um Ano Jubilar Extraordinário dedicado à Misericórdia. A expectativa era para a abertura da Porta Santa na Basílica de São Pedro, em 8 de dezembro, porém o “Papa das Surpresas” antecipou a abertura da Porta Santa para o dia 29 de novembro, em Bangui, capital da República Centro Africana. “Decidi convocar um Jubileu Extraordinário que tenha o seu centro na Misericórdia de Deus. Será um Ano Santo da Misericórdia”, disse o Santo Padre ao anunciar a celebração. A proposta é viver a misericórdia no exemplo do Pai, que pede para não julgar e não condenar, mas perdoar e dar amor e perdão sem medida (cf. Lc 6,37-38).

Remédio da Misericórdia
A abertura do Ano Jubilar coincide com os cinquenta anos do encerramento do Concílio Ecumênico Vaticano II, encorajando a Igreja a prosseguir a obra iniciada. De fato, Papa João XXIII declarou que “em nossos dias, a Esposa de Cristo prefere usar mais o remédio da misericórdia que o da severidade…”. Em um sinal do desejo da Igreja de avançar no caminho iniciado em 1965, Francisco reafirma que a missão de todo cristão é agir sempre na linha da misericórdia.

Bula da misericórdia
Francisco publicou uma Bula intitulada Misericordiae Vultus, que significa “O Rosto da Misericórdia”. Com esse documento, oficializa o Ano Santo. Bula indica um tipo de documento do Papa. Deriva do antigo selo que fechava as cartas pontifícias, em formato de bola (bulla), podendo ser de prata ou chumbo. Hoje, bula é um folheto explicativo que acompanha os medicamentos. Dessa maneira, pode-se aplicar o mesmo sentido à bula de Francisco por apresentar à Igreja e ao mundo o grande remédio da misericórdia para curar as feridas humanas.

Vivendo de maneira concreta
Uma maneira concreta para viver o Ano Santo é a prática das obras de misericórdia corporais e espirituais. O Papa Francisco expressou seu vivo desejo de que os cristãos reflitam essas práticas e despertem da indiferença diante da pobreza, já que “os pobres são os privilegiados da misericórdia divina”.

Obras de Misericórdia Corporais e Espirituais
O convite é, portanto, de uma redescoberta. São obras de misericórdia corporais: dar de comer aos famintos, dar de beber aos sedentos, vestir os nus, acolher os peregrinos, dar assistência aos enfermos, visitar os presos e enterrar os mortos.

Obras de misericórdia espirituais são: aconselhar os indecisos, ensinar os ignorantes, admoestar os pecadores, consolar os aflitos, perdoar as ofensas, suportar com paciência as pessoas molestas e rezar a Deus pelos vivos e defuntos.


Perdão a quem cometeu aborto
Entre as graças disponibilizadas para o Ano da Misericórdia, destaque para o perdão concedido a quem cometeu aborto. “Decidi conceder a todos os sacerdotes a faculdade de absolver do pecado de aborto quantos o cometeram e, arrependidos de coração, pedirem que lhes seja perdoado”, escreveu Francisco.
O Papa não ameniza a gravidade do aborto e diz na carta que “o drama do aborto é vivido por alguns com uma consciência superficial, quase sem se dar conta do gravíssimo mal que um gesto semelhante comporta. “O perdão de Deus não pode ser negado a quem quer que esteja arrependido, sobretudo, quando com coração sincero se aproxima do Sacramento da Confissão para obter a reconciliação com o Pai”, acrescenta.

Fonte: Formação Canção Nova




ORAÇÃO DO ANO SANTO DA MISERICÓRDIA

Senhor Jesus Cristo,
Vós que nos ensinastes a sermos misericordiosos como o Pai celeste,
e nos dissestes que quem Vos vê, vê a Ele. 
Mostrai-nos o Vosso rosto e seremos salvos.
O Vosso olhar amoroso libertou Zaqueu e Mateus da escravidão do dinheiro;
a adúltera e Madalena de colocar a felicidade apenas numa criatura;
fez Pedro chorar depois da traição e assegurou o Paraíso ao ladrão arrependido.
Fazei que cada um de nós considere como dirigida a si mesmo as palavras que dissestes à mulher samaritana: Se tu conhecesses o dom de Deus!
Vós sois o rosto visível do Pai invisível,
do Deus que manifesta Sua onipotência, sobretudo com o perdão e a misericórdia.
Fazei que a Igreja seja no mundo o rosto visível de Vós, Senhor, ressuscitado e na glória.
Vós quisestes que os Vossos ministros fossem também eles revestidos de fraqueza,
para sentirem justa compaixão por aqueles que estão na ignorância e no erro:
fazei que todos os que se aproximarem de cada um deles se sintam esperados, amados e perdoados por Deus.
Enviai o Vosso Espírito e consagrai-nos a todos com a Sua unção,
para que o Jubileu da Misericórdia seja um ano de graça do Senhor
e a Vossa Igreja possa, com renovado entusiasmo, levar aos pobres a alegre mensagem e proclamar aos cativos e oprimidos a libertação; aos cegos restaurar a vista.
Nós Vo-lo pedimos por intercessão de Maria, Mãe de Misericórdia,
a Vós que viveis e reinais com o Pai e o Espírito Santo, pelos séculos dos séculos.

Amém!

Fonte: Canção Nova

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